Ciranda de Pedra

Ciranda de Pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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Toni 03/11/2021

Prazer, Lygia
Não só é o primeiro livro da autora que leio, como também foi o romance de estreia de Lygia. E isso impressiona ainda mais. Logo em seu primeiro livro, a brasileira entrega uma história incrível, sensível e extremamente humana.

A história parece mesmo uma novela (tanto que gerou 2 adaptações na Globo). Mas ao invés de cair em clichês e exageros, Lygia consegue transformar os personagens em figuras reais, humanas e fascinantes. Seu estilo de escrita talvez seja o grande responsável. Muito gostoso e fluido.

Outro ponto que quero destacar é a "ousadia" do livro, se considerarmos a época de sua publicação (anos 50). Certas passagens dessa obra com certeza eram encaradas com ainda mais preconceito e machismo do que nos dias de hoje.

Resumindo, gostei muito de "Ciranda de Pedra". Com certeza, vou ler outras obras desta grande escritora brasileira. Demorou, mas finalmente, conheci Lygia Fagundes Telles.
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Luciana Luz 12/10/2021

Ciranda de pedra
Primeiro romance escrito pela escritora Lygia Fagundes Telles, Ciranda de pedra é um livro provocante, com uma história forte e personagens extremamente humanos.
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RosanaMiyata 12/10/2021

Tenho gostado da escrita da Lygia, da maneira como ela mescla a realidade com o imaginário. As analogias que ela faz neste livro, dos animais com os seres humanos, são fantásticas e enriquecem a obra. Este é o segundo livro que leio dela, não sei se todos são desta forma, mas por enquanto, dos que eu li, não há nada de final feliz.
Beto 12/10/2021minha estante
Dela li somente o Verão no aquário e gostei muito. Já o leste?




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Raquel 06/10/2021

É uma lição
Virgínia é uma criança cuja a mãe tem transtorno psiquiátrico e cuja a relação com o pai é fria. Suas irmãs mais velhas a excluem e ela não tem amigos.
Através da história de Virgínia, a autora mostra como uma única existência é formada por diversas vidas, mas essas, embora diferentes, são interligadas por um elo, e suas experiências na infância são determinantes para suas vidas futuras. A alienação parental e a crise de afeto nos primeiros anos de vida determinam toda a sua trajetória .

Finalizando o livro e pensando que sempre devemos esclarecer tudo às crianças
numa linguagem adequada para a idade delas, sem nunca achar que elas são pequenas demais para entender . E óbvio, estar sempre atendo para as suas relação interpessoais, a exclusão e o bullying são graves.
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Manu 04/10/2021

Como nunca vi ninguém não gostar das obras de Lygia, estava com altas expectativas sobre o que encontraria aqui. De cara, fiquei absolutamente maravilhada com a escrita da autora, que mantém o leitor preso em todas as descrições e diálogos ao longo do livro.
Essa sensível história trata sobre o processo de crescimento e amadurecimento de uma personagem que, desde criança, se vê enlaçada em um sentimento de insegurança e não-pertencimento. Virginia, a protagonista, é uma menina de sua época em muitas falas, pensamentos e ações. No entanto, se vê cercada pela solidão, por uma família composta de pessoas que a excluem e não deixam-na adentrar nessa ciranda. Em meio às dúvidas sobre quem é e sobre quem poderá ser Virginia, Lygia Fagundes Telles nos maravilha com sua prosa encantadora e seu enredo bem trabalhado. Apesar de o livro ter muitos assuntos que ficam abertos, para que o leitor os interprete, sinto que este era o intuito. Assim como Virginia nunca saberá tudo, o leitor também não saberá. E no caso desse livro, isto é magnífico (magnífico também é a conclusão do livro, nossa!)
Sendo seu primeiro romance, publicando em 1954, só criei ainda mais vontade para colocar todos os livros de Lygia na lista de próximas leituras!
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Nado 03/10/2021

Esse é o primeiro romance de uma das maiores autoras de nossa literatura, a qual temos a alegria de celebrar a sua vida e a sua presença entre nós.
O livro gira em torno de Virgínia, caçula de um casal que têm três filhas, sendo a única a morar com a mãe após a separação dos pais. É do ponto de vista dela que toda história é contada, permeando acontecimentos, sonhos e divagações dessa protagonista que tem uma das personalidades mais fortes e sensíveis que eu já li.
O livro é dividido em duas partes. Na primeira, Virgínia é uma criança que mora com a mãe, e faz constantes visitas ao pai. Ele mora em uma luxuosa casa, junto das outras duas filhas e de uma governanta rígida e cruel com ela. É nessa primeira divisão que o leitor vai conhecer uma criança que tem uma sensibilidade ímpar e que é cheia de dúvidas e medos.
A segunda parte é contada a partir de dois acontecimentos que mudam totalmente o rumo da história. É aqui que é apresentada ao leitor uma Virgínia já crescida, madura, mas que nem por isso perdeu as suas ansiedades, solidão, somados agora com sentimento de culpa.
A história de Ciranda de Pedra reproduz o relacionamento e o comportamento das pessoas entre si, e que certamente fará com que o leitor feche a página em muitos momentos, olhe para o teto e reflita por um bom tempo sobre a sua vida.
Nem preciso pontuar que essa foi uma das melhores leituras que fiz na vida, e que será um livro que vou panfletar e indicar sempre. Lygia consegue trazer com suas palavras uma leveza ao transcrever como ninguém os sentimentos dos seres humanos, fazendo com que o leitor sinta na totalidade toda a emoção e as fragilidades dos seus personagens tão bem escritos e construídos.
joedsonfrl 03/10/2021minha estante
Sou apaixonado na Lygia Contista! Certamente uma das minhas autoras favoritas! Ciranda será meu primeiro contato com a Lygia Romancista e será agora em outubro! :D


Nado 03/10/2021minha estante
Tenha uma ótima leitura!




Gabriela Gonçalves 02/10/2021

"Mais importante do que nascer é ressuscitar'
Eu ainda estou tentando organizar as palavras para poder fazer esta resenha. Ciranda de Pedra foi mais uma leitura conjunta que fiz junto com a Mell Ferraz. E que surpresa boa! Eu já havia lido outros escritos da Lygia (o livro de contos Antes do Baile Verde) e havia gostado bastante da complexidade e da sensação de estranhamento/deslocamento que perpassa todos os textos.

Ciranda de Pedra me tocou bastante. Sabe aquela frase "Não sei o que dizer, só sentir"? É exatamente assim que me encontro. Apenas sinto. O livro é de uma complexidade enorme! Cheio de simbolismos, de sutilezas que se escondem nas entrelinhas do texto. Lygia com certeza já se tornou a minha escritora preferida. Ciranda de Pedra é triste, melancólico mas esperançoso.

Acho que o tema principal desse livro é sobre pertencimento. Todo mundo gostaria de pertencer a algo, mas, e quando esse pertencimento é negado por sua própria família? Como você reagiria? Haverá mágoas? É possível perdoar? Para mim, o final é espetacular. Somos confrontados com a verdade e não há mais espaços para idealizações de infância. Chegou a hora de amadurecer e encarar: "Começa hoje mesmo a vida que te resta".

Eu gostaria de ter feito uma resenha mais detalhada, mas eu não consigo. Porque é tudo sentimento e eu não sei traduzi-los. Uma das melhores leituras do ano e da vida!
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Vivi.Montarde 01/10/2021

Que livro mais lindo. A escrita e a história mexeram muito comigo. Lygia traz personagens tão complexos e com pensamentos tão profundos que é inevitável não refletir sobre a história e comparar com momentos que passamos em nossas vidas.

A personagem principal, Virgínia, se sente um peixe fora d?água na família, com os amigos e na vida em geral. Não recebe muito afeto e atenção e por isso vive em meio a fantasias e histórias que cria em sua cabeça. Sonha em fazer parte do grupo, pertencer a algo e ser aceita. Na metade do livro há uma passagem no tempo e vemos em que aspectos Virgínia e os demais personagens mudaram e quais se mantiveram os mesmos.

É um livro que precisa ler com atenção porque a autora não entrega tudo de cara. Tem que pegar as sugestões e juntar para construir as sensações. E não sugiro lê-lo se você não estiver com a cabeça boa, porque é uma história triste e melancólica.
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Liduina 01/10/2021

Ciranda de Pedra
Essa leitura me mostrou o quanto é importante pra nós o fazer parte das cirandas. O pertencimento faz parte da vida humana. Sentir-se acolhido, respeitado faz muito bem pra nossa alma. Amei o livro.
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Dalila 30/09/2021

Um romance modernista (foi lançado em 1954) de formação. Primeiro romance publicado de Lygia, até então, a autora escrevia contos.
É um livro estilo novelão com bastante característica do melodrama (talvez minha abstinência de teatro me fez gostar ainda mais da experiência)
O livro é dividido em duas partes e apesar se ser um livro bem pequeno que inicialmente não estava dando mt coisa, Lygia consegue trazer profundidade e informações através do enredo e não da narrativa dos personagens. Ela mistura muitos elementos sinestésico e várias referências artísticas (Shakespeare, Beethoven, Dante?) Os personagens são mt humanos e complexos, vários personagens (se não todos) me deram vontade de socar, mas em outros momentos senti mt empatia por eles (especialmente pela protagonista). Vamos dizer que a autora consegue fazer com que a gt goste dos personagens msm eles sendo detestáveis.
A autora faz vaaaarias críticas a sociedade burguesa, ociosa egocêntrica e insensível da época. Alguns temas como loucura, adultério, morte, eutanásia, suicídio, abandono familiar, bissexualidade, impotência, são abordados no livro. Apesar de serem temas ocultos pra época.
Outro ponto que gostei demais no livro foi que a autora não entrega tudo. Ela vai dando informações conforme o livro vai acontecendo e a gt vai juntando as peças e ainda assim nem tudo é discutido ou entregue. Ficamos com ar de mistério de tem coisa estranha aqui. E isso me empolgou mt.
Outro ponto é: Lygia nunca escreve só por escrever, toda palavra do livro tem um motivo de estar ali (a algumas coisas a gt deixa passar pq é impossível compreender um livro desses 100%) mas assim, eu viajei demais com a escrita da autora e como ela escolhe o que colocar e onde. Mt coisa fez sentindo pra mim.
Em resumo, a obra de Lygia é cheia de camadas, complexa, ambígua e profunda
Fazia mt tempo que não me sentida tão instigada a estudar literatura.

??????????? favoritadissimo
LivroAleatorio 30/09/2021minha estante
???




Camila.Szabo 30/09/2021

Um romance de formação
O livro começa com Virgínia ainda menina em uma situação de grande estresse para uma criança - o divórcio recente dos pais e uma doença da mãe (não sabemos qual, mas fica claro que é de ordem psiquiátrica). Nessa primeira parte, o autora nos coloca na cabeça dessa menina e nos sentimos como ela, com mais perguntas do que respostas.
Naquele momento nenhum adulto se preocupa em dar conforto emocional à Virgínia, que como qualquer criança, vê as coisas acontecendo a sua volta e as interpreta como sua cognição e conhecimento permitem, o que causa grande sofrimento, pois restam dúvidas, lacunas, medos e culpas.
Ela vive separada das irmãs, que moram com o pai, mas não é colocado o motivo, só sentimos com ela sua rejeição.

Na segunda parte, Virgínia já está uma jovem adulta que depois de um tempo afastada, volta a casa do pai, encontra as irmãs e os amigos, o grupo que tanto desejou fazer parte. Aí, vemos como ela elaborou essas experiências da infância. O que superou e o que não superou. Ela ainda deseja fazer parte da ciranda? Como vai lidar com essas pessoas? Como vai se tornar ela mesma, sem os rótulos colocados quando ainda era caçula do grupo?

Nesta parte do livro, vêm a tona muito da forma de vida da classe média alta paulistana na época (entre as décadas de 1940 e 50), seus preconceitos velados e suas hipocrisias. A escrita da Lygia deixa muita coisa nas entrelinhas, tanto da própria história, quanto dessa crítica social - aparece questões como machismo, preconceito contra as mulheres divorciadas (e seus filhos), estigma da doença mental e preconceito relacionado à opção sexual.

Eu gostei muito do final, não sei se tão verossímil para época, mas um final muito interessante para a personagem Virgínia.
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Analuz 29/09/2021

A não-sutileza dos detalhes
Pode-se dizer que, ao se consagrar como escritora, Lygia Fagundes Telles fez uma escolha ousada ao conciliar a vida jurídica (a autora é formada em Direito pela USP) com a sua produção literária. Aliás, ousadia também é uma boa palavra para definir esta obra, que toca em assuntos tão delicados para a época de publicação e que também retrata personagens femininas de maneira nada convencional.

Desde o início, seguimos as pistas que, aos poucos, o livro nos entrega: acompanhamos o drama de Laura, que sofre de transtornos mentais, e de sua filha Virgínia, que ainda é criança. Aprendemos com o decorrer dos capítulos que esta família passou por um enorme escândalo: Laura cometeu adultério e agora mora na casa daquele que teria sido seu amante. Ora, para um tempo em que sequer havia divórcio no Brasil, pensem em como isto não teria chocado a alta sociedade paulista da época (classe social à qual as duas pertenciam)!

E é através da infante Virgínia que descobrimos tudo isso, uma vez que ela mesma recebe estas informações no início da história. Aliás, o enredo não nos é revelado de cara, já que dependemos das ações e interpretações de Virgínia para que possamos, nós mesmos, entender o que acontece. E é claro que, para isso, Lygia também abusa de entrelinhas, que não estão lá apenas para enfeitar a história, mas que são repletas de significados.

Virgínia é a mais nova de três filhas e a única a morar com a mãe em outra casa, longe de todo o luxo do qual suas irmãs Bruna e Otávia desfrutam ao lado do pai, o renomado advogado Natércio. Dentre os amigos das irmãs, figuram o casal de irmãos Conrado e Letícia e o jovem Afonso. De cara, a garota sente que, por mais que se esforce para pertencer àquele grupo, nunca é aceita. Dentro de sua mente infantil, ela relaciona a sociedade formada por aqueles 5 com os anões de pedra que rodeiam a ciranda do jardim de Natércio. Inflexíveis como as estátuas, eles não abrem espaço para que Virgínia também pertença ao grupo. Então, cada vez mais, a garota se vê distante da moralista Bruna, da bela Otávia, do seu amado Conrado, da misteriosa Letícia e do falastrão Afonso.

Apesar de toda a audácia contida na obra, ela aparentemente caiu no gosto do público a ponto de "Ciranda de Pedra" ganhar duas adaptações televisivas em formato de novela. Quanto à primeira versão, não posso dizer muito, já que eu nem existia à época. Mas, em relação à produção de 2008, posso afirmar que não chega aos pés da profundidade que o livro traz! Fosse pelo horário de exibição ou apenas para conquistar uma gama maior de espectadores, o fato é que muitos dos temas polêmicos trazidos à tona no livro sequer foram pincelados nas telas. O que me faz crer, é claro, que "Ciranda de Pedra" é uma obra dificílima de se adaptar, uma vez que somos direcionados à história unicamente pelo ponto de vista da protagonista Virgínia e de suas percepções acerca do mundo que a cerca. Além disso, os temas trazidos aqui vão muito além da já mencionada representação feminina, abrangendo bissexualidade, impotência sexual e adultério feminino (veja bem, este é um livro publicado em 1954 e que retrata uma sociedade dos anos 40!).

A leitura desta obra foi uma experiência interessante e dúbia para mim. Apesar de eu gostar de como se deu o andamento da história e de ficar curiosa para saber o que aconteceria com Virgínia e os demais personagens, eu não gostei da protagonista, que é justamente a peça essencial para a condução do enredo! Mas é claro que isto é uma questão puramente pessoal e que não interferiu na minha classificação positiva do livro, no fim das contas.

No mais, "Ciranda de Pedra" é uma obra que eu recomendo para todos aqueles que viram a cara para a literatura nacional do século XX! Com uma escrita instigante, Lygia Fagundes Telles consegue nos transmitir os dramas e segredos escondidos pelo grupo, assim como podemos sentir a angústia de Virgínia, que mesmo rodeada se sente tão solitária em meio a esta ciranda de pedra...

site: https://youtube.com/c/AnaluzMarinho
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