Todos os nossos ontens

Todos os nossos ontens Natalia Ginzburg




Resenhas - Todos os Nossos Ontens


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Ana Clô 16/07/2024

Potente.
Que escrita incrível Natalia Ginzburg tem. Acho que esse foi o meu livro preferido dela até agora.
A potencia narrativa nos envolve de maneira a devorar cada milímetro de sua escrita.
A construção de um cotidiano familiar atravessado pelo fascismo e pela guerra dissolve o que até então era a vida.
Uma leitura marcada por esse entre-lugar do medo e da resistência.
Um livro sensível e visceral na mesma medida.
Natalia nos dá uma aula de história ao mesmo tempo que nos coloca diante das complexidades humanas diante dos assombros do fascismo.
Poético, dolorido, sensível e arrebatador.
Leiam!
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@almicci.thiago 30/06/2024

Que novelão das 21h meu deus!
que livro gostoso, que livro interessante, que livro que ensina tantas coisas!
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Juliana 20/06/2024

"e disse que ele, giustino, fizera bem em ir para a rússia pensando como pensava, de ser um como os outros atirando não em nome da pátria, em nome da gente que estava ali sem culpa e no fundo a pátria era isso, a pátria eram os pobres filhos da mãe de tan
Esse trecho me pegou muito, sobre o que é pátria, principalmente num contexto de guerra. mas o livro aborda a rotina doméstica de uma família comum. é tão mundano que alguns personagens soam familiar, como se eles fossem seus vizinhos ou até alguém da sua própria família. pra mim, a leitura foi cercada pelo pensamento de que é tão estranho ver como o tempo passa e a gente nem percebe isso, a gente tem tantos sonhos e motivos e mais da metade deles acaba ficando para trás. acontece. mas também fala dessa nostalgia de olhar para trás e se lembrar dos que foram e dos que ficaram. lindo lindo lindo!!

(one step closer to the sally rooney state of mind)
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Ana Helena 16/06/2024

Como explicar?
Você finaliza um livro excepcional, domingo 22:10, e pensa: como explicar como esse livro te tocou?

No começo a leitura parece até infantil, a forma narrativa usada faz com que as coisas sérias e superficiais sejam narradas do mesmo jeito, trazendo o peso das palavras apenas para o leitor.

Mas aí, você continua lendo e vê que tudo isso, a forma narrativa, não passa de uma camada do livro pra mostrar como essas pessoas viviam.

Os personagens são tão cativantes que me peguei amando Cenzo Rena e me afeiçoando ao pobre Franz.

Acho que o livro tem muitas camadas que ainda preciso entender e estudar, mas, não posso deixar de já notar como ele é excepcional e como sinto carinho e afeição pela Anna.
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Biblioteca Álvaro Guerra 23/05/2024

Com naturalidade, em família, vai apresentado as personagens, delineando-as, com perfis que parecem sair do papel. O pai de família, uma figura singular: “Havia deixado a advocacia para escrever o livro; vinha desempenhando essa tarefa há muitos anos. O título era: E nada além da verdade e estava cheio de opiniões inflamadas sobre o fascismo e o rei. Ele ria e esfregava as mãos ao pensar que o rei e Mussolini viviam alheios ao fato de que, numa pequena cidade da Itália, um homem escrevia páginas inflamadas sobre eles

https://pablogonzalezblasco.com.br/2024/03/06/natalia-ginzburg-todos-os-nossos-ontens/

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535934557
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Marina 18/05/2024

O cotidiano de duas famílias italianas, suas relações, os hábitos, o cotidiano, as pequenezas. No plano de fundo, a Segunda Guerra Mundial, o fascismo, a invasão dos alemães. E aí, como essas vidas mudam com a chegada da guerra, o que ganha e o que perde importância, o que aproxima e o que afasta. É incrivelmente triste sem ser explícito ou apelativo. Eu gosto como a Natalia Ginzburg consegue retratar o horror nas entrelinhas do banal, é sutil e delicado mas tá lá, sempre presente e à espreita. Acho que dos que li dela até agora, esse foi meu favorito.
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Dilso 24/01/2024

Os ontens...
Um livro que frequenta a visão de duas famílias da/na Itália desde o germe do fascismo até o final da Segunda Guerra Mundial. Escrita seca na qual o narrador se mistura às vozes das personagens. Muitos socos no estômago do leitor e perdas ficcionais verossímeis, pois o chão da história é pisada na História.
Enfim, termino minha inquietação de leitor citando o excerto sheakespeareano que deu origem ao título:
"E todos os nossos ontens não fizeram mais que iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte. Apaga-te, apaga-te, chama breve!" (Macbeth, William Shakespeare, 1603-1607).
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Gabriele Talaia 21/01/2024

Todos os Nossos Ontens
Todos os Nossos Ontens é uma colcha de retalhos de duas famílias, que se entrelaçam aos longos dos anos hora por amizade, hora com desprezo, e com desdobramentos que permeam toda a leitura. Os personagens não cativam, em nenhum momento você se vê torcendo por eles para que consigam "x" ou "y", mas com o passar da leitura você entende que são todos frutos da criação que tiveram (revolucionária e permissiva de um lado, repressiva e da pequena burguesia do outro) e do meio que vivem - primeiro a Itália fascista e depois a Itália como membro do Eixo, aliada à Alemanha na Segunda Guerra.
Seguimos com eles pelas páginas, acompanhando estas pessoas no vai-e-vem deles pelas cidadezinhas, e como folhas e incetos (te dedico essa Cenzo Rena) não somos personagens, e sim espectadores daquelas vidas.
Leitura interessante e ao mesmo tempo intrigante, já que não me recordo de ter feito outra leitura com personagens italianos nesse contexto histórico.
No fim, o sentimento é que vão-se os aneis, mas ficam-se os dedos. O próximo passo é descobrir o que fazer com esses dedos.
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Luciana.Lourenco 21/01/2024

Durante os anos de fascismo na Itália, uma típica família da classe média precisa seguir a vida após a morte do pai. 
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Carol Poupette 01/10/2023

Anna
Livro com a escrita rápida e juntamente com um amontado de acontecimentos/fatos ocorrendo rápidos também. Fala sobre os antifascistas na Itália em meio à guerra.
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Gramatura Alta 03/09/2023

Https://gramaturaalta.com.br/2023/09/03/todos-os-nossos-ontens-drama-emocionante-na-italia-facista/
TODOS OS NOSSOS ONTENS se inicia com uma casa, uma rotina, uma família. O tempo passa, o ritmo cotidiano é rompido por mortes, encontros, casamentos, gestações. A cada ruptura, surgem novas rotinas, e então a voz em terceira pessoa se mistura ao olhar de Anna, a caçula, que se surpreende com o modo do hoje virar ontem; parece que uma eternidade separa a vida de antes e a nova que surge.


Não são apenas os nascimentos e as mortes que mudam a percepção do tempo. Até certo ponto, parecia que o fascismo não acabaria nunca, e então começa a se ouvir no rádio sobre a invasão da Polônia, e sobre a linha Maginot, que parecia intransponível. Mas os nazistas a ultrapassam, e num relance a guerra vira parte da vida. Se a destruição faz com que as rotinas durem sempre menos, algum resto de resiliência, inadvertidamente, consegue as reerguer, ainda que cambaleantes.

Em TODOS OS NOSSOS ONTENS, através de uma narrativa penetrante e introspectiva, somos apresentados a uma trama que transcorre na Itália, abrangendo um período que vai desde os anos anteriores à Segunda Guerra Mundial até o imediato pós-guerra. Somos imersos no ambiente de uma sociedade que vive as expectativas, os temores e as consequências de um dos conflitos mais devastadores da história moderna da Itália e da Europa como um todo.

Para contextualizar, a Itália estava sob a liderança de Benito Mussolini e seu regime fascista desde 1922. Mussolini consolidou seu poder através da censura, da supressão de opositores e da propagação de propaganda nacionalista, que se caracterizava pelo totalitarismo, pela exaltação do estado e pela promoção de valores tradicionais. Durante a década de 1930, a Itália se aproximou da Alemanha nazista de Hitler, culminando no Pacto de Aço em 1939. Isso alinhou a Itália com a Alemanha durante a iminente Segunda Guerra Mundial.

Em 1940, a Itália entrou na guerra ao lado da Alemanha nazista. Inicialmente, enfrentou reveses militares, especialmente na África do Norte contra as forças britânicas. Em 1943, após várias derrotas e com o avanço dos aliados, Mussolini foi deposto e preso. A Itália assinou um armistício com os aliados e foi ocupada pelas tropas alemãs. Isso levou a uma situação dividida: o norte da Itália, sob controle alemão, onde Mussolini estabeleceu a República Social Italiana com o apoio dos nazistas, e o sul da Itália, sob controle dos aliados.

Durante a ocupação nazista no norte, surgiu um forte movimento de resistência partisana. Esses grupos, muitas vezes comunistas e socialistas, realizaram uma guerrilha contra as forças de ocupação alemãs e os fascistas italianos. Com o avanço das forças aliadas e o apoio da resistência partisana, a Itália foi completamente libertada em 1945. Mussolini foi capturado e executado por partisanos italianos. O período de guerra e os anos imediatamente posteriores foram marcados por divisões profundas na sociedade italiana, traumas e transformações. Muitas famílias, incluindo as da autora de TODOS OS NOSSOS ONTENS, foram diretamente afetadas pelo fascismo e pela guerra.

TODOS OS NOSSOS ONTENS se concentra na vida de Anna, que testemunhou as transformações da Itália e as repercussões dessas mudanças em sua vida pessoal. Somos apresentados a uma série de personagens, desde membros da família de Anna até amigos e conhecidos, cada um carregando consigo as marcas e as experiências proporcionadas por esse momento histórico. Eles tornam-se reflexos das diversas formas como a guerra impacta o indivíduo, o cotidiano, as relações e as expectativas para o futuro, explorando o que significa viver em tempos de guerra e incerteza.

Apesar desses muitos personagens, Anna é o coração da narrativa. Ela cresce observando as complexidades da vida durante o período tumultuado que antecede e segue a Segunda Guerra Mundial. Através de seus olhos, nós ganhamos uma perspectiva feminina sobre os eventos. Anna é profundamente afetada pelas circunstâncias, e suas experiências pessoais refletem as maiores turbulências políticas e sociais do momento.

Anna desenvolve um vínculo profundo com outro personagem, Cenzo Rena. Ele é um amigo da família de Anna e, apesar de suas diferenças de idade e experiência, ele representa um contraste com o mundo de Anna, trazendo consigo memórias e experiências da geração anterior. Sua relação com Anna, embora carregada de tensão e complicações, é um retrato das conexões humanas em meio às turbulências da guerra e do fascismo.

Através de uma prosa que é simultaneamente sutil e poderosa, TODOS OS NOSSOS ONTENS retrata com maestria as nuances das interações humanas, seja nos diálogos carregados de significados não ditos, seja nas descrições dos gestos e comportamentos dos personagens. O resultado é uma obra que, apesar de se situar em um período específico da história, possui uma atemporalidade que a torna relevante para leitores de qualquer época. Encontramos o testemunho de uma geração que viveu sob a sombra da guerra.

site: https://gramaturaalta.com.br/2023/09/03/todos-os-nossos-ontens-drama-emocionante-na-italia-facista/
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bluemoon 16/08/2023

Maravilhoso
Não me prendeu no começo mas depois que peguei o ritmo e comecei a me identificar com os personagens se tornou um dos livros mais interessantes que já li
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marina.siqueira 05/07/2023

Todos os nossos ontens é um livro sobre os bastidores do fascismo e da Segunda Guerra Mundial na Itália. A narrativa ocorre de forma lenta, destrinchando bem as trivialidades de vidas comuns por vezes alheias aos desdobramentos políticos.
Trata-se de um livro historicamente importante, mas que não me gerou aquele impulso para ler. Os personagens são propositalmente sem muito carisma, mas bem construídos. Enquanto isso, os reflexos da guerra foram bem retratados, estando presentes mesmo nas pequenas vilas.
Num geral, foi um bom livro.

"Não existiam homens de guerra e homens de paz, pensava Anna, a guerra era contra todos e ninguém tinha o direito de dizer que não queria participar."
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proximo.livro 13/01/2023

Interessante
Aborda as relações humanas frente às exigências da guerra, no caso 2GM.
Intimista, quase um livro de memórias.
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Célio 07/01/2023

Todos os nossos ontens
Terminado. O que dizer desse livro? É intenso, é maravilhoso, é sensacional. Mas é dolorido porque envolve a segunda grande guerra. É uma história de família, de perdas, de reencontros. A própria autora resume esse livro nessa frase: "[...] Perdemos as pessoas mais queridas [...]Aprendemos a separar e a guardar os objetos dos mortos; a voltar sozinhos aos lugares onde estivemos com eles".
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