Norte e Sul

Norte e Sul Elizabeth Gaskell




Resenhas - Norte e Sul


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Priscila95 13/03/2024

Gaskel misturou com maestria romance e crítica social nessa história que nos leva a refletir o quanto a sociedade na qual somos criados molda nossa personalidade.
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yaamartins 06/04/2024

Já era apaixonada pela série da BBC, então sempre pensava de ler o livro, mas acabava deixando para depois. Até que esse ano resolvi colocar em ação, e me apaixonei mais ainda pelo enredo, personagens e tudo o que há no enredo. Concluo que essa história sempre será marcante para mim, e estar no meu coração. Acredito que será aquele livro que futuramente vou reler como fiz inúmeras vezes com a série ?.
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Vanessa 24/04/2024

Leiam Margareth Hale (Norte e Sul)
"A forte idéia dele vagava pelo pensamento dela."

Eu achei esse livro incrível, primeira vez que leio algo de Elizabeth Gaskell e amei a escrita dela. O livro aborda várias temas sociais e filosóficos, fala sobre a revolução da indústrias, questões políticas e opiniões religiosas, desenvolvendo no meio disso tudo o romance envolvendo Mr.Thornton e Margareth, e o livros traz mensagens e aprendizados muito bonitos. O livro mostra com clareza a diferença entre o Norte e o Sul e como as pessoas vivem nesses lugares (o que faz ser o título mais conhecido do livro). Li pq muitos disseram que era semelhante a Orgulho e Preconceito, e no que se trata do casal é semelhante mesmo, mas a história não deixa de ter suas próprias características, o que me fez favoritar esse livro. Mesmo quem não gosta mto de clássicos deveria dar uma chance pra esse livro, e quem gosta, tá perdendo tempo se ainda não leu.
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MARYNHA 07/07/2024

NORTE E SUL, ROMANCE DE ÉPOCA E HISTÓRICO
OBS. Todas as resenhas aqui postadas estão no meu instagran, são as mesmas. A diferença é que lá tenho um lindo vídeo postado se desejar conferir. Inclusive essa capa eu modifiquei com um desenho proprio. Tenho duas edições deste livro. E colocarei as rsenhas dentro do ano lido, sem mes ou dia certo. Só no ano lido. Grata amigos.

RESENHA


Neste lindo romance histórico e de epoca de 1854,( ambientação da época em contexto da industrializaçao) temos a história de MARGARETH HALE e sua família que por decisões do pai,ex clérigo e professor, saem do Sul da Inglaterra, onde a vida social era ainda pautada por posições sociais de cavalheirismo e damas além das posses materiais e vão morar em Milton, cidade industrializada do NORTE. Em Milton a sociedade era burguesa, ricos comerciantes que mesmo sem títulos de nobreza ou cavalheirismo eram os comandantes das leis e imposições sociais. O requisito dinheiro era o que ditava o lugar social e importância da família. Assim a moça Margareth então com 18 anos adentra num mundo totalmente diferente do seu, uma sociedade onde as ruas eram tomadas por trabalhadores, mulheres e homens, saindo de fábricas de tecidos, onde olhares despudorados de encantamento ao vê-la a fazia corar. E ela indiretamente se insere neste ambiente de intensos conflitos. Margareth conhece também o mundo dos patrões , pois seu pai é professor particular do maior industrial da cidade de Milton,o Sr. Thorton ( o qual acha inútil a literatura ser desfrutada antes da busca pela riqueza), mas o dinheiro não era para Margareth sinal de atração alguma, pois seus valores eram outros e isto foi atrativo para JHON THORTON porém Margareth ganha uma rival inusitada. Margareth tenta compreender aquela realidade entre duas classes que precisam uma da outra para lucrar e sobreviver e sua fé a ajudará naquele mundo materialista. Por um lado temos o sr. Thorton um industrial duro pois veio do nada e seu tratar com o trabalhador é duro e isto o faz parecer ser injusto do outro lado temos os sindicatos que praticamente obrigam aos trabalhadores a serem participantes. Será que pode haver acordo ? Num dia incomum há um acontecimento e Margareth protege Jhon Thorton de ser ferido pelos seus trabalhadores em greve, e isto o faz pensar que ela o ama, ledo engano. Pode uma rejeição mudar um sentimento cada vez maior ? Se Jhon sofre, também Margareth com seus sentimentos escondidos até para nós leitores. Mas eles virão a tona quando não há mais esperança. Maravilhoso.

visitem os instas

#livrosclassicos
#Gaskell

site: instagran @miniarte21 @livroscit tik tok @livroseamigos @livroscit
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Luccal1 24/08/2024

Que livro bom
Achei impressionante, um romance de época que aborda sem medo e restrição nenhuma o paradigma capitalista e a dura realidade do embate entre classes. Ao mesmo tempo que fala da necessidade de cooperação e diálogo entre classes aborda ate mesmo a emancipação feminina com uma protagonista forte e dona de sua própria história(claro que nos limites da época com base religiosa etc). Aborda tantos aspectos sociais que é impressionante ter sido publicado na época. Fora o aspecto social chorei muito, impressionante como esse tipo de livro mostra a continuidade dos dilemas humanos de sentido e moral. O romance em si aborda ainda o preconceito entre a nobreza e a burguesia em ascensão e como o amor consegue surgir e ultrapassar aspectos que a sociedade entende como intransponíveis.

CITAÇÕES

que tipo de vida tem sido a sua?? Nada melhor do que a de muitos outros, imagino. Só que eu me revolto contra ela, e eles não.

vejo duas classes dependentes uma da outra, em toda forma possível, ainda assim cada uma evidentemente considerando os interesses da outra como opostos aos seus próprios. Nunca morei em um lugar antes onde houvesse dois conjuntos de pessoas sempre criticando um ao outro.

eu estava enjoada com o pensamento de continuar, para sempre, com a mesma visão em meus olhos, e o mesmo som em meus ouvidos, e o mesmo gosto em minha boca, e o mesmo pensamento (ou nenhum pensamento, até) em minha cabeça, dia após dia, para sempre.

Risque fora seus malfeitos (se você for particularmente conscienciosa), fazendo uma boa ação, tão logo você possa;

Mas a persistência de seu monótono trabalho era rivalizada pela resistência incansável das vigorosas multidões que, com sentido e propósito, estavam ocupadas e inquietas em busca de? de quê?

Você poderá vir comigo se quiser; mas ninguém pode me agradar senão eu mesma.

Hei de ser mais alegre do que jamais tenho sido, agora que tenho meu próprio caminho.

Mas ela havia aprendido, naquelas solenes horas de pensamento, que ela mesma devia um dia responder por sua própria vida, e o que ela havia feito com ela,

Estou tão cansada, tão cansada de ser rodopiada através de todas essas fases de minha vida, nas quais nada subsiste comigo, nenhuma criatura, nenhum lugar; é como o círculo no qual as vítimas de paixão terrena giram continuamente.

e o que parecia valer mais do que todos os outros privilégios? ela podia ser infeliz, se quisesse.

a mesmice da sua labuta enfraquece suas imaginações; eles não têm desejo de se encontrar para falar sobre pensamentos e especulações, mesmo do tipo mais fraco, ou do mais selvagem, depois que terminam seus trabalhos; eles vão para casa brutalmente cansados, pobres criaturas! Não se importando com nada além de comida e descanso.

Estou exausta dessa contínua necessidade de ser forte.

ela havia sido fustigada, e se sentido tão exausta por esta recente luta consigo mesma, que ela pensava que até a estagnação seria um descanso e um refresco.
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Joyce 07/12/2010

North and South - Edição Bilíngue
NORTE E O SUL – NORTH AND SOUTH é um romance de Elizabeth Gaskell, publicado em forma de livro pela primeira vez em 1855, sendo que já havia sido publicado inicialmente na revista literária “Household Words”, de propriedade de Charles Dickens, entre setembro de 1854 e janeiro de 1855 em 22 partes semanais. Conhecido inicialmente por “Margaret Hale”, teve alterado por pressão de seus editores para “North and South”, demonstrando melhor o tema geral do livro: o contraste existente entre o modo de vida da Inglaterra industrializada do norte e da Inglaterra rural e inocente do sul, em uma época fortemente marcada pela revolução industrial do século 19.

Quando a história foi publicada como um livro em 1855, esta incluiu um prefácio afirmando que por causa das restrições do formato da revista, a autora foi incapaz de desenvolver a história como desejava e, deste modo, “várias passagens curtas foram inseridas, e vários novos capítulos adicionados”.

O enredo do livro é um romance social que tenta demonstrar a vida e os conflitos existentes no norte industrializado dos meados do século 19, através das impressões de uma jovem nascida nas regiões rurais da Inglaterra. A heroína da história, Margaret Hale, é filha de um ministro religioso que se muda para a cidade fictícia de Milton, cujo modelo era a cidade de Manchester, onde Elizabeth Gaskell morou em companhia de seu marido. Lá Gaskell trabalhou em ações filantrópicas junto aos pobres da cidade e conheceu de perto as misérias das áreas industriais.

Para a protagonista, o sul onde havia nascido simbolizava o idílio rural, o triunfo da harmonia social e do decoro, contrapondo-se com o norte e seu ambiente sujo, rude e violento. Na medida em que conhece a difícil realidade da população local, ocorre então a formação de novas amizades e uma crescente atração por Mr. John Thornton, dono de uma fábrica têxtil. Ela terá que rever seus preconceitos, chegando à madura aceitação de si mesma e de seus sentimentos.

A mudança no estilo de vida choca Margaret que simpatiza profundamente com a pobreza dos trabalhadores e entra em conflito com John Thornton, o proprietário da fábrica têxtil local e amigo de seu pai. Após um encontro com um grupo de grevistas, no qual Margaret tenta proteger Thornton da violência dos manifestantes, os dois se apaixonam, entretanto, Margaret recusa o pedido de casamento de Thornton, por não concordar com a situação pelas quais seus funcionários passavam; mais tarde, ele a vê em companhia do irmão dela, confundindo-o com outro pretendente, e isso acaba por gerar outros conflitos não resolvidos. Margaret passa a acreditar que tinha perdido o afeto de Thornton e começa a vê-lo com outros olhos, o que eventualmente os leva a um novo reencontro.

http://www.editoralandmark.com.br/obr-shw.asp?k=99
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Leticia 21/03/2013

Diferenças socias
Norte e Sul foi um livro que conheci através da série da BBC, como sou muito fã de Jane Austen, acabei conhecendo esse livro.
Esse é um livro escrito por Elizabeth Gaskell, e devo dizer que é um livro excelente.
Norte e Sul conta a história de Margareth Hale, uma menina inocente do sul que vai para o "terrível" Norte por assim dizer, as regiões industriais.
Ele desde o ínicio, faz você querer conhecer melhor Margareth Hale, e quando Thorton aparece na trama, você já sabe muito bem que ele vai ser um cara importante para a heroína. Apesar da autora muitas vezes exagerar nas questões da bíblia e colocar muito peso nisso as vezes, esse livro foi muito excelente tirando essas partes para mim foi muito bom. Esse livro me fez entender um pouco mais sobre a história da Revolução Industrial, como as pessoas agiam e a diferença social entre as pessoas no Norte, e como muita gente tinha que trabalhar o dia inteiro por um misero pão.
Depois de ler esse livro eu compreendi realmente por que a sociologia surgiu, e que os problemas na sociedade da época por causa da Revolução eram graves.
Esse livro lembra muito Orgulho e Preconceito.
Finalizo dizendo que gostaria que eles publicassem mais obras de Gaskell por que eu realmente fiquei interessada nos livros dela.
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Juh Lira 13/08/2015

Norte e Sul: Conflito de opostos

Norte e Sul é feito de contrastes: de um lado nós temos Margaret com toda a sua pompa sulista e herança aristocrática de uma sociedade rural que ainda não tinha sofrido as influências e mudanças da Revolução Industrial na Inglaterra, ao contrário do norte representado por Mr. Thornton, um industrial com uma visão de mundo completamente diferente dela, sendo um patrão com mão de ferro como todos os comerciantes deveriam ser, além de frio e calculista. Os dois representam o orgulho de duas sociedades diferentes que se chocam quando Margaret deixa a pacata Helstone para viver na agitada Milton. Logo nos primeiros diálogos, ou melhor, troca de farpas entre os dois, é perceptível a arrogância própria que ambos carregam oriundos do estilo de vida diferenciado que possuem, fazendo com que um não compreenda o outro.


Margaret, com sua delicadeza e teimosia típicas de uma sociedade tradicionalista, já deixa claro em especial no começo do livro, o quanto ela despreza a sociedade do norte pelo modo como vê e trata Mr. Thornton achando-se em um patamar superior do que o seu colega comerciante. É irritante inicialmente ler as visões pré-concebidas da personagem para nós que já vivemos em uma sociedade industrializada e entendemos como a máquina do lucro funciona - apesar do lado bom e ruim. Mas Margaret não conhecia nada a respeito e pessoalmente eu a perdoei pela ignorância inicial porque conforme o andamento da narrativa, ela passa a ter uma visão diferente da sociedade do norte e sua população, principalmente os males da luta de classe devido a sua amizade com o operário Nicholas Higgns e suas filhas - este sendo um homem rústico que luta pelos direitos dos trabalhadores diante de seus patrões e no poder de mudança pelas massas.

O romance de Margaret e Mr. Thornton é concebido no meio das transformações sociais de uma Inglaterra que deixava para trás suas raízes do período da Regência para embarcar no que hoje conhecemos como capitalismo. Transformação é a palavra que define a vida dos personagens - vemos como Margaret muda de pensamentos e ideais no decorrer da história, assim como Mr. Thornton que enxergava os subordinados como uma espécie de inimigo que ele era obrigado a conviver e Higgns que olhava para os patrões como os vilões tiranos. Tudo isso em meio a sofrimentos e provações que os obriga a ver as situações por um outro prisma. Outro personagem secundário que chama atenção é Mrs. Thornton mãe do protagonista, que apesar de se apresentar como uma mulher tão fria e casca grossa como o filho, no fundo é uma mãe com amor incondicional que sacrificaria qualquer coisa pela felicidade dele - uma das melhroes mães da literatura que eu já conheci.

O que torna Norte e Sul uma história apaixonante não é somente o romance entre os protagonsitas, mas também todos os fatores em torno deles, incluindo o social, que os fazem compreender um ao outro e aceitar as diferenças sem demagogia. Gaskell utiliza de uma linguagem primorosa sem pompa mas brilhante em suas descrições nessa jornada de descoberta dos personagens.

Recomendo também a adaptação em minissérie da BBC em quatro episódios com a Daniela Denby-Ashe como Margaret e o Richard Armitage como John Thornton #suspira - a fotografia, a trilha sonora e as atuações fazem jus à obra de Gaskell e é impossível não se emocionar ;)

Norte e Sul é poderoso, marcante e um clássico essencial para qualquer amante da leitura.

site: http://www.mundosilenciosoblog.com.br/
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Tamires 17/08/2015

Margaret Hale (Norte e Sul)
“Margaret Hale”, ou “Norte e Sul”, é um romance escrito por Elizabeth Gaskell, publicado originalmente de forma seriada nos anos de 1854 e 1855. Esta edição lindíssima publicada pela Pedrazul Editora conserva o que seria o título “original” da obra, como nos informa a Editora Geral da Pedrazul, Chirlei Wandekoken: “Norte e Sul foi o título escolhido pelo seu editor pioneiro, o escritor londrino Charles Dickens, à época de sua publicação...”. (Nota da Editora)

Se Dickens, ao escolher “Norte e Sul” como título do romance, conseguiu influenciar e despertar um maior interesse do leitor da época, pelo sentido de oposição que tal título exprime, nunca saberemos. O importante é que, independente do título, a história que gira em torno de Margaret Hale é apaixonante e conquista muitos fãs até hoje.

Começamos com Margaret retornando a casa de seus pais depois de uma longa temporada na casa de sua tia, Mrs. Shaw, onde foi companhia de sua prima Edith, até que esta se casa.

A família Hale vive em um presbitério na idílica Helstone, onde tudo é calmo, verde e lindo! Você lê e tem vontade de ir para lá; dá até para imaginar os pássaros cantando!

“Oh, não posso descrever meu lar. É meu lar, e não posso colocar seu encanto em palavras.” (pág. 15)

Mas tudo muda quando eles passam a morar na cidade industrial de Milton. O lugar é cinza, com muitas fábricas e parece triste e insalubre comparado a Helstone. Nesse contexto, Margaret e sua família precisam adquirir novos hábitos e superar o choque cultural de lugares tão opostos.

Em Milton, Mr. Hale começa a ensinar jovens cavalheiros. A partir daí conhecemos Mr. Thornton, um importante industrial da cidade. A amizade entre eles é natural e instantânea. Para Margaret, saudosa do aristocrático sul, é um pouco mais difícil reconhecer as qualidades de Thornton e de sua cidade.

“Mr. Thornton era, talvez, o mais velho dos pupilos de Mr. Hale. Mas ele, certamente, era seu favorito. Mr. Hale adquiriu o hábito de citar as opiniões dele tão frequentemente, e com tanta consideração, que tornou-se uma pequena piada doméstica, imaginar quanto tempo, durante a hora apontada para a instrução, poderia ser dada ao absoluto aprendizado, já que tanto desse tempo parecia haver sido passado em conversação.” (pág. 70)

“‘Não é orgulho da minha parte’, respondeu Mr. Thornton; ‘é o simples fato. Não negarei que sinto-me orgulhoso por pertencer a uma cidade – ou talvez deva dizer um condado – de cujas necessidades trouxeram à luz tais grandezas de concepção. Eu preferiria ser um homem labutando, sofrendo – ou melhor, falhando em sucesso – aqui, que levar uma próspera e monótona vida nos velhos entediantes redutos do que vocês chamam de sociedade aristocrática lá no Sul, com seus lentos dias de descuido e conforto. Pode-se ficar entupido com mel e incapaz de erguer-se e voar.’
‘o senhor está muito equivocado’, disse Margaret, desperta pela calúnia ao seu amado Sul e sendo levada a defendê-lo apaixonadamente, trazendo cor às suas bochechas e lágrimas raivosas aos seus olhos. ‘O senhor não sabe nada sobre o Sul. Se há menos aventuras ou menos progresso – suponho que não devo dizer menos excitação – provocados pelo espírito apostador do comércio, que parece requisito para forçar a criação destas maravilhosas invenções, há menos sofrimento também. Vejo homens aqui andando pelas ruas olhando para o chão, derrotados por algum lamento opressor ou preocupação – que não apenas sofrem, mas também odeiam. Agora, no Sul temos nossos pobres, mas não há aquela terrível expressão em seus semblantes de um doloroso senso de injustiça que eu vejo aqui. O senhor não conhece o Sul, Mr. Thornton’, ela concluiu, caindo em um silêncio determinado, e com raiva de si mesma por haver dito tanto.
‘E devo dizer que a senhorita não conhece o Norte?’, perguntou ele, com uma inexprimível gentileza no tom, já que ele percebera que a magoara.” (pág. 82)

O que dizer de Mr. Thornton? É um personagem apaixonante! Honesto e sincero, desde o início percebemos os seus sentimentos e aflições, pois ele não os nega.

“‘Hei de me colocar aos pés dela, preciso fazê-lo. Se houvesse uma chance em mil, ou em um milhão... eu o faria.’” (pág. 190)

Prepare-se também para conhecer Mr. Higgins e sua família: um drama que você não vai esquecer.

Li com muitas expectativas e todas elas foram superadas! A história é maravilhosa, daquelas que você sente falta quando termina a leitura. A Pedrazul ainda vai publicar “Um Coração para Milton”, de Trudy Brasure, que vai nos permitir ficar um pouco mais no universo dos personagens de “Margaret Hale”. Imperdível!


site: http://escritorasinglesas.com/margaret-hele-elizabeth-gaskell/
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mara sop 19/08/2016

Quando o norte e o sul se encontram
Margaret Hale é uma jovem inteligente, sofisticada, acostumada aos modos aristocráticos ingleses. Ama sua querida cidade Helstone, mas é obrigada a se mudar para Milton, uma cidade do norte, quando seu pai decide mudar de ofício. Então ela se vê numa cidade industrial, barulhenta e fumancenta, com costumes muito diferentes do que ela está acostumada.

Seu pai agora é preceptor de um poderoso industrial, John Thornton. Margaret e Thornton antipatizam um com o outro logo que se conhecem, mas ao mesmo tempo em que ele a acha arrogante demais, ela mexe com ele de alguma forma. Após um ato inesperado de Margaret que põe em risco sua própria vida pela de Thornton, ele finalmente se dá conta de que está apaixonado por ela. Mas sabe que ela jamais o aceitaria, mesmo se a atitude impensada dela comprometesse sua reputação.

Margaret Hale, vulgo Norte e Sul, é um dos clássicos mais aclamados pelas fãs de romances de época de hoje. E realmente, a história de amor entre Margaret e Thornton é linda. Mas o livro se torna denso devido ao assunto da greve (que eu, particularmente, não gosto), que acaba tomando mais tempo do livro do que o desenvolvimento do sentimento dos personagens, e isso o deixa levemente cansativo em alguns pontos. O que não denigre em nada a história do livro que tanto encanta aos leitores.

Se você gosta de clássicos e ainda não leu, leia!

site: https://goo.gl/lZ9NgP
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Naíme 30/09/2016

Resenha - Norte e Sul - Elizabeth Gaskell
Quando comecei a ler Norte e Sul tinha expectativas enormes, e quando parei para pensar nisso, logo percebi que as chances de que eu achasse que o livro ao final da leitura não tão maravilhoso assim eram certas. Mas não! Para minha surpresa não foi assim... As minhas expectativas foram superadas. Eu fico chocada com a capacidade que uma pessoa do século XIX tem em criar personagens tão incríveis. Quase não dá para acreditar que se trata de um livro de 1855.
Margaret Hale é uma personagem muito forte e independente, e é possível observar como aos poucos ela vai se tornando o esteio da família e vai conquistando o respeito e a admiração daqueles que passam a conhecê-la através de sua inteligência e de suas atitudes. É incrível ver como ela faz questão de tomar conhecimento dos detalhes dos seus negócios e resolve comunicar a sua família que vai tomar as rédeas da própria vida, isso em uma época em que as mulheres eram obrigadas a estar sempre na sombra de seus pais e/ou maridos, não tendo liberdade e praticamente autonomia alguma para definir o curso de suas vidas.
John Thornton, que em um primeiro momento mostra-se como uma pessoa rude, vai demonstrando aos poucos ser um homem justo e que passa a repensar a relação de interdependência que existe entre patrões e empregados após conhecer Margaret, que por sua vez passa a tê-lo como objeto de sua admiração com o passar do tempo.
É maravilhoso ver como Elizabeth Gaskell conseguiu em uma única obra mostrar o início dos direitos trabalhistas, com a criação dos sindicatos de operários, além de revelar uma árdua rotina de trabalho quase escravo no beneficiamento do algodão. Também mostra o trabalho infantil e a pobreza da classe trabalhadora, o que acaba por resultar em greves e trazendo uma grande tensão para dentro trama. Não é apenas uma obra romântica, é clássica, é histórica.
A única desvantagem de uma obra como esta é que, após terminar de lê-la, fica o sentimento de que a maioria das obras de hoje parecem rasas e vazias... Literatura clássica tem desse tipo de problema... #ressacaliterária
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Agnes 22/01/2017

“Se você vive em Milton, deve aprender a ter um coração corajoso.”
“Adormeceu com a esperança do surgimento de alguma luz. Se interna ou externa, tanto fazia. Mas, se soubesse quanto tempo demoraria até que a luz chegasse, seu coração afundaria no desespero.”

Norte e Sul é um romance publicado em 1854 de autoria de Elizabeth Gaskell, escritora inglesa da Era Vitoriana, período literário de 1837 a 1901, conhecido como o reinado da Rainha Vitória na Inglaterra. Seus romances foram publicados em forma de folhetins e tratavam de diversos temas sobre a vida em sociedade, seus costumes e valores.

A obra, escrita com narrador em terceira pessoa onisciente, trata da história de Margaret Hale, uma moça advinda do campo, cidade chamada Helstone, Sul da Inglaterra. A personagem vivia com seus tios e após voltar para a casa de seus pais, descobre que seu pai Sr. Hale, ministro da Igreja local, resolve afastar-se de suas funções e assim mudar radicalmente de vida, trocando a tranquilidade de Helstone, pela cidade industrial de Milton, no Norte.

O enredo desenvolve-se a partir dessa mudança. A protagonista dona de uma personalidade muito orgulhosa e decidida, e um tanto preconceituosa com os comerciantes e o tipo de vida levada pelos habitantes do Norte, não aceita de imediato essa decisão, porém com o passar do tempo, ela acolhe seu destino:

“As despedidas tão apressadas, entre todas as outras despedidas, daqueles com quem convivera tanto tempo, agora a oprimiam com uma tristeza melancólica pelos momentos que não mais voltariam.” (pg 42)

Depois dessa passagem, vemos como é difícil a adaptação da personagem nessa nova cidade, pois Helstone era uma cidade com um clima fresco, agradável, com um ar limpo, repleto de árvores e flores, enquanto Milton:

“Era muito escura em contraste com o pálido céu cinza azulado do inverno. [...] Ao se aproximarem da cidade, o ar foi ficando com um leve gosto e cheiro de fumaça. [...] Aqui e ali, erguia-se uma fábrica [...] soltando fumaça negra...” (pg 115)

E lá, Margaret conhece o Sr. Jonh Thornton, um comerciante dono de uma indústria tecelã. O personagem torna-se aluno do Sr. Hale e mostra-se muito solicito com a família Hale, no entanto em seu primeiro encontro com a Srta. Hale existe um conflito entre os dois. Percebe-se que a personalidade dos personagens sendo orgulhosos com suas origens e valores (campo x cidade), trazem um ambiente mais denso ao livro.

Com esse encontro, é notável observar a química e interação dos personagens, mesmo com os conflitos de aceitação e orgulho entre eles. O fio condutor da narrativa foca nesse atrito entre as diferentes concepções de vida dos protagonistas.

Além do Sr. Thornton, temos a inserção de outros personagens com destaque para a Sra. Thornton, uma mulher de uma personalidade muito forte, uma mãe protetora que é capaz de tudo pelo seu primogênito e Sr. Higgins um operário que será um grande amigo de Margaret.

Ao conhecer o Sr. Higgins, Srta. Hale, aos poucos, muda de opinião sobre as pessoas de Milton e adquiri um grande carinho por ele e pela sua filha Bessy. A pobreza, as doenças e todo o sofrimento do povo geram uma empatia na personagem:

“A partir daquele dia Milton tornou-se um lugar mais iluminado [...] Era porque ali ela havia encontrado um interesse humano.” (pg 139)

No decorrer da prosa, o tema Revolução Industrial também será crucial para o desenvolvimento da trama dos chefes industriais com os operários. O retrato da época diante desse momento histórico carrega toda a tensão dos sindicatos indo atrás dos seus direitos de melhores salários e condições de trabalho.

Todas as dificuldades, sofrimentos passados por Margaret e um grande mal- entendido com o Sr. Thornton, fará com que a personagem amadureça e mude os seus conceitos e preconceitos sobre os comerciantes e sobre a sua forma de vida:

“Se você vive em Milton, deve aprender a ter um coração corajoso.” (pg 213)

Ainda com outros dramas e várias circunstâncias de perdas, Norte e Sul é um clássico com uma escrita envolvente que vai prender o leitor do começo ao fim. A autora transmite através de sua escrita os anseios, os sofrimentos, dramas vividos tanto pelos recém chegados do campo, como pelos habitantes de Milton. Mostra os reflexos da Revolução Industrial e do capitalismo para aquela sociedade da época.

Um romance atemporal.

site: https://gotasdeepifania.blogspot.com.br/2017/01/resenha-norte-e-sul-elizabeth-gaskell.html
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sandra 27/02/2017

Esperava mais da leitura que que teve um final esperado porém de forma abrupta. Achei Margareth as vezes muito chata em sua arogancia e o Sr. Thorton decido nos negócios porém na vida pessoal muito inseguro.
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Eduarda Graciano do Nascimento 02/01/2018

Hail Margaret Hale
Na pacata cidade de Helstone, na Inglaterra rural do século XIX, vive Margaret Hale. A jovem de 19 anos, após morar por alguns anos na capital, vive no campo uma vida tranquila e feliz com os pais.
Certo dia, porém, seu pai - que é pastor - mergulha em delicadas questões de consciência que fazem com ele decida deixar seu posto na igreja. Os Hale são, então, obrigados a se mudar, e Margaret enfrentará grandes dificuldades na tentativa de se adaptar à fumacenta e deprimente cidade industrial de Milton.

Ainda absorta em sua recusa ao pedido de casamento de Henry Lennox, o cunhado de sua prima Edith, Margaret recebe a notícia de que terá de deixar seu tão amado sul.
Apesar de muito jovem, a moça tem personalidade decidida e opiniões fortes. Por conta disso, de cara desenvolve uma animosidade com o rico industrial John Thornton, um dos pupilos de seu pai (que, com problemas financeiros, agora dá aulas) que é dono de um próspero moinho de algodão.
Margaret acha John duro, frio e tão insensível quanto a cidade à qual pertence. Ela não compreende a desumanidade com que os industriais tratam seus empregados e chega a confrontá-lo em diversos momentos.

" - O senhor não sabe nada do sul. Se há menos aventura e menos progresso suponho que não devo dizer menos excitação provocados pelo espírito de jogatina do comércio, que parece forçar a criação dessas maravilhosas invenções, também há menos sofrimento. Vejo homens aqui, andando de um lado para outro nas ruas, que parecem derrotados por alguma perturbadora tristeza ou preocupação, e que não são apenas sofredores, mas inimigos. Lá no sul temos lá os nossos pobres, mas não há nos seus rostos essa terrível expressão de doloroso senso de injustiça que eu vejo aqui."

Em meio à poluição de Milton, à desentendimentos e aos primeiros movimentos grevistas que marcaram a revolução industrial, Margaret precisará habituar-se à visão da desunião, da pobreza e da fome, e a lidar com os sentimentos de um homem a quem despreza mais do que ninguém.

Não tem como começar 2018 melhor.
Norte e Sul (também já lançado como Margaret Hale, o nome com o qual seria lançado a princípio) é maravilhoso e um dos meus livros favoritos da vida! Ele merecia mesmo o nome de sua protagonista, que e é extremamente inspiradora e sofre muito durante a história.
Quem já ouviu falar desse livro provavelmente conhece às comparações com Orgulho e Preconceito (a Gaskell realmente bebeu dessa fonte) acompanhado do do termo "consciência social" ou ainda "se Jane Austen e Karl Marx tivessem escrito um livro..."
Norte e Sul é uma pedida, eu diria até fundamental, para quem quer conhecer o contexto da revolução industrial e as condições de trabalho em meados do século XIX. Gaskell nos apresenta de forma magnífica os primeiros movimentos sindicalistas e a luta entre a classe burguesa e a classe trabalhadora.
John Thornton é o típico patrão burguês. Após a morte do pai, assumiu a responsabilidade da casa e ergue do nada sua fábrica têxtil. Assim sendo, a prosperidade de seus negócios é o mais importante para ele. E Margaret o enxerga como alguém que passa por cima de tudo e de todos para crescer.
Sendo o mocinho, o Sr. Thornton não pode ser de fato um diabo, e de todos os industriais retratados, temos consciência de que ele é o mais humano (ainda que Margaret não o saiba).

" [...] Será que fora feito todo o possível para minorar os sofrimentos daqueles poucos? Ou, no triunfo da multidão, seriam os fracos pisoteados , ao invés de serem gentilmente afastados do caminho do vencedor, a quem não tinham condições de acompanhar na sua marcha?"

Os dois protagonistas são a personificação de tudo o que representam o norte e o sul naquele contexto. Essa oposição leva ambos à várias discussões durante a leitura, sobretudo a respeito dessas duas regiões, instigadas pelo preconceito que carregam.
O preconceito é um tema muito retratado no romance, através de Margaret principalmente, que tinha, por exemplo, uma visão da classe operária antes de se mudar para o norte, e de repente se vê no meio de uma luta de classes, da qual acaba tomando parte ao fazer amizade com Nicholas Higgins e sua filha Bessy - esta acometida de uma doença incurável nos pulmões por conta dos anos passados em fábricas.

“...– Mas por que fazem greve? – perguntou Margaret. – Entrar em greve é deixar o trabalho até que consigam os salários que desejam, não é? Não se espante com a minha ignorância, lá onde eu vivia nunca se ouviu falar de uma greve.
– Quem dera eu vivesse lá – disse Bessy, com a voz cansada. – Mas não suporto mais ficar doente e cansada com essas greves. Esta é a última que vou ver. Antes que termine, já estarei na Grande Cidade, a Sagrada Jerusalém."

Nicholas é um dos líderes do movimento grevista e Margaret fica no fogo cruzado ao manter relações estreitas tanto com operários quanto com um patrão (ainda que com esse o laço não seja exatamente de amizade).
Essa posição da Margaret é interessantíssima para o leitor, que pode vivenciar intimamente o que acontece nos dois lados da história. Mas que fique claro que não é uma questão de torcer para um desses lados. Se torcemos pra alguma coisa, é para que o Sr. Thornton e a Srta. Hale sejam ambos menos cabeças-dura e se entreguem afinal aos seus sentimentos. Sentimentos esses que Margaret reluta bastante em assumir.
E não sei se minha resenha deixou transparecer mas, sim, dá pra suspirar bastante!

Já faz um tempinho que li esse livro e posso dizer que não tinha como eu estar mais "imersa" no contexto, já que lá estava eu sentada na escadaria da prefeitura de Campinas (da qual sou funcionária) em meio à greve dos servidores lendo justamente Norte e Sul.
É claro que me senti ainda mais fortalecida e inspirada, não só pelo contexto, mas principalmente por estar em companhia de uma mocinha tão independente e corajosa como Margaret Hale.

site: http://www.cafeidilico.com/2018/01/norte-e-sul-elizabeth-gaskell.html
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dramosn 14/06/2018

Ótimo!
? Após o pai de Margareth Hale exonerar-se do cargo de ministro religioso em um pequeno vilarejo rural ao sul da Inglaterra, a família Hale é destinada a grande e cinzentada cidade de Milton ? um polo industrial da época. A contra-gosto a decisão de Mr. Hale, Margareth é obrigada a viver em um local totalmente diferente do seu habitual conforto.
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?Acreditando que o sul do país encontrava-se as melhores pessoas, decoro e vida, Margareth é conduzia a uma realidade rude, violenta e agitada em Milton e seu preconceito aos assalariados e comerciantes, a introduz ao mundo ignorante e isolado. Contudo, após descobrir que por trás de toda poluição, indiferença e tristeza, Milton possuía pessoas amáveis e fiéis.
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?O livro é um romance social sobre o século XIX e suas diferenças entre as classes sociais da Inglaterra industrializada. Aos poucos, Mr. Hale consegue formar conhecimentos agradáveis e honrosos, tornando-se amigo do seu melhor aluno, Mr. Thornton ? um dos maiores fabricantes da cidade. Embora Mr. Thornton seja de uma classe elevada com condições financeiras respeitáveis, Margareth apenas consegue o ver como um mero comerciante local e por trás de toda tragetória de vida de Mr. Thornton, há uma lição de vida e luta. Ela consegue simpartizar-se e inicia amizades verdadeiras com algumas famílias de Milton, porém quando uma greve estoura, grevistas param a cidade exigindo melhorias trabalhistas. Quando Mr. Thornton é alvo de um atentado, Margareth sem pensar duas vezes o protege dos manifestantes e a partir disso, ambos se apaixonam, mas vários problemas e desentedimentos entre eles adiam a conciliação desejada.
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?O livro é bem descritivo e intenressante, nos mostrando como a sociedade se portava na época e seus conceitos sobre as castas. A escrita da Gaskell é bem direta e fluída, dando-nos a oportunidade de compreender os sentimentos e atitudes dos personagens. Gostei imenso da leitura e quero ler suas outroas obras pubilicadas.
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Deh 03/06/2020minha estante
Olá, no livro os sentimentos da Margareth pelo John fica mais intenso do que na serie (2004)?




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