A Sonata a Kreutzer

A Sonata a Kreutzer Leon Tolstói




Resenhas - A Sonata a Kreutzer


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Washington 28/08/2021

Um livro com um personagem intragável, com opiniões difíceis de engolir sobre casamento, sexo, papel da mulher na sociedade, mas é escrito de uma forma genial como em tudo que o Tolstoi escreveu.
Uma experiência de leitura muito boa. Nem sempre vamos nos separar com opiniões igual as nossas, né.
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Thiago 21/09/2021

Perfeito
Tolstói nunca me decepciona. Ele consegue fazer com que o leitor sinta as emoções dos personagens. Nesse caso em particular fanatismo e amor doentio. Algumas vezes colocamos coisas na cabeça que só estão lá, mas acabam modificando o nosso mundo real.
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renatavisani 22/09/2021

Não concordei com uma palavra desse livro. Dito isso, brilhante. Tolstói constrói o panorama de uma Rússia na qual o divórcio começa a ser normalizado.
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Daniel.Alexandre 09/11/2021

A Sonata a Kreutzer - Liev Tolstói
A Sonata a Kreutzer - Liev Tolstói

Minha volta de quase quatro meses, finalmente consegui acabar com minha ressaca literária, com uma dose cavalar.

No decorrer do romance, são diálogos em um trem que consiste basicamente num monólogo do protagonista junto ao narrador, relatos de um casamento conturbado.
É muito interessante fazermos um paralelo com a vida do próprio autor, que na sua juventude foi um libertino, devasso. Que também teve um casamento à água e óleo. Aqui ele aplica dentro do momento que foi escrito, com base nas suas crenças religiosas, o quão um homem deve ir para o casamento sem experiências da libertinagem.
Ao decorrer, também trás reflexões do papel da mulher, como teve que se adaptar dentro do patriarcado, como teve que usar da sensualidade para se promover, ou ter evidências.
E por último, o quão destrutivo pode ser um casamento sem conciliação, sem amor. E se não tiver dando certo, a separação.
Levanta esses questionamentos dentro daquela sociedade, final do século 19, e que são questões que permeia até hoje, só olharmos os feminicídio que vemos nos noticiários.
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Ana Lícia 10/11/2021

A Sonata a Kreutzer, de Lev Tolstói, publicado em 1891. É uma novela incômoda, atemporal em alguns quesitos, infelizmente, e viciante.

Tenho que iniciar esta postagem falando que simplesmente adorei este livro. Faz um tempo que não me deparo com um personagem tão transtornado e odiável como Pózdnichev. Mas que sabe dominar uma narrativa ( Oi, Dom Casmurro, por a caso esse Russo aqui é seu amigo? Ele é doido de pedra).

Com pensamentos extremamente desconfortáveis e até mesmo repugnantes, iremos acompanhar a história de Pózdnichev, um homem que matou sua mulher por ciúmes. Iremos ouvir toda sua trajetória, seu noivado, seu casamento, sua lua de mel e os dias de tormentos em sua relação conjugal, até chegar ao ápice da loucura.

Pózdnichev têm convicções, ideias inaceitáveis, mas também consegue ver a podridão humana, mesmo com seus argumentos extremistas, joga algumas verdades na nossa cara, como o fato da mulher ser descartável e desrespeitada o tempo todo, em qualquer espaço. Como ainda somos vistas como um simples pedaço de carne. Outro ponto interessante, que assim como Balzac em "A Mulher de Trinta Anos" também traz uma reflexão do casamento como uma forma de prostituição formalizada, legalizada.

Uma novela curta e forte. Com vários assuntos do cotidiano: amor, casamento, o papel da mulher, do homem, traição, sexo, ciúmes, maternidade/paternidade e família.

Com sua visão pessimista e doentia, nosso narrador nos mostra sua percepção de mundo, e não é nada bonito.

Sua paranoia não têm limites, e fica bem claro em tudo que ele fala sobre sua esposa. (Pelo menos para mim, ficou óbvio que estava tudo na cabeça dele).

Faz tempo que não fico com um frio na barriga e ansiosa nos últimos capítulos de um livro, o que Tolstói faz nesta narrativa é sensacional. Ah! Aproveitem e ouçam a sonata a Kreutzer, de Beethoven. Casa perfeitamente com a trama. Toda adrelina, a velocidade dos último capítulos. Sentimos na sonata de Beethoven. É como se a novela tivesse o mesmo ritmo.

Mais um livrinho INCRÍVEL de Lev Tolstói. Eu sei que muitos não gostam deste livro e eu entendo, mas meus livros favoritos tem personagens horríveis, como Lolita, Laranja Mecânica, O Morro dos ventos uivantes, etc. Então personagens "maus" não são um problema para mim quando são bem colocados no enredo. E, claro que você não precisa, e nem deve concordar com personagens mal intencionados, perversos né?

Enfim, foi uma ótima leitura, e, desejo que com o tempo desapareça do mundo pensamentos como do protagonista. Que são extremamente nocivos, principalmente para as mulheres. Mas que ainda vemos resquícios ainda hoje, por isso a atemporalidade da obra em algumas questões, infelizmente.
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Raqueline 13/11/2021

O que me fez deixar esse livro de lado algumas vezes foi o machismo que está presente logo no início da história, quando alguns passageiros estão discutindo sobre o matrimônio, e há comentários que a mulher deve aceitar tudo que o marido lhe propuser, e nesse meio de homens há uma senhora que contesta todas as falas machistas (um alívio e ânimo para continuar) e ainda assim em alguns momentos tentam silencia-la. Há discussões que colocam a mulher como um objeto sexual, também acompanhamos o ódio do personagem à sua esposa, e tudo isso é difícil de ler né!?
Em linhas gerais é uma novela muito célebre, incrível, profunda e apesar de ser curta parece que é imensa, já que o Pozdnichev narra tudo detalhadamente. Livro breve, preciso e infelizmente real.
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Eduarda Duarte 24/11/2021

A Sonata a Kreutzer de Lev Tolstoi
Como sempre, Tolstoi magnífico.

O livro inicia-se, como já familiar ao autor, de forma mundana. Pessoas aleatórias em um trem discutem sobre a importância da independência feminina, até que embarca um passageiro um pouco mais agressivo que os outros.

Esse passageiro elege um dos que ali estão como seu ouvinte e através desse relato conhecemos a história de um relacionamento fadado ao fracasso.

O interlocutor conta desde os primórdios de sua vida como forma de justificar seu ápice - o feminicidio de sua esposa. Entendi o que Tolstoi quis dizer, mas é um personagem extremamente mesquinho e arrogante. E expõe as vissitudes de uma sociedade fadada ao fracasso com suas tradicionalidades e violências. E obviamente, seu machismo escancarado.
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Thami 25/11/2021

Melhor novela
A novela mais polêmica do Tolstói e minha preferida! Argumentos (muitas vezes falsos) mas ainda assim levados ao extremo com a genialidade do autor. Temas revoltantes (muito machismo) mas desenvolvidos tão belamente que fiquei, li e quis mais. Amei!!!
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mari 03/12/2021

aaa
o homem é um monstroo! claro que eu não concordo, mas essa precisão pra falar de humano que os escritores russos têm é o que mais quero me aproximar no ano que vem
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Isa 27/12/2021

Infidelidade
O livro de Tolstói torna-se uma trama de infidelidade não apenas matrimonial entre um casal, mas como nós humanos nos traímos diariamente acreditando no amor.

O amor, como diz o protagonista, tem prazo de validade. A mulher se resume apenas a um instrumento de prazer.

Um livro que embrulha o estômago, mas que não deixa de ser atual em sua escrita ágil e enriquecimento de personagens.

Seja da senhora que tenta (em vão) ser ouvida no trem, seja pela vontade quase de um pecador com um padre, de nosso protagonista contando seu crime.
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Carolina Zaghi 27/12/2021

Li muito rapidinho e acho que não entendi muita coisa. De qualquer forma é bom para passar o tempo. O começo do diálogo me deixou um pouco desconfortável.
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José Marcos 06/01/2022

Me arrebatou do início ao fim. Que livro! Que novela! Agora entendi a grandeza artística de Tolstói. Entrou pro rol dos meus escritores favoritos. Não há o que explicar. Só há um conselho: leia.
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dandara 11/01/2022

A Sonata a Kreutzer
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?No julgamento, decidiu-se que fui um marido enganado e que matei defendendo a minha honra maculada.?

? o nome desse romance foi inspirado na composição de Beethoven. basicamente, o músico criou uma sonata (melodia desenvolvida para instrumentos solistas) voltada ao piano e ao violino. ele dedicou, a princípio, a um violinista, mas parece que rolou ?tretinha? entre os dois; isso fez com que, no fim, a sonata fosse destinada a um outro renomado violinista, Rodolphe Kreutzer.
? obs: a partir do meio para o final do livro, lê-lo escutando essa sonata me fez imergir mais e mais na narrativa. recomendo!

? sendo esse meu primeiro contato com uma obra do Tolstói, talvez minhas observações não sejam tão completas, mas, sinceramente, não tenho o que reclamar de sua escrita. a leitura é muito fluida e instigante, principalmente escutando a sonata; parece que Beethoven premeditou que essa obra existiria (rsrs). enfim, o autor soube conduzir, magistralmente, todo o caos (e a depravação, diga-se de passagem) que tomava conta da mente do protagonista. além disso, trouxe pautas extremamente polêmicas para a época e vergonhosamente atuais, como a visão do matrimônio, da mulher e do homem perante a sociedade.
? obs: é válido ressaltar que o livro foi publicado em 1889 e, após todo o escândalo que repercutiu, chegou a ser proibido nos EUA.

? agora, sem mais delongas, vamos ao que mais interessa. a história se passa em uma viagem de trem. inicialmente, os passageiros, em um determinado momento, começam a discutir acerca do adultério, do amor e de como é comum a ausência dele no casamento, até porque, naquele período, matrimônios arranjados faziam-se presentes na sociedade. durante o debate, um dos viajantes declara que matou sua mulher. ao longo da narrativa, esse passageiro conta toda sua trajetória (de uma maneira extremamente pessimista), os conflitos e a suspeita de traição que ele tinha até o dia do assassinato de sua esposa.

? é realmente frustrante perceber que todo o problema que o casal vivia poderia ser resolvido com um divórcio. além disso, é mais frustrante ainda notar que, atualmente, assim como o protagonista, muitos homens acreditam e usam uma suspeita de adultério como pretexto para tirar a vida de suas mulheres. sabemos que a possessividade e o desejo de dominar é disfarçado por esse discurso de traição. no fim, um homem que cometeu um feminicídio foi liberto por defender sua ?honra maculada?. bizarro, né?

? mas, sério, como é quase um monólogo, você imerge na mente do protagonista e chega a cogitar que ele realmente foi enganado por sua companheira (lembra ?Dom Casmurro?). no fim, nunca saberemos o que de fato aconteceu.

? portanto, devo reforçar que ?A Sonata a Kreutzer? é um livro de época, que apresenta como as pessoas pensavam acerca dessas pautas. então, se você gosta de entender os paradigmas que vivemos hoje, vale super a leitura. ademais, embora eu não concorde com inúmeros posicionamentos e a história faça o leitor sentir repulsa do protagonista, achei incrível imergir no abismo caótico que é a mente humana.


? ????: 4.5 ? ? ? ?
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Luisa 04/02/2022minha estante
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Bottonlina 25/01/2022

Misoginia, mas péra! Termina o livro!
Foi difícil de ler algumas passagens com comentários horríveis sobre a mulher, sua virgindade e fidelidade. Porém, recomendo que leia até o fim. É interessante.
O surgimento do assassino, a justificativa sobre o desejo e a tentação. O corpo da mulher sendo posto como alvo de malicia e arma de "benefícios".
Você terá ranço por um certo personagem, porém no fim, terá diversos questionamentos a se fazer.
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