Resenhas - O Impulso

Jenni 22/09/2024

"Agarre-se aos seus fios e suba até a superfície!"
Comecei "O Impulso" sem grandes expectativas, especialmente por não ter me conectado tanto com o primeiro livro da autora, "Amêndoas". Foi uma leitura boa, mas eu esperava algo mais marcante. A sensação inicial com essa obra foi parecida. A princípio, parecia que eu estava lendo um livro de autoajuda, o que me desanimou, já que não sou fã desse tipo de abordagem. Contudo, essa impressão logo se dissipou quando a própria autora, de forma quase irônica, critica essa ideia de que a vida pode ser resolvida com frases prontas e simplistas.
O que mais me chamou a atenção foi a forma como Won-pyung Sohn aborda os dilemas comuns e cotidianos. Algo que parece recorrente na literatura coreana é esse foco nas emoções e na vida de pessoas comuns, sem reviravoltas grandiosas ou ritmos acelerados. E é justamente isso que torna uma leitura envolvente. Seonggon, o protagonista, poderia ser qualquer um de nós. Seus fracassos e pequenas obsessões são retratados de maneira honesta, quase palpável. O início de sua transformação, a partir de algo tão banal quanto a correção de sua postura corporal, parece insignificante, mas logo ganha profundidade conforme percebemos o impacto dessas pequenas mudanças em sua vida.
Embora o enredo não seja surpreendente, ele traz uma reflexão genuína sobre o que significa estar vivo e sobre as dificuldades de "estar vivendo". A trajetória de Seonggon é cheia de altos e baixos, assim como a vida de qualquer um. E é esse realismo, essa constante evolução, que me fez apreciar tanto a história.
"O Impulso" não é um livro que vai te surpreender com reviravoltas, mas oferece uma jornada sincera e comovente sobre encontrar um novo impulso para seguir em frente. Às vezes, precisamos de histórias assim, que reflitam o que significa viver em meio à complexidade da existência.
?"Esta é a história de como Andreas Kim Seonggon tentou mudar as coisas para melhor. Portanto, se você enjoar da luta solitária dele, basta pensar que ele fracassou. No fim das contas, existem muitas histórias desse tipo no mundo."

Nilsonln 10/11/2024

Tudo muda, o tempo todo!
"O impulso", de Won-pyung Sohn, nos fala das muitas mudanças que passamos em nossas vidas e de como estamos, muitas vezes, despreparados para elas.

O livro nos mostra também a força da resiliência e que sempre encontraremos um caminho para superação.

Pequenas mudanças de nossa parte podem nos levar a conquistar algo grandioso!

Minha avaliação: Amei! ?

Midia de leitura: E-BOOK KINDLE

Li também da autora Won-pyung Sohn e recomendo: "Amêndoas".

mariagabim 18/09/2024

Impulso
Gostei da história do Seoggon, e achei muito interessante o final. Foi um final sem grandes expectativas como a história de uma pessoal normal e comum.
?O sucesso não precisa se resumir a um resultado incrível. Nós superestimamos tanto o sucesso que ele acaba nos intimando?.

liaentrelivros 16/09/2024

O impulso
O segundo livro de Won-pyung Sohn, O impulso, repete a fórmula de sucesso de Amêndoas, trazendo histórias de superação de personagens facilmente identificáveis ao nosso redor, sob um olhar mais atento a respeito dos recomeços na sociedade contemporânea cada vez mais incerta e volátil, onde as pessoas não se reconhecem mais pelos pequenos esforços do dia a dia, mas pelos incontáveis fracassos que possam comenter.

São histórias cotidianas que nos mostram que a vida não é só uma maré de coisas boas ou de azar, mas que somos responsáveis por torná-la mais navegável. É importante o papel da solidariedade no projeto Fio, dando uma nova utilidade para as redes sociais, hoje tão carente de incentivos. Afinal, é mais fácil mudar um poquinho a cada dia e manter essas mudanças ou desistir de tudo e virar comida de peixe? De volta ao básico!

Cíntia 13/10/2024

Não foi pra mim, mas pode ser pra você.
Como alguém que leu amêndoas, fui com a expectativa errada pra esse livro. O livro não é só uma história, é autoajuda em formato de história. A minha intenção não era ler uma autoajuda então não foi uma experiência legal pra mim, foi bem entediante na verdade.

Eu não consegui me identificar com o protagonista ou com as problemáticas da vida dele, por isso o livro apresentou uma filosofia que não me tocou de forma profunda. Porém se você se identifica com os pensamentos ou problemas do protagonista, pode ser uma boa leitura e reflexão pra você.

André Azevedo Ferreira 21/10/2024

Um sorriso. :)
O final do livro tem uma dose exagerada de autoajuda, mas a jornada através dele pra mim valeu a pena.

No final das contas é isso. :)

Mariana Dal Chico 22/10/2024

Uma das publicações de 2024 mais aguardadas por mim, “O Impulso” de Won-pyung Sohn foi publicado no Brasil pela Rocco com tradução de Núbia Tropéia e eu adquiri meu exemplar na Bienal do Livro de SP.

Esse é um daqueles casos que o livro furou fila de leitura.

E talvez eu tenha ido com muita sede ao pote…

“… se você enjoar da luta solitária dele, basta pensar que ele fracassou. No fim das contas, existem muitas histórias desse tipo no mundo.” p.8

O prólogo vai dar o tom do livro, uma leitura um tanto sombria, com um protagonista que está na parte mais profunda do poço e procura estratégias para retornar à superfície, mas a vida adulta não é doce.

Gostei da forma como a autora usou o conceito de pequenas mudanças merecem ser comemoradas e em conjunto podem transformar sua vida.
No entanto, eu gostaria de ter visto um pouco mais de “suporte profissional”, por vezes o protagonista tem algumas “sacadas” que não são bem embasadas e eu fiquei me perguntando de onde ele tirou aquela ideia.

“Um homem sem graça, insignificante e covarde, rejeitado até mesmo pela morte. A pessoa que viria à cabeça de qualquer um que ouvisse a palavra ‘otário’.” p.67

O protagonista me despertou sentimentos controversos, ao mesmo tempo que eu simpatizava com suas lutas, também odiava sua imprudência e deslumbramento.

Gostei muito da forma como a autora mostrou que a resiliência não é apenas uma palavra com significado bonito que merece ser tatuada, mas um sentimento que exige muito

O enredo é simples e realista, não têm cenas de ação, nem paixões avassaladoras. Por vezes, as situações são tão verossímeis que me assustou ver situações reais escrachadas de forma tão fria e objetiva.

Dessa vez, senti falta de um pouco mais de ambientação e descrições, foi difícil “visualizar” algumas cenas enquanto as lia.

Antes de se jogar na leitura, vale alertar que a carga de pessimismo e pensamentos sombrios é alta e o toque de “autoajuda” e “lições de moral” nem sempre estão subentendidos.

site: https://www.instagram.com/p/DBbqOFhuvWF/

ValeLucas 01/11/2024

O novo livro da autora do famoso Amêndoas, mais um na categoria de ficção de cura e que vai conversar bem com quem estiver passando por questionamentos semelhantes aos do protagonista.

Kim Seonggon sente que falhou em todos os aspectos de sua vida e não vê motivos para continuar. Mesmo sem encontrar sentido em nada, ele se agarra a uma pequena e simples ação cotidiana, que se torna o ponto de partida para focar em viver um dia após o outro e segurar os fios de sua vida para voltar à superfície.

Ficção de cura funciona para mim de acordo com meu humor; inclusive, quero dar uma chance para este livro em outra oportunidade. Em O Impulso, a autora (que eu ainda não conhecia) escreve de forma fluida, mas bem direta e sem rodeios, algo muito comum na literatura coreana. Apesar disso, ela aborda temas complexos, principalmente considerando a situação atual de desesperança e depressão de Seonggon, que não vê alternativas para sair do fundo do poço.

A autora pende em vários momentos para a autoajuda, embora tenha personagens com histórias interessantes e boas reflexões, mesmo que sejam simplistas e levemente irreais. Fala de sentimentos fortes e mostra como pequenas realizações diárias podem ser essenciais para que mudanças maiores aconteçam. Além disso, mostra a importância de ter pessoas que comemorem e apoiem suas pequenas conquistas, essencial para manter um propósito. Uma história realista, que mostra que a vida nem sempre é fácil e que muitas vezes precisamos nos reerguer e enfrentar os obstáculos.

Mesmo sem me conectar tanto com o protagonista, achar a primeira metade um pouco enrolada e sentir que o livro poderia abordar a importância de buscar ajuda profissional, absorvi bem a mensagem, que me deixou refletindo, especialmente nos desdobramentos finais. No fim, fica a lição de que o primeiro passo é o mais importante, e que estar vivo é um desafio constante, mas que vale a pena.

Lembrem-se sempre, saúde mental é coisa séria! Se cuidem

"O maior dilema da vida é que ela continua. Flui sem direção ou propósito[..]A única verdade da vida é que ela não para"

meraki 29/09/2024

O livro inteiro é chato
Eu tentei gostar desse livro, mas não deu, foi muito difícil essa leitura para mim. O personagem é insuportável, a leitura é arrastada e maçante, a narrativa é tediosa e foram essas coisas que fizeram o livro não dar certo pra mim. Esse livro foi chato demais, só queria que acabasse logo.

Livia Barini 26/09/2024

Deprimente
Eu tenho muitas questões com este livro que não poderia discutir sem dar spoiler. Entretanto gostaria de pontuar duas coisas para evitar leitores desavisados.

Primeiro, o tom deste livro não é de "esperança colorida" e sim de "realismo extremo".

Segundo o llivro é BEM pesado em vários momentos. Com o personagem principal querendo acabar com a própria vida, mais de uma vez. Se você está com depressão ou vivendo um momento ruim, acho que deveria avaliar bem a decisão de ler este livro agora. Se tem gatilho com suicidi0 ou pensamentos que o levem a querer cometer este ato, não leia este livro.

Tati 10/10/2024

"[...] PENSAR QUE TUDO ESTÁ CAINDO AOS PEDAÇOS PODE DESTRUIR UMA PESSOA [...]"
Fui pega de surpresa e uma das grandes!
Eu com minha grande dificuldade para a literatura Sul-Coreana e mais dificuldade ainda com a autora Sohn, por não ter gostado de Amêndoas, me encontro realizada com essa leitura.

Sou atraída por personagens que fracassaram e/ou que vivem no fundo do poço. É um sentimento de compreensão e empatia que nasce dentro do meu coração sempre que me deparo com esse tipo de personagem. Com Andreas não foi diferente.

Simpatizei com o personagem desde a primeira página. Me peguei torcendo por ele em todo o decorrer da história. Fiquei triste e feliz com ele. De fato vi em Andreas alguém que eu queria que fosse feliz pelo menos 1x na vida e o final da segunda parte para a terceira, foi algo que me deixou bem triste. Eu senti meus olhos marejarem em diversos momentos durante a leitura.

Aqui a gente tem uma história ao contrário, começamos com um personagem que perdeu tudo - "[...] um homem que não conseguia vencer, que perdera até para a morte [...]", e terminamos com um persoangem que descobriu que a morte e a vida são mais do que se poderia pensar, de fato uma história de superação. A autora trouxe algumas lições de moral? Talvez muitas! Entretanto tudo é muito convidativo para que você continue querendo saber como terminará a vida de Andreas.

Todos nós conhecemos ou temos um Andreas nas nossas vidas, às vezes nós mesmos somos um Andreas. Quero que você se sinta abraçado(a) por mim e que possa superar seus momentos difícieis. A vida deveria ser mais leve, então dessacelere e tome seu tempo. As coisas serão melhores se você olhar por outro ponte de vista. Há uma música que diz "Porque na vida, às vezes, precisamos de uma mão para nos ajudar. Você estará bem, só vá com calma. Um dia de cada vez."



Aqui deixo duas passagens que me marcaram:
"[...]" o maior dilema da vida é que ela continua. Flui sem direção ou propósito. Por isso, todo esforço para encontrar uma causa e efeito e um significado costuma ser em vão. As respostas que pensamos ter encontrado podem dar uma solução temporária, mas não conseguem se aprofundar no todo. A única verdade da vida é que ela não para [...]"

/

"[...] — Eu só fui jogado no mundo, sabe? Nem pedi para nascer, mas de repente me tiraram de dentro do útero e me jogaram no mundo. As pessoas já nascem solitárias e inseguras, sem saber como viver a vida. Por isso, se agarram a qualquer coisa que esteja por perto e às vezes não encontram coragem para soltar, só choram e aguentam o tranco. Só que aí vem outra pessoa e arranca o que está nas mãos delas, e elas choram e voltam a se sentir inseguras, como recém-nascidas. Porque não ter nada em que se agarrar e lugar nenhum para ir dá medo. Mas a vida é assim [...]"

Obrigada por ler,
Por favor, se cuide.
bjss
:)

Vick.Silva 12/09/2024

Do mesmo autor do livro Amêndoas, o livro no início é um pouco difícil, não é fluída e o livro em si tem poucos diálogos com uma mistura de livro de autoajuda!
Criei muito expectativa por ter gostando tanto do livro anterior, mas esse é muito diferente, insisti na leitura e com o atual momento da minha vida a onde sempre sinto que sou um fracasso me indetifiquei com os sentimentos e o jeito do Kim Seong-gon! As minhas fortes favoritos foi os diálogos entre Kim e o Jinseok!

"O contrário do sucesso é o fracasso, mas o contrário da mudança é não fazer nada"

Essa frase do livro: só quero dar três passos por dia e, quem sabe, ir aumentando a quantidade até que por fim esses passos me levem de volta ao mundo. É impossível conseguirmos tudo o que queremos de uma vez, pois o mundo não é tão bonzinho e generoso assim.

Mesmo com uma leitura não sendo tão fluída, muitas partes me fez refletir sobre a vida que eu levo, sobre a comparação e que sempre tem como recomeçar.. principalmente quando tudo dá errado, mesmo que na prática não seja tão fácil.

Corrêa 19/09/2024

" As vezes o que sustenta a vida são os menores detalhes "
" Na época, ele pensara que aquele dia tinha sido um dia comum. Pois não sabia que os momentos perfeitos acontecem no dia a dia da vida. "

Gente, QUE LIVRO! Simplesmente perfeito assim como foi "amêndoas". Cheio de reflexões sobre a vida.

Isadora 22/09/2024

O impulso
Acredito que os livros dessa autora são doces socos no estômago, quis evitar escrever a resenha logo de cara pois sinceramente, me pego pensando em amêndoas até os dias de hoje, então com o impulso não poderia ser diferente, provavelmente daqui a uns meses eu vou me pegar pensando nessa história no meio de um dia aleatório e sem pretensão alguma, e acho que aqui que é a grande sacada, as histórias dela são sobre cotidiano, é sobre ver o extraordinário no dia-a-dia.
Esse livro é sobre Andreas, que logo demonstra no início da história pensamentos e atitudes depressivas diante da própria vida, que após tantos erros e acertos se encontra distante de tudo aquilo que apreciava, da família, do sucesso, de qualquer fonte de felicidade. A autora pega a gente nesses pontos de se identificar com o protagonista, de nos fazer refletir o quanto, muitas das vezes, também olhamos pra nossa vida com desânimo, sem esperança, e o quanto é bastante difícil se reerguer diante de um mundo tão derrotista e sem suporte. No meio do livro o protagonista desenvolve uma rede social que ajuda as pessoas a recomeçarem a sua jornada com pequenos passos, como levantar da cama e arrumar a postura, afinal, de pouco em pouco é que se chega lá. E apesar da história não terminar como a gente imagina, conta um pouco de como foi o final da vida de Andreas e como ele voltou a enxergar beleza onde antes não era visto, como o desabrochar de uma flor, pequenas coisas se tornaram motivo de vitória.

Hannah Green 11/10/2024

Entendi o final, mas tive raiva mesmo assim.
Acredito que a ideia da Won de retratar os desafios da vida pelos altos e baixos de um eterno esperançoso, tenha sido boa, e também acredito que essa visão seja extremamente válida. De fato, nossa vida é feita de altos e baixos, e muitas vezes os baixos demoram mais para passar que os altos, que vêm, quase sempre, como um breve sopro. Contudo, não consegui me conectar empáticamente com o personagem, passei o livro inteiro tendo raiva de suas atitudes burras e descompensadas, me coloquei no lugar da Ranhee, e senti como deve ter sido difícil para ela conviver com alguém tão instável e imprudente quando o Seoggon, que depois de todo o discurso de mudança, no fim, não mudou absolutamente nada.
A impressão que tive lendo esse livro, era que estava lendo A Hora da Estrela, da Clarice Lispector. Tudo caminha, segue seu rumo, os insights ocorrem, a esperança da mudança, para enfim tudo dar errado. A Won foi muito mais positiva nesse sentido, demonstrando que muitas vezes o "dar certo" ou ainda o "ter sucesso", nem sempre são coisas grandiosas, mas aquelas mais corriqueiras que são tão difíceis de manter constante, é essa mensagem é linda, claro, mas ela vem não de uma lição de vida após muita reflexão, ela vem de mais um baque que o personagem leva por ser tão deslumbrado e inconsequente.
Passei a maior parte da história odiando o personagem principal, querendo que a Ranhee conhecesse alguém melhor, que a Ayeong superasse a existência sem presença dele.
Seoggon é um personagem de pensamento e força de vontade medíocres, que se acha muito maior, melhor, e mais importante, do que é de fato, e almeja sucesso e coisas grandiosas sem pensar em como traçar caminhos até este lugar, e em como criar uma base para que né,a permaneça, ou seja, em resumo: um tabacudo.