wiridia.ju 09/06/2023
QUASE
Já li bastantes textos do Iandê Albuquerque, mas nunca um livro completo e confesso que talvez, somente talvez, eu tenha ido com muita sede ao pote, esperando borboletas no estômago e lágrimas nos olhos, e não me entendam mal, para alguns, pode gerar esse tipo de reação, contudo, não senti, em meu imo, essa necessidade, nem senti também, que este livro se distancie muito do que outros autores do mesmo gênero, entregam em seus livros, nada que fuja a regra de frases de efeito e uma tentativa de forçar uma conexão com o leitor.
Gostei de como o livro flui, de como os textos são tranquilos e de fácil compreensão, mas não me agradou que a todo momento, o autor visa estabelecer uma conexão com o leitor, e, na verdade, é exatamente isso que os autores fazem nos seus livros, tentar criar uma conexão, a fim de prender o leitor e fazê-lo compreender a essência do livro, mas esse processo é tal como a gincana “Cabo de guerra”, se você puxar, o adversário vai ao teu encontro, mas se for com força demais, talvez ele caia.
A todo o momento, durante a leitura, senti que o livro quase alcançou o objetivo, quase tocou profundo, quase convenceu que era uma leitura essencial, mas essa percepção de que queria tocar, impactou negativamente e se pode notar isso no desenvolvimento do livro, cheio de frases em destaque, frases de efeito, construção estrutural dos textos com pausas meticulosamente encaixadas na tentativa de uma pausa dramática para elevar uma frase, intencionalmente, tudo isso contribuiu para tornar a leitura enfadonha.
Por fim, é um bom tema, não recomento como um livro para sair de ressacas, apesar de ser curto e fluido, mas é um livro que com uma boa discussão sobre inteligência emocional, pode ajudar a nortear o entendimento sobre sentimentos, sobre enfrentamento emocional e sobre a informalidade de uma boa conversa.