Norte e Sul

Norte e Sul Elizabeth Gaskell




Resenhas - Norte e Sul


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Amanda.Sangbusch 25/02/2024minha estante
Eu amei a leitura, mas esperava mais do final. Ainda tô decepcionada com a forma abrupta que terminou.
E sim, coitada da Margareth, mal teve um respiro, era bomba atrás de bomba.


Geyza.Pereira 26/02/2024minha estante
Concordo, o final poderia ter sido melhor!




Carolina.Viegas 31/01/2021

Clássico da era vitoriana
Me surpreendi com o pano de fundo, a revolução industrial. Eu esperava um livro romântico, mas vi um livro que aborda as várias faces sociais da revolução industrial na Inglaterra, gostei!
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jota 25/11/2021

ÓTIMO: romance e luta social em meio às transformações industriais na Inglaterra do século XIX
Lido entre 07 e 22/11/2021. Avaliação da leitura: 4,7/5,0

Interessei-me mais por Norte e Sul (1855) após a leitura de uma resenha (com alguns spoilers, mas não me importei muito com isso) de Luiz Ruffato, autor do interessante Eles Eram Muitos Cavalos, que li e comentei em 2014. Para ele o livro de Elizabeth Gaskell (1810-1865) é uma obra-prima da literatura inglesa do século XIX. Tem como pano de fundo a Revolução Industrial, fenômeno de largas consequências no meio social, político e econômico de então e depois. Ganha relevância no livro por interferir de modo profundo na vida de seus personagens principais. Ruffato destaca as várias qualidades da obra e também reclama que Gaskell é pouco divulgada no Brasil, mesmo entre o público universitário e especialistas em literatura. Ele tem razão, claro.

Norte e Sul é uma história de amor que demora um tanto para acontecer, porque durante grande parte da narrativa não rola lá muita química seus dois personagens centrais. Principalmente por conta das diferenças de ideias e ideais entre eles, também por alguns mal-entendidos que vão surgindo ao longo da longa trama e que demoram para ser devidamente esclarecidos. Margaret Hale, filha de um ex-pastor, moça de fortes opiniões vem com a família do sul da Inglaterra, do pacato, rural e bucólico vilarejo de Helstone, residir no norte, numa cidade industrial, onde o pai será professor. John Thornton é produtor e comerciante de tecidos de algodão em Milton, a enfumaçada, suja e violenta (para Margaret e outros) cidade do norte, homem que não tem muita habilidade para tratar com seus operários quando eclode uma greve; ele parece ser governado pela mãe viúva e logo se apaixona por Margaret, contrariando a matriarca. Margaret e Thornton têm visões muito diferentes sobre questões trabalhistas e outras, estão quase sempre em oposição. Outra coisa que impede o bom relacionamento entre eles é que Thornton, devido a um episódio que presenciou certa noite, mas desconhece verdadeiramente seu significado, durante longo tempo acredita que Margaret o despreze por estar apaixonada por outro homem.

Naquilo que tem de romântico, momentos de amor e desamor, que me pareceram bem poucos frente ao restante da trama, pois o livro é bem volumoso, Norte e Sul lembra apenas vagamente as histórias de uma antecessora de Gaskell, a conhecidíssima Jane Austen (1775-1815), com quem é associada algumas vezes. Erroneamente, segundo alguns comentários que li aqui e ali, se Norte e Sul for comparado a, por exemplo, Orgulho e Preconceito, mas não me aprofundei nessa questão. Naquilo que tem de denúncia, das condições deploráveis em que trabalhavam e viviam os operários e parte dos habitantes da poluída Milton, situação que toma muitas páginas do volume, podemos associar essas passagens a algumas narrativas de Charles Dickens (1812-1870), contemporâneo e editor de Gaskell, porque ele tratava com maestria o problema de crianças vulneráveis e dos desfavorecidos da sociedade inglesa de sua época.

Mas como li Middlemarch (1872), de George Eliot (1819-1880), ótimo livro de mais uma autora inglesa nem tão lida assim por aqui, penso que pela análise que tanto ela quanto Gaskell fizeram, cada uma à sua maneira, da sociedade inglesa do século XIX, as duas se tornaram autoras de importância fundamental para quem deseja conhecer um pouco mais tal período – e alguns aspectos da Revolução Industrial, no caso de Norte e Sul – sem precisar mergulhar em livros acadêmicos de história. Fora isso, há muitas observações interessantes que elas fazem sobre a vida dos personagens, seu crescimento moral e intelectual (ou o contrário também, algumas vezes). Em Milton e depois em Londres, ao mesmo tempo em que se impõe frente aos homens que a rodeiam, Margaret se vê obrigada várias vezes a rever suas opiniões e mesmo seu preconceito contra o norte industrial, enquanto o sul de sua infância e mocidade povoam constantemente seus pensamentos. É também tempo de ela rever seus sentimentos em relação ao galante Mr. Thornton, por quem sempre se sentiu atraída, até mesmo quando o repelia. Mas até que tudo isso ocorra, muita água (ou fumaça, se pensarmos apenas em Milton) ainda irá rolar nessa história bastante interessante. Se bem que excessivamente longa e com certas passagens maçantes, umas poucas...

Durante a leitura acompanhei a minissérie em quatro capítulos, com duração de quase quatro horas, que a BBC produziu em 2004, que é muito boa, como costumam ser as produções da emissora britânica. Está disponível, nesta data, no site do Dailymotion, com legendas fixas em português (algumas com pequenos erros, mas que não comprometem o entendimento, claro). Tem todos os episódios e acontecimentos do livro, porém de forma resumida ou então rapidamente exibidos, e também com algumas modificações porque senão sua exibição tomaria tanto tempo quanto uma telenovela brasileira, duraria vários meses. Vale a pena ler o livro de Gaskell e ver a minissérie homônima. E também procurar conhecer outros livros dessa talentosa escritora. Vou tentar fazer isso mais à frente.
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Camys Meneghini 04/12/2020

Eu queria muito ler esse livro fazia tempos, até que uma amiga querida me presenteou com ele.
Nele acompanhamos Margaret Hale, uma orgulhosa, porém pobre, moça londrina. Eu fiquei com muita raiva da Margaret por seu orgulho, por se achar melhor que pessoas que trabalham, só porque todo mundo não teve a chance de ter os mesmos conhecimentos que ela. Uma de suas primeiras vítimas foi o Sr. Thornton, um aluno do seu pai, um rico industrial que cresceu na vida por mérito próprio, e Margaret o olha de cima porque ele estava trabalhando enquanto ela estava estudando, e por isso ele não tem os mesmos modos que ela.
Só que a autora pouco a pouco abaixa o nariz dela, a bicha passa por tanta desgraça, que olha, fora que no final ela vê que não é esse poço de maravilhas que sempre se achou.
O livro foca muito em críticas feitas a sociedade industrial, aos funcionários tendo que trabalhar por salários de fome e aos extremos que eles chegam por desespero.
Apesar de termos romance nesse livro, a autora quis nos mostrar muitas outras coisas, e eu gostei demais de tudo que ela me contou.
É tudo muito descrito, mas bem descrito, não achei a leitura maçante e apesar do número de páginas, achei uma leitura fluida e cativante, difícil de abandonar, sempre querendo saber o que vai acontecer. E no final eu ainda queria mais algumas páginas.
Cleide 04/12/2020minha estante
Eu assisti a série da BBC a muito tempo e gostei muito, tenho que ler o livro :)


Camys Meneghini 04/12/2020minha estante
Eu vi alguns posts sobre a série, mas nunca assisti, depois de ler o livro eu vou assistir, com certeza! kkkkk




Blog MVL - Nina 16/10/2012

“Norte e Sul” é um clássico romântico da era vitoriana originalmente publicado em capítulos em uma revista literária chamada “Household Words”, que pertencia ao lendário escritor inglês Charles Dickens. Em 1855 a obra foi lançada em forma de livro com conteúdo inédito e mais complexo do que a pequena novela semanal que fora publicada um ano antes. A proposta do livro é mostrar os contrastes que permeavam a cultura de duas regiões antagônicas na Inglaterra. A forma como a autora encontrou para demonstrar essas diferenças é narrar uma história de amor entre duas pessoas que representam suas origens à perfeição A generosidade e firmeza do Sul contra a violência e individualismo do Norte. Dentro deste contexto a autora introduz a revolução industrial e muito do capitalismo que começava a mostrar a sua face.

A Inglaterra é um país de tradições muito rígidas e até meados do século XVIII a organização hierárquica social baseava-se na intelectualidade (lembremos que a era vitoriana é famosa pelas atividades intelectuais da época) e nobreza de um indivíduo. No auge da revolução industrial, muitas pessoas de baixa escolaridade alcançavam a riqueza ao construírem fábricas e adentrando o mercado têxtil. O capitalismo redefiniu completamente as castas britânicas. Podemos observar isso na obra “Norte e Sul” de várias formas diferentes, mas basta ratificar que o “herói” de Elizabeth Gaskell não é um jovem Conde ou Barão ou proprietário de nenhum tipo de título nobre. John Thornton é um homem um pouco rude, que carece de certa lapidação. E é neste contexto que a autora apresenta seu enredo.

Margaret Hale é filha do pastor de Helstone, uma pequena cidade rural no Sul da Inglaterra. Após um escândalo envolvendo seu irmão (que fora acusada de traição à coroa e vivia isolado na Espanha), sua família encontra dificuldades em continuar na cidade. Seu pai resolve desistir da função de pastor e se tornar professor particular em uma das cidades industriais, onde muitos rudes donos de fábricas precisavam de tutores. Para Margaret, que é apaixonada pela natureza de sua cidade natal, a perspectiva de viver rodeada por fábricas é um verdadeiro pesadelo. Contudo, sendo uma filha que presa, acima de tudo, a felicidade dos pais, Margaret não só concorda com a mudança como auxilia nos preparativos para a viagem. O que a jovem encontra em Milton (a cidade para onde se mudam) é ainda pior do que sua imaginação poderia conjurar. Ruas cinzentas, prédios de pedra, fumaça e neblina se misturando em meio aos trabalhadores de fábricas com aparência pálida e doentia. Para alguém de personalidade solar como Margaret, o lugar parece um dos níveis infernais de Dante.

Seu pai começa a lecionar para o industrial mais poderoso da região. Mr. John Thornton. Oriundo de origens humildes, Mr. Thornton sabe o valor do dinheiro e está completamente envolvido em levar seus negócios à frente. Quando ele vê Margaret pela primeira vez, mal consegue acreditar que exista uma mulher que poderia conjurar todas as qualidades que ele deseja em uma companheira e que lhe inspira emoções tão conflitantes. Pois logo fica claro que apenas a aparência da jovem é sóbria. Margaret possui opiniões e as distribui generosamente, dizendo exatamente o que pensa do sistema na qual o Norte se consolida. As diferenças entre eles e as discussões acalorados que ambos travam pode acabar unindo os dois, ou separado o casal de forma definitiva.

“Norte e Sul” é um clássico que contextualiza lindamente uma época da história inglesa que impactou o rumo de grande parte do mundo ocidental. A reflexão proposta pela autora marca o leitor pela atualidade dos conflitos contidos no enredo. A questão das empresas, sindicatos e greves era tão delicada e problemática em 1855 quanto é hoje, em pleno século XXI. O panorama histórico oferecido por Elizabeth Gaskell é incrível e nos dá uma acurada dimensão dos reflexos que o passado tem no presente. O núcleo da trama que narra a amizade de Margaret com a tecelã Bessy, uma jovem que teve a saúde devastada pelo clima poluído da cidade fictícia de Milton, traz à baila as discussões sobre poluição e meio ambiente. Hoje nós sabemos que o crescimento econômico industrial não afetou apenas a saúde dos seres humanos, mas da atmosfera em que vivemos. Elizabeth Gaskell discute de uma forma geral, a qualidade de vida das pessoas. Margaret questiona a todo o momento a vida em Milton. Em um lado estão os trabalhadores pobres passando fome, do outro os ricos que não poupam em festas e jantares. O lado sombrio do capitalismo que vivenciamos até hoje. É a indignação de Margaret com o sistema, que inicia sua hostilidade em relação Mr. Thornton.

No que concerne à história de amor entre os dois, posso afirmar que é uma das mais complexas dos romances históricos que li. Nada mais complicado do que se apaixonar por alguém que se supõe ser o inimigo. John Thornton é um personagem ambíguo. Ele é um homem controlador e tenaz, mas ao mesmo tempo sofre de baixa autoestima, principalmente por não ser um homem instruído. Essa insegurança atrapalha bastante o desenrolar de seu interesse por Margaret. Outro aspecto nítido de sua personalidade é a possessividade. Ele demonstra um comportamento ciumento que acaba infligindo muito sofrimento aos dois. Contudo, ele também tem um lado extremamente positivo. John é incrivelmente doce e protetor, apesar de sua inflexibilidade nos negócios. O típico homem a quem todos temem, mas que se torna completamente indefeso perante a mulher que ama. Já Margaret Hale é uma heroína independente, não só em suas ideias como emocionalmente. Ela se apresenta de forma orgulhosa e distinta, mas após algum tempo de observação o leitor entenderá que suas emoções são violentas e ela tenta proteger a si mesma de sua própria intensidade. Ela tenta ignorar John a maior parte do tempo e algumas pessoas confundem isso com desdém ou preconceito, mas a verdade é que este é um conto do século XIX. Margaret tinha pouca experiência em lidar com homens e preferia mantê-los como amigos. O leitor nota certa hesitação da personagem em assumir que está apaixonada por Mr. Thornton. Quando nos apaixonamos a vida muda, e o mais alarmante, nós mudamos. Margaret tenta se manter afastada do sentimento, pois no fundo ela ainda preferia a segurança que jamais existe na paixão.

“Norte e Sul” é mais do que apenas uma belíssima história de amor cheia de reviravoltas. Elizabeth Gaskell nos presenteou com um relato das emoções humanas em níveis e formas diferentes. É uma leitura que inspira empatia e, sobretudo, discussões saudáveis sobre temas atemporais.

Temas identificados

* Revolução industrial
* Capitalismo
* Sindicatos / Greves
* Diferenças sociais geográficas e preconceitos linguísticos
* Natureza X crescimento econômico
* Religião (A era vitoriana, período em que a obra foi escrita, determinou um momento da história onde a fé religiosa foi colocada à prova. O materialismo desafiava completamente a existência de Deus e outras descobertas científicas desafiavam a existência da criação como é apontada na Bíblia. O personagem de Nicholas, pai de Bessy (amiga de Margaret) faz o papel de contestador da religião. Ele é um homem pobre e líder de uma das greves que acontecem durante a história. Para ele, Deus não existe.).


Juliana24 28/03/2014minha estante
Um dos meus favoritos. Existe um série da BBC. Foi ai que descobri o livro... :)




robertablo 02/08/2011

Não acho palavras para escrever a minha admiração por este livro.
Não faz nem 2 meses que tomei conhecimento de “Norte e Sul”e “Elizabeth Gaskell”. Sou fã das séries da BBC e descobri que eles filmaram uma adaptação deste livro. Como evito ao máximo ver um filme antes de ler o livro, fui logo comprar as 500 e poucas páginas...

No começo a leitura foi calma. Eu ainda não tinha sido agarrada pela estória, mas mesmo assim continuei a ler afincamente pois já sabia que isso não iria demorar para acontecer... e por Deus, fui agarrada, esmagada e acorrentada. Comer, dormir, pra quê? Se eu podia continuar lendo. Nos finalmentes, deixei até de trabalhar para ler mais um ou dois capítulos. Nem Margaret nem Mr. Thornton saíam da minha mente. Queria e não queria que o livro acabasse. Queria que tudo se resolvesse, mas não queria me despedir deste universo ao qual e já fazia parte. Ah, como eu ia sofrer se o lesse em revistas semanais, como foi originalmente publicado.

Mas, infelizmente, tudo o que é bom acaba. Agora preciso tirar o atraso que coloquei a minha vida, até pelo menos achar outro livro digno e ser agarrada mais uma vez.
Carol 18/08/2011minha estante
a serie é muito boa ainda não li o livro.


robertablo 02/11/2011minha estante
Carol, eu sinceramente não gosto de ler o livro depois do filme, como já disse, mas este vale a pena, recomendo muito!! Como sempre, o livro é melhor!


veronica.conte. 15/12/2015minha estante
Quando vi que faltavam apenas 13 páginas para acabar o livro e muita estória ainda para contar, entrei em pânico. Confesso que gostaria mais de que o entendimento deles não tivesse sido tão sutil. Uma oferta, uma rosa seca...foram o suficiente. Fiquei com a sensação de "é só isso?", quero muito mais. De qualquer forma, assim como O&P, sobrou muito para a imaginação preencher. Talvez seja o charme da obra. Um Coração para Milton já está encomendado. Não será a Gaskell, mas vai suprir o meu "quero mais!!", acredito.




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Vanessaliteraria 28/11/2023

Elisabeth gaskell definitivamente é uma escritora que tem meu coração na palma da mão dela . Que livro meu Deus! Que delícia ...
Primeiro shipei o casal errado kkkkk depois Margaret tem uma mudança de vida tão radical tadinha , com tantos infortúnios e sofrimentos no caminho ?
Margaret é apaixonante não só pela sua força e bom senso em tudo, mas como ela lida com as coisas que surgem em sua vida.
O final pra mim foi a cereja açucarada do bolo ??
Que cena foi aquela meooo Deooossssssss
E pensar que o thorton tava bem baixo no meu conceito , subiu pra mil derrepente ?
Que homem, que amor ... Aiiiii gente não poderia ter escolhido leitura melhor para o mês de novembro só quero dizer uma última coisa ... LEIAM!
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Rafaelle 22/09/2020

Norte e Sul
Venho postergando a resenha desse livro pois como falar do meu livro favorito e fazer jus à essa história tão incrível?

Norte e Sul é a história de uma mulher que se muda do ensolarado e verdejante sul para o industrial e poluído norte. Sai de um lugar rural e tranquilo para a agitação da vida das cidades industriais. É um livro que sobre choques de estilos de vidas opostos e sobre preconceitos.

Margaret Hale é filha de um pároco dissidente. Após o pai renunciar à igreja eles se mudam para a cidade industrial de Milton onde ele passa a lecionar. John Thornton é dono de uma das fábricas mais prósperas de Milton e aluno de Mr. Hale. John e Margaret foram criados em extremos opostos e isso reflete em suas opiniões, o que leva ambos a vários conflitos. Mas nem mesmos as divergentes ideias impedirão que sentimentos mais fortes floresçam. 

Esse livro, além de trazer um de meus romances favoritos, também é uma aula sobre a revolução industrial. A história não é apenas um romance, é uma reflexão sobre todos os impactos que as grandes indústrias causaram sobre a sociedade. Mostrando o ponto de vista de trabalhadores, sindicalistas e patrões, somos levados a refletir sobre essa época que foi tão importante para a história e todas as mudanças na sociedade causadas pela revolução. 

Temos várias tramas que se entrelaçam, personagens fortes, de opiniões firmes, batalhadores. Temos também uma histórias de amor linda entre duas pessoas que precisam vencer seu orgulho em nome do que sentem. É o livro que consagrou Gaskell como minha autora favorita e que me me fez entender os impactos da revolução industrial muito melhor do que qualquer aula de história que tive na vida. Recomendo pra quem quer um livro que faça suspirar mas ainda assim seja muito mais do um simples romance. 
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Cris SP 06/05/2024

06.05.2024
Romance onde a autora faz uma comparação de ambiente, quando Margarete, filha de um ministro religioso sai de uma cidade pequena, bucólica, e vai viver com a família na cidade grande e industrial. Em meio à sua nova vida, presencia a greve, o capitalismo, a pobreza e condição de vida dos operarios, mas também convive com empresários. Gostei bastante da escrita e da proposta de conhecimento político e social daquela época. Quero ler mais Gaskell.
Maria Claudia 17/05/2024minha estante
Tem um seriado curto da BBC ótimo sobre essa história.


Cris SP 17/05/2024minha estante
Bom saber. Obrigada.




Thais 08/06/2021

Um clássico incrível.
Fazia tempo que queria ler esse livro, mas sempre deixava sempre pra próxima, até que vi uma Leitura Coletiva dele. Foi ótimo ler com outras pessoas, discutir sobre tudo que acontecia.
A escrita é ótima, imaginei que seria uma leitura difícil por ser um clássico, mas foi bem tranquilo. Foi o primeiro livro que eu li da Elizabeth Gaskell.
É um livro muito bom, com a revolução industrial presente na história, muita crítica social, doenças, greves, preconceitos, os personagens foram super bem construídos. Gostei muito do John Thornton, achei o personagem super bem escrito, imaginei que ele seria todo discreto com os sentimentos, mas não, ele demonstra mesmo. Margaret Hale não gostei muito no começo, mas depois comecei a gostar mais, fiquei com dó dela em vários momentos. Ela era sempre muito boazinha, tentava ser o apoio de tudo e de todos, mas chega uma hora que não dá pra segurar o mundo com as mãos.
Muita emoção a cada capítulo. Só queria um final mais detalhado, mas tirando isso é um clássico incrível. Vale super a pena. Vou ver a série agora que é super elogiada.
Nati 08/06/2021minha estante
Ahhh, faz um tempão que quero ler esse livro.


Thais 11/06/2021minha estante
É muito bom,Nati.




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Ana Karla 02/07/2013

Norte e Sul é ambientado no contexto histórico da revolução industrial e narra o contraste existente entre o modo de vida da Inglaterra industrializada do norte e da Inglaterra rural do sul. Esse contraste é feito de forma magistral através do encontro de duas personalidades distintas: Jhon Thornton, que representa os ideais nortistas e progressistas da revolução industrial, e Margaret Hale, filha do pároco da cidade de Helstone, que representa a visão de mundo pacífica e generosa dos habitantes sulistas.

Algumas pessoas dizem que o enredo lembra um pouco o de Orgulho e Preconceito, de certa forma até concordo, pois ambos possuem protagonistas muito bem construídos e que por puro preconceito acabam não simpatizando logo no primeiro encontro. Mas acredito que as semelhanças param por aí, pois a obra de Gaskell, por conta do contexto histórico em que está inserida, vai além disso e aborda questões como: revolução industrial, capitalismo, negociações entre patrões e empregados e também religião.

Devo confessar que só li o livro porque me apaixonei pela série (uma adaptação primorosa da BBC). Também tenho que dizer que gostei tanto da adaptação para a tv que fiquei receosa de ler o livro pensando que a tinham "romanceado" demais só para agradar o público. Ledo engano, o livro não deixou a desejar, pois a história é belíssima e a escrita da Elizabeth Gaskell envolvente. E não, não romancearam a série demais para agradar o público, o Mr. Thornton do livro é até mais tudo de bom do que quiseram mostrar na série. Quase que ele ganhava o lugar do Mr. Darcy de meu personagem de época favorito. Não ganhou, mas acabou entrando para a lista e se tornando o meu segundo favorito.

Demorei bem mais do que costumo para concluir a leitura. Isso por dois motivos: estava lendo em e-book e pelo fato de já ter visto a série e não contar com o elemento surpresa para impulsionar a leitura. Em suma o livro é maravilhoso e se iguala pra mim em termos de estima e admiração a Orgulho e Preconceito.
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duda medeiros 31/01/2021

um dos melhores livros que já li na vida
o mundo precisa conhecer Elizabeth Gaskell.
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Carous 25/06/2022

- Leitura coletiva do canal @michelly
Eu achei que este livro se tornaria um queridinho tal qual Orgulho e Preconceito é para mim por causa das semelhanças dele com a obra de Jane Austen. Até admito que tem um pouco de Elizabeth Bennet em Margareth Hale e com certeza sr.Thorton lembra muito o sr. Darcy - aquele homem caladão, que pode soar meio ríspido e indiferente, mas por dentro sente uma forte paixão pela heroína da história.

Não é um favorito, mas foi um prazer esta leitura do mesmo jeito. Eu sei que guardarei para a vida o exemplar que tenho de Orgulho e Preconceito, que eu me controle para não comprar outro. Com Norte e Sul, eu tenho minhas dúvidas. Imagino que um dia possa querer revisitar as cenas mais adoráveis entre Margareth e sr. Thornton, mas estou satisfeita com a edição física que tenho e, no momento, a mantenho mais pelas marcações e anotações.

Há tempos queria conferir o trabalho de Elizabeth Gaskell, grande amiga de Charlotte Brontë. Não me arrependo nem um pouco e me sinto confiante confiante para ler outros livros escrito por elas.

Eu não li este livro pelo romance - e ainda bem -, mas confesso que foi o principal atrativo. Norte e Sul se distancia da famosa história de Jane Austen por abordar diversas temáticas além do relacionamento amoroso. Acho importante ter isso em mente para não se decepcionar. Há muitos capítulos em que Margareth e sr. Thornton nem se cruzam, o romance nem é mencionado e isso pode deixar os leitores mais apaixonados podem ficar impacientes ou frustrados.

Nada murchou meu pique com a leitura. Estava muito investida no romance - e como não estar? - assim com nas outras histórias ao redor e nos debates.
Sinceramente, é curioso e triste ao mesmo tempo como este livro - e tantos outros clássicos - ainda conversam com os dias atuais. Os discursos ainda se aplicam, a revolta, a injustiça. Parece que andamos em círculo.

Margareth Hale é uma personagem que pode ser difícil de gostar; eu, no início, torcia no nariz para opinião parcial que ela tinha do pai e da mãe. O pai ela desculpava tudo; a mãe, ela julgava mais.
Sim, tem influência da criação, da época. Não tenho dúvidas de que ela reproduzia machismo. E tenho menos ainda que ela não percebia como a dinâmica familiar era esquisita.

A sra. Hale nem tenho muito o que dizer, mas o sr. Hale, em poucas palavras, é um frouxo. Ele era apenas o chefe da família no papel, mas não fazia nada - isso sempre cabia à Margareth. A coitada era pau para toda obra para todos os membros da família e pouco valorizada. E foi mais um motivo para se apaixonar pelo sr. Thornton e torcer pelo romance entre eles: ele a valorizava. Ele a idolatrava.

Mas a posição de Margareth na família não foge muito do que encontramos hoje em dia. Só é levemente angustiante ler sem poder fazer nada e triste que ela esteja rodeada de pessoas e sem apoio algum.

O sr. Thornton... ah, como descrever o sr. Thornton?
Ele não é perfeito, mas perfeição é uma palavra que se encaixa bem para defini-lo. Eu não sabia o que pensar sobre a diferença de idade entre eles (normalmente sou contra), mas foi tudo feito com tanta delicadeza. Autoras contemporâneas de romances de época não conseguem escrever histórias de amor sem mocinho problemático e Elizabeth Gaskell fez isso com a maior naturalidade... no século XIX. Te faz pensar...

Há outros personagens na trama, mas quem liga pra eles? Mentira, eles são interessantes e a autora coloca tanta faceta, mas se for comentar um a um...

O livro trata dos efeitos da Revolução Industrial na Inglaterra. Volta e meia nos deparamos com discursos de patrões e funcionários apontando dedos, pesando pós e contra. É interessante. É bom ter uma noção sobre a Revolução, as diferentes classes sociais para não ficar perdido.

Torço para que a tradução da Martin Claret tenha ficado fiel ao texto de Elizabeth Gaskell. Não é exatamente fluído, mas é bem construído e você avança na leitura sem perceber.

A edição está ótima; apesar de ser um calhamaço de capa dura, não é frágil nem pesado. Há algumas notas de rodapé para contextualizar o leitor, mas eu acho que é importante pesquisar antes sobre os temas discutidos no livro para ter uma noção do que acontece.
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