spoiler visualizarMary 12/01/2022
Primeiro livro da Aghata Christie em 2022 check
Curti bastante essa leitura, o desenrolar dos fatos, a criatividade do crime. A leitura me prendeu sim, apesar de não ser uma das minhas favoritas. Já li outros livros da Aghata que tinham uma trama mais cativante e cheia de outros mistérios além do principal, sendo paralelamente solucionados.
Esse caso também é resolvido por Hercule Poirot com suas táticas psicológicas, e Hastings com seus comentários ingênuos e a habilidade de pensar como o criminoso gostaria que pensasse kkkkkk
Adoro essa dupla, apesar de nesse livro em especial ter achado Poirot chato, estava mais ignorante que o comum.
Não achei a leitura maçante nem confusa, em momento algum senti vontade de abandonar a leitura. Como já mencionei, há outras obras da autora mais engenhosas e mirabolantes, mas não deixo de recomendar essa. Muito boa para quem quer se entreter bancando o detetive e falhando como eu, ou acertando caso você seja perspicaz. Boa também para começar a se aventurar nas tramas da rainha do crime com seu detetive Hercule Poirot.
A partir daqui meus comentários podem estragar sua leitura se você não a concluiu.
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Eu acreditava fielmente que Bryan Martin assassinaria Lord Edgware para casar com Jane, porém ao perceber que ela se casaria com o duque de Merton interceptou a carta dele concedendo a ela o divórcio. E o teria matado mesmo assim para culpá-la, numa espécie de vingança por tê-lo rejeitado. Sim kkkk fui muito tola, na verdade nem especulei muito os motivos, mas pela história esquisita que Bryan contou ao Poirot e por ter notado que o nome dele era constantemente lembrado, apostei nele kkkkkk
Achei curioso Poirot ter suspeitado dele também (por motivos muito mais inteligentes, lógico) mesmo não transparecendo. Essa pode ter sido a intenção da autora, nos distrair kkkk bem que Poirot diz ser um de seus casos mais complicados, aqui sua inteligência foi posta à prova.
E o criminoso(a) se encarregou muito bem de desviar atenção de si próprio com seu álibi falso.
É aquilo né... sustentar tanto uma mentira se torna complicado, se Jane não tivesse dado a gafe no jantar, se referindo a Páris como a cidade de Paris. Talvez não tivesse sido descoberta, a não ser também pelo pincenê que usou em seu disfarce e acabou deixando nas coisas de Carlotta antes de matá-la também, lhe dando muito veronal na bebida. E claro, seu maior vacilo: ter envolvido Poirot kkkkk
Enfim, aqui temos uma criminosa que matou 3. A começar pelo marido, o matou porque não bastaria ser divorciada, teria que ser viúva para o religioso duque de Merton se casar com ela e então ela alcançar a almejada posição.
Sua segunda vítima foi Carlotta Adams, que aceitou fingir ser ela em um trote em troca de dinheiro e mal sabia que tinha muito mais envolvido. Entretanto logo ela ficaria sabendo o que rolou, então acabou sendo eliminada.
Por fim, Jane matou o Donald Ross quando notou o espanto dele em reação à gafe que soltou no almoço com os Widburn e percebeu a intenção dele em relatar a Poirot suas suspeitas.
Achei a assassina bem inteligente, o lance de alterar a carta de Carlotta à irmã e ela mesma matar o marido enquanto a atuação de Carlotta era feita em um jantar com 12 pessoas presentes, ao invés da atuação ter sido para entrar na casa de lord Edgware como somos levados a crer.
Não compreendi muito bem os motivos de Bryan para contar a Poirot aquela história inventada, nem o fato de Poirot ter chamado a Jenny também para ouvir a resolução do caso enquanto ele insinuava que o assassino era Bryan, em sua forma de o punir pela mentira. Parece que era para Bryan ser o assassino e Aghata mudou de idéia na metade do livro kkkkkk
Mais um caso dela, em que o parceiro mata o cônjuge. Mas curti muito essa leitura, Poirot foi muito esperto, surtou? Surtou kkkk mas resolveu. Ele consegue filtrar bem o que ouve e discernir as informações certeiras, até o que lhe é lançado para confundir ele logo percebe. A mente dele é brilhante, sua massa cinzenta se prova trabalhar bem, pois suas "ideiaszinhas" sempre o levam a descobrir a verdade.
E essa carta da Jane no final foi cômica kkkkk a mulher realmente só pensava nela, até o último momento se gabou pelas estratégias e ainda perguntou se Poirot não sentia remorso pelo que lhe fez, afinal ela afirmava que só estava buscando a própria felicidade.
Para concluir, a superstição citada, dos treze à mesa (título), aconteceu no jantar onde Carlotta executou o trote, ela foi a primeira a se levantar para atender ao telefonema de Jane, o segundo a se levantar foi Donald, nenhum dos dois escapou.