O duplo

O duplo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Duplo


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João 12/12/2021

O que almejamos?
Francamente foi difícil á beça terminar esse livro; a leitura bem lenta e arrastada, tanto é que eu devia ter terminado em uma semana e que se delongou e foram duas semanas para finaliza-lo, e apesar das circunstâncias digo que não odiei o livro mas que também não amei, achei mediano.

Nesse segundo livro, lançado em 1846. Dostoiévski, conta a história do Sr. Golyádkin, que com o passar da história mostra que tem uma vida muito chata pacata, que tem transtorno de personalidade e que se esquiva anseia por interação social; introvertidos desajeitado, até para conversar com alguém o personagem mostra uma certa dificuldade, ele não consegue se expressar para finalidades de seus objetivos.

Com tudo, Golyádkin, em uma noite encontra um rapaz, incrivelmente igual a ele, que leva até o mesmo nome, que é o duplo, mas que tem as suas diferenças, o duplo de Golyadkin era tudo aquilo que ele almejava, tudo que ele queria ser, uma pessoa com garra, com perseverança e bem sucedido.

Esse livro, tem um fator muito interessante que é a psicanálise o psique do personagem, que é interessante ressaltar que mesmo antes de esse segundo Golyádkin aparecer na narrativa, já existia dois Sr. Golyádkin, o homem que ele é e o homem que ele se esforça para ser, como se ele não gostasse dele mesmo e criasse meio que um ?personagem? perfeito e que agradasse a todos.

Na minha opinião, o último capítulo foi muito bom, porque Dostoiévski não oferece uma resposta definitiva e cabe a cada leitor interpretar a sua explicação da história. Sr. Golyádkin tinha um gêmeo mesmo ou era delírio de sua cabeça?
Karol Alencar 12/12/2021minha estante
??????


Michela Wakami 12/12/2021minha estante
Misericórdia, você fez uma reescrita da obra. ??????????????


João 12/12/2021minha estante
??? gostou não?


João 12/12/2021minha estante
Recomendo o livro para vocês duas em ;)


Michela Wakami 12/12/2021minha estante
Li, ótima resenha kkkkk.
Mas pelo tamanho, achei que não iria precisar ler o livro.
??????


Michela Wakami 12/12/2021minha estante
O primeiro comentário, foi antes de lê-la.
Kkkkkkkk.


Karol Alencar 12/12/2021minha estante
????????


Karol Alencar 12/12/2021minha estante
Tu chama o livro de medíocre e recomenda pra gente ?! Que amigo é tu ?! ?????


Michela Wakami 12/12/2021minha estante
Faltou um ponto de interrogação no meu primeiro comentário.?


Karol Alencar 12/12/2021minha estante
Tá vendo aí Michela kkkkkkkkkkkkk


Karol Alencar 12/12/2021minha estante
Eu tô é fora ???


João 12/12/2021minha estante
Medíocre é mediano, vale a pena a leitura, sério, vai por mim.


João 12/12/2021minha estante
Obrigado, Michela :)


Michela Wakami 12/12/2021minha estante
KkkkkkkKarol, e depois , fica se justificando.


Karol Alencar 12/12/2021minha estante
A palavra medíocre apesar de significar mediano é mais comumente usada no sentido pejorativo, para designar alguém ou o trabalho de alguém como abaixo da média, ordinário, irrelevante, insignificante, vulgar?.

Mas enfim Obrigada pela indicação, mas não tenho interesse kkkk ???


Michela Wakami 12/12/2021minha estante
Por nada, João!?


João 12/12/2021minha estante
Estou pensando em editar, e trocar a palavra medíocre para mediano, apesar de ambas ter o mesmo significado, mas medíocre é uma palavra muito forte kkk e deixar parecer negativo ?


Karol Alencar 12/12/2021minha estante
Né isso amiga, esse Chicó ????


Michela Wakami 12/12/2021minha estante
Talvez soe melhor!?


João 12/12/2021minha estante
Vou editar ???


Michela Wakami 12/12/2021minha estante
?????


João 12/12/2021minha estante
Ficou melhor agora, apesar de ser um livro mediano, por ser arrastado e lento, vale a pena a leitura, a mensagem que ele passa. Quem não quiser ler não leia, mas eu indico kkk vão querer lacrar em outro lugar ?


Karol Alencar 13/12/2021minha estante
Lacre atrás de lacre, fecho atrás de fecho, eu trabalho destruindo o patriarcado, rompendo barreiras. ???????????????????


João 18/12/2021minha estante
???


DANILÃO1505 20/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Thales 11/12/2020

E pensar que Dostô escreveu esse treco com minha idade
O cara é: a musa inspiradora da psicanálise, o pai do niilismo nietzschiano, estudado em criminologia e direito penal, vertente de estudo teológico. Por isso "O duplo", que em Dostoiévski é uma obra menor, poderia ser a obra-prima de qualquer literato importante tamanha a sua envergadura. E esse é só o SEGUNDO livro do russo, que o escreveu quando tinha minha idade. Que afronta.

Quando o livro foi lançado, a crítica não o recebeu muito bem por conta do estilo de narrativa empregado. Óbvio, hoje a gente lê sabendo quem é o monstro sagrado Dostoiévski, entendendo a obtusidade de seus personagens, o modelo experimental de trânsito entre realidade e paranoia. Mas quando "O duplo" saiu ele era só um moleque razoavelmente desconhecido. Essas inovações, portanto, foram confundidas com falta de qualidade mesmo - o que é até justificável. E é bem fácil a gente entender o porquê da confusão.

A história é propositalmente contada de uma forma caótica. Golyádkin tem, entre vários problemas, uma dificuldade crônica de comunicação: repete nomes próprios, encerra frases no meio, confunde sentidos, não apresenta uma métrica usual no discurso. O narrador, ao assumir o lado do protagonista, embarca nesse mesmo caos. Narrador esse que é irônico o tempo todo, se refere sempre ao "nosso herói", confere um caráter épico às questões mais absurdamente triviais da história. E o pior de tudo: toda a narrativa transita num limiar muito tênue entre realidade objetiva e construção imagética do Golyádkin.

Logo no início nós somos alertados para isso no diálogo entre o "herói" e seu médico. Portanto, nós sempre temos que ter um pé atrás com os acontecimentos, ou, mais particularmente, com o que gera os acontecimentos. Tudo o que parte do Golyádkin é duvidoso, tudo o que ele ou o narrador nos contam pode ser ou não real. É uma LOUCURA.

Isso, de certo, só piora com a chegada do "duplo", tanto no âmbito da narrativa como nos acontecimentos. Na mesma noite em que Golyádkin visita seu médico e acontece a vergonha da festa o doppelganger surge, e isso dá bem o tom do que viria pela frente. Os diálogos entre os dois são extremamente caóticos, já que possuem o mesmo nome (!!) e o narrador é obrigado a usar "primeiro"/"segundo", adjetivos vários e diferentes pronomes para designar um e outro. A por vezes grande dificuldade de entender quem fala o quê é um dos esforços que Dostoiévski empreende.

E sobre a relação dos dois em si, não é difícil entender porque a psicologia se debruça tanto sobre isso. Golyádkin é uma pessoa diagnosticada com solidão, sem amigos, com dificuldade para entender a realidade concreta e que projeta suas inseguranças nas pessoas ao seu redor. Do nada surge um exato "ele" que é confiante, afável, persuasivo e extremamente amigável, que paulatinamente vai tomando seu lugar na repartição e na vida em sociedade. O "eu" real x projeção metafísica do "eu" ideal é um tema maravilhoso que é soberbamente abordado aqui. A cena dos pastéis no restaurante fica passando a todo momento pela minha cabeça - muito novela mexicana mesmo.

Como eu já disse, é muito difícil saber o que é um fato concreto e o que é uma projeção do Golyádkin. Por isso é até difícil fazer um juízo sobre os acontecimentos narrados, sobretudo os que envolvem "o duplo". O final é um banho de água fria e um convite a você revisitar tudo o que tinha entendido até ali, colocando em perspectiva sua compreensão do todo da história.

Confuso? Genial? Inovador? Caótico? Dostoiévski.
Rafaela1643 11/12/2020minha estante
Esse está na minha lista também :)


Thales 11/12/2020minha estante
Depois de "Crime e castigo" e "O idiota" tu vai tirar esse de letra kkk


Rafaela1643 11/12/2020minha estante
rsrsrs pois é, thales! Queria ter começado por esses ..


Thales 11/12/2020minha estante
Eu respeito muito quem começa pelos calhamaços. Eu não tenho essa capacidade não rsss


Rafaela1643 12/12/2020minha estante
Obrigada. rsrs Mas olha, minha dificuldade nem foi tanta com esses dois calhamaços, e sim com ?Memórias do Subsolo?. Que é bem fino. Terei que reler futuramente.


Thales 12/12/2020minha estante
É, tenho que admitir que "Memórias do Subsolo" me dá mais medo que as tretas do Raskólnikov... Agora com o que tu disse só melhorou haha


Rafaela1643 12/12/2020minha estante
sim, as tretas de Raskólnikov chega a ser fácil perto do monólogo do homem do subsolo, viu?! Mas gosto muito dos dois e ainda irei relê-los.


Aryana 15/12/2020minha estante
Ahh, vou ler!!


Thales 15/12/2020minha estante
Se entregue de vez aos russos, Aryana! ??


Aryana 15/12/2020minha estante
De cabeça ? Em janeiro vou ler O Idiota do Dostô, já leu?


Thales 15/12/2020minha estante
Putsss eu ainda me sinto um neném literário pra ler "O Idiota". Tô primeiro me acostumando com os menores dele pra depois ler os calhamaços ?? Mas aposto que tu vai amarr


Aryana 15/12/2020minha estante
Espero ???




Stefanie Oliveira 23/04/2014

Como é difícil falar de Dostoiévski.
Sinceramente? Não por conta do autor em si, mas sim por causa de um bando de chatos que se acham cultos por pensar que se você está falando sobre o escritor em questão, automaticamente você tem de falar bem. Automaticamente você precisa fechar os olhos para o que te desagrada e aceitar tudo como se estivesse perante uma perfeita genialidade. Será?
Não pra mim.
“Você tem cacife pra falar de Dostoiévski?” já cansei de ouvir. Quem sou eu? Uma garota de 22 anos de idade que já leu incontáveis títulos ao ponto de gostar de analisá-los, criticá-los. Sou uma leitora. Mas, aos olhos de alguns, alguém que ainda não pode abrir a boca para falar de Dostoiévski se não for falar somente bem. Sinceramente? O mundo vai ser bem melhor quando pessoas pararem de se ser totalmente cegas por determinado autor. Não é porque fulano escreveu um livro bom que todos os outros automaticamente são indiscutivelmente bons também.
Mas voltemos à resenha e continuo com o assunto mais adiante.
Em “O Duplo” nos é apresentado Golyádkin, um funcionário público russo como outro qualquer. Isso, claro, se não fosse a maneira com que, certo dia, passasse a conviver com seu próprio duplo. Ou seja, uma espécie de segunda personalidade materializada em uma segunda pessoa que, ao menos fisicamente, é idêntica ao homem, de modo a até confundir aqueles que vivem ao seu redor.
Golyádkin primeiro é o que chamamos de um fracassado. Sim, tem emprego, um lar, mas não é algum tipo de exemplo de vida social. As pessoas a todo o tempo o desprezam, caçoam de sua condição e, como se não bastasse, ainda fazem piada de sua personalidade. Golyádkin é a chacota do meio, e mesmo assim, a todo tempo, tenta agradar as mesmas pessoas que o apedrejam. Por quê? É então que surge a parte genial de Dostoiévski.
Sinceramente, para mim, a genialidade do autor não está na literatura propriamente dita; mas, sim, na psicologia. O modo com que o escritor, em suas obras, aborda a mente humana é onde se pode encontrar sua maestria. Honestamente? Como escritor, vejo Dostoiévski sentado em uma mesa e escrevendo... Escrevendo sem parar. Até que, ao chegar à última página, vira para a pessoa que vai publicar seus livros e diz: “Pronto, acabei. Pode publicar”.
“Ah, mas isso é estilo russo de escrever, mimimi”, sim, eu sei que russos escrevem de um modo mais robusto, mas ainda é demais para mim.
Sobretudo porque, qualquer um que lê, vai notar que há certo atropelamento de palavras. Como se a afobação em escrever fosse tanta que ele mal pudesse respirar. Isso é um defeito? Jamais. Acho brilhante uma pessoa que tem uma espécie de surto literário e escreve obras magníficas... Como a exemplo do grandioso Kafka e seus livros de sentada, como é o caso de “A Metamorfose”. Mas, ainda assim, acredito que o livro seria bem melhor caso Dostoiévski, ao terminar a obra, a relesse e revisasse não o enredo... Não a história, não suas ideias. Mas sim a maneira com que ele colocou as palavras. Como formou as frases. Como desenvolveu certos pensamentos.
Vejo Dostoiévski também como um gênio. Mas lá para a área de Freud. Justamente porque seus personagens parecem terem sido totalmente pensados como exemplificações de onde a mente humana pode chegar. Justamente porque, após a leitura e certa reflexão, vejo o Senhor Golyádkin segundo como se realmente fosse aquela atitude que todos nós tomamos, ao menos uma vez na vida, quando queremos ser agráveis. Sabe quando você não diz algo que sente vontade... Quando toma certo cuidado para agir por saber que vai atingir e machucar uma terceira pessoa?
Eis o duplo.
Através dessa obra, Dostoiévski tenta mostrar a nós, leitores, até que ponto podemos ir na tentativa de sermos agráveis, aceitos. Justamente porque, com o decorrer do livro (isso não é spoiler!) a segunda personalidade do funcionário público passa a tomar conta de sua vida. Por quê? Porque está sendo vantajoso. Porque agora as pessoas gostam “dele”. De modo a fazer com que se sinta pena desse personagem que era para ser o protagonista, o qual abaixa a cabeça tão facilmente a qualquer tipo de afronta que, na minha opinião, beira à humilhação. É humilhação.
Quanto ao desfecho da obra... Sinceramente é como um tapa. O enredo todo em si é muito inteligente, mas o clímax... Ah sim, esse soa como um murro na cara da sociedade que quer tanto caminhar ao encontro do outro... Que acaba se distanciando de si mesmo. De modo a ainda mais nos deixar impressionados com como um homem em 1846 já compreendia a mente humana em seus cantos mais obscuros. Devidamente naqueles lugares mais imersos que tantos tentam ignorar. Seja por medo, por covardia, ou simplesmente por não terem certeza se conseguem encontrar o caminho de volta.
A história é boa. Os personagens são brilhantemente criados, mas a escrita do autor poderia, e muito, ser melhor. Sinceramente foi o que prejudicou o livro, aos meus olhos. Foi o que o deixou cansativo e arrastado. Principalmente com uma série de repetições de palavras desnecessárias, como o uso de “segundo” incontáveis vezes no mesmo parágrafo sendo que já sabíamos que estava sendo descrito os atos do duplo de Golyádkin e não dele mesmo. Nós já sabíamos, tio Dostoiévski! Viu? Não precisa repetir dez mil vezes no mesmo parágrafo! Nós conseguimos entender de quem o senhor estava falando!
Ah tá duvidando? Me achando louca? Então vou colocar aqui um trechinho para você de outro momento:




“ – o que foi mais ofensivo para o senhor Golyádkin –, alguns dos funcionários jovens, ainda sem qualificação funcional, rapazes que, segundo justa referência do senhor Golyádkin, só sabem jogar eventualmente cara ou coroa e bater pernas por aí – pouco a pouco cercaram o senhor Golyádkin, agruparam-se para ele com uma curiosidade um tanto ofensiva. Era um mau sinal. O senhor Golyádkin o percebia e de sua parte se dispunha a ignorar tudo. Súbito uma circunstância totalmente inesperada liquidou e, como se diz, deu cabo do senhor Golyádkin.”



Viu? Ufa!
Sem contar que, só nessa página, a expressão “Senhor Golyádkin” aparece nada menos, nada mais do que: Dez vezes! É isso mesmo.
Vai dizer que não é desnecessário?
Essa leitora então “sem cacife” para falar do autor russo finaliza a resenha. Mas não sem antes admitir que, se eu tivesse vivido na mesma época de Dostoiévski, faria alguma espécie de convite: “Hey, por que não largar a literatura e esperar alguns anos? O Freud está crescendo e jaja você vai poder trabalhar com ele na psicologia! O que acha? Porque você é muito bom!”.
Nilton 13/08/2014minha estante
Helli! Gostei muito do seu comentário, afinal não é porque se trata do "Grande Dostoiévski" que devemos fechar os olhos e assentir tudo cegamente. A única parte que não apoio é a questão de Dostoiévski largar a literatura, isso realmente foi... como eu poderia dizer... realmente faltam-me palavras! Acredito que você deveria ler obras como Crime e Castigo e Os Irmãos Karamázov (que foram escritas depois de O duplo), largando a literatura, esse livros não existiriam. Se você realmente concorda com isso, chegamos num impasse. É bom lembrar que O Duplo foi escrito no início da carreira de Dostoiévski, contém sim suas falhas, mas o escritor amadureceu muito na evolução de sua carreira.
Por favor, não me interprete mal, não estou querendo ser arrogante, nem defender Dostoiévski cegamente, mas temos que dar a César o que é de César.
Abraços


Stefanie Oliveira 13/08/2014minha estante
Entendo seu comentário, Nilton, e gostaria de explicar melhor esse ponto, acho que não fui muito feliz na escolha das palavras. Não que eu ache que ele devesse largar a Literatura de lado, já que reconheço a importância tremenda dele para a área, mas me referia à maneira como ele me soa bem mais talentoso em entender a mente humana do que propriamente escrever. Afinal, acredito que, quanto à narrativa, existem muitos pontos que ele deveria ter sido mais atento, mas reconheço que nas seguintes obras houve uma melhora. Li "Crime e Castigo", mas ainda pretendo ler "Os Irmãos Karamózov" até com certa curiosidade, provavelmente ele tenha crescido bastante como autor.
Obrigada por comentar.


Nilton 03/09/2014minha estante
Sabe Helli, gosto muito da comunidade Skoob! É tão bom poder compartilhar ideias e pensamentos... Acredito que esse dom que ele tinha de, através da literatura, desvendar a mente humana com tamanha precisão é o que diferencia ele da grande maioria... Eu estou com outros livros dele para ler, como o Idiota, mas tenho que quebrar um pouco a linha para não ficar maluco com Dostoiévski, estou lendo agora O clã dos magos, e depois volto para ele novamente...rsrsr.... abraços e boas leituras :)


Rubio 30/07/2015minha estante
O próprio Dostoievski dizia não ser um bom escritor ... rss


Carlos Patricio 15/08/2016minha estante
Sinceramente, para mim, a genialidade do autor não está na literatura propriamente dita; mas, sim, na psicologia. O modo com que o escritor, em suas obras, aborda a mente humana é onde se pode encontrar sua maestria. Honestamente? Como escritor, vejo Dostoiévski sentado em uma mesa e escrevendo... Escrevendo sem parar. Até que, ao chegar à última página, vira para a pessoa que vai publicar seus livros e diz: ?Pronto, acabei. Pode publicar?.

perfeito


@willian.gram 30/03/2018minha estante
Gostei da sua resenha a princípio, mas depois de de ler O Duplo, passei a discordar completamente dela. Sugiro assistir o vídeo " #Comentando: O duplo (Fiódor Dostoievski)" (https://www.youtube.com/watch?v=c4IzN1vEKW8). Pode ajudar a compreender e rebater suas críticas. ;)


Casa da mãe Joana 15/06/2018minha estante
A melhor resenha que eu já li sobre esse livro!


Stefanie Oliveira 04/07/2018minha estante
Muito obrigada!




Pandora 05/02/2019

Já li alguns livros de Dostoiévski, mas decidi ir atrás dos primeiros e lê-los em ordem de lançamento.

O livro é maravilhoso, mas é também extenuante: muito pelo transtorno do personagem e suas ideias desconexas, sua confusão mental, a mania de perseguição, que vão ficando cada vez mais presentes conforme o delírio do personagem avança. Um pouco por conta dos parágrafos muito extensos, os capítulos grandes, os poucos diálogos. É o livro do Dostô que mais exigiu minha concentração até o momento.

Acho que a ideia é que a gente se veja na pele de Golyádkin, sinta sua perturbação e confusão como se fosse nossa. E funciona, ao longo da leitura tive até dor de cabeça! A ambição e a necessidade de agradar são tão fortes no personagem que ele cria um duplo com as qualidades que ele não tem: auto estima alta, segurança, desinibição, traquejo social.

Não por acaso Golyádkin é um burocrata: a literatura já retratou funcionários públicos os mais diversos, pois dão excelentes personagens. Quanto mais sensíveis, tímidos, criativos ou artísticos, mais se ressentem de um sistema onde impera o trabalho metódico, a mesmice, a rotina e a hipocrisia. Onde a ascensão se faz mais pelos meios políticos do que pelo merecimento. E, que no caso do personagem de Dostoiévski, não há chance alguma de promoção.

O duplo, o Golyadkin segundo, sendo e fazendo tudo o que Golyadin gostaria de poder, provoca nele uma indignação e inveja tais, que seu objetivo passa a ser a eliminação daquele que considera um inimigo, um usurpador, um aproveitador. E o final dessa luta insana não poderia ser diferente.

Dostoiévski da primeira fase, já mostrando a que veio.
Lucas 05/02/2019minha estante
Adorei seus comentários! Eu também estou lendo (bem vagarosamente) a obra de Dostoiévski na ordem de lançamento e O Duplo me chamou atenção por retratar muito bem um tipo de história que se tornou comum no imaginário de diversos autores e roteiristas de cinema, que é essa projeção de tudo aquilo que não somos em um ser idêntico. Vilões de seriados infantis, filmes e outros livros revisitam essa ideia até hoje, muito bem trabalhada em O Duplo.


Pandora 06/02/2019minha estante
Sim! É um tema muito recorrente. Aliás, transtornos de personalidade, desvios de conduta, distúrbios mentais... tudo me intriga e interessa. :)


Tiago 06/02/2019minha estante
O livro é otimo. Sabe as vezes penso que todos nós, em algum momento, estará diante de uma pessoa da qual nao seremos capazes de nos defender. Essa pessoa é na verdade nos mesmos mais velhos, nossa versão mais sabía e mais vivida. Essa pessoa certamente nos apavora porque jogará em nossa cara os nossos erros. Por isso inconscientemente tentamos fugir desse momento. Sempre me lembro disso quando penso no Duplo de Dostoievski, mais precisamente no trecho da ponte.


Pandora 07/02/2019minha estante
Tiago, concordo. A nossa maior ameaça somos nós mesmos. Somos nosso maior inimigo, nosso maior sabotador. Mas ao mesmo tempo somos os maiores interessados na nossa felicidade. Por isso encontrar o equilíbrio entre essas forças é tão difícil.


Jeffez 10/12/2023minha estante
Vai ser minha leitura atual!! E é bom saber que você já aprovou essa obra! ;)


Pandora 11/12/2023minha estante
Jeffez, tomara que você goste!




Asleep 14/01/2022

O filme é muito melhor
No geral esse livro não é ruim, só é chato. A história é interessante mas o protagonista é muito mas muito chato.
Vinicius Lima 15/01/2022minha estante
nossa, peguei ranço do protagonista kkkkk


Natty 15/02/2022minha estante
Qual o nome do filme? Tem na Amazon?


Asleep 15/02/2022minha estante
"O Duplo" de 2013 tem na Amazon


Natty 15/02/2022minha estante
Obrigada




Beatriz.Alves 12/01/2024

O duplo- Dostoiévski
Quem sou eu pra pôr defeito em Dostoievsky? Sou leitora e é isso. Já li outros dele e amei, incluindo,"Crime e castigo",mas odiei "O duplo" com todas as forças. Eu deveria reler para saber o que deixei passar e que não me permitiu conectar com o texto. Porém,se isso acontecer, será em outra encarnação. É uma pena!
Vinicius.monteles 14/01/2024minha estante
Concordo plenamente, essa leitura me deixou na exaustão, que livro chato e cansativo, sofrível de mais, agente que eu ia terminar ele bem antes do esperado, pois bem, não foi assim.


Beatriz.Alves 16/01/2024minha estante
Que bom encontrar alguém que pensa como eu. Já estava me sentindo culpada.


Vinicius.monteles 27/04/2024minha estante
É bom ver que nosso escritórios favoritos erram as vezes, é isso que eu mais gosto em histórias, nem sempre uma obra vai pegar de primeira




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Cílio Lindemberg 08/01/2021minha estante
Que análise maravilhosa!!! Deu muita vontade de ler!!! *palmas* ^^


Hildeberto 10/01/2021minha estante
Ah, muito obrigado! O livro é muito bom, vale a pena!


Cílio Lindemberg 10/01/2021minha estante
Magina! Espero ler logo. ^^




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Mariana 31/07/2019minha estante
os questionamentos me lembraram O Homem Duplicado!!!


Mariana 31/07/2019minha estante
(narciso acha feio o que não é espelho)


Beatriz 10/09/2019minha estante
simmm, demais! acho que as leituras são extremamente interligadas




Cris SP 28/04/2022

28.04.2022
Uma narrativa diferente, um pouco chata, mas que ao longo do livro passa a ser interessante. Conta sobre a vida de Golyádkin e seu duplo (uma projeção do que ele gostaria de ser). Vamos acompanhando o crescimento da paranóia do personagem que leva-nos a pensar se é realidade ou é um sonho. Vemos as decepções da vida acontecendo, de não ser promovido, de não poder se casar com Clara de quem gosta, de não ser reconhecido na sociedade, de não fazer parte de uma roda de amigos, de não saber dialogar, pois é muito introspectivo, não consegue desenvolver a fala em um conversa, é meio chato (aí que entra a narrativa diferente, muito repetitiva), mas que demonstra uma necessidade de autoafirmação por parte do personagem. E seu duplo é tudo aquilo que ele não é. Gostei.
Janaina Edwiges 28/04/2022minha estante
Ótima resenha, Cris! Parece ser uma história muito interessante.


Cris SP 28/04/2022minha estante
No geral eu gostei, mas a escrita não é fluida como nos romances. O que senti foi o acompanhamento da loucura do personagem Só lendo para sentir e chegar à conclusão se foi sonho ou se aconteceu. O final é subjetivo, meio parecido com o homem duplicado de Saramago. Cada leitor tem sua percepção.




Rafael 12/01/2019

O Cisne Negro de Dostoiévski
À primeira vista a obra o Duplo parece um mergulho na loucura. De ponto de vista unilateral, à todo momento você se pergunta o que está acontecendo, se é real ou ficção.
O protagonista, pobre que se acha rico e tenta almejar estatus na sociedade tentando se infiltrar no meio dos ricos, sofre com sua timidez, introspectividade, gageira, e constante necessidade de agradar aos seus superiores.
Logo no começo ele conversa com um doutor que faz piada sobre bebida levantando-se a suposição que o protagonista é alcoólatra. Num dos inúmeros detalhes que nos confundem. E este é o objetivo.
A história se torna ainda mais incrível quando o protagonista conhece o duplo: um homem fisicamente igual a ele mas que é o contrário psicológicamente (muito bem desenvolvido, super social, divertido, canastrão, sem limites) e que lhe deixa mais doido ainda.
Esse é o ponto máximo da obra. Precisei de dias para entender o que eu tinha lido.
Muitas vezes você acha que ele sofre de esquizofrenia ou bipolaridade. Mas na verdade ele sofre de Transtorno Dissociativo de Personalidade.
Nunca existiu um duplo. O duplo é a sua segunda personalidade. Não tem ligação nenhuma com esquizofrenia (que é a perca da realidade) ou com bipolaridade (que é a troca súbita de humor).
No Transtorno Dissociativonde Personalidade a pessoa pode simplesmente habitar mais de uma personalidade dentro dela, pode ser uma pessoa de sexo diferente, faixa etária diferente, cor, qualquer forma. Ou em alguns casos mais de duas personalidades no mesmo corpo. Sendo que às vezes a segunda personalidade assume e o transtornado não se lembra do que a personalidade excedente fez, nem que tenha sido por alguns minutos. Dando esta sensação de loucura. Um dos pontos característicos é o senso de perseguição e de conluio contra ele.
O transtorno é um mecanismo de defesa da mente. Geralmente a pessoa tem uma personalidade quase nula e a que assume, ou as que assumem, são o extremo da prima.
A obra foi injustiçada pela crítica no seu lançamente e ainda hoje é incompreendida porque o objetivo dela é você se colocar no lugar do protagonista e sofrer junto com ele sem entender o que está acontecendo, como se você sofresse do transtorno.
É genial. E um dos livros mais brilhantes que eu já li. Além do transtorno, o personagem nos leva a questionar se este transtorno não é um reflexo da nossa sociedade captalista onde se exalta e estimula aos pobres agirem e almejarem a classe alta se submetendo a qualquer regra social e se abdicando de si mesmo. E como consequência vendo em outras pessoas, pobres e semelhantes, inimigos naturais. (O protagonista que é pobre tem algumas coisas a mais que outros pobres, como um empregado, e mesmo estando mais perto da miséria do que do luxo, ele se trata como classe média)
É brilhante! O protagonista segue todos os pontos do transtorno dissociativo de personalidade (antigamente chamado de transtorno de dupla personalidade): solitário, depressivo, introspectivo, dedicado aos seus objetivos pessoais, tímido não por natureza.
Um detalhe interessante é o quanto ele firma o nomes das pessoas repetindo-os desnecessariamente como uma reafirmação social dos seus estatus e a falta de noção do que realmente está acontecendo devido a essa preocupação intensiva em cuidar da imagem. Ele acredita que o doutor com quem se consulta é doido (no sentido de não entendê-lo) e nenhum outro personagem o entende. Aos olhos dos outros ele é um doido desvairado, motivo de piadas internas e deboche.
Diversas vezes o protagonista diz não usar máscaras. Mas a impressão é de que ele nem sabe mais quem é por ter tanto se moldado conforme a sociedade.
É um livro genial. A maioria das pessoas não vai entendê-lo porque ele não é uma obra clara. (Este é o objetivo da obra). Mas para aqueles que querem entendê-lo melhor, indico o filme Cisne Negro do Darren Aronofoski, que é uma releitura desta obra com o balé do Lago dos Cisnes, em que você mergulha com tanta intensidade quanto tanto à este livro na cabeça do protagonista. (A protagonista interpretada pela Natalie Portman tem todos pontos do transtorno, como por exemplo: quando ela olha para o espelho e o reflexo se meche indicando que ela não reconhece quem ela é e tem medo dela mesma. Ou quando ela ganha o papel e encontra a palavra puta no espelho que foi o duplo dela que escreveu e no final quando as personalidades se misturam e a loucura leva ao delírio)
Este livro inspirou tantas outras obras da ficção. Mas nenhuma com a perspectiva do transtornado. Como por exemplo: o protagonista de Psicose, o filme Ilha do Medo do Scorcese com Leonardo DiCaprio e o livro O Duplicado do Saramago.
Livro maravilhoso! Favoritei! Leiam! Leiam! LEIAM! (Não é por acaso que Dostoiévski é o pai de Freud)
Tati 12/01/2019minha estante
Que legal! Já tenho faz algum tempo, mas fiquei com mais vontade de ler agora.


Camila 13/01/2019minha estante
Li ano passado! Adorei!




Laura 24/12/2014

Fantástico e estarrecedor.
Um mergulho nas profundezas e contradições inerentes ao ser humano. O Duplo reflete a dissonância entre aquilo que somos e o que pensamos ser, a imagem que fazem de nós e o que realmente desejamos ser. Diante de tudo o que é alheio a nós mesmos e invisível aos demais , questiona-se o próprio eu e até que ponto nos reconhecemos como seres autênticos. Passamos a vida buscando os sentidos do existir e desejando que ao olharmo-nos no espelho, reconheçamo-nos na própria imagem. Ao fim, quando permitimos que nossas ilusões morram, um novo ser nasce.
David Beserra 24/12/2014minha estante
Já vi que vou chorar se ler esse livro xD


Caio.Garcia 08/02/2017minha estante
Linda resenha, parabéns, senti inúmeros vazios existenciais enquanto lia o livro, cheguei até a sonhar com situação, um ótimo para passarmos pelo desencantamento por nós mesmos




Erika 24/07/2020

"Nunca dei uma contribuição mais séria para a literatura do que essa."
Golyádkin é um cara solitário que passa a conviver com seu duplo, idêntico em quase todos os aspectos, com apenas uma exceção: a personalidade.

Segundo livro publicado por Dostoiévski, O Duplo, ao contrário de Gente Pobre, não foi bem aceito pela crítica. Porém, é o marco inicial dos personagens que tanto caracterizam a escrita do autor: os "homens do subsolo", de personalidade distorcida, tomados por conflitos interiores e socialmente excluídos.

No caso de Golyádkin, senti muita pena do seu sofrimento com o isolamento social e da necessidade que ele sentia em ser aceito pelas pessoas ao seu redor. Rolou uma reflexão aqui sobre essas pessoas (não são poucas, viu?) que precisam se sentir populares, estar sempre no centro de tudo e o quão frustrante deve ser não atingir esse objetivo.
Douglas 15/09/2020minha estante
Mais uma ótima resenha, Erika. Pretendo ler após terminar Gente Pobre.


Erika 15/09/2020minha estante
Está lendo em ordem cronológica?




Marto 30/01/2024

A alma e a besta
A ideia de duplo aparece em muitos momentos da humanidade m, em outros livros e nos mais diversos contextos. Durante a leitura me lembrei muito da origem da ideia de inferno e de como pros incas a alma possuía uma parte boa e uma ruim. Ao mesmo tempo me peguei pensando em como nosso personagem era o bom e seu duplo era o vil e torpe. Me vi pensando também sobre alguns conceitos psicanalíticos e na construção da ideia de desejo e na impossibilidade do cumprimento dele, a ideia do Isso e do Supereu ficou pairando durante a leitura. Gostei da construção, das divagações e angústias que nosso personagem principal formula a partir de sua duplicidade.
Joana Grigorio 31/01/2024minha estante
Como escreve bonito e difícil. Quero ser assim quando crescer


Marto 31/01/2024minha estante
Kkkkkk jurou




Karina Paidosz 10/07/2022

De todos as leituras de Dostô, a que menos gostei foi essa.

Fiquei muito perdida nos assuntos que falam de um, de repente já falava de outro sem nem terminar a conversa anterior.

De repente é o tipo de narrativa, mas que definitivamente não é o meu estilo favorito .

O enredo tbm não me prendeu.

?
Alê | @alexandrejjr 11/07/2022minha estante
E tá tudo bem! Têm livros que não batem mesmo...


Karina Paidosz 11/07/2022minha estante
Sim, obrigada, Alê ??




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