Cold Enough for Snow

Cold Enough for Snow Jessica Au




Resenhas - Cold Enough for Snow


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Erika596 19/11/2024

Já sabe quem vc quer ser quando crescer?
O romance da Jessica Au é um lembrete da vida adulta te apontando um compilado de bloco de notas sobre quem você quer ser quando crescer. A leitura consegue transpassar o misto de dúvida e lamento que sobra da figura materna pelos olhos da filha que cresce e se transforma numa pessoa. Resta dividir com essa personagem narradora a crise simbólica do ser mãe, do ser filha, mas ser também duas mulheres que sentem o fio frio do tempo afirmando que elas são apenas duas desconhecidas.
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(Jubs) 08/11/2024

Nem sei
Acho que eu não sou o público desse livro e acho que nunca serei(também nunca mais lerei um parecido com esse) a experiência com esse livro foi tão ruim que ele me fez descrer que eu realmente gosto de ler.
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iammoremylrds 03/11/2024

Uma experiência relativamente mediana, nem tão boa e nem tão ruim, podendo não agradar a todos, abordando bastante viagens e experiências, além de muitas coisas artísticas, causando conexão e imersão, porém esperava um pouco mais
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mmvieiras 01/11/2024

Foi uma experiência mista, com coisas boas e ruins. Em alguns momentos da leitura, eu me sentia totalmente envolvido; em outros, nem tanto, o que acabou tornando o ritmo bem arrastado. Algumas memórias me pareceram desinteressantes, mas ainda assim, dá para extrair algo bom daqui.
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otis.correa 21/10/2024

Que livro bonito, escrita bonita, memórias bonitas, pensamentos bonitos, uma capa bonita, quanta beleza
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Leticia.Knabben 28/08/2024

Tentando passar pela vida sem perder os detalhes
Acho que a primeira coisa que deve ser dita sobre esse livro é também uma das mais importantes a respeito dele: "Frio o bastante para nevar" é um romance patrocinado pelo governo australiano por meio do fundo de artes e corpo consultivo, e pelo governo do estado de Victoria. Dinheiro público possibilitando voos grandes.
A segunda coisa é que esse livro foi um presente... não só pelo que o texto provocou em mim, mas um presente mesmo, de uma amiga. Obrigada! Quase quis fazer um artigo todinho sobre o eu memorialístico.
Neste livro a protagonista, uma adulta já formada, decide sair de férias com a mãe que mora em outra cidade. As duas se encontram para percorrer alguns destinos no Japão e, a partir daqui, o livro se transforma em memória.
Para mim, o ponto principal desse livro é um aprendizado sobre como passar pela vida sem perder os detalhes. Vi muito do que já existe em mim nessa protagonista, mas também muito daquilo que eu desejo ser. Uma leitura curtinha e deliciosa que combina com esse friozinho do inverno.
"... ele pensava que talvez fosse o contrário: que ambos sabiam que não faria diferença, ambos queriam continuar, e não havia escolha a não ser ir em frente. Haveria outras corredeiras pelas quais teriam que passar, e o que acontecera não mudaria esse fato".
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Dandara98 22/07/2024

.
Tudo nesse livro parece tão vago, tão distante, como a narradora nunca consegue efetivamente se aproximar da mãe, como seus pensamentos seguem um fluxo descontínuo

como leitora não conseguia identificar o que era real, o livro não é tangível e ao mesmo tempo é tão detalhado e minucioso, e mesmo assim consegui ter momentos de profunda identificação com a narradora.

talvez esse livro só seja profundamente compreendido por aqueles que passaram (ou que são próximos de alguém, como os pais, que tenham passado) por um rompimento traumático com o lugar que viviam

?Pensei no filme a que assistira no avião, uma história sobre uma cientista que descobre o segredo da viagem no tempo e salta para o futuro, onde tudo é estranho e irreconhecível para ela, inclusive sua própria vida. Lembro-me de olhar da tela para a janela do avião, onde, lá embaixo, as luzes de muitas cidades pequenas brilhavam como povoados remotos. Talvez, pensei, minha irmã e eu tivéssemos crescido de uma maneira que devia ter parecido igualmente estranha para minha mãe.
Talvez, com o tempo, ela tivesse achado o passado cada vez mais difícil de evocar, especialmente sem ninguém para lembrá-lo.
Talvez fosse mais fácil assim, tanto que depois de um tempo esse novo jeito se tornou seu hábito, mais uma coisa a que ela se acostumou, como comer cereal no café da manhã, ou ficar de sapato na casa de outras pessoas, ou quase nunca falar com alguém em sua língua materna.?
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mpettrus 16/05/2024

?A Membrana Fina da Mutabilidade da Vida?
?[..] eu queria que cada momento importasse; estava viciada em dilacerar meus pensamentos, aquele rasgo no tecido da atmosfera.?

? Fernando Pessoa dizia que não era preciso viajar para conhecer o ser humano. Ele acreditava que tudo estava na cabeça.

Contado em primeira pessoa, ?Frio o bastante para nevar? gira em torno de uma viagem ao Japão entre mãe e filha abordando esse relacionamento com uma suavidade distinta, cultivando uma inexorável contenção emocional entre elas.

? Elas caminham e viajam de trem; visitam lojas, cafés, galerias, igrejas e templos. A jovem narradora dessa história faz uma viagem espectral ao Japão com sua mãe e descobre que a distância entre o que lembramos e o que imaginamos não é clara ? e não vem ao caso.

? A história é pontuada por reflexões ocasionais da narradora sobre a arte, memórias e a mãe, numa linguagem simples e quase totalmente desprovida de metáforas, é algo semelhante a uma experiência meditativa.

A filha é uma observadora faminta, cheia de perguntas sobre seu lugar no mundo. A sua viagem para o Japão com a mãe se transforma em uma viagem de autodescoberta.

? A viagem é sempre uma metáfora útil para outros tipos de movimento, e fica claro desde o início que para onde realmente a narradora quer ir, é algum lugar buscando uma maior proximidade e compreensão de si mesma, transformando a atenção plena em um princípio estético, fazendo das pequenas observações o grande chamariz da narrativa e, assim, elevando-as para uma realidade emocional - mas não tenho certeza se é sempre tão profundo.

? Ela própria está preocupada em tentar descobrir coisas sobre si mesma e sobre sua própria vida, inclusive se deseja ter filhos, mas também parece sinceramente interessada em sua mãe, cuja reserva e auto anulação dão a ela uma qualidade remota e evasiva.

Nesse sentido, a narradora sempre me pareceu solitária, apesar da presença da mãe. O romance ambulante ? posicionado como está entre o flaneurial e o loco-descritivo ? é geralmente um caso solitário.

A narradora se move pelo espaço, registrando quaisquer impressões que o ambiente lhe cause. E embora outros personagens possam surgir nas lembranças, o diálogo central tenderá a ser entre a narradora e o próprio espaço ? ou seja, entre a narradora e ela mesma.

? Por isso, considerei a narrativa desse romance uma leitura estranha, porque temos aqui uma narradora solitária, vagando pelo espaço e espremendo sangue experiencial da pedra de um lugar desconhecido.

A autora se esforça dolorosamente para estabelecer uma atmosfera de isolamento onírico, mas também garante que sua narradora nunca esteja totalmente sozinha.

? Todo o texto permanece elevado e imparcial, limpo, mas não preciso ? e isso é claramente intencional.

As descrições do Japão são esparsas e inseridas em um fluxo de consciência que pondera as relações familiares e a herança intergeracional, o relacionamento romântico da filha (narradora) e ocorrências de como lidar com um cliente autoritário no trabalho - tudo feito de forma consciente e atenta, infundido com um desejo de conexão. É suficiente observar?

? Usando o tempo como uma moldura fluida, as palavras de Au evocam imaginações e memórias, falando de como as vidas humanas são vividas em mentes que se movem fluidamente através de momentos no tempo.

Ela constrói camadas de imagens usando ecos e projeções; suas personagens distorcem a realidade em esforços subconscientes para ver a vida como elas a imaginam.

? Membranas cada vez mais finas entre a memória e o momento refletem a fragilidade da cronologia sólida dentro do próprio livro, enquanto o mundo interior da narradora traz personalidade e textura a esta história incomum.

? Embora nada aqui pretenda ser autoficção, tem a qualidade elegíaca e memorialística do antecedente próximo dessa forma; o japonês ?shishosetsu? ou ?eu romance?, esse livro é melancólico e evasivo.

?O romance é escrito em prosa simples e luminescente, profundamente belo, ricamente potente em seus temas, mas que resiste a explicações simples.

Apesar de ser um livro fino, não me foi uma leitura rápida, pois fui impulsionado pela tensão entre presença e ausência, amor e vergonha, cuidar e ser cuidado, passado e presente, pertencimento e alteridade, enquanto seu significado se desdobrava lentamente, demorando-se.

Não é um romance de epifanias, revelações ou avanços; não há drama. O tom é tranquilo, cuidadoso, evocativo e minimalista.

Às vezes fico impaciente com romances tão parcos, mas neste caso os pequenos gestos de ternura que mãe e filha demonstraram entre si já diziam o suficiente: o momento em que se encontram depois de um ou dois dias sem se verem e a mãe corre em direção à filha, segurando uma sacola de supermercado com o jantar ou quando a filha, vendo a mãe lutando com o sapato, se ajoelha para ajudá-la a calçá-lo.

Um dos trechos mais comovente do livro é quando a narradora se imagina vasculhando os pertences da mãe, cômodo por cômodo, item por item. Depois de uma visão tão devastadora, o romance volta ao seu modo habitual de suavidade estoica e balsâmica.

A narradora volta à caminhada faz um chá e continua caminhando. O silêncio que a autora narra é terrivelmente palpável.

? O livro de Au contém silêncio como as pinturas contêm espaço negativo. A língua, a arte e a cultura existem neste mundo tanto como meio de conexão quanto como barreira à verdadeira compreensão.

? As traduções de linguagem entre as personagens de Au não são diferentes das traduções de linguagem entre culturas. Mas a vida, ao contrário da arte, nunca pode lidar com valores absolutos, e não existe uma interpretação verdadeira de nada.

Principalmente aqui, onde a arte e a literatura contêm mundos dentro de mundos, mundos como poderiam ser e mundos como são vistos.

? Esse romance não é fácil de escrever porque sua própria essência é a mutabilidade da vida. Como você define algo que parece ser impossível de fixar?

E, no entanto, Au consegue definir esse fato, ou, pelo menos, transmitir a ideia de que, como a filha vislumbra perto do fim: ?talvez fosse bom não entender todas as coisas, mas simplesmente vê-las e segurá-las?.

???????????????
Elton.Oliveira 16/05/2024minha estante
Belo texto meu amigo ! Como é bom ler essas RC .... Suas percepções são fantásticas ! Parabéns Pettrus ! ??????


mpettrus 16/05/2024minha estante
Elton, meu querido, muitíssimo obrigado pelo feedback ????

De verdade, gratidão demais!!! ????




Ana 28/02/2024

3 / 5 ??
"Enquanto caminhávamos, ela me perguntou sobre meu trabalho. A princípio não respondi, depois disse que em muitas das pinturas antigas se podia descobrir o que se chamava pentimento, uma camada anterior de algo que o artista havia escolhido pintar por cima. Às vezes, eram vestígios tão pequenos quanto um objeto ou uma cor que havia sido alterada, mas outras vezes podiam ser tão significativos quanto uma figura inteira, um animal ou um móvel. Falei que escrever era como pintar. Só dessa forma era possível voltar e mudar o passado, fazer as coisas não como foram, mas como desejávamos que tivessem sido, ou melhor, como nós as vimos. Disse que, por isso, era melhor ela não confiar em nada que lesse?

Primeira leitura desse ano em inglês! Apesar do livro ser curto eu tive dificuldade em me conectar com o livro, pois tem muita narração - excessiva - de detalhes do ambiente e algumas divagações que eu achei desnecessárias. Entretanto, fiquei envolvida em acompanhar a protagonista na viagem com a sua mãe, fazendo o leitor adentrar nas lembranças da sua infância e de suas relações.
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cristophxavier 23/02/2024

Meditação
Espécie de meditação literária, onde os pensamentos da narradora são mais centrais que os fatos. Livro agradabilíssimo, recomendo o passeio nesta busca pelo diálogo.
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Lurdes 21/02/2024

Frio o Bastante para Nevar narra uma viagem que mãe e filha fazem ao Japão.

Elas moram em países diferentes e têm estado distantes. A filha, então, propõe esta viagem, em um país neutro, que ela já havia visitado e que é, culturalmente, familiar à mãe. A filha reside na Austrália, e a mãe, em Hong Kong.

A ideia é que elas tenham um período de convivência mais próxima, já que a mãe parece (e é) muito mais ligada à sua irmã.

Não espere uma narrativa com grandes plots, discussões ou cenas dramáticas. A postura contida, principalmente da mãe, não combina com arroubos emotivos.
O que vai ficando claro é a dificuldade de conexão destas duas mulheres, não só pelo choque de gerações mas, a esta altura, das diferenças culturais que foram afastando uma da outra, a ponto de terem dificuldade de se reconhecer.

O afeto está presente, sim, mas acaba sendo abafado pela quantidade de ressentimentos acumulados ao longo dos anos.
Elas simplesmente não conseguem enxergar uma à outra e, pelo caráter de ambas, não conseguem expor o que sentem em relação a questões fundamentais de suas vidas.

A filha é a narradora e, além de contar sobre a viagem, e a constatação de que sua mãe está envelhecendo e se fragilizando, ela rememora fatos de sua infância e juventude, os primeiros amores, a relação com a irmã e com o companheiro, Laurie. Ela ainda nos conta sobre sua relutância em ter filhos e como se sente em relação à maternidade.

Um livro que nos provoca várias reflexões.
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Kasimoes 28/01/2024

Relatos
Experiências e viagens. Passeios e apreciações artísticas. Mãe e filha. Conexão e identidade. Um livro delicado e singelo.
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Keully.Faro 16/01/2024

Simples
Texto simples, não existe uma dificuldade na compreensão da leitura, mas na realidade senti uma bagunça entre um pensamento e outro da filha ao contar cada história.
A filha trás a tona memórias contadas por sua mãe e suas próprias memórias mais detalhadas.

O que me tocou como perceber a quantos de momentos e atos importantes deixamos passar distraídos com outras coisas e a filha conta cada detalhe de suas histórias que me fizeram refletir sobre isto.
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honey 04/01/2024

Acho que não li no momento certo, não consegui me conectar com a profundidade que o livro pede (ao menos pra mim). alguns momentos chamaram minha atenção mas no geral foi mais ou menos
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coracinho 31/12/2023

A arte perdida de sentir sem analisar (e a ironia de escrever uma resenha sobre isso)
(Observação: Não sei se considero esse um livro passível de ter spoilers, pois não é bem um livro em que a linearidade importa. Mas se mesmo assim não quiser arriscar, melhor pular esse texto.)

Em algum ponto de "Frio o bastante para nevar", a narradora nos conduz a um lago. É um ponto ilusoriamente ínfimo da história.

Ok, talvez a escolha da palavra "ponto" não seja acertada. Para a geometria euclidiana, um ponto é aquilo que é incapaz de se dividir. Por outro lado, cada cena de "Frio o bastante para nevar" é mais como uma folha de papel, uma extensão branca que pode ser cortada e recortada em uma multiplicidade de formas.

Voltemos ao lago.

Em uma viagem que faz com o namorado, a protagonista (cujo nome nunca é mencionado) visita um grande lago, o preenchimento aquoso de uma cavidade gerada por um meteoro. A protagonista ouve dizer que é um lago cuja profundidade é desconhecida, e isso se torna uma verdadeira fixação.

"Pensei novamente em como ninguém sabia o quão profundo o lago realmente era, e como eu não conseguia conter esse pensamento."

"Frio o bastante para nevar" é um livro curto, de 96 páginas. O que não significa que seja um livro leve. Quer dizer, sim e não. A sensação distinta que tive lendo esse livro é de leveza e simplicidade. Mas é uma leveza de linho, de trama intrincada habilmente escondida — cuja beleza está tanto na suavidade do tecido como no desenho oculto dos seus fios.

Falando em tecido, este livro não é produto de fábrica. Remete a algo muito anterior, a uma tecelagem artesanal e repetitiva. Repetição indutora de transes, trabalho minucioso e que desfia o nosso pensamento. Flutuamos pela consciência da protagonista, por ela somos conduzidos quase que passivamente, atravessando tempo e espaço como se isso nada fosse. Aqui e ali aparecem figuras imagéticas recorrentes, balizas que nos orientam pelo trajeto.

Chuva. Névoa. Leitoso. Montanha.

A metáfora do tecido não é gratuita. É algo que a própria autora traz em algumas páginas. Uma das primeiras cenas do livro descreve um momento em que a protagonista é absorvida por uma amostra de tecidos expostos em uma vitrine.

"Olhar para a translucidez dos tingimentos sobrepostos me deu a impressão de olhar para cima através de um dossel de folhas. Eles me lembravam das estações do ano e, em seus fios naturais e aparentes, me faziam pensar em algo amável e honesto, que havia sido esquecido, algo que apenas podíamos olhar, não mais viver."

Essa não é a única passagem do livro em que somos levados a examinar um objeto ou uma peça de arte exposto em um museu. A cabo, somos nós os que contemplam os contempladores. E, de fato, a experiência dessa leitura é a de quem se põe diante de uma pintura, alternando entre ver a paisagem e se aproximar para distinguir as pinceladas.

A autora do livro, a australiana Jessica Au, é descrita como uma escritora lenta. De fato, ela gestou esse livro por 11 anos após o seu primeiro, Cargo. Essa lentidão e cuidado é algo notável e que nos convida a observar antes de analisar. Sentir antes de compreender. Uma habilidade rara hoje em dia, nesses tempos em que tentamos trazer luz a toda e qualquer sombra. Talvez uma capacidade perdida.

(Vejo a desrazão de tudo isso enquanto folheio as páginas do meu exemplar de "Frio o bastante para nevar", gravadas com caneta e marca-texto. Suspiro. Continuo — pois não sei ser de outro jeito.)

Ao final do livro, a protagonista nos conta que sempre que perguntava à sua mãe o que ela gostaria de ver em uma viagem ao Japão, ela respondia dizendo que ficaria feliz com qualquer coisa. Uma única vez, perguntou se no inverno fazia frio o suficiente para nevar, pois nunca havia visto neve.

Paro de escrever e me dou conta de que até agora não escrevi sobre o que é o livro. O cursor pisca na tela, aguardando meu próximo movimento. No fim das contas, decido que não escreverei sobre isso. Se um dos personagens de "A mais recôndita memória dos homens" (Mohamed Mbougar Sarr) estiver correto, isso é algo bom:

"Nunca mais caia na armadilha de querer dizer do que fala um livro que você acha grande. (...) Um grande livro não tem assunto e não fala de nada, procura apenas dizer ou descobrir alguma coisa, mas esse apenas já é tudo, assim como essa coisa já é tudo."

site: instagram.com/ogatoleu
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