O Continente

O Continente Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento: O Continente - Vol. 1


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Barbara Hellen 26/04/2020

@cactosliterarios
Comecei a ler a trilogia O Tempo e O Vento, de Erico Verissimo, considerada por muitos a mais famosa saga da literatura brasileira. Ela se inicia no livro O Continente (dividido em duas partes). Li apenas a primeira, mas decidi comentar antes de passar para os próximos.

Primeiro, “buenas e me espalho”. Verissimo foi capaz de entregar com maestria a descrição mais elaborada dos personagens e por isso, suas histórias despertam sentimentos únicos. E são também únicos, e por isso inesquecíveis, Ana Terra, Cap. Rodrigo e a família Terra Cambará.

Vou lembrar dessa leitura com um ar de encantamento. Não é apenas um romance, é um romance histórico. Mostra os pontos de vista das disputas e conquistas do Rio Grande do Sul e do Brasil, e como todos esses acontecimentos afetaram quem os viveu. Como li por aqui, "livros como este trazem em si um problema: depois de lidos, tornam todos os demais muito pobres e sem-graça”

site: www.instagram.com/cactosliterarios
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Eduardo.Silva 24/01/2023

Um pouco decepcionante.
A única parte que realmente gostei do livro foi a "Um Certo Capitão Rodrigo". As partes do Sobrado são interessantes, mas a divisão dos dois tempos narrativos a prejudica demais. É um momento tenso e interessante, mas tão pouca coisa acontece e quando acontece tem um espaço tão grande entre a parte interior que perde a empolgação. É um retrato muito fiel do espírito masculino sulista e gosto como o autor não romantiza isso e deixa muito claro, principalmente a aversão masculina de algumas personagens mulheres.
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Fraoliveira180 28/04/2022

Uma estória extraordinária
O livro vai narrar planos que se desenrolam em meio a diversas guerras e revoltas que acontecem no sul do Brasil no final dos anos 1700 e até por volta de 1890.
O livro, em minha sincera opinião, tem como foco as mulheres que lutam da forma que podem mesmo os homens indo para guerra.
E disparada melhor personagem de chamada Ana Terra tem uma trágica história marcada por luta e também força de vontade e muita persistência, dando um caráter de empoderamento feminino em diversas partes do livro não se restringindo só a sua personagem mas também a sua genealogia que continua com os mesmos achismos e crendices.
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Craotchky 21/06/2019

Bastidores: essencialmente Erico por ele mesmo
"Minha saga do Rio Grande devia abranger duzentos anos, de 1745 a 1945. A princípio imaginei que poderia comprimir toda a história duma cidade e duma família num único volume de cerca de 800 páginas, que me ocuparia uns três anos de trabalho. Mal sabia eu que a obra acabaria por transformar-se numa trilogia num total de mais de 2 200 páginas e que eu levaria mais de quinze anos para terminá-la."

Pega teu chimarrão e te aprochega, vivente!, que hoje tenho esta baita resenha tri massa pra ti!, bem capaz que você vai querer perder. Bah, e pior que deu trabalho, tchê!, mas espero que lhe caiam os butiá do bolso que aí já fico faceiro! Que barbaridade!

Deixando de lado o dialeto gaúcho, minha resenha consistirá sobretudo de trechos do próprio Erico falando um pouco sobre O Continente. Meu objetivo é trazer os"bastidores" da obra. Os trechos do próprio Erico além de estarem entre aspas também aparecem em itálico para aqueles que estiverem lendo pelo site e na página de resenhas. Eis, pois 👇🏽:

BASTIDORES
Em seu livro de memórias, intitulado Solo de Clarineta (1973), Erico revela bastidores acerca do processo de criação de muitos de seus livros e personagens, inclusive de O tempo e o Vento. Erico, por exemplo, sobre O Continente, admite que não tinha apreço pela vida do campo: "Apesar de ser descendente de campeiros, sempre detestei a vida rural, nunca passei mais de cinco dias numa estância, não sabia e não sei ainda andar a cavalo, desconhecia e ainda desconheço o jargão gauchesco."

Erico escreve também sobre como alguns conhecidos e parentes mais gaudérios abriram seus olhos para as riquezas da cultura e hábitos tradicionais do estado: "Durante os três anos em que vivi na casa de meu avô materno, observando-o no ato de viver, de ser, mal sabia eu que estava fazendo com ele meu 'aprendizado gaúcho'[...] Assim o velho Aníbal [avô materno] foi, sem querer nem saber, uma espécie de intérprete, de ponte entre este seu neto citadino e a terra e gente do Rio Grande."
"Idiota! Como era que eu não tinha visto antes toda essa riqueza?[...]Era o meu povo. Era meu sangue. Eram minhas vivências, diretas ou indiretas, que por tanto tempo eu renegara."

Ao mesmo tempo, Erico percebe que, até então, suas obras pouco tinham abordado a essência gaúcha: "Procurando analisar com imparcialidade os meus romances anteriores, eu percebia o quão pouco, na sua essência e na sua existência, eles tinham a ver com o RIo Grande do Sul."

Erico, neste livro de memórias, indica também sua insatisfação com a maneira pela qual os livros didáticos apresentavam a história de seu (e meu) estado: "Nossos livros escolares - feios, mal impressos em papel amarelado e áspero - nunca nos fizeram amar ou admirar o Rio Grande e sua gente. Redigidos em estilo pobre e incolor de relatório municipal, eles nos apresentavam a História do nosso Estado como uma sucessão aborrecível de nomes de heróis e batalhas entre tropas brasileiras e castelhanas."

Tudo leva a crer que isso fez nascer em Erico o desejo de contar a história de seu estado e povo de uma forma mais palatável: "E quanto mais examinava a nossa História, mais convencido ficava da necessidade de desmistificá-la"

Seguiram-se então as observações necessárias ao romancista: "Cabia, pois, ao romancista descobrir como eram 'por dentro' os homens da campanha do Rio Grande. Era com aquela humanidade batida pela intempérie, suada, sofrida, embarrada, terra-a-terra, que eu tinha de lidar quando escrevesse o romance do antigo Continente."

CURIOSIDADES
Sobre o sobrenome Cambará: "O sobrenome Cambará foi escolhido conscientemente: além de ser sonoro, designa uma árvore de duro lenho. Se bem me lembro, uma das estâncias perdidas de meu avô paterno chamava-se Cambará."

Sobre o Sobrado: "Outra personagem importante de O tempo e o Vento é o Sobrado, que sinto como um ser vivo, pensante. É, evidentemente, um símbolo uterino, materno, abrigo, fortaleza, aconchego, tradição [...]"

Sobre as mulheres do livro: "[...] declaro em voz alta que tenho um fraco pelas mulheres de O tempo e o Vento, como Ana Terra, Bibiana e Maria Valéria."

📌 Obs: todas as citações foram extraídas do livro Solo de clarineta I, capítulo V, seções 21, 22, 24, 25.

(Adendo: Após vencer certa relutância resolvi assistir ao filme de 2013, impulsionado por saber que parte dele foi gravado aqui, na minha cidade, aproximadamente 6,5km da minha casa. Devo admitir que fiquei encantado, sobretudo pelas muitíssimas passagens em que os(as) personagens reproduzem as falas tais como escritas no livro. Arrepiei-me em vários destes momentos. Muito bem gravado, fotografia excelente, boas atuações de forma geral e magnífica atuação daquela que considero a melhor atriz brasileira: Fernanda Montenegro. O filme vale muito a pena.)
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laurinha 01/08/2021

amei o universo, ler sobre o ambiente e entender melhor o estado q moro foi muito legal, os personagens sao únicos e muito bem construídos, principalmente as mulheres. gostei bastante do livro de vdd, a escrita do erico é impecavel me rendi
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nataliagomestwd 10/03/2022

Sem sombra de dúvidas, entrou para uma das minhas melhores leituras do ano. Gostei bem mais da primeira parte, mas a segunda não fica muito a trás. Ana Terra é uma das melhores personagens femininas que eu já li, ouso dizer que seja a minha favorita da literatura brasileira. Quem ainda não leu esta perdendo uma grande obra.
Gabi 10/03/2022minha estante
ana terra é a maioral simmmm!!! icônica demais e O Continente é sem dúvidas o melhor da trilogis


nataliagomestwd 10/03/2022minha estante
Só vou esperar mais um pouquinho e já vou iniciar o segundo livro. Estou amando muito essa história ?




Nina 31/03/2021

Mais leve que imaginava
Imaginei um livro denso e difícil, porém a leitura é agradável e a história dos personagens me envolveu. Sabia que era um bom livro, mas mesmo assim me surpreendeu positivamente. Acho que não teria a mesma impressão se tivesse lido na adolescência talvez...
Dio 31/03/2021minha estante
Faz anos que quero ler.


Kira 31/03/2021minha estante
Não é muito rebuscado? Fico morrendo de medo hahaha


Nina 31/03/2021minha estante
Não é rebuscado, mas tem alguns termos da cultura gaúcha, como já morei por lá pra mim é tranquilo, mas nada demais. Do livro toda só tinha uma palavra que eu nunca tinha visto! Eu li bem rápido pro meu padrão de leitura...




Suelen 17/10/2011

Quando você tem que ler um livro desses na escola, você julga sem nem ter lido, achando que vai ser chato. Até que vence a preguiça, começa a ler realmente e vê que não é nada disso. Esse livro conta a história do RS com uma abordagem muito melhor que dos livros de História. O Érico Verrisimo tem uma maneira peculiar de escrever, nunca tinha lido um romance dele antes. Só agora entendo porque ele foi um grande escritor. Resumindo: Recomendo!
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arlete.augusto.1 01/04/2023

Magistral
Já tinha lido outras obras de Érico Veríssimo e gostado muito, em especial de Incidente em Antares, uma história bem irônica e incrivelmente atual (este país que caça o próprio rabo, rs). O Continente, que contém os dois primeiros livros da saga de O Tempo e o Vento, é muito diferente, uma leitura seca, dura, com personagens fortes, marcantes, como a vida difícil que levam num ambiente hostil, marcado pela violência, pelas muitas batalhas, batalhas pela vida, pela terra, pelas ideias, pelo próprio direito de existir, fora as guerras propriamente ditas, que me fez pensar sobre como a própria geografia influencia diretamente a história de um povo. Não posso dizer que gostei das personagens, mesmo o Capitão Rodrigo, é uma personagem que você ama e odeia, mas a história é contada de forma magistral, impossível não ler até a última página e ansiar pela continuação; fora o muito que aprendemos sobre o gaúcho, sobre o RS e sobre o Brasil, esse país tão grande e tão diverso, como se fôssemos nações completamente diferentes, obrigadas a conviver num conjunto.
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Anna Paixão 22/04/2023

Há algum tempo desejei fazer a leitura dessa saga brasileira. E o dia de iniciá-la finalmente chegou.
Eu esperava gostar da narrativa mas não imaginei que seria tanto! As personagens femininas são maravilhosas em suas trajetórias , Ana Terra e Bibiana ganharam meu coração.
A obra foi muito bem escrita, com riqueza de detalhes históricos, personagens bem construídos e nem de longe rasos. Estou ansiosa pela continuação.

?Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando?.
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Milena300 04/05/2021

Eu gostei da obra, apesar de ter gostado infinitamente mais da narrativa histórica do que o romance. Érico me fez ter um misto de "amor" e ódio pela personalidade das personagens. As vezes ao mesmo tempo e outras vezes com algumas doses inferiores.

Mas no geral eu gostei, o volume 1 foi bem mais rápido e fluído que o 2. Não sei ainda se vou -imediatamente- ler a parte 2...

Eu recomendaria a obra, a linguagem é simples, tem muuuita expressões sulistas e partes bem engraçadas. Só um adendo que o livro físico deveria ter orelhas. Tem um tamanho bacana, a cor das folhas é boa, não é muito pesado, tem espaçamento bom, subcapitulos curtos até e bastante diálogos.
Tem tb muitos versos lindos e referência de outros autores. É uma obra completa!
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emy 23/02/2022

Me surpreendi com o livro, gostei mais do que achei que gostaria. A escrita é bem gostosa e fácil de ler, a não ser por algumas expressões gaúchas (mas nada que uma pesquisa rápida no Google não resolva). O que eu mais gostei na história é que ela é narrada pela perspectiva feminina, mostrando a importância e o sofrimento das mulheres durante as várias guerras. ?Não se trata apenas de fortalecer a voz feminina, mas de narrar um romance de conquistas e instalação de uma sociedade machista do ângulo dos perdedores, as mulheres que veem seus filhos e maridos partirem para a luta que os consumirá; que se dobram aos desígnios dos mais fortes; que, apesar de fracas, resistem e garantem a subsistência e o futuro de seus descendentes.? Ansiosa pra ler o volume 2.
Jessi 23/02/2022minha estante
Vc vai gostar muito do continente, já não posso dizer o mesmo de o ?retrato?, o Rodrigo terra cambará ninguém merece, mas a forma de escrita do Érico é muito envolvente


emy 23/02/2022minha estante
Sim, eu amei a escrita dele. E que ódio que eu senti do Rodrigo, bem que a Bibiana devia ter escutado o pai dela


Jessi 23/02/2022minha estante
Simm, mas querida vc não viu nada ainda o filho da Anna terra é o único macho sensato dessa tribologia, aguarde vc não viu nadaaa


emy 23/02/2022minha estante
Medo kkkkk




Talita 20/01/2021

Eu nem sei o que dizer sobre esse livro! Foi uma viagem tão deliciosa. Erico Verissimo tem uma escrita única, fluida e envolvente. Os personagens são cativantes e de personalidade forte, com destaque para as mulheres do enredo, em especial a Ana Terra; esse é o livro das mulheres! Ansiosa pela leitura dos próximos volumes!
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_beatrizo 23/05/2021

Demorei um tempo pra ler esse livro incrível e não foi porque eu não curti mas sim justamente porque é um livro pra ser apreciado, cada personagem, cada fase do livro é igualmente especial.
Se você tem duvida se deve ler ou não, leia! leia!
Virou favorito da vida, com esse livro eu ri, chorei, refleti, fiquei brava em alguns momentos, parecia que eu também estava vivendo com cada um no livro.
Enfim, por esse livro e por outros que meu amor pela leitura só cresce.
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