sara.wth 09/08/2024
"É só esquecer que existe um fim".
Por muitos livros já lidos da Taylor Jenkins Reid, eu já esperava certa competência de Carrie Soto, porque eu já tenho noção de todo talento que a autora tem no quesito da escrita, todos livros que eu leio dela eu saio transformada, compreendida, impressionada e aproveito a leitura de um jeito muito especial, mesmo esperando tudo isso, nada podia me preparar pra Carrie Soto. É literalmente inexplicável o sentimento que eu tinha lendo cada verso, cada página, cada parte do livro. Eu sentia toda frustração, toda perda, todo orgulho, toda vitória, todas pessoas gritando, cada movimento do jogo, eu sentia absolutamente TUDO que a protagonista vivia. O livro é contado de uma forma tão boa que te prende do início ao fim, a Carrie é uma personagem tão identificável (particularmente) que deixava o livro ainda melhor, você acompanha todo esforço, todo suor, todas lágrimas, toda jornada dela pra alcançar tudo que ela merece. Mas o que mais me impressiona no livro é o amadurecimento dela, de como ela leva a vida e que no final, descobre que nem tudo leva a grandeza, que a paz tem seu valor, e que quando o peso é tirado das costas dela, ela é finalmente livre de todos rótulos que ela se submeteu, ela se livrou de ser a "Aquiles". O livro é espetacular para os tipos de pessoas perfeccionistas, que como a Carrie, vêem a grandeza, a glória, como o único caminho ou tudo será em vão. De forma tão real, crua e significativa, a autora conseguiu criar uma relação perfeita dos personagens á vida, que me fez de todo meu coração, querer assitir cada partida da Soto e aprender a jogar tênis. Não tem outras palavras pro livro a não ser excepcional, que coisa mais linda foi acompanhar a arte imitando a vida com esse livro que vai ficar na minha memória pra sempre, que explora do perfeccionismo até a vulnerabilidade de forma tão certeira.