Ciranda de pedra

Ciranda de pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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camille vitoria 11/06/2021

Encontrei um dos meus livros favoritos de toda a vida!
A maneira como o ponto de vista de Virgínia é retratado é muito linda. Me apaixonei pela escrita, que mesmo tratando de assuntos delicados, é leve na medida do possível e fluída. Sinto que amadureci junto com a protagonista, fiquei muito reflexiva durante a leitura e, mesmo não tendo concordado completamente com o final, entendi o porquê da história ter terminado assim.
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jansxuxus 12/06/2021

tive que ler o livro pra escola mas acabei me surpreendendo! é uma narrativa rápida, dinâmica, os personagens são profundos, complexos, muito bem desenvolvidos, a trama é cativante.
o final é bem "realista", eu já esperava, mas confesso que queria que tivesse sido diferente. recomendo a leitura pra quem quer sair da zona de conforto. em geral eu gostei muito!!
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Aylana Almeida 19/07/2021

Leitura incrível!
Primeiro livro da autora e adorei! A jornada de descoberta de Virgínia é tocante, dura e repleta de conflitos que mexem com o leitor! Recomendo muito ?
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Dri 25/01/2021

Uma ciranda
Belíssima ciranda, construção de personagens incrível, ótima narrativa. Os detalhes são sutis, tem que prestar atenção. Confesso que algumas coisas só percebi falando com uns amigos.
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Aline.Rosa 28/08/2021

Uma caixinha de surpresas.
'Ciranda de pedra' é dividido em duas partes. A primeira parte, onde é apresentado a construção dos personagens e o acontecimento base para o restante do drama, foi uma leitura mais lenta. Confusa. Cheia de rodeios.
Quando chegou a segunda parte, eu já estava engrenada na leitura; a sensação era de estar assistindo uma novela mexicana. É uma surpresa atrás da outra.
O livro aborda tantos temas tabús (só não os cito pq pode ser spoiler), que estranhei a data originalmente publicada. Deve ter sido uma bomba para a sociedade da época. Adoro! Kkk
Tudo isso para contar a estória da Virgínia que, desde criança, só queria ser aceita, ter alguém e/ou pertencer a algum lugar.
lorena 28/08/2021minha estante
adorei sua resenha! fiquei até motivada para iniciar a leitura desse livro. muito obrigada!!


Aline.Rosa 28/08/2021minha estante
Obrigada, Lory! Fico feliz que tenha gostado.




Pri | @biblio.faga 25/09/2020

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Achei de uma justeza poética que meu primeiro contato com a escritora Lygia Fagundes Telles tenha sido com o seu também primeiro romance, o livro “Ciranda de Pedra”, lançado no ano de 1954.

No romance de formação*, acompanhamos, em dois momentos distintos, a vida da jovem Virgínia. Ela é o resulto direto (e quase o significado dicionarizado) de um casal separado, e, desde muito nova, a protagonista tem que aprender a dividir a modesta residência com a loucura da mãe (Laura) e a companhia de seu amante, a quem se refere como o tio Daniel, a quem atribui a culpa pelo desfazimento de seu saudoso lar.

De outro lado, Virginia tem que suportar a ausência [tanto material quanto afetiva] de seu pai Natércio e o isolamento por parte de suas irmãs mais velhas, que, enquanto seguem morando uma mansão com o genitor, tem acesso à privilégios e regalias que, ao seu ver, injustamente, lhe são negadas.

Otávia e Bruna, em conjunto com Conrado, Leticia e Afonso, são os integrantes de uma ciranda que Virginia, mais do que tudo, almeja participar, mas que, no entanto, parece se tornar cada vez mais fechada e inacessível, posto que rígida e, aparentemente, forjada em laços de pedra, tal qual os anões que rodeiam a fonte de água do jardim.

A obra é toda permeada por uma sensação de inadequação e não pertencimento. Os dramas pessoais e familiares tem um papel importante na narrativo, porém, seu fardo pesado é suavizado pela escrita bonita e envolvente da autora. Os personagens são complexos, muito bem desenvolvidos e demasiado humanos. O amadurecimento de Virginia é tocante e agradável de se acompanhar: o seu descobrir de que há diversas formas de cirandar, ou até mesmo, um mundo imenso além dessa roda.

Leitura recomendadíssima.
Afinal, “mais importante que nascer é ressuscitar”.
E “começa hoje mesmo a vida que te resta”.

~*~
*Romance de formação (ou bildungsroman, em alemão) designa o tipo de romance em que é exposto, de forma pormenorizada, o processo de desenvolvimento físico, moral, psicológico, estético, social ou político de um personagem, geralmente desde a sua infância ou adolescência até um estado de maior maturidade.

A primeira obra considerada “de aprendizagem” é “Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister” (Wilhelm Meisters Lehrjahre), do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe.

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Adriana1161 25/09/2021

Nascemos todos os dias quando nasce o sol
Uma escrita magnífica, um romance psicológico de primeira!
Um livro perturbador, com muitas camadas, sem ser clichê.
Personagens redondos.
No início, exige uma ação do leitor diante do texto para tentar encaixar os fatos e formar a história, um quebra cabeça.
Aborda solidão, insegurança, rejeição.
Expõe uma família burguesa fragmentada.
Lygia é genial!
Adorei!
Personagens: Virgínia, Otávia, Bruna, Afonso, Conrado, Letícia, Natércio, Rogério, Laura, Daniel, Frau Herta, Luciana
Local: SP - década de 40
@driperini
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diennifercb 14/01/2024

É preciso amar o inútil
Meu primeiro contato com a Lygia, e não poderia ter sido melhor. Esse livro é genial! Gosto como a autora narra a vida dessa família de uma maneira tão crua e tão verdadeira, tão humana, e é incrível a capacidade dela de criar personagens detestáveis, mas tão cheios de uma personalidade única. Durante a leitura, acompanhamos uma protagonista criança, e posteriormente uma Virgínia já madura, e sinto que engrandeceu a obra termos o olhar da infância para os conflitos familiares e para os conflitos internos da personagem, com aquele fluxo de pensamentos bem confuso e característico da infância, retratando bem a nossa incapacidade de compreender as crianças e como elas se sentem. Depois, na maturidade, entendemos um pouco mais de como a vida vai se colocando para Virgínia e o que ela faz disso tudo, chegando aquele final, que foi um fechamento incrível, na minha opinião. Gosto muito que os sentimentos dos personagens são sinceros, e o dilema da protagonista é muito palpável, parece que sentimos junto dela essa necessidade de aceitação, de ter um lugar na ciranda de pedra. É um livro que fala bastante sobre relações familiares, mas eu diria que, como ponto principal, fala muito sobre a maturidade e sobre entender o processo de amadurecer, o que permitimos que fique e o que deixamos ir.
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Analuz 29/09/2021

A não-sutileza dos detalhes
Pode-se dizer que, ao se consagrar como escritora, Lygia Fagundes Telles fez uma escolha ousada ao conciliar a vida jurídica (a autora é formada em Direito pela USP) com a sua produção literária. Aliás, ousadia também é uma boa palavra para definir esta obra, que toca em assuntos tão delicados para a época de publicação e que também retrata personagens femininas de maneira nada convencional.

Desde o início, seguimos as pistas que, aos poucos, o livro nos entrega: acompanhamos o drama de Laura, que sofre de transtornos mentais, e de sua filha Virgínia, que ainda é criança. Aprendemos com o decorrer dos capítulos que esta família passou por um enorme escândalo: Laura cometeu adultério e agora mora na casa daquele que teria sido seu amante. Ora, para um tempo em que sequer havia divórcio no Brasil, pensem em como isto não teria chocado a alta sociedade paulista da época (classe social à qual as duas pertenciam)!

E é através da infante Virgínia que descobrimos tudo isso, uma vez que ela mesma recebe estas informações no início da história. Aliás, o enredo não nos é revelado de cara, já que dependemos das ações e interpretações de Virgínia para que possamos, nós mesmos, entender o que acontece. E é claro que, para isso, Lygia também abusa de entrelinhas, que não estão lá apenas para enfeitar a história, mas que são repletas de significados.

Virgínia é a mais nova de três filhas e a única a morar com a mãe em outra casa, longe de todo o luxo do qual suas irmãs Bruna e Otávia desfrutam ao lado do pai, o renomado advogado Natércio. Dentre os amigos das irmãs, figuram o casal de irmãos Conrado e Letícia e o jovem Afonso. De cara, a garota sente que, por mais que se esforce para pertencer àquele grupo, nunca é aceita. Dentro de sua mente infantil, ela relaciona a sociedade formada por aqueles 5 com os anões de pedra que rodeiam a ciranda do jardim de Natércio. Inflexíveis como as estátuas, eles não abrem espaço para que Virgínia também pertença ao grupo. Então, cada vez mais, a garota se vê distante da moralista Bruna, da bela Otávia, do seu amado Conrado, da misteriosa Letícia e do falastrão Afonso.

Apesar de toda a audácia contida na obra, ela aparentemente caiu no gosto do público a ponto de "Ciranda de Pedra" ganhar duas adaptações televisivas em formato de novela. Quanto à primeira versão, não posso dizer muito, já que eu nem existia à época. Mas, em relação à produção de 2008, posso afirmar que não chega aos pés da profundidade que o livro traz! Fosse pelo horário de exibição ou apenas para conquistar uma gama maior de espectadores, o fato é que muitos dos temas polêmicos trazidos à tona no livro sequer foram pincelados nas telas. O que me faz crer, é claro, que "Ciranda de Pedra" é uma obra dificílima de se adaptar, uma vez que somos direcionados à história unicamente pelo ponto de vista da protagonista Virgínia e de suas percepções acerca do mundo que a cerca. Além disso, os temas trazidos aqui vão muito além da já mencionada representação feminina, abrangendo bissexualidade, impotência sexual e adultério feminino (veja bem, este é um livro publicado em 1954 e que retrata uma sociedade dos anos 40!).

A leitura desta obra foi uma experiência interessante e dúbia para mim. Apesar de eu gostar de como se deu o andamento da história e de ficar curiosa para saber o que aconteceria com Virgínia e os demais personagens, eu não gostei da protagonista, que é justamente a peça essencial para a condução do enredo! Mas é claro que isto é uma questão puramente pessoal e que não interferiu na minha classificação positiva do livro, no fim das contas.

No mais, "Ciranda de Pedra" é uma obra que eu recomendo para todos aqueles que viram a cara para a literatura nacional do século XX! Com uma escrita instigante, Lygia Fagundes Telles consegue nos transmitir os dramas e segredos escondidos pelo grupo, assim como podemos sentir a angústia de Virgínia, que mesmo rodeada se sente tão solitária em meio a esta ciranda de pedra...

site: https://youtube.com/c/AnaluzMarinho
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RosanaMiyata 12/10/2021

Tenho gostado da escrita da Lygia, da maneira como ela mescla a realidade com o imaginário. As analogias que ela faz neste livro, dos animais com os seres humanos, são fantásticas e enriquecem a obra. Este é o segundo livro que leio dela, não sei se todos são desta forma, mas por enquanto, dos que eu li, não há nada de final feliz.
Beto 12/10/2021minha estante
Dela li somente o Verão no aquário e gostei muito. Já o leste?




Mari M. 16/12/2023

Dá pra perceber a ciranda louca
Corações de pedra, mentes perturbadas, família desestruturada, confusões sentimentais... tudo isso muito presente na obra de Lygia, porém receio em dizer que a primeira parte me interessou mais. A segunda, já na vida de jovem adulto, me pareceu meio morna e o final acelerado demais. Esperava mais do final e dos personagens. Todo mundo ama com uma velocidade apavorante, talvez seja a época sei lá. De todo modo não faz bem, não me admira a Virginia ter se sentido sufocada com tanta indiferença e do nada tanto amor vazio (será?). Não me cativou como achei que ia, achei meio pretencioso demais, alvoroçado em alguma parte, parecendo feito para chocar. Não nego que a escrita é fabulosa, Lygia fazendo jus a toda fama e ainda merecendo mais, porém foi bem mais ou menos e por fim já queria que acabasse logo.
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cinthyaarruda 20/04/2024

Incrível.
É o que posso dizer.
Fiquei extremamente envolvida nos problemas familiares apresentados.
É tudo tão complexo mas vai se conectando aos poucos.
Fora o crescimento pessoal da personagem que atinge seu ápice de maturidade e começa a pensar mais no que ela quer, no que os outros esperam dela. Foi uma experiência belíssima. Ansiosa para ler outros da autora.
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bubuletta 22/04/2024

Você quer mesmo entrar para está ciranda?
"Ciranda de Pedra", de Lygia Fagundes Telles, é uma obra literária que se destaca pela sua profunda sensibilidade e pela habilidade da autora em retratar as complexidades das relações humanas e as nuances da psique feminina. Através da história de Virgínia, somos levados a explorar os dramas e conflitos de uma família desestruturada, cujas feridas são profundas e impactam gerações.

Desde a infância, Virgínia é confrontada com a loucura de sua mãe, Laura, a ausência afetiva de seu "pai" e o distanciamento de suas irmãs. A narrativa se desenrola em torno das tentativas de Virgínia de encontrar seu lugar em um ambiente familiar caótico e em uma sociedade burguesa hipócrita e superficial.

Dividida em duas partes, a obra nos apresenta Virgínia ainda criança, com uma visão inocente e imatura dos conflitos familiares, e posteriormente como uma jovem adulta, refletindo sobre os impactos dessas experiências em sua formação e amadurecimento. A Virgínia-criança que tanto queria entrar para a ciranda, finalmente a vê pelo o que ela realmente é. A cada volta da ciranda, ela se confronta com as complexidades de suas relações familiares e sociais, enfrentando desafios e descobertas que moldam sua jornada de autodescoberta em meio a um mundo repleto de desilusões e desafios.

Através de um elenco de personagens bem construídos e complexos, como as irmãs Bruna e Otávia, os rapazes Afonso e Conrado, e Letícia, Lygia Fagundes Telles nos oferece uma análise profunda das relações interpessoais e das máscaras sociais que as pessoas frequentemente usam para esconder suas vulnerabilidades e inseguranças.

A profundidade psicológica presente na narrativa é um dos pontos altos do livro, consagrando a autora como "a grande dama da literatura brasileira". O uso magistral do fluxo de consciência nos permite acessar os pensamentos mais íntimos de Virgínia, revelando suas lutas internas e suas tentativas de compreender e aceitar a si mesma e aos outros ao seu redor.

A temática do lesbianismo também é explorada, contribuindo para enriquecer a complexidade e a profundidade da história. Foi uma surpresa por conta da idade do livro não estava esperando; a novela produzida pela globo foge bastante do livro, a adaptação é só licença poética. Apesar disso gosto muito das duas obras.

Contudo, é importante mencionar que a obra apresenta passagens impregnadas de racismo, especialmente em relação à personagem Luciana, a empregada negra da casa de Laura e Daniel. Embora essas representações sejam reflexo do contexto histórico e social em que o livro foi escrito, eu revirei muito os olhos, é fundamental abordar esses aspectos críticos com uma análise cuidadosa e crítica.

Em suma, assim como na ciranda, onde os dançarinos se movem em harmonia e desalinho, "Ciranda de Pedra" nos convida a refletir sobre as danças da vida, os encontros e desencontros que experienciamos, e as transformações que ocorrem enquanto navegamos pelos círculos que compõem nossa existência. Uma obra-prima que continua relevante e atual, desafiando-nos a refletir sobre as complexidades da condição humana e os caminhos tortuosos que percorremos em busca de amor, aceitação e compreensão.
Pablo Paz 22/04/2024minha estante
Suas resenhas são muito boas!


bubuletta 23/04/2024minha estante
Muito obrigada ?




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Eliete 27/01/2023

Tentando digerir
É um livro sem ação nenhuma mas que traz uma carga bem grande de reflexões. São muitos personagens sendo destrinchados pela visão de menina e de mulher de Virgínia que pra mim foi uma protagonista digna do livro. Uma menina que passou por tantas coisas e ansiava por amor e aceitação, mas que acabou se tornando uma mulher cheia de feridas que são trabalhadas bem rapidamente ali na segunda parte, mas ainda sim me conectei com a personagem, me pareceu muito real tanto nos pensamentos quanto nas atitudes. Gostei muito do final dela e a forma como ela chegou a ele. Ela e o Daniel foram os melhores personagens pra mim
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