Wendy 17/10/2024Sororidade?“A Enfermeira” é uma leitura ótima! Tess Gerritsen não decepciona! Entretanto, pelo título, e por ser uma história da Isles e Rizzoli, minhas expectativas eram diferentes. Deixando isso de lado, ainda assim é uma leitura intrigante e divertida (essa parte é o que não combina com um livro de Isles e Rizzoli) principalmente quando envolve Angela Rizzoli. Neste volume, não temos tanto o lado investigativo das nossas personagens favoritas e sim mais o lado pessoal delas. O livro intercala vários pontos de vistas, temos o da Amy (que pode ser uma “futura vítima” de quem cometeu o crime com a enfermeira), Maura, Jane e Angela. Cada uma com uma história e uma “fortaleza” para defender, nem que isso seja a si mesma. O destaque vai para a Angela, que é daquelas personagens que não dá para não gostar dela, inteligente, sagaz, e dona de um senso de humor incrível, aquela que a gente queria ser amiga:
"O que Agnes achou que eu deveria fazer depois que meu marido me deixou? Passar a me vestir toda de preto, como uma mulher virtuosa, e ficar sentada de pernas cruzadas até tudo lá embaixo secar?
"Nenhuma informação é inútil. É só uma chave esperando a fechadura certa."
As histórias, nem tem tanto a ver uma com a outra, mas é interessante ver esses outros olhares e personalidades fortes. E é mais sobre isso, sobre essa mudança de olhar, de uma certa forma, sobre sororidade.
"Nós, mulheres, somos educadas demais; temos medo de ferir os sentimentos de alguém, mesmo quando corremos o risco de ser estranguladas."
"Mas uma mãe não precisa de provas concretas para saber quando há algo de errado."
"É o fardo da maternidade: não importa a idade dos seus filhos, os problemas deles serão sempre problemas seus."
As histórias te prendem e deixam aquela curiosidade “o que será que ela viu?”, o que pode acontecer? O que isso tem a ver com aquilo e se não for com expectativas é uma leitura boa e fluida.