O Idiota

O Idiota Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Idiota


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Berto 17/12/2023

O Genial Idiota.
Francamente, o livro é, de fato, muito bom. Estilo de escrita e narrativa característica do autor, ideal para fãs de outras obras do mesmo.
Para mim, o problema dessa obra é, infelizmente, seu tamanho. O livro é exageradamente longo, tornando-se desinteressante e maçante em diversos momentos na narrativa, principalmente do meio para frente.
Sim, é importante ressaltar que, querendo ou não, dada a proposta da obra e a característica dos personagens, torna-se praticamente impossível evitar repetições, uma vez que o livro se utiliza de seus personagens justamente para tecer críticas a respeito de tais comportamentos viciosos do cotidiano das pessoas.
A exemplo de minhas reclamações, cito o diálogo entre o Príncipe e o General, na parte Quarta da obra, onde, durante diversas páginas, ambos conversam sobre as épocas de guerra do general (conversa essa praticamente irrelevante para a trama, visto que a mesma ocorre outras diversas vezes previamente na obra, ainda mais tendo em vista q se encontra nas páginas finais do livro)
Entretanto, a obra, como um todo, é muito interessante! Os personagens e suas relações são absurdamente bem desenvolvidas, as críticas realizadas pelo autor são atemporais e muito bem inseridas na história e as reviravoltas presentes na obra instigam a curiosidade e surpresa do leitor.
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Como pontos de ressalva/comentários a parte (tecidos completamente de modo pessoal e singular com base em minha experiência de leitura), cito:
1- Aos leitores, recomendo que anotem os nomes/famílias dos personagens. A trama é rica em diversas figuras, das mais insignificantes às mais caricatas, muitas vezes com sobrenomes e títulos muito similares uns com os outros. Logo, é importante saber distinguir de modo coeso cada uma delas durante a trama.
2- Como leitor que tomou tal atitude, recomendo que façam como eu e pulem/folheiem os capítulos chatos. Geralmente não recomendaria isso mas, em dados momentos (como o diálogo com o general, citado acima) o livro apenas cita detalhes para enriquecer e completar a história, não sendo necessariamente indispensáveis para a trama como um todo, tornando a leitura cansativa.
3- Para melhor aproveitarem a obra, associado à primeira dica, tentem entender a trama principal por diferentes pontos de vista, e não apenas pelo principal proposto pelo livro (príncipe). O excesso de detalhamento permite uma visão ampliada dos pontos de vista de diversos personagens a respeito do mesmo acontecimento.
4- Não espere uma história linear/planejada. Entenda que a obra, em sua maior parte, desenvolve-se focada nas experiências e atitudes do príncipe que, por sua vez, é alguém "Idiota" e despretensioso, levando a diversos diálogos/tomadas de atitude que ocorrem por mero acaso, sem necessariamente fazerem parte de algo maior.
5- Salve páginas interessantes. Existem diversos diálogos absurdamente interessantes durante a trama que poderiam tornar-sem pontos foco de obras inteiras, portanto, aproveitem.
6- De forma honesta, assim como já citado, a obra é muito muito muito longa, então recomendo lê-la despretensiosamente e sem mistura-lá com outras tramas do autor, para evitar confusões.
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3.8/5.0
. Boa Leitura a Todos!
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Daniel432 10/12/2023

Clansativo
Infelizmente minha avaliação desse clássico da literatura russa e mundial não é boa e clansativo foi o neologismo criado por mim para definir um clássico cansativo de se ler!!

Esse foi o primeiro e, imagino, o último livro de Dostoiévski que leio. O peguei, há alguns anos, na estante do meu pai, mas pelo estado de novo meu pai não o leu.

Escrito na segunda metade do século XIX e ambientado na Rússia czarista da época, conta as aventuras de um príncipe russo de volta à terra natal, Petersburgo, após passar anos em tratamento médico na Suíça, envolvendo-se em um círculo de “amizades” bastante diverso e de relações tensas e ambíguas.

À época em que escreveu o livro, Dostoiévski, assim como o príncipe, estava doente e tinha ataques epiléticos e viciado no jogo passava por dificuldades financeiras assim como o adversário amoroso do príncipe, Rogójin. Fatos que trazem ao livro características autobiográficas.

Mas por que achei a leitura cansativa? Como um romance pode ser cansativo? Esse é o problema de se ler um clássico escrito há cerca de 150 anos atrás. O estilo e a sociedade da época eram diferentes, não há como olhar para O Idiota com olhares de hoje. É quase a mesma coisa que ler Machado de Assis!!

Por isso não gosto de ler clássicos!!

Dostoiévski, aparentemente, não é muito fã de descrever o ambiente onde a trama desenrola, ele não gasta muitas palavras para descrever um cômodo onde o destino das personagens é decidido. Em compensação, é capaz de colocar as personagens em longas divagações, discutindo o sexo dos anjos em longas e cansativas narrativas além de dedicar cerca de 35 páginas (!!) para a carta de despedida do moribundo Hippolit que não se sabe quando vai morrer.

Para ser justo com o autor, ao final do livro, nas últimas 50 páginas, o romance (e a leitura) ficam um pouco emocionante e flui um pouco melhor, mas pode ser que era em função da minha expectativa pelo término do livro.

Bom, é isso. Como recomendar a leitura de um livro que você não gostou? Mas se você gosta de ler clássicos, boa sorte!!
Raissa 14/12/2023minha estante
Li mais da metade dos livros do autor, então te digo q realmente n é bom começar por esse aí kkkkkkkkkk. Achei a escrita totalmente diferente dos outros livros; por ter diálogos baseados em passagens bíblicas, a narrativa acaba sendo meio densa, principalmente pra quem nunca leu nada do autor. Recomendo obras mais curtinhas primeiro, como "Noites Brancas", "Gente Pobre" e "O sonho do titio". Meu primeiro contato com o autor foi com "Crime e Castigo", quando eu tinha 14/15 anos, na época eu fiquei com medo por ser meio grandinho, mas ele é perfeito!


Daniel432 14/12/2023minha estante
Pois é, dei azar de começar pelo livro errado!! Quem sabe, um dia, eu aventuro a ler outro livro dele.




Guy 10/12/2023

Ingenuidade e humanidade, quem de fato é um idiota na sociedade
O personagem sofre de epilepsia e sua ingenuidade e humanidade ameaça e choca a sociedade, em que o rotula de idiota, porém com muita sapiência carrega em si o amor ao próximo tal qual uma cristandade.
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Guy 10/12/2023

Ingenuidade e humanidade, quem de fato é um idiota na sociedade
O personagem sofre de epilepsia e sua ingenuidade e humanidade ameaça e choca a sociedade, em que o rotula de idiota, porém com muita sapiência carrega em si o amor ao próximo tal qual uma cristandade.
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Johann 05/12/2023

Livro 5 estrelas, edição 1 estrela
Abandonei.
Sinceramente, não era o que queria, mas essa diagramação horrorosa de páginas brancas e tradução em português europeu tornaram essa leitura insossa e cansativa.

Gosto demais de Dostoievski para que uma obra dele dessa magnitude fique marcada negativamente em minha memória.

A história é maravilhosa, mas essa edição é deplorável, espero um dia encontrar uma boa edição dessa obra e terminá-la com muito prazer
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v de vanisse 29/11/2023

Fraco
Então né meus amores sobre o idiota o que eu tenho a dizer é que não é nenhum irmãos karamázov mas definitivamente é um livro do dostoiévski beijos
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Caroline132 27/11/2023

Muito bom. Aquele típico dramalhão novelesco bem escrito de Dostô. E o príncipe nem é um idiota, é só ingênuo e extremamente sincero, o que não é bem visto pela sociedade de tantas pessoas fúteis e ruins.
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bardo 25/11/2023

Talvez a primeira advertência a ser feita com relação a essa obra de Dostoiévski é que essa não pode ser em hipótese alguma a primeira leitura de um leitor que queira conhecer o autor. A impressão que tenho é que Dostoiévski quis fazer várias coisas aqui, me pergunto se todas com sucesso. O livro é um tanto inchado e arrastado, tranquilamente se poderia contar umas cem páginas e alguns personagens sem prejuízos.
Temos uma sátira social ácida e amarga, o grande problema é que o leitor moderno não tem a referência de quem o autor quer satirizar, a aristocracia apresentada só nos parece fútil, exagerada, extremamente pedante e irritante. O excesso de afetação nos transporta direto para uma “novela mexicana” sem alívios cômicos.
A obra também é uma releitura à moda dostoiévskiana de Cristo e este mesclado com Dom Quixote. Por mais que tal relação seja escancarada, Míchkin é muito mais um Cristo idealizado do que qualquer outra coisa e vale dizer que uma idealização bastante irritante: temos um personagem de pura bondade e inocência.
Para nós leitores Míchkin é um personagem impossível e irritante, que não nos inspira compaixão, sua bondade beira a completa estupidez. Ao mesmo tempo o personagem possuí uma sagacidade que beira à maldade, sendo simplesmente incompreensível. O memo vale para os demais integrantes do quarteto principal da trama. A impressão de uma releitura de Cristo, é reforçada não só pelas inúmeras referências textuais à Escritura, mas também porque podermos identificar ao longo da obra: Madalena, Judas, João, só para citar nos mais óbvios.
Pode acontecer que em dado ponto o leitor se dê conta de que talvez o debate principal da obra não seja exatamente ser bom num mundo mal e hipócrita. Talvez a pergunta do autor seja muito mais grave e difícil, que todo o melodrama sirva para mascarar um atrevimento quase imoral: Se estamos todos debaixo de uma sentença de morte postergada (e a vida nada mais é do que isso) será que vale mesmo a pena viver?
Em suma, O Idiota é um livro prolixo, inchado, que vai irritar o leitor, talvez mesmo fazê-lo abandonar a leitura, mas para além de todos esses obstáculos levanta questões complexas e perturbadoras.
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Willian 20/11/2023

O livro é muito bem escrito (pelo menos nessa tradução da Penguin, a leitura flui com facilidade), tem dialógos e cenas inesquecíveis, mas no geral fica uma prateleira abaixo das duas obras-primas do autor.

Durante toda a leitura, em nenhum momento consegui simpatizar ou antipatizar com qualquer personagem. Aparte as questões filosóficas, todos me pareceram unidimensionais e previsíveis. O príncipe eu não sei se pode ser considerado um idiota ou alguém muito sagaz. Nastássia mais parecia um personagem de novela ruim, de tão caricata. Menos mal que pouco apareceu nessas 950 páginas. Aglaia, mesmo com toda a birra de menina mimada, também não conseguiu me irritar. Só achei ela entediante. Dos demais personagens, talvez Rogójin seja o mais destacado (se bem que nem o que ele fez pareceu ter aquele clímax todo).

Não sei, ficou uma sensação de que Dostoiévski esqueceu de colocar algum ingrediente nessa mistura. Ficou um livro meio "chocho" para os padrões do autor, não tem aquela carga psicológica de Crime e Castigo, tampouco a grandiosidade dos eventos de Os irmãos Karamázov. Mas, mesmo assim, ainda é melhor do que muita coisa que se vende hoje em dia.

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Leonardo1083 18/10/2023

Idiota
Esperava mais, pela fama! Achei o perfil do nosso protagonista bem superficial!
Talvez tenha sido questão de expectativa.
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PatriciaLima_autora 17/10/2023

Ela roubou a cena!
Nastácia Filíppovna rouba a cena em O Idiota, um dos maiores romances de Fiódor Dostoiévski.

Complexa, amada e desprezada por homens de interesses comuns e alheios, Nastácia Filíppovna salta das páginas de O Idiota e se consagra entre as mais interessantes heroínas da Literatura russa. Sua turbulenta presença sacode uma história de inúmeros personagens ante a calmaria monocórdica de seu protagonista.

“- Tem um rosto maravilhoso. E percebo que a história dela não é uma história comum. É um rosto prazenteiro. Mas não teria ele passado já por terríveis sofrimentos? Os seus olhos nos dizem isto, e as suas faces, e este trecho debaixo dos olhos! É um rosto altivo, pasmosamente orgulhoso, mas não sei se ela tem bom coração! Se tiver, ah!... Isso a redimiria!”

Foi assim, apenas a lançar os olhos sobre o retrato de uma estranha, que Liév Nikoláievitch Míchkin, o jovial e cortês idiota, descreveu esta fascinante mulher de infinitos adjetivos.

Já Tótskii, ao reencontrar sua protegida, deparou-se com uma nova figura desconhecida e aterrorizante, “pois viu diante dele, sentada, uma mulher inteiramente outra. E essa nova mulher demonstrou, em primeiro lugar, conhecer e compreender muito - mas muito! - da vida e do mundo. (...) E o que é mais, sabia mesmo o aspecto legal de certas coisas e tinha um conhecimento categórico, se não do mundo, pelo menos de como as coisas são feitas no mundo. Em segundo lugar, não havia nada da timidez nem da incerteza da menina de colégio, umas vezes fascinante em sua original simplicidade tão jovial, outras vezes melancólica e sonhadora, estupefata e desconfiada, lacrimosa e difícil. Sim, era uma nova e surpreendente criatura que ria no rosto dele e que lhe atirava venenosos sarcasmos, abertamente declarando que nunca tivera outro sentimento por ele, em seu coração, senão desprezo e repugnância."

Um autor russo. Uma diva. Uma trama de reveses. Uma leitura fascinante.

site: https://www.instagram.com/p/CNN_9IaDRZM/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MzRlODBiNWFlZA==
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sophia 09/10/2023

Liev você é maravilhoso
Misturando Dom Quixote com Jesus, Dostoyevsky cria o questionamento de como uma pessoa genuinamente boa seria tratada na época, como forma de crítica. O idiota que não tem nada de idiota, mas deixa as pessoas passarem por cima dele pois ele sabe que elas provavelmente precisam fzr isso mais doq ele
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joaoggur 24/09/2023

Idiota; aquele que é conivente perante a podridão mundana.
Tolstoi definira ?O Idiota? como ?caótico?. Não consigo achar nenhum outro adjetivo que melhor pode exprimir os sentimentos ao lê-lo.

Como toda a obra Dostoiévskiana, acompanhamos um personagem principal (O Príncipe Michkin, uma especie de ?Dom Quixote Cristão-Ortodoxo) e vários outros personagens que o acompanham, adentrando e saindo de sua vida pelos mais variados motivos.

A ?idiotice? do personagem principal, apelido que até nomeia o livro, é o ponto mais interessante da obra. O autor, tal como em todas as suas ?Magnum opus?, dispõe-se não só de mostrar a podridão humana, mas estudar seus radicais (digo, entender a raiz de tais pensamentos e atos).

O protagonista é completamente deslocado da sociedade, um homem sem qualquer habilidade social, somado a sua ingenuidade e seus constantes ataques epiléticos. Se observarmos de caráter elitista, isto é, observarmos de uma perspectiva burguesa (onde o personagem está incluso, mas não inserido?), ele é um completo pária. A ingenuidade não tem vês em um contexto de ardis. Por diversas vezes o príncipe é renegado, tido como louco, incapaz de casar-se e, acima de tudo, não percebe este estigma posto em seus ombros. Tudo isso torna-o, idiota.

Não é uma leitura fácil. Sinto que, para se ler Dostoiévski, precisa de uma extensa bagagem literária; não só dado ao fato que ?não vale a pena começar a refeição com a sobremesa?, mas sim a perspicácia do autor ao não temer mostrar da sofreguidão (ademais, o sentimento de achar alegorias na história é imenso; tal como é difícil acompanhar os questionamentos morais, filosóficos, sociológicos e religiosos aqui presentes). Há uma pluralidade de personagens (que muitas vezes ?enroscam em si mesmos?; admito que por diversas vezes tive dificuldade de saber quem estava falando, ou sequer sabia ?aonde estavam na (s) árvore (s) genealógica (s)?.), e cada um representa alguma punção humana. O final é arrebatador (e o plot twist é intenso), mas falar que é uma batalha fácil chegar nas últimas páginas é uma calunia.
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