Sobre minha filha

Sobre minha filha Kim Hye-jin




Resenhas - Sobre Minha Filha


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Ianny Leão 18/10/2024minha estante
Já não ia ler, agora que não vou mesmo!!!!


Jamile139 18/10/2024minha estante
Não deixaria vc fazer essa atrocidade com sigo amiga.


Luana 18/10/2024minha estante
Concordo




Rafa 10/09/2022

O passado é uma roupa que não nos serve mais
Acho que uma grande qualidade de nossos tempos são os romances curtos. Principalmente quando são bem escritos. Adorei ler a narrativa proposta por Kim Hye-jin, escritora sul-coreana. Acho que é a primeira vez que leio um livro dessa nacionalidade.

"Sobre minha filha" é um livro que, tocando em vários temas, trata, a fundo, de uma questão bastante universal: a necessidade de estarmos sempre nos esforçando para "entender e aceitar as coisas" quando o assunto é humanidade. O ser humano é um ser inacabado até o último dia de sua vida, e reconhecer isso é um passo fundamental para evoluirmos em prol do bem coletivo.
Tiago 16/11/2022minha estante
Que linda a sua resenha. Espero que escreva mais sobre outros livros.


Rafa 29/11/2022minha estante
Obrigado, Tiago! (:




FAtima311 25/02/2024

Sobre a mãe e sobre a filha que ela não teve
Um livro curto, até fácil de ler, que aborda temas como a homossexualidade e a velhice em uma sociedade sul-coreana ainda fechada, tradicional e preconceituosa. O livro é muito mais sobre a mãe e seus valores do que sobre a filha, que, aos 30 anos volta a morar na casa da mãe com uma namorada. A filha que ela não teve seria uma garota "normal", que se casaria com um homem, teria filhos e viveria como ela em uma família tradicional. Entretanto, essa mãe narradora precisa conviver com a filha que ela teve, muito diferente do que ela esperava.
Enquanto trabalha em um asilo, a mãe narradora vai acompanhando o envelhecimento e os últimos dias de Zen. A proximidade da velhice e da morte gera reflexões importantes nas personagens.
Ana Carolina 29/02/2024minha estante
Quero ler!!!!!


FAtima311 29/02/2024minha estante
Ana, leia sim. Vale a pena!




Diego 08/01/2024

Boa leitura
Presenciamos como a protagonista exerce um trabalho difícil, mal remunerado, muitas vezes negligenciado. E ainda assim, tenta fazer da melhor forma possível as suas tarefas, e sendo uma verdadeira mãe para Zen, dando a ela um afeto que nega à própria filha; sentindo compaixão por Zen não ter tido filhos, ao mesmo tempo que cobra para que a filha engravide e construa uma família.

Mesmo que de forma relutante a protagonista acaba sendo afetada e se envolvendo com o convívio doméstico que possui com a filha e ?aquela menina?, todas se apoiando nas situações que surgem e as agridem.

A mudança dos valores que essa mãe acredita vai acontecendo a passos curtos, e chega ao final sem atingir um patamar de certeza, e sim de uma personagem se colocando em dúvida, o que torna o livro de Kim Hye-Jin ainda mais próximo do real.
Amigo Imaginário 12/02/2024minha estante
A Zen é a mãe e também a Green ao mesmo tempo. Ela é uma lembrança do futuro.




Sofia 21/08/2022

Tenho certeza de que existe um espesso muro invisível entre nós duas. Deve ser por isso que, por mais que eu grite, minha voz não chega ao outro lado.
Nesta história, vamos conhecer mais sobre a vida de uma mãe e uma filha que vivem na Coreia. A mãe já tem mais de 60 anos e trabalha em um lar de idoso e a sua filha, mais de 30, e trabalha como professora.

Fica claro que a relação delas está estremecida. A filha quer que a mãe venda a casa de família para conseguir lhe emprestar dinheiro, está passando por uma fase difícil. A mãe não consegue entender como a filha ainda não casou e não consegue se sustentar sozinha, a ponto de ter que continuar dependendo dela.

Um ciclo de expectativas quebradas que só aumenta quando a filha volta para morar em casa e leva junto com ela a sua namorada, com quem se relaciona há 7 anos. Sua mãe nunca entendeu aquela relação e aquele convívio se torna insuportável para ela. Não entende porque sua filha luta tanto pelos direitos das minorias, organiza protestos e não tem vergonha de ser quem é.

Ela vê o futuro da sua filha refletido na senhora Zen, uma idosa de quem cuida no asilo, que não tem família, ninguém que a visite, mas possui uma história de grandes lutas e conquistas ao redor do mundo.

Uma história curta mais bem elaborada, cheia de sentimentos intensos entre mãe e filha que se amam, mas não conseguem se compreender. Que fazem de tudo para se ajudar, mas não conseguem deixar de se magoar. É lindo como a autora entrelaça 3 histórias para contar uma só e nos fazer sentir o lado de cada uma delas. Leitura maravilhosa!
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trang 08/11/2022

Legal e tals.. mas não gostei muito da filha dela, de verdade acho ela meio chata que não dá valor para a mãe..
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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/11/2022

Sobre Uma Mãe
A Coreia do Sul caracteriza-se pelo rápido crescimento econômico ocorrido nas últimas décadas, com significativa redução da pobreza. Por outro fado, possui uma sociedade conservadora que estigmatiza as minorias sexuais e propaga o sexismo endêmico.

Sua literatura também é bastante peculiar e vem angariando interesse ao redor do mundo, por apresentar tal conjuntura mediante um olhar majoritariamente feminino e dessa lista, Kim Hye-Jim é o mais novo nome a ganhar espaço nas estantes de nossas livrarias com o romance Sobre Minha Filha.

Publicado pela Editora Fósforo e traduzido direto do coreano, ele foi o vencedor Prêmio Shin Dong-yup em 2018 e aborda um conturbado relacionamento intergeracional que é narrado por uma viúva que, jamais nomeada, se recusa a aceitar a homossexualidade da única filha, Green, esperançosa de que seja ?um erro passível de ser corrigido?.

A situação atinge seu clímax, quando a jovem, uma professora universitária passando por dificuldades financeiras, volta a morar na casa da mãe, trazendo consigo Rain, sua companheira há sete anos.

Paralelamente, ambas enfrentam desafios pessoais, enquanto Green é uma militante LGBTQIA+, atividade que coloca em risco seu emprego e a própria segurança; a mãe é uma cuidadora de idosos em constante atrito com a direção da instituição onde trabalha cuja prioridade é reduzir ao máximo os gastos com os pacientes. Um bom exemplo é Zen, uma respeitada defensora dos direitos humanos que sofre de demência, não possui parentes nem amigos para lhe dar assistência no final da vida. Aliás, algo que, se a filha permanecer solteira, a mãe teme que possa ser o destino das duas.

Em resumo, se a questão da homossexualidade divide mãe e filha, a última demanda tem a capacidade de aproximá-las. Fortes, voluntariosas e com exacerbado senso de justiça, elas são mais parecidas do que supõem e a tridimensionalidade dessas personagens, em especial, a tridimensionalidade da mãe distingue o romance.

Facilmente Kim Hye-Jim poderia ter caído na armadilha de criar uma protagonista execrável, entretanto isso não ocorre. Na verdade, trata-se de uma personagem que da intransigência inicial, pouco a pouco admite rever seus valores. A questão é que mudanças efetivas não se concluem num passe de mágica e até podem ser inexequíveis.

Enfim, Sobre Minha Filha é um delicado relato sobre difícil a arte da convivência em família. Recomendo.

Nota: Está errado o emprego da palavra ?minoridade?, menor de idade, no trecho abaixo. O correto é minoria.
?Mãe, olhe pra isso aqui. Essas palavras se referem a mim. Minoridade sexual, homossexual, lésbica. Tudo isso aqui está falando de mim. Isso sou eu. É assim que as pessoas se referem a mim e impedem que eu tenha família, trabalho ou qualquer coisa. Eles não me deixam fazer nada, entendeu? E a culpa é minha? Sou eu a culpada?? (Posição 976, e-book)
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Mariana Dal Chico 19/12/2022

“Sobre minha filha” de Kim Hye-jin foi um presente que ganhei do @doispontos e logo me interessei pela sinopse: relacionamento familiar e preconceito.

O cenário da Coreia do Sul, apesar de estar do outro lado do globo, pode ser muito bem transposto para o Brasil, já que temos uma mãe viúva, aposentada, com mais de 60 anos, que precisa continuar trabalhando para conseguir pagar as contas; além de uma manifestação que pode se tornar violenta a ponto de uma pessoa ser gravemente ferida.

A voz da narradora é a da personagem preconceituosa, ela que não consegue externar seus sentimentos e pensamentos para aquelas que ama, mas vai mostrar para o leitor como está confusa com seus sentimentos e como tenta lidar com o conflito geracional e cobranças sociais.

Nós, humanos, estamos em constante mudança, não somos um texto revisado com ponto final, sempre há algo a aprender e a acrescentar conforme experimentamos nossas vidas.

Gostei muito da leitura e deixo aqui um aviso: não espero um livro com enredo fechadinho estilo “começo, meio, fim e uma lição de moral”. Ele é curto, mas tem profundidade, principalmente no desenvolvimento da narradora.

site: https://www.instagram.com/p/CmWnaazLLOf/
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DêlaMartins 20/12/2022

Preconceito, amor... difícil
Uma mãe lutando para entender, aceitar, se adaptar à vida escolhida por sua filha lésbica. Reflexões sobre o que ela queria ou achava certo, cobranças pelo que fez pela filha são partes importantes do amadurecimento dessa mulher para aceitar a filha e sua sexualidade. Paralelamente, temos que essa mesma mãe atua como cuidadora de uma idosa solitária que vive numa casa de repouso e que acaba desenvolvendo um relacionamento próximo com a paciente, mostrando que, mesmo com todo preconceito, não significa que a mãe seja má ou que não entenda o que é justiça. A narrativa retrata os questionamentos, as dúvidas e sobretudo, a dificuldade que temos em aceitar as pessoas como são e colocar de lado nossas expectativas, principalmente com nossos filhos... Tudo isso, aliado ao fato de que de vivo hoje uma situação semelhante, fez com que eu me envolvesse bastante com a narrativa. Pra mim, a leitura fez diferença. Gostei da forma com que o livro foi escrito e vou buscar mais publicações da autora.
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Natalia2169 14/11/2024

Faz muito tempo que nao escrevo uma resenha de um livro, mas esse merece, ele me prendeu do inicio ao fim, eu fiquei entre a pena e o odio da mae, porem entendi pq ela pensa e age assim durante o livro, o final nao podia ser melhor ou ser diferente. Este livro reflete a diferença de geraçoes e como isso influencia nossos pensamentos, nossas lutas, quem somos.. Como ao sermos colocados em certas situaçoes começamos a questionar tudo aquilo que acreditamos e defendemos ate entao e que nem sempre é facil ou legal fazer isso, mas que é necessario evoluir para entendermos tudo aquilo, uma das melhores leituras de 2024 com toda certeza
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Jessika 14/01/2023

primeiro favorito do anos irra
esse aqui eu comecei não dando muita coisa até entender o contexto dessa relação mãe-e-filha

a filha é lésbica, a mãe é homofóbica. sendo cria de uma outra mãe também homofóbica, que já me repetiu muitas das coisas que a mãe desse aqui diz ao longo do livro, a sensação era de que eu tava na cabeça da minha própria mãe. foi assustador, angustiante e doloroso.

o impacto rendeu essas cinco estrelinhas e o coraçãozinho.
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Nara 20/01/2023

O abismo geracional
Uma leitura incrível, apesar de angustiante.

Narrado em primeira pessoa, o leitor acompanha o relato de uma mulher na faixa dos seus 60/70 anos que, enfrenta muitas dificuldades: o medo da velhice, da solidão, de não conseguir manter a própria sobrevivência devido a precária realidade de emprego no país (Córeia do Sul) e das condições financeiras da família. E a maior de todas, a não aceitação da homossexualidade da filha e reconhecimento da nora sendo ambas, a única família que ela têm.

Gostei muito de como a Kim Hye-jin (autora) conseguiu construir uma personagem (a mãe) que é tão difícil de compreender e ao mesmo tempo, está em um estado de intensa vulnerabilidade, com reflexões num fluxo de um fôlego só que, intercala todos esses medos juntos e escancara um abismo geracional entre mãe e filha.

Além de aspectos sociais com uma crítica enorme à lógica trabalhista num sistema capitalista que contribui para o etarismo como mecanismo de desvalorização de vidas que não são forças de trabalho ?rentáveis?.

Ao mesmo tempo que são super pesadas as cenas de agressões verbais e discursos de ódio direcionados à filha e a nora, nós entendemos que a mãe veio de uma formação baseada na recusa de expressar aquilo que sente e pensa como uma manutenção de uma determinada ordem social. E também entendia o casamento e a formação familiar cisnormativa como única viável e legítima. Além da dedicação aos filhos como extensão de si mesma como parte da responsabilidade materna. Enquanto a filha, vive um período de intensa dificuldade financeira, devido a precarização do trabalho e ao preconceito da universidade em que atua como professora substituta se posicionar de modo conservador e, optar por desligar o corpo docente sem justificativas profissionais para isso. Demitindo professores abertamente gays, inclusive ela.

Por alguns momentos, tive a sensação de que a mãe ao observar a filha em protestos e, também começar a se posicionar contra as más condições expostas na casa de repouso em que trabalhava, estaria num momento de catarse e, metamorfose que a ajudaria a ter maior compreensão com a filha, no entanto, isso nunca acontece. E é ai talvez o maior ensinamento da narrativa: do mesmo modo que existe uma parte da vida dos nossos pais que nós nunca vamos compreender quem eles foram ou o que passaram e, como isso transformou eles em quem eles são... Existirão sempre dificuldades de compreensão em entender a nossa geração e os modos com que nós não aceitamos mais viver em silêncio pra manter uma suposta ordem em meio a tanta repressão.

Pra além disso, a nora foi uma personagem incrivelmente generosa e em alguns momentos rs, pra mim melhor que a filha. Mais educada e compreensiva e claramente quem fazia o relacionamento funcionar concedendo a maior parte do tempo, tanto de recursos financeiros, quanto paciência pra acolher essa sogra em momentos muito conturbados.

Super indico!!
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Flávia 30/01/2023

Dificuldade de ligar o fo*a-se?
Gostei do livro, pois não é algo fantasioso, mostra como as gerações anteriores -mesmo querendo- não conseguem se desprender de conceitos que nem eles acreditam mais.
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Gabs 31/01/2023

Amo livros sobre relações familiares mas não esperava que esse livro me surpreendesse tanto, não por ter plot twist nem nada parecido mas por me entregar tamanha complexidade em poucas páginas. Mesmo não concordando com a narradora e sabendo bem como deve doer estar na pele da filha, a gente consegue sentir e enxergar toda a complexidade dessa mãe.
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