The Inferno

The Inferno Dante Alighieri




Resenhas - A Divina Comédia - Inferno


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Ubener 09/02/2019

Com escrita linda , rica e exuberante
assim nos fala sobre o inferno
o grande escritor florentino ; Dante.

Pra quem espera ler sobre teologia
Saiba que irá encontrar em vez disso
Infinda , magnífica e ousada fantasia.

Dante Alighieri , sexto entre tanto saber
Tem essa sua obra imortalizada
E certamente o fez por merecer.

É de difícil compreensão
sua odisséia escrita em forma de poesia
seus versos enigmas são.

Se você for capaz de decifrar essa comédia
verá que seu estilo é pleno e absoluto
é esplêndida , talvez por tanto seja egrégia.
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Gordão 28/12/2018

O melhor ângulo do Inferno já visto:
Sem dúvida um dos melhores livros que li em 2018, no começo eu achava que não entenderia nada, mas me enganei, a leitura flui muito bem com exceção em períodos em que Dante faz referências a mitologia grega, aí eu me perdoa um pouco, mas no geral é fantástico, a estética do Inferno foi projetada com perfeição na minha mente, a visão ?Dantesca? sobre tudo que eu havia lido, o horror e a beleza andam juntos em divina comédia, realmente fico horrizado pela descrição dada para nós a respeito do Inferno e as almas atormentadas que ele abriga mas, ao mesmo tempo amo os grandes diálogos de Dante e Virgílio, todos bem filosóficos por sinal.
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Rafaela 05/07/2018

Eu achei uma leitura difícil, por ser pouco usual. Os resumos no início de cada cântico me ajudaram muito a entender o que estava acontecendo. O problema nem são algumas palavras difíceis, mas sim entender o contexto. É trabalhoso tentar manter a concentração com cânticos, porque há quebra de texto.
Pretendo ler outros livros com cânticos, como Odisseia e Iliada, acho que A divina comédia vai ajudar por ser um livro menor.
Dante se coloca como protagonista da história, tudo começa quando ele se encontra em uma selva escura, e Beatriz, uma mulher que ele amava, rogou para que pudessem salvá-lo. Nisso, Deus manda Virgílio como guia do Inferno. Então, eles iniciam o "passeio". O Inferno é divido de acordo com o pecado de cada pessoa e durante o trajeto, Dante avista alguns amigos, conhecidos e até mesmo personagens famosos. Interessante que logo no início há uma parte em que alguns personagens antigos como Homero e o próprio Virgílio que ficam ali, como em um castelo, e Dante explica que eles estão lá por não terem passado pelo batismo de Jesus. Ou seja, estão lá porque Jesus ainda não havia nascido para que pudesse salvá-los.
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Marcos Antonio 26/06/2018

A divina Comedia
A Divina comédia não é só um livro é o livro, ele mais que uma história é uma aula das escrituras sagradas, da mitologia grega, Etc... Logo na porta do inferno Dante Alighieri lê: “Deixai toda esperança, vós que entrais”. O inferno é formado por Nove Círculos, Três Vales, Dez Fossos e Quatro Esferas. Essa organização foi baseada na teoria medieval de que o universo era formado por círculos concêntricos. O inferno foi criado da queda de Lúcifer do Céu. Lúcifer teria caído em Jerusalém, a Terra Santa, portanto, ali está o Portal do Inferno. O inferno torna-se mais profundo a cada círculo, pois os pecados são mais graves. Portanto os pecados menos graves estão logo no início, e os mais graves no final.
Dante não sabe como chegou na floresta se estava acordado ou sonhando mais sabia que: "onde a confusão é tão grande que a alma não se acha capaz de reencontrar o caminho certo"
Dante descreve sua jornada ao inferno dividido em:
1) Portal do inferno: O Portal do Inferno não tem portas ou cadeados, somente um arco com um aviso que adverte: uma vez dentro, deve-se abandonar toda a esperança de rever o céu, pois de lá não se pode voltar. A alma só tem livre-arbítrio enquanto viva, portanto, viva se decide pelo céu ou pelo inferno. Depois de morta, perde a capacidade de raciocinar e tomar decisões.
2) Vestíbulo do Inferno: O "Vestíbulo do Inferno" ou "Ante-Inferno" é onde estão os mortos que não podem ir para o céu nem para o inferno. "O céu e inferno são estados onde uma escolha é permanentemente recompensada (de forma positiva ou negativa), deve também existir um estado onde a negação da escolha seja recompensada, uma vez que recusar a escolha é escolher a indecisão." O vestíbulo é a morada dos indecisos, covardes e que passaram a vida "em cima do muro". Eles nunca quiseram assumir compromissos, tomar decisões firmes, por acharem que assim perderiam a oportunidade de fazer alguma coisa. Os covardes são condenados a correr em filas atrás de uma bandeira que corre rapidamente, enquanto são continuamente torturados pelas picadas de vespas e moscões, enquanto vermes roem suas pernas.
3) Os noves Círculos:
a)Primeiro Círculo, o Limbo virtuosos pagãos: Pessoas boas que morreram antes de Jesus vir ao mundo.
b)Segundo Círculo, Vale dos Ventos luxúria
c)Terceiro Círculo, Lago de Lama gula
D)Quarto Círculo - Colinas de Rocha ganância
E)Quinto Círculo - Rio Estige ira
F)Sexto Círculo, Cemitério de Fogo heresia
G)Sétimo círculo, Vale do Flegetonte violência. Quais tipos de Violência existe:
1)violência contra o próximo
2)violência contra si mesmos
3)violência contra Deus
H)Oitavo círculo fraude
I) Nono Círculo, lago traição

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HEVELYS 24/03/2017

infernos
A cada pagina lida, consigo imaginar com riqueza cada fase do inferno escrito pelo escritor florentino, embora alguns infernos me pareçam exagerados, acredito que a soma faz muito sentido ! Vejo como uma leitura contemporânea da sociedade que parece muito com cada pagina do livro rsrs abraço a todos!
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David Ariru 15/02/2017

Justiça...
De forma sucinta, talvez até simplista e apequenada, pode-se dizer que fazer justiça é uma ação que busca dar a cada parte envolvida o quinhão merecido. Mas quem merece o quê? E por quê? Quem decide a respeito disso? Prontamente surgem várias perguntas pertinentes, mas o ponto abordado aqui será ligeiramente diverso; a justiça relacionada a crimes e punições.

O texto poderia ter principiado já abordando essa pauta específica, mas como é tão constante sua presença nos debates atuais da sociedade, decidi começar relembrando que a justiça não se apresenta apenas nesse meio. Embora, em todos os âmbitos, a justiça mantenha sempre um conceito básico. Conceito esse que já dura milênios, na famosa “Lei de talião”, por exemplo — sintetizada e muito difundida pelo dito “Olho por olho e dente por dente” — já podemos identificar o conceito básico: “A cada um o quinhão merecido”.

Segundo historiadores e estudiosos da área essa lei, com autoria de Hamurabi que foi um rei da Babilônia, teria como principal objetivo implantar a justiça nas relações de desavenças e conflitos entres pessoas, estipulando um limite para os revides aos danos sofridos que até então ocorriam de maneira desproporcional e, por isso, injusta, o que acabava gerando um círculo de vinganças e de violência. Antes dessa lei era normal uma pessoa que tivesse um pertence seu roubado se vingasse do ladrão da forma que quisesse, seja tomando pertences seus, agredindo-o ou mesmo por meio do assassínio. Após a lei ficou estabelecido que o mal feito a alguém poderia ser retribuído ao malfeitor apenas em igual proporção; assim, se cortam-me a mão direita, tenho o direito de cortar a mão direita de quem fez isso comigo; se matam-me, poderão os meus matarem meu assassino; se roubam- me uma galinha, poderei eu pegá-la de volta ou o equivalente etc. Portanto, trata-se ainda de uma vingança, porém uma vingança com rédeas; proporcional e simétrica.

Nos casos de roubo talvez a ideia de vingança fique em segundo plano, mas quando se trata de casos mais graves e danos físicos, ela emerge totalmente. Se causam-me um dano físico, furam-me um olho por exemplo, posso vingar-me furando o olho de quem o fez a mim, mesmo que isso não restitua de volta meu olho ou necessariamente impeça que isso aconteça de novo; basicamente a vingança pela vingança. Talvez o temor de represálias possa até ter seu papel em manter uma sociedade no caminho ético, mas certamente não é onipotente nesse aspecto, além disso, não é o enfoque desse texto já um tanto desfocado.

Então seria a justiça, no âmbito de malfeitos e penalidades, — a tão aclamada justiça — Apenas a vingança suavizada, proporcional, institucionalizada e com um nome mais agradável? A princípio sim, ou pelo menos, se levarmos em conta esse contexto, podemos afirmar que há uma divisão tênue entre justiça e vingança. Porém, para além disso, existem outras reflexões acerca do assunto, e uma delas, de equivalente importância na história da humanidade, é o que se chama de “Regra de ouro” e que foi exortada por diversas religiões e crenças, embora, para o intuito do texto, será abordada somente a sua apropriação por Jesus Cristo, a base do cristianismo e da igreja católica, a religião de Dante Alighieri.

Nesse novo pensamento não é incentivada nem institucionalizada a vingança, proporcional ou não, mas sim uma atitude de empatia ao próximo, agindo perante ele como quereríamos que agissem perante nós, a proporção nesse caso se dá de outra forma: fazemos o mal a outrem assim como queremos que nos façam o mal e o bem assim como queremos que nos façam o bem. Dando alguns exemplos da própria Bíblia temos: Mateus 7:12: "Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles; esta é a Lei e os Profetas."; Marcos 12:30-31: “... Amarás teu próximo como a ti mesmo...”.

Além disso, Jesus cita a lei de talião e propõe uma mudança de pensamentos e atitudes; uma nova forma de quebrar o círculos de vinganças e injustiças: Mateus 5:38-40 “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; ...”. Ora temos então dois modos extremamente diversos de reagir às injúrias que nos fazem, e se levarmos em conta o preceito adquirido empiricamente de que somos todos propensos à ira e à vindita quando somos ofendidos, temos que um modo pode ser tido como mais ponderado e razoável que outro, até mesmo mais ...humano. Pois um dos modos de reação se trata de uma justiça vingativa que permite nos entregarmos à desforra, à ira e à crueldade, mas só até certo ponto. Já o outro modo de reação é baseado na pacificidade e na compaixão que não dá ensejo para revidar o dano sofrido com mais dano, seja ele proporcional ou não.

Chegamos finalmente no ponto onde a primeira canção de Dante, o Inferno, entra em cena. Nessa obra prima do intelecto humano (não posso lhe tirar o mérito devido, seria ...injusto) qual o modo de reação perante injúrias que nos é apresentado de Deus perante os Humanos? Mais, antigamente, no contexto de Dante e da idade média, qual o tipo de reação que a maioria da sociedade adotava para resolver seus conflitos? E atualmente?
Respondo só à primeira pergunta e digo que é extremamente explícito a justiça da vingança proporcional do Divino contra o Homem em Dante, não só pelo contexto que já deixa isso óbvio o bastante, mas também pelas próprias palavras de Dante ao decorrer da narração quando fala da “justiça” e da “vingança” divina, além disso, podemos ver o poema em si como um ato de vingança contra seus contemporâneos que muito lhe prejudicaram. E tudo isso a despeito do que foi incentivado pelo próprio fundador de sua religião. Quanto as demais questões o caso se apresenta mais complexamente.

Talvez os homens sejam demasiadamente imperfeitos e pérfidos para ideais tão grandes. Talvez o Homem seja melhor sonhado que vivido. Talvez ainda estejamos perdidos na selva escura e sem guia. Talvez não seja este o meio do caminho, mas o fim. Péssimo cenário, mas ao menos é tudo isso o talvez e não o certo; e enquanto há vida, o talvez é apenas uma possibilidade passível de mudança.
Bruno.Rafael 17/02/2017minha estante
Esse texto daria um belo inicio de um ensaio. Conte-me mais...




Alan 04/04/2016

Grotesco
A base que sustenta o culto à morte conhecido como religião são sentimentos primitivos tais como o medo e a vingança. Em nome da submissão a uma utopia puritana todo crente sonha em ver seus vizinhos e familiares condenados a torturas eternas pelos mais insignificantes pecadilhos. O Inferno é para os outros. Atualmente podemos ver uma expressão menor dessa obsessão nas letras de canções gospel para crianças, onde fanáticos canalhas atormentam os meninos ameaçando com castigos terríveis o rebelde que não se submeter aos caprichos irracionais do demônio do deserto de Abraão. São caricaturas de Dante, o mensageiro original da danação. Lendo sua Divina Comédia podemos perceber claramente uma mente enferma, dominada pela culpa e sadismo. Um livro bíblico apócrifo escrito para aterrorizar aqueles suscetíveis a misticismo. Os pios terão horas de masturbação garantida lendo essa descrição infantil da maldade de sua divindade. Buuh!
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Antonio 05/01/2014

Inferno de Dante
A Divina Comédia figura entre os mais lidos do mundo, e é o que se pode chamar de um best-seller hipster. Inferno, sua primeira parte, apresenta a concepção e a punição do errado, visando no meio de Dante a constituição de uma sociedade mais evoluída e/ou respeitosa.
Devo afirmar que a edição bilíngue é um pouco chula na tradução, mas o original ao seu lado faz valer o preço... salgado, que a obra tem em livrarias. Este clássico inspirou até Carlos Drummond de Andrade num de seus poemas que mais deu o que falar, que basicamente repete o primeiro verso da obra, que em traduções mais conhecidas fica algo como "No meio do caminho".
Leitura dramática e poderosa, por vezes agonizante. Descrição potente e vocabulário rebuscado. Ligeiramente cansado para os que não tem um vocabulário vasto ou um dicionário. Se lido criticamente, nota-se que o autor era ligeiramente ácido com as palavras.
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Xsavier 04/07/2013

Entre em um "outro mundo".
Aos pés da penedia alcantilada
Sumia como flecha em disparada
Livre do peso que já nao carregava
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Júlia Thomé 08/04/2012

Abandonei; mas por minha culpa, e não do livro. Ele merece mais atenção. Vou lê-lo quando estiver disposta a isso.
Marcos Antonio 26/06/2018minha estante
Precisa de tempo e atenção para lê-lo e para analisar. Porém se tem dificuldades para lê-lo tem a opção de ouvi-lo em audiobook.




Aninha 15/01/2011

Prá pensar na vida após a morte

“Deixai toda esperança, vós que entrais”
(Placa na porta do inferno - in canto III - verso 9 )

Dante, no meio de sua vida, se vê no Inferno, vivo, conduzido por Virgílio, poeta autor de Eneida. Este atende aos apelos de Beatriz (sua musa na vida real), que está no Paraíso, para ser guia de Dante.

O que se segue daí em diante é a trajetória dos dois pelos 9 círculos do inferno (os 2 primeitos no limbo) e as histórias de alguns de seus condenados. Aí, entram personagens verdadeiros (clérigos, conhecidos, personalidades, muitos, aliás, de seus desafetos) e mitológicos:

1. Não batizados (limbo);
2. Pecaram pela luxúria (limbo);
3. Glutões;
4. Avarentos;
5. Iracundos ;
6. Traidores (como Judas)
Violentos contra Deus, a si próprio e ao próximo;
7. Suicidas;
8. Castigados pelo pecado da fraude. Dividido em 10 bolsões – 1) seduz para outros; 2) seduz para si; 3) conduz o condenado ao suplício; 4) é adivinho/feiticeiro; 5) trapaceiro; 6) pratica crime de lesa majestade; 7) ladrão de animais; 8) aconselha enganosa e fraudulentamente; 9) promove discórdias (como Maomé); 10) alquimista.
9. Traidores - Estão em 4 zonas – traidores de 1) parentes; 2)políticos; 3)hóspedes e 4)benfeitores .

As cenas retratadas por Dante arrepiam e , cada vez que ele desce um círculo ou bolsão no Inferno, não é possível imaginar o que ele irá descrever...são as famosas “cenas dantescas”, como popularmente ficaram conhecidas no imaginário popular, as cenas de degradação, humilhação e dor que sofrem os danados em seus tormentos.

Uma coisa é fato: depois de ler essa primeira parte da “Comédia” (das quais seguem Purgatório e Paraíso), nos apegamos mais em Deus e agradecemos por um dia, quando partirmos daqui, não conhecermos “in loco” o que nas artes já nos deu tanto pavor.

Boa leitura!
http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com/2010/05/divina-comedia-inferno.html
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