Sandrics 27/01/2020Minha primeira leitura do ano foi A mão esquerda da escuridão, diferente de tudo que eu havia lido na minha vida. Úrsula nós joga (foi essa a sensação) dentro de um universo fora da nossa realidade comum. Um novo planeta com vida extraterrestre e também nos apresenta a um humano, incumbido da missão de convencer os governantes desse planeta a fazer parte do Ekumen, uma espécie de ONU interplanetária com mais de oitenta planetas participantes.
O que mais me surpreendeu neste livro foi a profundidade. A autora criou um novo planeta, com novas criaturas, com sua própria cultura, seu idioma (com direita a variáveis de dialetos conforme a região), sua mitologia e, principalmente, seu modo reprodutivo. Os habitantes desse planeta são todos andróginos e sua sexualidade se define apenas na época reprodutiva (uma espécie de cio). Na época da publicação deste livro nos anos sessenta, a história foi considerada de extrema importância no que diz respeito à luta pela igualdade de gênero, mas também gerou diversos questionamentos em relação a algumas escolhas da autora, todas essas questões foram respondidas pela mesma em um texto publicado na época.
A mão esquerda da escuridão se tornou um clássico da ficção científica e a edição dessa foto é a comemorativa de 50 anos de publicação.
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