skeleton 28/08/2023
Às vezes slashers podem se levar à sério.
Digo com facilidade que essa foi a leitura mais decepcionante do meu ano. Descobri através de uma indicação, e com tantas promessas, esperava mais.
Demorei para engatar na leitura, diria que passei semanas para sair dos 10 primeiros capítulos. Tive, até, a sensação de que estava demorando para acontecer as coisas, mesmo não sendo o caso. O autor ?rapidamente? nos introduz para a história de Glenn e Quinn, de como foram parar em uma cidade do interior que nunca ouviram falar, e nos mostra como é a relação de todos ali.
E, a partir de uma festa na fazenda de um dos habitantes da cidade, a história e a carnificina finalmente começam.
Tenho que admitir que o autor é muito bom na narração da carnificina. De todo o livro, a parte do celeiro e do sino foram as minhas prediletas, sentindo-me tensa em várias cenas. Porém, acho engraçado como de todos os personagens do grupo de Quinn, o único que realmente me vi torcendo para não morrer foi o Rust. Nem Quinn, nem Cole.
Os palhaços, tenho por mim, que não era pra ser novidade nenhuma de quem estava por trás das máscaras. Há, literalmente, uma cena apontando em todas as direções quem estava envolvido. Quanto a motivação? Nem precisei esperar o xerife dar a explicação bem mastigadinha para mim, desde o início estava bem explícito qual era.
Contudo, algo que simplesmente amornou a história para mim, foi o fato de alguns pais estarem participando. De verdade, independente de qual fosse a motivação, que pai mataria o próprio filho? E nessa história, por um motivo tão besta? Um adendo de que não era toda a cidade que sabia do plano, mas ainda assim me encontrei rindo desacreditada quando me dei conta.
Também amo a habilidade que o autor tem de sumir com seus próprios personagens. No último capítulo, antes do epílogo, estava esperando saber como os pais (os que não estavam sabendo) reagiram quanto a ter seus filhos massacrados. Até a mãe de Janet, que teve uma breve aparição no desfile, sumiu. Não era algo que eu estava esperando, até porque a Janet era uma personagem que se destacava tanto quanto Quinn e Cole. Nem quero mencionar a preguiça que o autor teve de dar mais espaço para o pobre do Glenn (pai de Quinn) que não passou de um tanto faz tanto fez.
O Palhaço no Milharal, apesar de um slasher, é um livro fraco e esquecível. Para aqueles que pensam em ler a sequência, minha mais sinceras boa sorte.