A máquina do caos

A máquina do caos Max Fisher




Resenhas - The Chaos Machine


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Bruno M. Silva 15/01/2024

Você está sendo manipulado
Bem diferente de outros livros que tratam do assunto, esse é o que traz o cenário mais realista com diversas pessoas que trabalham ou trabalharam nas Big Techs falando sobre as problemáticas das redes sociais. Longe de ser alarmista ou sensacionalista, o livro mostra com embasamento como as redes sociais são uma verdadeira Máquina do Caos.

Não se trata de máquinas dominarem o mundo pegando em armas de fogo, talvez, o cenário seja bem pior e eu acredito que seja. As redes sociais estão manipulando a política e semeando o ódio. Se você tem redes sociais, você está sendo manipulado. Não se trata de achar que você pode não se deixar manipular, os algoritmos foram construídos para manipularem, tudo que você vê e o que não vê foi arquitetado por algoritmos que só visam o lucro enquanto te mantém numa bolha cada vez mais restrita de pessoas que pensam igual você. Não há como usar as redes sociais com sabedoria porque o propósito dos algoritmos é outro.

O conteúdo é amplo mostrando muitos detalhes de como funciona a Máquina do Caos. Exemplos até demais que uma hora fica cansativo. São histórias reais de como as Big Techs semearam o ódio por meio dos algoritmos de suas redes sociais. Pessoas que tiveram suas vidas drasticamente prejudicadas e quem sabe se um dia voltaram a terem suas vidas de volta ao normal.

É o roteiro que nenhum autor de ficção científica conseguiu prever, visto que ninguém conseguiu prever a internet, e é bem pior do que muitos cenários criados por esses autores. E o cenário só tende a piorar. Nada que as redes sociais possam ter trazido de bom consegue minimamente amenizar todos os danos que elas vem causando. Pode ser que seja tarde quando percebermos que as redes sociais, do jeito que são hoje, precisam ser extintas porque causam danos irreparáveis demais a sociedade. Talvez, o nome de CEOs das Big Techs figure entre as piores pessoas que já viveram na terra. É se você acha que isso é sensacionalismo, te convido a ler o livro e ver por si só os malefícios que essas pessoas mesmo sabendo, resolveram causar.

Espero que tenhamos volta para uma sociedade menos cheia de ódio. Espero que não seja tarde demais para parar a Máquina do Caos.
missi-dominique 15/01/2024minha estante
Bruno, me desliguei das minhas redes sociais em meados de 2017, foi um parto me desvincular de verdade dessa vida. Concordo com tudo que você disse, recentemente o caso da menina Jéssica me deu uma dimensão ainda maior dessa loucura que vivemos. Eu sou muito apocalíptica (no sentido de crer no Apocalipse kkk) pra acreditar numa melhora nesse cenário, preocupante demais


Bruno M. Silva 15/01/2024minha estante
Dominique, também saí das redes sociais. Não foi muito difícil porque nunca fui um "heavy user", mas o sentimento de me livrar foi imenso. É cada caso um pior que o outro e os CEOs alimentam com os algoritmos.


missi-dominique 15/01/2024minha estante
Uma máquina de dinheiro! Pior que mesmo de fora ainda sofremos influência. A experiência de conversar com alguém novo pessoalmente é bizarra às vezes, cada um com as percepções de mundo que o algoritmo construiu. ???


Bruno M. Silva 15/01/2024minha estante
Isso quando consegue conversar que a pessoa não tá com a cara o tempo todo no celular. ??


missi-dominique 15/01/2024minha estante
Real, mds.


Regis2020 21/01/2024minha estante
Concordo com sua resenha e gostei muito dela, Bruno. Nunca tive Facebook nem Instagram, o máximo que consegui aderi foi ao Skoob.


HenryClerval 21/01/2024minha estante
Tive redes sociais até o ano passado, mas algumas coisas que aconteceram nos últimos anos me fizeram descartar todas elas. Ótima resenha. ???




Alef 23/01/2023

Livro incrível
Através de várias histórias de como as redes sociais influenciam nosso comportamento, em especial nosso comportamento de grupo, o autor faz o ponto de que algoritmos cujo objetivo é manter o usuário engajado são perigosos. A argumentação é coerente, e há uma verdadeira demonstração de que os CEOs e acionistas das empresas de redes sociais, como Facebook e YouTube, não se importam com as implicações sociais de seu modelo de negócio.

É uma leitura fundamental para entender a ascensão da bizarrice que vimos nos últimos anos e temos visto hodiernamente.
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William 02/09/2024

Desvendando os segredos sombrios das redes sociais.

Lendo o livro percebi como as redes sociais com o passar do tempo tem sido mais maléfico do que benéfico para as pessoas. Tenho saudade quando o Facebook só me enviava notícias dos meus contatos. Max Fisher esmiuça a história sombria das grandes empresas de tecnologia e como elas impactou em nossas vidas através das redes sociais. A leitura fluiu bem e achei o texto bem tranquilo de ler, mesmo sendo um livro longo, com muitas informações e depoimentos, dos quais alguns já conhecia e outros não. O autor começa explicando as primeiras redes da internet e como começou a propagação do ódio nelas passando pelo Facebook, Twitte, agora rede X, e o Yotube e mais outras. Tem uma parte do livro analisa sobre o que aconteceu aqui no Brasil durante as eleições de 2018. E termina fazendo uma análise o que aconteceu durante a eleição dos Estados Unidos e a invasão do Capitolio. Fiquei impressionado com a frieza dos CEOs do Facebook diante da onda de violência em Myanmar e Sri Lanka impulsionada por Fake News, do Youtube recomendando para adultos vídeos inocentes de crianças ou Twitter (X) propagando todo tipo de Fake News sem verificação. As redes sociais acabaram se tornando em centralizadores e catalizadores de ódio. Centralizadores pois consegue concentrar todo tipo de pessoas fanáticas como racistas e extremistas e catalisadores porque consegue aumentar exponencialmente esses ódios. E a grande questão, durante a leitura, o que está por trás disso tudo é a ganância em querer ganhar dinheiro em engajamento e visualizações. E o final do livro, comparando o HALL 9000, a inteligência artificial de 2001: Uma Odisseia no Espaço, com os nossos algoritmos A nossa situação com as redes sociais seria melhor desligar tudo e começar novamente de uma maneira humana com regras firmes. Mas creio que isso não é possível mais. Daí a necessidade urgente de criar legislações para regular essas redes, fiscalização permanente pelos órgãos dos governos, incentivar uma educação digital para as pessoas não caírem nas tocas de coelho, termo muito usado pelo autor, são alguns exemplos que nos próximos anos que devem ser feitas. Caso contrário como HAL, mesmo nas melhores intenções para completar a missão, vai nos destruir. É um livro que recomendo a todos.
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Roberto.Lordelo 14/01/2024

Leitura urgente!
O trabalho em questão realiza uma denúncia de como as ditas redes sociais estão transformando a sociabilidade e potencializando comportamentos perigosos em diferentes sociedades atuais.
Em uma escrita fluida, o autor apresenta anos de pesquisa sobre as redes sociais, e dialogando com diferentes especialistas, chama atenção para os perigos que elas podem nos fazer correr por estarmos sob a influência de seus algoritmos.
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Marcelo 17/04/2023

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Fischer apresenta nesse livro um dossiê sobre os impactos dos algoritmos das redes sociais nas sociedades e nas vidas das pessoas.

Numa profunda investigação sobre o tema, o autor explora o quanto as grandes empresas de tecnologia do Vale do Silício sabem dos impactos dos algoritmos das redes sociais na sociedade e até que ponto eles fingem ignorar em benefício dos altos faturamentos com mídias.

Segundo Fischer, os algoritmos são projetados para que passemos cada vez mais tempo nas redes sociais, pois quanto mais tempo ali, maior a atração de anunciantes e aumento de faturamento.

O ponto critico é que o algoritmo vai nos levando cada vez mais para os temas que são mais visualizados, e não apenas para temas relacionados para o que buscamos, e uma simples busca sobre ?vacinas? leva o visitante para outros vídeos sobre o impacto de vacinas na vida das pessoas, manipulações de governos e indústrias para venda de remédios, governos de extrema direita, terrorismos, etc... Ou seja, em vez de instruir, as mídias sociais estão causando uma total distorção no aprendizado social, levando governos extremistas ao poder baseado em violências, fake news, etc...

Destaque para um capítulo totalmente dedicado ao impacto das mídias sociais no Brasil, ao presidente Bolsonaro e sua gestão, à campanha contra vacinação da Covid no Brasil, Fake News sobre Zika Virus e a crescente onda de violência da extrema direita no Brasil, constatando que essa mudança de comportamento se deve aos impactos das mídias sociais.

Trata-se de um livro muito interessante, instrutivo e atual, mas em alguns momentos um tanto maçante pois são 500 páginas sobre o tema, e em alguns momentos parece repetitivo ou extensivo demais. Apesar disso, super recomendo a leitura.

No geral, A Máquina do Caos é um livro provocativo e instigante que desafia a visão convencional de como lidamos com a complexidade no mundo moderno.
edu basílio 17/04/2023minha estante
maravilha! vou querer ler, apesar d q tem uma filinha já meio longa aqui esperando e a correria tá em modo turbo, ai ai.




Luis Felipe S. Correa 16/09/2023

Incrível. Altamente recomendável
Confesso que não esperava muito do livro, mas terminei a leitura com outra perspectiva sobre as mídias sociais.
O livro poderia certamente ser uma distopia, ou eu creio que podemos dizer que estamos vivendo em um mundo distópico, uma mistura de Matrix, Black Mirror, 1984, Fahrenheit 451, Admirável Mundo Novo, o Conto da Aia, Neuromancer e Nós. Os pilares da distopia parecem mesclados neste livro.
Me pareceu bastante esclarecedor no sentido de mostrar questões de responsabilidade das redes sociais sobre a condução da vida moderna, e com certeza pode auxiliar o momento global de tentativa de regulação estatal sobre as plataformas.
Qual é a zona limítrofe da liberdade de expressão? A liberdade de expressão deveria ser irrestrita?
Bem, o ordenamento jurídico diz que não e atualmente as empresas responsáveis tem lidado com sanções do judiciário quando suas políticas de conteúdo tendem ser bastante liberais quanto à promoção de discursos perigosos e incendiários em nível global.
Mais do que liberdade de mercado, o livro revela o poder das grandes plataformas e sua capacidade de direcionar os rumos de nações.
Inteligências artificiais cada vez mais voltadas à exploração das vulnerabilidades da mente humana e que tem a atenção como capital conduzem as jornadas digitais pelo caminho da indignação coletiva e radicalização por meio da (des)informação e distorção de fatos.
Vemos um verdadeiro aprofundamento do documentário o Dilema das Redes.
O Autor permite uma possibilidade de compreensão do projeto de capitalização do atenção humana e um fechar de olhos de suas lideranças para os efeitos devastadores das plataformas, aqui retratadas como promotoras de uma mobilização coletiva que pode ser comparada a uma polícia cibernética (uma polícia do pensamento Orwelliana, com a diferença de que todas as pessoas podem exercer esse papel), baseada em uma indignação moral sem qualquer apego à justiça, aqui caberia dizer que se trata de uma polícia de injustiça cibernética, com ênfase em desejos de vingança e imposição do medo.
Quanto às fontes, o autor apresenta estudos científicos e pesquisas sérias, bem como uma base robusta devidamente referenciada, afastando o achismo, de forma diametralmente oposto às tendências de desinformar amplamente disseminadas nas redes.
Há a abordagem de crises políticas sérias ao redor do globo e capítulo especial sobre o crescimento do extremismo no brasil associado à divulgação de conteúdos inverossímeis e conspiracionistas. Serviu para mostrar que o fenômeno político de impulsão de políticos e personalidades que propagam discursos de ódio e extremados faz parte de uma tendência global que parte das ferramentas das plataformas digitais de ampliar o seu consumo a partir da promoção da indignação causada pelo consumo exacerbado de (des)informação.
Isso leva à conclusão de que a ascensão de políticos com pautas políticas desprovidas de seriedade, com ênfase no apelo tribal e à capacidade de revolta coletiva só foi possível graças a uma permissividade das plataformas digitais, com um "fechar de olhos" evidenciado pela falta de moderação para a divulgação irrestrita de discursos criminosos, de incitação a comportamentos inadequados, sob o pretexto de que o seu controle se confundiria com cerceamento à liberdade de expressão.
Por óbvio, o conteúdo do livro e as questões de reflexão propostas demandariam outro livro de resenha, motivo pelo qual toda pessoa deveria ler este livro.
Apresenta uma perspectiva de pouca adesão sobre a responsabilidade das plataformas digitais na condução dos rumos da sociedade atual, permite uma maior compreensão sobre o papel humano na exploração da atenção como capital e amplia o debate sobre liberdade de expressão e regulação das mídias digitais.
Por óbvio, o livro não nega os efeitos benéficos e os impactos positivos na conexão global, mas revela seu foco no potencial nocivo e sugere modificações de ferramentas para um uso em níveis seguros.
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Cris609 17/03/2024

Fundamental
Existem textos do jornalismo investigativo que marcam a história e que têm a capacidade de mudar padrões escusos ou, pelo menos, alertar as vítimas de atos criminosos para que não sofram mais as suas consequências.

Esse é um desses textos fundamentais. E as vítimas somos todos nós que, em poucos anos, nos tornamos reféns dos algoritmos das redes sociais. Não escolhemos o que vemos. Somos bombardeados por postagens que possivelmente aumentará o engajamento, seja ela verdadeira ou, na maioria das vezes, mentirosa.

A investigação alerta o quanto a polarização da sociedade tem sido impulsionada pelas fake news, que não são combatidas propositadamente. Quanto mais radicalizado os lados, maior engajamento e, consequentemente, maior lucro as plataformas terão.

E, com esse objetivo em foco, as redes acabam levando pessoas comuns a um estado paralelo de desinformação, deixando-as cegas diante da realidade, fomentando guerras, mortes e crimes bárbaros.

Conhecer os males desse novo mundo é essencial para nos proteger desse tipo de inimigo invisível. Olhar com atenção para quais mãos estão guiando a marionete do mundo é fundamental para não ser manipulado. Leiam e descortinem as suas vistas!
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bardo 08/06/2023

Se por um lado é digno de elogios a extensão e profundidade da pesquisa realizada pelo autor, por outro é exatamente essa profundidade e por vezes o texto enfático, que torna esse um livro bastante difícil de ler. Em uma linguagem fácil e acessível o autor nos leva num tour pelas entranhas das redes sociais e do efeito que as mesmas tem trazido ao mundo não-virtual.
O texto não deixa exatamente margem para dúvidas, o autor nos conduz de relato em relato numa espiral de crescente horror ao fato de como certas dinâmicas introduzidas nas redes a não muito tempo tiveram efeitos catastróficos e ainda tem.
Por mais que o assunto não seja exatamente novidade, muito do que é relatado são fatos conhecidos, a forma como o autor parte da construção da cultura do Vale do Silício até a forma que as redes alcançaram mostra um quadro abrangente e desesperador.
Tanto para o leitor estadunidense quanto para o brasileiro o texto apresenta uma camada de incômodo a mais quando o autor se detém em destrinchar a ascensão dos expoentes quase gêmeos da alt right nos dois países.
Uma leitura esclarecedora, mas um tanto deprimente que descortina uma realidade que nem as mais pessimistas distopias foram capazes de imaginar: Uma mistura de Neuromancer, 2001 e as onipresentes pitadas de estupidez humana e ganância.
Sem poupar nomes o autor demonstra os estragos que meia dúzia de indivíduos desajustados provocou e provoca num misto de arrogância, insensatez, ganância e megalomania. Cabe, porém fazer a ressalva de que o quadro apresentado, encontra-se levemente defasado. O autor se detém em analisar o Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, porém sabemos que os algoritmos de novas redes como por exemplo o Tik Tok são ainda mais agressivos na sua ânsia de “fidelizar” o usuário.
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Claudinei43 10/06/2023

Repense as Redes!
Livro Fundamental para se entender o poder das redes sociais e seus algoritmos. Quais são os impactos no mundo real e na democracia como um todo? Leia e descubra com o que estamos lidando!
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Bi Bueno 22/12/2023

A máquina do caos
Lembro das primeira reportagens sobre o impacto das redes sociais no aprendizado de crianças e adolescentes e o Vale do Silício sempre sendo citado como exemplo, já que lá as crianças aprendem à moda antiga, sem acesso a celular e redes sociais.
Hoje a gente sabe o porquê: os caras sabiam o tamanho da merda desde o começo e protegeram suas crianças. Mas ganham muito dinheiro com as outras?
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Mateus 23/05/2024

Só faltou uma coisa...
A obra de Max Fisher é realmente muito assustadora. Para quem o pegou sem nenhum conhecimento prévio sobre como as redes sociais moldam e alteram nosso comportamento cotidiano, só posso imaginar o choque. Fisher foi capaz de, logo no início, nos dar um panorama de como essas empresas surgiram, foram financiadas, sua base ideológica presente em todo o Vale do Silício e como o seu modelo de negócio começa com apenas uma coisa em mente: o engajamento e o lucro. A partir disso, o autor mostra a evolução dessas empresas, surgimento de outras, tendências monopolistas e o exponencial crescimento do engajamento baseado na psiquê humana. Ou seja, o desastre de hoje já estava na raiz dessas plataformas. No entanto, em um ponto, Fisher escorrega. Simplesmente em não reconhecer que o problema não são as redes sociais, mas o capitalismo, a lógica que rege o mundo atual, a lógica de um modo de produção que exige esse comportamento predatória de lucro constante e acendente, que não pode parar. Se não fosse Zuckerberg seria outro. A questão não é moral, mas estrutural de um sistema que engole tudo.
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Pedro3941 14/03/2024

Você está vivendo uma distopia digital!
Li uma frase há algum tempo que se aplica muito bem à ideia desse livro: "Ratos morrem em uma ratoeira pois não entendem o motivo de o queijo ser grátis." Não me lembro do nome do autor nem da origem, mas o livro segue um raciocínio básico parecido. Nessa obra incrível, as redes sociais adotam o papel do "queijo" e a "ratoeira" acaba sendo invisível.

O livro aborda diversos aspectos e é extremamente completo, sendo provavelmente uma das melhores leituras que já fiz. Senti-me empolgado, chocado e quase a todo momento tive um choque de realidade.

Ao abordar toda a evolução das principais redes sociais, o livro nos mostra quais foram os designs das redes e quais são seus objetivos, por que as redes sociais mudaram e como elas mudaram, qual o real objetivo dessas redes sociais, fique tranquilo, o livro não conduz para o clichê do "lucro" e se mantém nele, nesse livro podemos perceber que há algo a mais além disso, tenha como exemplo um investidor que disse que ao buscar talentos e startups para investir no vale do silício, buscava pessoas com "brilho de pirata" no olhos. Essa percepção e todas as outras que o livro passa são embasadas por meio de declarações, delações, etc..., o que acaba criando um aspecto de realidade muito forte para o livro, evidenciando o que ele é.

Para finalizar, o livro aborda o tema das IAs nas redes e como o design baseado em algoritmos é asqueroso, entendendo que nem mesmo os criadores das inteligências artificiais entendem como elas funcionam e as consequências deste uso para elas, onde basicamente elas utilizam das nossas fragilidades cerebrais evolutivas sem qualquer freio seguindo a finalidade que os designers definirem.

É um livro incrível, a única ressalva fica sobre uma possível tendência do autor para criticar movimentações de extremização à direita, senti falta do oposto. Contudo, isso é apenas um detalhe em um ou dois capítulos no final do livro e que é justificado pela tendência do algoritmo para esse lado, nesse sentido, não tira qualquer mérito da leitura. Leitura essa que é simplesmente incrível e necessária!
122333444455555 31/03/2024minha estante
?Quando o serviço é gratuito, o produto é o consumidor.?




Icaro 19/11/2023

Perturbador
Mais uma publicação impecável da Todavia, uma das minha editoras favoritas.

Max Fisher é um jornalista do The New York Times que, nos últimos 10 anos, vem acompanhando a escalada do uso das redes sociais para uso político nos EUA e no mundo.

Com uma pesquisa muito bem realizada, Max levantou ao redor do mundo casos e mais casos em que os algoritimos das plataformas incentivaram e privilegiaram temas e notícias falsas, cada vez mais extremadas e sectárias.

Dentro de uma lógica da ditadura do like e uma permanência cada vez maior do usuário em frente às telas, estamos sendo direcionados propositadamente para conteúdos abjetos que têm minado a confiança das pessoas na democracia e abalado as estruturas das sociedade contemporânea.

Livro importante e necessário para entender o que passamos até aqui e para onde vamos.

Ps: Tem um capítulo dedicado só para o Brasil e me fez repensar seriamente a forma como me relaciono com as minhas redes sociais.

Nota 9,7/10 ???
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Anna 10/09/2023

A máquina do caos
Após pouco mais de um mês mergulhada nessa leitura, finalmente terminei!
É que leitura meu povo.
Tem horas em que o livro se arrasta um pouco, mas o assunto tem tamanha importância e mostra explicação pra tanto comportamento exdrúxulo de nossa sociedade atual, que vale cada página da leitura!
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Paulo 19/08/2023

Facebook, Youtube e a tragédia dos algoritmos
As mídias sociais e seus algoritmos são um assunto essencial para quem deseja refletir sobre o mundo moderno.
Gostaria de destacar, nesta postagem, algumas das afirmações mais importantes sobre a obra A máquina do caos, de Max Fisher.
Trata-se de ótimo livro sobre o desenvolvimento pernicioso das principais mídias sociais. Apresenta muitas histórias e comprovações do fato de que os algoritmos criam “tocas de coelho” e, com pura ênfase no engajamento, levam milhares de pessoas à radicalização, causando conflitos em diversos países e ameaças à democracia.
Fiz um levantamento de alguns trechos bem significativos, como panorama rápido para quem não tem tempo de ler o livro – até porque acredito que ele poderia ter sido mais bem estruturado e, com isso, um pouco mais curto e direto em sua proposta. Mas que fique claro: sua leitura completa vale a pena. E tem um capítulo só sobre o Brasil.

FRASES DESTACADAS
“Ninguém sabe direito como os algoritmos que regem as mídias sociais funcionam de fato. Os sistemas operam de maneira semiautônoma. Seus métodos estão além da compreensão humana.”

“As plataformas sociais estavam fazendo o que nem os propagandistas treinados da ditadura haviam conseguido: produzir fake news e um grito nacionalista tão envolvente, tão agradável aos vieses de cada leitor, que o público preferia as mentiras ao jornalismo genuíno.”

“O efeito cresce em escala; as pessoas expressam mais indignação e demonstram maior disposição para punir os que não merecem quando acham que seu público é maior. E não há público maior na terra do que no Twitter e no Facebook.”

“Ao mesmo tempo, tipos de conteúdo que engajam de forma menos inata — verdade, apelos ao bem maior, convocações à tolerância — perdem cada vez mais a disputa.”

“Um estouro de violência […] estava travando o Sri Lanka […]. Aldeias inteiras, como se possuídas, haviam formado turbas, e estavam saqueando e incendiando casas de vizinhos. Convocaram-se as Forças Armadas. Embora não fosse claro o que acontecera nem por quê, todos com quem entramos em contato nomearam o mesmo culpado: o Facebook.”

“Antes do Facebook, em tempos de tensão, ele podia se reunir com líderes da comunidade e dirigentes da imprensa para promover mensagens de tranquilidade. Agora, tudo que seus cidadãos viam e ouviam era controlado por engenheiros na distante Califórnia, cujos representantes locais nem mesmo respondiam às suas ligações.”

“Os líderes do país, ansiosos para controlar a violência, bloquearam todo acesso a mídias sociais. […] Duas coisas aconteceram quase de imediato. A violência cessou; sem Facebook ou WhatsApp servindo de guia, as turbas simplesmente voltaram para casa.”

“Ocorriam mais ataques a refugiados em cidades onde o uso do Facebook era maior que a média.”

“As plataformas sociais tinham chegado, por mais que sem querer, a uma estratégia de recrutamento que gerações de extremistas haviam adotado. O pesquisador J. M. Berger a chama de “construto crise-solução”. […] Você está infeliz por causa Deles e porque eles Nos perseguem. […] Crise-solução: existe uma crise, o exogrupo é o responsável, seu endogrupo oferece a solução. […] Extremistas gostam da sequência crise-solução porque incita a pessoa a agir. Os algoritmos gostam porque engaja a atenção e a paixão da pessoa.”

“Qualquer pessoa que chegasse ao YouTube interessada em tópicos pró-direita, como armas de fogo ou correção política, seria encaminhada a um mundo construído pelo YouTube com nacionalismo branco, violência misógina e conspiracionismo amalucado, e aí era impulsionada ainda mais para seus extremos.”

“Em certos momentos, os relatórios alertavam explicitamente perigos que viriam a se tornar letais, como um pico de discurso de ódio ou de desinformação sobre vacinas, com aviso prévio suficiente para a empresa ter tomado atitude e, caso não houvesse se recusado, possivelmente salvado vidas.”

E no capítulo sobre o Brasil:

“Embora Trump houvesse tido auxílio das redes sociais, ele não era das plataformas. No Brasil, foi como se as próprias mídias sociais tivessem assumido a Presidência.”

“O YouTube tinha uma inclinação acentuadamente pró-Bolsonaro e deu uma guinada à direita durante um período em que os números de Bolsonaro nas pesquisas estavam fracos e estacionados. A plataforma não estava refletindo tendências do mundo real. Estava criando seu próprio mundo.”

“Eram tantos amigos e parentes lhes repassando a teoria da conspiração que eles tinham dificuldade para conciliar a realidade que conheciam com a irrealidade das mídias sociais que havia se espalhado.”

“Ele disse que o grupo acompanhava vários youtubers se tornando mais extremistas, mais falsos, mais imprudentes, ‘só porque aquilo vai dar views, vai dar engajamento’.”

“Rolando a tela do seu celular, ela encontrou no WhatsApp uma mensagem enviada pelo pai de uma criança com microcefalia. Tratava-se de um vídeo afirmando que o zika fora disseminado pela Fundação Rockefeller em um complô para legalizar o aborto no Brasil. O pai exigia saber se era verdade.”

site: https://paulosantoro.com/site/facebook-youtube-e-a-tragedia-dos-algoritmos/
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