Júlia Fortuna 25/11/2023
"O homicídio é uma obra de arte. O detetive, um artista."
?Jane Wilkinson é uma famosa atriz americana, casada com o duque Edgware da aristocracia inglesa - mas não por muito tempo: ela deseja desesperadamente o divórcio, e chega ao cúmulo de pedir a Hercule Poirot que intervenha a seu favor! Quando tudo parece a chegar a um bom termo, o marido de Jane é encontrado morto em sua biblioteca, esfaqueado.?
Treze à mesa da Agatha Christie foi publicado em 1933 originalmente com o nome ?Lord Edgware dies?, com o título modificado quando trago ao Brasil. Tal fator me deixou bastante decepcionada pelo fato de ?Treze à mesa? não fazer o menor sentido com o enredo da história principal, visto que segundo a superstição, quando treze pessoas se sentam à mesa, a primeira a se levantar está com os dias contados. Porém, a única vez que esse mito é descrito, é pela morte de um personagem aleatório que tinha uma pequena interferência com o caso de assassinato de Lord Edgware.
Ademais, aqueles os quais são familiarizados com as obras de Agatha Christie compreendem perfeitamente por que ela é reverenciada como a rainha do mistério. Sua escrita é um intrincado emaranhado de tramas envolventes, inteligentes e geniais. Os enigmas são meticulosamente construídos, e todas as narrativas são habilmente resolvidas. A experiência de ler suas obras demanda uma atenção meticulosa a cada detalhe, já que cada pequeno fragmento desempenha um papel crucial no desfecho da trama.
O livro, Treze à mesa, tem tudo o que eu disse acima. É intrigante, inteligente e genial. A narração é feita pelo o amigo inseparável de Hercule Poirot, o Capitão Hastings, o que torna a história muito melhor. Suas análises sobre o caso e as implicações entre o capitão e o detetive são incríveis. Ademais, o ambiente em que a história ocorre é diferente dos que já li dos livros dela, sem dúvidas foi muito bem articulado.
Treze à mesa é, certamente, mais uma obra prima de Agatha Christie. É um livro que nos faz imaginar um milhão de possibilidades e desconfiar de todo mundo, afinal, todo mundo é suspeito. Não é à toa que a chamam de A Rainha do Crime.