suziey 10/10/2024
Divertido, mas ruim.
Não acho que consiga arranjar uma forma melhor de definir esse livro do que assim. Esse livro é um terror slasher daqueles bem clássicos em que um bando de adolescentes simplesmente morre aos montes. E sim, deu pra seguir a onda do livro com todas as matanças e etc etc, mas tem algumas coisas que pra mim não fizeram o menor sentido.
Antes de tudo, os personagens.
Que são completamente detestáveis.
Se você conseguir gostar de algum personagem nesse livro, você merece uma salva de palmas, sinceramente.
O grupo principal? um bando de adolescentes imbecis e idiotas fazendo merda e muita babaquice. A protagonista? desinteressante. Ela não sabe se ela é uma super fodona ou se ela é uma coitadinha. Se ela mata alguém, ela se martiriza, e depois mata novamente. Se tem uma pessoa querendo enfiar a serra em você, acho que a última coisa na qual você deve se preocupar é iniciar um monólogo sobre como você tirou a vida de alguém que estava te perseguindo com uma MOTOSSERRA.
O que me quebra mesmo nesse livro são os motivos que levaram a todos esses adolescentes serem massacrados.
Um bando de boomers e millennials matando todos os adolescentes de uma cidade porque eles estavam... fazendo festa? utilizando a tecnologia? sendo adolescentes? gravando vídeos pro Youtube?
Não vou negar que eles são bem idiotas, mas ser esse o motivo que levou a todos esses assassinatos deixa a coisa toda bem ridícula. Na verdade, bem engraçada.
Além do mais, outra coisa que não entra na minha cabeça de jeito nenhum é como que um monte de adultos simplesmente decidiram jogar a vida toda fora, passando a vida na cadeia ou morrendo apenas porque os adolescentes estavam, novamente, fazendo festas?
Uma coisa que eu odeio que de vez em quando acontece nos livros é quando o autor do nada revela que um dos personagens do livro é LGBT só pra dizer que ele tem representatividade. Em nenhum momento isso foi abordado e discutido no livro. No final, isso só vai servir para o livro receber uma hashtag de “livro lgbt” ou “queer”.
O epílogo? Obviamente, para ter conteúdo para o próximo livro. Honestamente, poderia ter acabado aqui.