A mão esquerda da escuridão

A mão esquerda da escuridão Ursula K. Le Guin...




Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão


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wiz 01/03/2023

Genr(l)y, AAAAIIII
Eu não leio muito sci-fi, então se você não quer lidar com nomes, situações, comportamentos diferentes que têm que fazer sentido na cabeça de vocês. Não leiam.
Amo nosso terráqueo, amo a relação principal abordada no livro, o novo mundo é interessantíssimo!!!
Todas as diferentes questões de Gethen, que você aprende se tornam comuns, é realmente uma nova realidade.
Ursula que nos mostrar um outro lado, quis nos apresentar à mão esquerda da escuridão, e se você for meticuloso, a achará até o fim destas páginas.
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Hayra.Oliveira 28/07/2020

A mão esquerda da escuridão
Comecei a ler esse livro por causa da indicação de um amigo e fiquei fascinada logo de cara pelo prefácio e a introdução, afinal a temática abordada é muito interessante, atual e até hoje muito contraditória o que me deixou muito curiosa, pois o livro foi escrito nos anos 60.

Entretanto, mesmo com toda a empolgação e curiosidade sobre a temática, achei o livro muito chato. A história começa de um jeito muito confuso e sem muitas explicações, deixando o autor meio perdido, e só na metade do livro que eu fui começar a me cativar com a história.

Eu não me entusiasmei muito com os personagens, a saga deles e o ponto que mais havia me chamado a atenção ( a ideia de uma sociedade construída sem os preconceitos e privilégios das diferenças de gênero) acabou sendo uma grande frustração em toda a minha leitura pela superficialidade de como foi abordado.
Jessica1248 06/01/2021minha estante
Simmmm! To em 60% e cadê o grande debate super necessário sobre gênero que todos apontam? Só vi gente andando de um lado pro outro até agora.


Hayra.Oliveira 06/01/2021minha estante
Pior que eu me empolguei muito com o livro depois que eu li o prefácio feito pelo Neil Gaiman.
Acho que o livro acabou recebendo a relevância pela ideia inovadora, mas na realidade ficou tudo muito superficial e com uma narrativa fraca pra complexidade do tema.
Pra mim foi bem frustrante.
Quando você terminar me fala o que achou.


Jessica1248 06/01/2021minha estante
Terminei agora menina, e sigo com a mesma opinião KKKK
Acho que ele tem a relevância de ser um livro que encosta no tema "gênero e sexualidade" numa época em que não era um assunto tão em pauta. Mas faltou MUITA coisa pra ser de fato uma discussão sobre gênero :/




Rodrigo1185 13/11/2024

Foi uma leitura no começo um pouco difícil (senti falta de notas de rodapé), demorei um pouco pra entrar na história,mas depois fluiu e não consegui sair,uma bela história e uma bela escritora,agora vamos de Despossuidos...
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Lestat da Ursal 17/04/2023

A mão esquerda da escuridão
A mão esquerda da escuridão é um scifi que, ao mesmo tempo em que segue fórmulas populares do gênero, inova em bastante coisa o que é um ponto positivo pra conquistar um bom aficionado de ficção científica. O livro traz como pontos altos uma construção de mundo sensacional somada a discussões de gênero muito interessantes e descrições incríveis, no entanto, isso pode ser uma faca de dois gumes ao tornar a leitura maçante em certas partes. Toda a questão política e do enredo em si é bem trabalhada, apesar de inicialmente um pouco confusa. O livro não é denso, mas não seria um dos que eu recomendaria para pessoas que estão conhecendo o gênero.
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Ariane 31/07/2023

Ursula K Le Guin realmente merece todo o mérito que a segue. A mão esquerda da escuridão é um livro de ficção científica que faz jus aos grandes nomes do gênero. Le Guin foi visionária ao descrever todo um planeta em muitos detalhes, assim como o plano político-economico de basicamente um universo inteiro. Foi de uma criatividade e ousadia incríveis. Pessoalmente, achei o livro arrastado. Só passei a ler com mais vontade um pouco depois do meio para o final. Mas, apesar da narrativa não ter me cativado tanto assim, Le Guin merece todos os loiros por sua obra e com certeza lerei mais livros dela.
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Daniel.Tschiedel 08/11/2023

Difícil de avaliar e dar uma nota
Pra começar, só a Introdução escrita pela autora, onde ela debate sobre o papel da ficção científica, já vale o livro.

Depois, esse universo criado por ela é super interessante, principalmente a questão do gênero, onde no planeta onde a história se passa, os humanos são andróginos e assexuados a maior parte do tempo, e apenas durante o período fértil, desenvolvem um dos sexos (masculino ou feminino) e efetivamente possuem desejo e relações sexuais (inclusive qualquer humano desse planeta pode engravidar dependendo do gênero que desenvolve a cada período fértil.

E é feito um contraponto ao humano alienígena e protagonista do livro, que é um homem cis terráqueo, o qual é tratado como um "pervertido", que está sempre no período fértil. Além disso, é demonstrado como a falta de um gênero definido faz com que todos sejam tratados igualitariamente quanto a esse aspecto físico.

Mas, pra mim, morre aí o lado positivo. A verdade é que todo o livro se desenrola em uma trama política chata e arrastada, e praticamente metade dele é dedicada a uma viagem do protagonista, isolada na natureza do planeta, onde por todas essas páginas a autora fica apenas descrevendo a paisagem. É uma lenga lenga em que o enredo não sai do lugar, e estamos falando de quase 120 páginas disso...

Por causa do que relatei acima, é difícil avaliar o livro. É um livro ao mesmo tempo brilhante e enfadonho.
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Carla Verçoza 26/12/2021

Esta foi mais uma releitura de um livro favorito que fiz esse ano. E se manteve sendo favorito!
A forma como Ursula cria todo um novo universo, no planeta Gethen, é brilhante.
A primeira metade do livro pode ser um pouco mais lenta, pois há toda a ambientação e detalhes de construção e entendimento do planeta e seus moradores, mas eu não achei cansativo. Do meio pra frente a leitura cresce e praticamente não há pausas.
Os capítulos sobre a prisão, a fuga, toda a jornada, são bons demais, os dialógos dos dois personagens, os pensamentos, medos, o clima, tudo está lá com perfeição.
O livro levanta muitas questões, como poder, gênero (e além do gênero), relações políticas e humanas.
Sensacional!
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Marcos Faria 01/04/2013

Existem dois grandes incômodos na leitura de “A mão esquerda da escuridão” (Aleph, 2008). O primeiro é a visão de um mundo em que os valores ocidentais se impõem naturalmente como único caminho válido mesmo para as potências vagamente orientalizadas ou sociedades comunistas. O segundo é a afirmação do masculino como neutro, marcando o feminino como outro (e um outro quase sempre desvalorizado, apontado como falho) mesmo numa sociedade hermafrodita (e no entanto paradoxalmente heteronormativa) como a do planeta Gethen. Ursula K. LeGuin disse, na introdução escrita em 1976, que seu livro era sobre o presente, não sobre o futuro. Um presente frio como o inverno permanente de Gethen.

Publicado originalmente no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2013/04/01/meninos-eu-li-33/
Mariana 15/12/2014minha estante
Concordo com suas afirmações e achei especialmente interessante suas últimas frases, pois há tempos estou lutando para compreender por que apesar de toda a sua evolução, Ursula decidiu retratar a mulher como um ser indesejável.
As características que ela atrela ao sexo feminino são assustadoramente machistas e desagradáveis, não consegui encaixá-las com outras considerações do livro.
Se Genly é um ser que faz parte do Ekumen, e esse conceito é tão evoluído que mais de 80 mundos podem viver pacificamente sem leis estabelecidas, como pode um ser vindo de algo tão grandioso trazer essas concepções das mulheres, que inclusive são também parte desse mesmo Ekumen?




Jessica1248 07/01/2021

Não parece o mesmo livro que as pessoas comentam
De tanto ouvir falar sobre esse livro ("um ótimo sci-fi sobre gênero e sexualidade, daqueles que você lê e muda concepções"), comecei a lê-lo com altíssimas expectativas. Infelizmente, me decepcionei bastante. A premissa é fantástica, a autora escreveu uma introdução incrível, a história tinha um potencial enorme... mas não encontrei no livro o que "foi prometido" (lembrando que isso tem mais a ver com as minhas expectativas do que com o livro em si).

O ponto é que esse é um livro sobre política (bem bagunçada) e sobre pessoas andando pra lá e pra cá. Existe sim a questão da ambissexualidade dos personagens, mas isso fica quase em segundo plano, aparecendo em alguns diálogos ou reflexões do protagonista (e nesses, eu pensava "isso, agora vai!", mas não ia). Eu esperava que fosse haver uma relação entre essa característica sexual e a política, a religião e o comportamento das pessoas, mas as coisas quase não se conectam.

O que Le Guin faz muito bem aqui é criar uma cultura. A autora escreve muito bem e foi bastante criativa, mas mesmo nos pontos positivos eu senti falta de algo. O livro tem muitas palavras desconhecidas que representam lugares, costumes e outras coisas do planeta Inverno, mas poucas dessas palavras são explicadas (eu preciso de um mínimo de orientação para me conectar com a história); por isso, em várias partes do livro eu me senti como uma criança sentada na sala ouvindo a conversa dos adultos, sem entender nada. Então acabei não me importando com os personagens e seus objetivos.

Apesar disso, acho uma leitura válida. Afinal, a autora criou uma história bastante original e ousada para a época, num gênero literário pouco aberto para mulheres. Mantenho as 3 estrelas porque os (poucos) momentos de reflexão foram interessantes e ainda é uma obra grandiosa, mesmo que eu não tenha apreciado muito bem.
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Rodrigo 09/06/2021

Uma obra antropológica
Mais do que ficção científica A Mão Esquerda da Escuridão é uma obra antropológica.

Temas socioculturais, tecnológicos, políticos e religiosos são tratados na obra com tamanha perfeição que nos faz imaginar como seria nossa sociedade se descobrisse que no universo existe um planeta tão diferente do nosso e ao mesmo tempo muito semelhante.

Imaginem vocês, uma terra onde os indivíduos são homens e mulheres ao mesmo tempo que não são nenhum? Qual o resultado de uma incrível jornada em um planeta dominado pelo frio constante? Ficaram curiosos? Recomendo a leitura...

O livro faz parte de um conjunto de obras chamado Ciclo de Hainish sendo o quarto a compor o Ciclo. Não existe ordem cronológica para as publicações, então, não tem problema começar por ele.

Um ponto negativo na edição foi a falta de um glossário com alguns termos utilizados no livro, também achei falta de um mapa do planeta em que passa a história, apesar de ter achado vários na Internet, acredito que iria agregar valor a edição da Aleph.
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Victória 02/09/2020minha estante
Quero muito ler esse livro ?


Gustavogl 02/09/2020minha estante
Vale muito a pena. Já quero ler os Despossuídos logo


Victória 02/09/2020minha estante
Esse também está na minha lista ?




Cris Prates 07/06/2022

O poder de Ursula
Quando terminei de ler este classicaço da ficção científica, tive a chamada ressaca literária, algo que até então eu não sabia o que era. Mas por quê?
Bom, talvez porque apesar de admiradora da ficção científica, meu lado fantástico me faz seguir mais para o estranho, mas talvez seja muito mais que apenas isso. Em A mão esquerda da solidão, Ursula K. Leguin criou uma espécie humana diferenciada de nós aqui da terra. Esses nossos parentes distantes habitam um planeta chamado Inverno que não tem esse nome por caso. Lá, as pessoas se acostumaram a viver constantemente em temperaturas muito abaixo de zero.
Narrado em primeira pessoa, seja pelo protagonista, seja por xxxx, conhecemos a missão daquele em xxx. Ele busca convencer os governantes a se aliarem a uma espécie de liga planetária, eu diria, aos moldes da nossa ONU. As explicações utilizadas para justificar o convite são profundos ensinamentos filosóficos em longas páginas meditativas. Talvez essas passagens possam desagradar alguns leitores, mas eu garanto que valem muito a pena.
Para dar uma cutucada em nós caras pálidas, há um detalhe importantíssimo na anatomia dos habitantes de xxx, e nesse momentos, meus amigos, nossos conceitos morais são postos a prova e nossas convicções vão dar o grau de apreciação a essa obra.
As paisagens insólitas cortam nossas peles através da leitura, a fortaleza pela amizade traz lágrimas aos nossos olhos, nossos corações experimentam amargura e solidão.
Obra belíssima que eu tive a sorte de conhecer neste ano de 2022.
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Eduardo.Staque 21/08/2020

Interessante, intrigante, mas cansativo e arrastado.
Uma sociedade não muito evoluída, mas mais desenvolvida, diferente, porém igual.
A visão da autora nos faz questionar se as nossas diferenças físicas entre os gêneros são necessárias para a construção de nossa sociedade.
Aqui vemos que o comportamento é o que define a pessoa, definitivamente o que ela é em si, não sua casca.
Muito interessante ver como eles se comportam, como veem seu mundo, seu país e uns aos outros; suas preocupações ou não-preocupações que fazem desse mundo fictício muito interessante de se ler e querer saber mais.
Porém essa curiosidade não é saciada, pelo menos, eu me senti assim.
A diferença entre os humanos é muito falada, mas parece que não faz diferença para a narrativa em si, pois se não nos fosse informado dessa falta ou ambiguidade no gênero deles, não afetaria em nada na trama.
Pode ser que eu não tenha entendido muito do livro, pois é um livro complicado mas não muito, já que o que me atrapalhou foram as palavras alienígenas e seus significados que até agora, depois de ler, eu ainda tento entender e juntar com o contexto em que são usadas.
A melhores coisas aqui são os mitos desse planeta. Mesmo que essa sociedade não se apoie muito e não seja religiosa (pelo menos não comparada com a nossa), os mitos acabam influenciando em suas decisões e comportamento coletivo.
E essa é a parte interessante.
Os personagens são desenvolvidos o suficiente para a história andar, mas não muito aprofundados: eles apenas "são". Suas relações acabam sendo estranhas, talvez para nós que temos nossas diferenças físicas explicitas o que facilita o dialogo, interpretação, ação e reação, o que aqui nesse livro fica muito do "será que foi isso que acontecei?", ou "será que eu entendi certo essa resposta ou essa pergunta?".

Pode ser que essa tenha sido a intenção da autora, fazer com que tenhamos esse tipo de dúvida sobre o que está na nossa frente, assim como Genly ficava pensando.

O bom, é que a autora também nos dá a resposta: o que está na sua frente é um ser, completo e pleno, ele é o que é, ele é o que precisa ser ou o que quer ser, apenas é.

E essa é a maior reflexão que pude tirar, e que valeu toda a leitura cansativa e arrastada do livro, assim como foi a viagem de nossos personagens principais, principalmente de Genly Ai para entender exatamente isso.
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Thaise @realidadeliteral 19/05/2022

Leia as entrelinhas
Nesse livro conhecemos a história de Genly Ai, um terráqueo que é enviado ao planeta Gethen como emissário do Ekumen, grande tratado interestelar. Suas missão é convencer os habitantes gethenianos à se juntarem à esse tratado, porém ele esbarra em um enorme muro de desconfiança, descrédito e diferença cultural aparentemente irremediáveis. Acontece que os gethenianos são "ambissexuais", não tem sexo definido até o momento que entram no kemmer - período específico para relações amorosas - onde podem assumir a forma tanto feminina quanto masculina e isso faz com que questões sociais que na terra são típicas de um gênero não existem no Planeta Inverno.

Essa é a forma de Úrsula encontrou para criticar nossa sociedade patriarcal, pois os Gethenianos não tem tendências à guerrear, não gostam de armas, nem de disputas por poder, questões tipicamente masculinas. Mas apesar disso o romance causou um certo burburinho entre as feministas da época, e me causou um pouco de, como posso dizer, sentimento de "poxa Úrsula" pois ela escolhe tratar os Guetenianos com pronome masculino e por questões referentes ao relacionamento do livro que não posso contar senão será spoiler.

Tirando isso o romance merece toda a fama e prestígio recebidos, tendo vencido os prêmios "Nébula" e "Hugo" no ano de sua publicação a obra máxima de Úrsula k. Le Guin tem um poder que não sei explicar. Parece algo extraterrestre. O início do livro é um pouco lento, demorei para entender o que estava acontecendo, mas ao longo da narrativa você é envolvido na trama que num primeiro momento parece simples, mas contém tanta coisa nas entrelinhas que, dias após o término da leitura eu ainda me pego pensando nele e encontrando coisas novas para exaltá-lo. É isso, o romance cresce em meu conceito cada vez que penso nele.

Falando sobre extraterrestres andróginos de um planeta que ainda não saiu da era glacial ela nos faz refletir sobre muito da natureza humana, nossa dificuldade em aceitar o diferente, em tratar todos como iguais e nos despir de nossos preconceitos para enfim vivermos em harmonia. Eis aí a grande lição dessa leitura.

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