Ciranda de Pedra

Ciranda de Pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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Karli 18/08/2021

Simplesmente maravilhoso
Dividido em duas partes o livro narra a história de Virgínia, na primeira parte, ainda criança, e na segunda adulta. A história é basicamente sobre pertencimento, a personagem não sabe ao certo onde é seu lugar, mas no final ela acaba de encontrado e se entendendo.

A leitura é bem fluída e cheia de surpresas. Super recomendo!
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luisa 15/08/2021

minhas expectativas com Ciranda de pedra eram altíssimas, porque admiro muito a Lygia e sobre o seu primeiro romance só ouvi elogios. não sei dizer se elas foram superadas, pois a experiência foi, na verdade, diferente do que eu esperava. não imaginava que ia criar afeição e até, em certos pontos, me identificar com a protagonista Virgínia. desde a infância, ela mostra-se uma menina insegura, mas também forte e esperta - sua principal característica, contudo, é se sentir deslocada da sua família. Virgínia não se sente parte da ciranda de pedra que tanto queria entrar, afinal. talvez por isso eu tenha gostado mais da segunda parte, por focar no processo de autoconhecimento e libertação da protagonista. é um processo muito real, assim como tudo que Lygia narra. as cenas são reais, os personagens são humanos repletos de defeitos e de qualidades e o desfecho do livro é muito real. ciranda de pedra é um emanharado de dor, inveja, leveza, força, pertencimento, amor e superação.

por fim, não tem como não amar a escrita de Lygia que, a cada frase consegue esbanjar beleza, poesia e potência. em poucas palavras muito nos é dito. essa mulher é patrimônio histórico do nosso país, que honra tê-la viva
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luizguilherme.puga 14/08/2021

Primeiro livro e uma das maiores autora brasileira. Romance de formação que acompanha a trajetória de uma menina, filha de um lar desfeito, da infância à idade adulta. A protagonista está sempre tentando se adequar aos círculos sociais e principalmente familiar, em um ambiente te onde parece não pertencer. O uso da linguagem é feito com excelência o que somado com a originalidade do enredo, fazem o livro a frente de seu tempo.
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romulorocha 11/08/2021

Ciranda de pedra, de Lygia Fagundes Telles - Nota 9,5/10
Lygia F. Telles foi uma escritora brasileira de grande renome nacional e internacional, vencedora de prêmios como, Jabuti e Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA). Contemporânea de Carlos Drummond de Andrade, o mesmo descreve Ciranda de Pedra como sua obra de maior maturidade.

Em Ciranda de Pedra, Virgínia é apenas uma criança por volta dos seus 10 anos, e desde cedo precisa lidar com o sofrimento da separação dos pais, o adoecimento psicológico de sua mãe e a indiferença de seu pai. Os anos irão passar, mas como quem olha de fora, Virgínia parece não se encaixar na ciranda de emoções e desilusões das quais se vê cercada, até que reencontra um grande amor, Conrado. Será ele capaz de fazê-la sentir-se parte desta ciranda?

O livro é narrado em terceira pessoa, intercalando alguns momentos com primeira. A trama é contagiante, tanto que, embora não seja um livro curto, você se vê preso ao enredo. Os personagens, sobretudo Virgínia, são muito bem trabalhados.

O livro foi publicado pela primeira vez em 1954, e admirou-me ver a coragem e vanguardismo de Lygia ao trazer a temática da saúde mental para seu romance. O livro me pareceu um perfeito ensaio sobre a vida em si, repleta de sofrimentos e desilusões, mas sobretudo, cheia de caminhos e oportunidades de sermos felizes.

Adorei a leitura e super recomendo.

#resenhasdoromulo
#cirandadepedra
#lygiafagundestelles
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Otávio - @vendavaldelivros 07/08/2021

??Nascemos todos os dias quando nasce o sol?. E depois?
- Começa hoje mesmo a vida que te resta.?

O lugar que você está hoje não é, necessariamente, o lugar que você deve permanecer. Nem sempre, na verdade, estamos de fato nos sentindo parte nos lugares sociais que nos encontramos. Família, amigos, trabalho ou qualquer outro círculo de pessoas pode não fazer sentido pra você. Entender isso é o primeiro passo para sair de prisões que entramos. É o primeiro passo para nascer de novo.

Publicado em 1954, Ciranda de Pedra é considerado pela própria Lygia Fagundes Telles seu primeiro romance e narra a vida da jovem Virgínia, que ainda criança vive entre a casa do padrasto Daniel e da mãe, que possui uma doença que a categoriza como louca, e a casa do pai Natércio e de suas irmãs mais velhas, Otávia e Bruna.

Escrito de uma forma profunda, mas de fácil compreensão, com o talento costumaz da autora, Ciranda de Pedra mostrará esse universo aos olhos da protagonista, suas dúvidas infantis, seus desconhecimentos e suas dores. A relação conflituosa com a casa sem luxos do padrasto e da mãe e o oposto idealizado na mente, os sonhos e as projeções da casa do pai, das irmãs e dos amigos que os cercam.

É impossível não gostar de Virgínia, principalmente a partir da segunda parte do livro, onde mais velha, volta para a casa do pai e busca fazer parte daquele mundo, entender aquelas pessoas e ser importante para elas. Ainda assim, é no processo de amadurecimento e entendimento que vemos acontecer que está o ápice de Ciranda de Pedra.

É a compreensão de que não é válido se diminuir para caber em mundos que não nos pertencem que torna esse livro tão fantástico. Ver, com os olhos de Virgínia, que não é importante supervalorizar pessoas por sua posição ou seu vínculo familiar, que não se implora para ser amado ou fazer parte. Quanto mais nos conhecemos, mais enxergamos que posição no mundo merecemos e devemos ocupar. Livro incrível e delicioso de ser lido, Ciranda de Pedra é uma passagem para conhecermos o mundo que temos dentro de nós.
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spoiler visualizar
lekrahen 07/09/2021minha estante
linda resenha!




Hanna Carolina | @mundinhodahanna 06/08/2021

Ciranda de pedra traz a história de Virgínia, que presença de perto os acontecimentos de uma família imperfeita. Divido em duas partes, a primeira traz Virgínia ainda criança, a mais nova de três filhas e pais separados. Convive de perto com a doença da mãe e um pai distante. Anos mais tarde, temos uma Virgínia já crescida, que vê ainda sua família com olhos inocentes em vários momentos. Mas ainda assim, ela quer fazer parte dela de alguma forma.

Porém, mesmo com uma linguagem até mais fluida do que eu esperava, a leitura desse livro não foi algo fácil, exatamente por ser fora da minha zona de conforto. Talvez por isso, eu custei a engrenar na leitura e, quando o fiz, só acabei passando raiva, em especial com os personagens secundários, que pareciam ter vindo ao mundo a passeio e nada mais.

Quem salva, de alguma maneira, a leitura, é a própria Virgínia, cujo amadurecimento é marcante e até emocionante em algum momento. No entanto, até que isso acontecesse, ela passou por várias situações que me fizeram querer entrar no livro e dar uns conselhos para ela, pois ela era inocente demais, mesmo depois de adulta, o que me dava agonia em vários momentos.

O final é algo emocionante, mas acho que eu já estava com tanta raiva de outros personagens, em especial as irmãs de Virgínia, que acabei não me conectando tanto quanto a cena pediria. Mas confesso que foi um final satisfatório e não imaginaria outro tão tocante quanto esse.

Em resumo, não me foi uma leitura simples de se fazer, então ele leva três estrelas dessa vez. Mas ainda assim, eu recomendo a leitura, pois pode ser o seu tipo de livro. Além disso, ele traz diversos temas tidos como tabu por muito tempo, tratados de forma tão natural aqui, que me custou a acreditar que foi escrito na década de 1950.


site: https://mundinhodahanna.blogspot.com/2021/07/ciranda-de-pedra-lygia-fagundes.html
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Fresta0 04/08/2021

Tudo o que Virgínia queria era salvar o casamento dos pais e entrar na ciranda das irmãs e de seus amigos. Mas a mãe enlouqueceu e o pai, que ela acreditava fosse o seu, via na menina a traição materna.
Tudo o que Virgínia queria era ser amada.
A menina das unhas roídas e das meias folgadas sobreviveu ao abandono e à rejeição e descobriu que o amor, maior do que aquele que alimentou desde a infância, era o próprio.
Quando a chamaram tardiamente à roda, recolheu as mãos. Libertou-se.
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mfcandressa 02/08/2021

Ciranda e roda viva...
Esse livro foi meu primeiro contato com as obras de Lygia Fagundes Teles. Digamos que seria uma "porta de entrada". Comecei a ler despretensiosamente, sem expectativas nem resenhas prévias lidas. Eu só queria conhecer um pouco de alguma obra da autora e me impressionei muito. Dá pra ler numa sentada só porque o enredo é curioso e a narrativa vai te prendendo naquela ciranda e na complexidade dos pensamentos da protagonista Virgínia. A riqueza dos detalhes parecia mesmo que eu estava naquele cenário, naquela novela. O final surpreendeu de forma ambígua. No primeiro segundo achei ruim o desfecho, mas no terceiro segundo eu já estava refletindo sobre a postura independente da protagonista e como a autora colocou questões pertinentes já naquele período da publicação do livro acabei satisfeita com o rumo que tomou.
Muito bom e já quero ler outros livros da autora!
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Yana 02/08/2021

Besouro que cai de costas não levanta nunca mais
A narrativa se desdobra em um drama familiar vivido pela protagonista Virgínia, a qual tem os pais divorciados e a mãe enfrenta uma grave doença mental. Virgínia carece de afeto tanto do pai quanto de suas outras duas irmãs mais velhas, que moram com o pai, em casa diferente de Virgínia, que ainda mora com a mãe. Desde o início é possível notar a rejeição que Virgínia sente das outras irmãs e a sua busca pela inclusão. Na segunda parte do livro, Virgínia se torna uma adolescente muito comprometida com os estudo e que continua carregando os traumas enfrentados na fase infantil, além de outros dramas.
A narrativa é muito bem construída pela autora e o drama familiar através do qual se desenvolve a história traz à tona uma sensibilidade extrema, além de provocar diversas reflexões ao leitor.
Foi meu primeiro livro da autora e eu já posso incluir como um dos meus favoritos, porque não consegui desprender do livro. Li muito rápido e depois me arrependi disso, porque não gostaria que tivesse acabado tão cedo.
“Mais importante que nascer é ressuscitar.”
Nada menos do que AMEI. Nota: 10/10
Yana 02/08/2021minha estante
Esqueci de mencionar que tive ressaca literária ao terminar o livro.




Raquel 29/07/2021

Esse livro me pegou de jeito. Amei a história, os personagens, a narrativa, o final ...
Primeiro livro que li da Lygia, e não poderia ter sido melhor. Toda a trama, se desenvolve a partir do processo de amadurecimento da personagem, desde a infância. E é isso que torna a história fascinante. Dá pra associar toda a evolução mental e emocional da personagem, com as fases que ela passou na vida. E o melhor é que não termina assim, como quem já descobriu quem é ou o que quer da vida. Mas com a consciência de que buscar se encontrar é o melhor caminho.
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Giullian.Monteiro 22/07/2021

Mto bom: vida pura
Não é o livro mais inteligente ou com enredo melhor elaborado que eu li esse ano, mas, sem dúvida, é o mais belo.
Esse livro exala vida e beleza. Vida e beleza puras.
Vou levar esses anões de pedra comigo para sempre, no bolso. Tb vou levar Virgínia, mas no peito.
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Robert125 21/07/2021

Mais importante que nascer é ressuscitar. Mais importante que um bom livro é um bom desfecho.

Este é meu primeiro contato com o vasto trabalho de Lygia Fagundes Talles e confesso que não foi cativante... Considerei a premissa da obra boa, porém o desenvolvimento fraco e pouco atrativo, tendo como ponto alto assuntos que eram considerados tabus para época. O uso do discurso direto livre é feito de uma maneira esplêndida e faz com que nos mergulhemos nos pensamentos e sentimentos de Virgínia, mas só. O livro poderia ser considerado perturbador em 1954, contudo hoje é apenas um escrito bem feito.
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Aylana Almeida 19/07/2021

Leitura incrível!
Primeiro livro da autora e adorei! A jornada de descoberta de Virgínia é tocante, dura e repleta de conflitos que mexem com o leitor! Recomendo muito ?
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eumariaa 14/07/2021

uma ciranda
nesta saga acompanhamos o drama de uma família na beira do abismo enfrentando um escândalo. e é aqui também sob o olhar de uma menina chamada Virgínia, primeiro criança e depois adulta que somos imersos na história.

Virgínia a filha caçula de um casal de classe média é a única que mora com a mãe e o padrasto, quando sua mãe abondona o marido. e assim ela volta o seu ponto de vista com um olhar de menina para a sua vida e tudo aquilo que a deixa infeliz: a loucura da mãe, a separação dos pais e a rejeição do pai e das duas irmãs mais velhas. e em meio a um fluxo de consciência e monólogos somos imersos na cabeça de Virgínia acompanhando todo o passado e história da família.

dividido em duas partes, primeiro narrado quando Virgínia ainda era uma criança sob um olhar mais inocente e curioso, e segundo quando a personagem já é adulta permeada de frustações e um ollhar mais amargurado nos deparamos com o sentimento de inadequação, o tempo todo Virgínia se sente inadequada e não pertencente, e mais do que tudo pertencer era o maior anseio dela, ela queria fazer parte daquela roda. a forma abrupta como se da o crescimento e despertar dela é doloroso, sendo totalmente excluída pelas irmãs e amigos, ela nunca conseguiu de fato estabelecer um vínculo ali, muito menos com o pai que não a amava.

com uma narrativa muito bem construída Lygia Fagundes Telles nos traz um romance de formação que aborda assuntos que ainda eram um enorme tabu em meio ao século XX como homoafetividade, suicídio, a liberdade sexual. assim nos trazendo personagens tão reias e errantes em meio a uma ciranda de segredos, dilemas e amarguras.
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