A Sonata a Kreutzer

A Sonata a Kreutzer Leon Tolstói




Resenhas - A Sonata a Kreutzer


156 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11


flavinhaaaaa 23/08/2023

Desconcertante
Uma obra desconcertante. Durante todo o período de leitura, fiquei em dúvida se estava com mais raiva do que o homem tinha feito ou a justificativa dele. É um livro que me deixou profundamente chocada, passei a refletir bastante de como uma visão distorcida pode ser fatal...
comentários(0)comente



Gianny 15/09/2020

É bem interessante, a forma de construir a história até chegar ao desenlace é fascinante, vale a leitura.
comentários(0)comente



Gabriel685 30/01/2023

Um felicidade conjugal do ponto de vista estritamente masculino.
Se Tolstoi escreveu Felicidade Conjugal mostrando o amor e o casamento do ponto de vista feminino, aqui ele fez o mesmo só que pelos olhos de um homem. Na verdade, como ele mesmo disse em um posfácio, a ideia era mostrar como a sociedade estava entendendo completamente errado o que é o casamento, o celibato etc.

Agora, é uma novela "tecnicamente" exemplar. O livro é praticamente um grande monologo e mesmo assim você não vê o tempo passar. O antissemitismo (aparece duas vezes no livro, e já tinha percebido em Dostoievski também) que tem no livro é algo que irei pesquisar com mais cuidado.
comentários(0)comente



Lima Neto 08/06/2011

mesmo já tendo lido tanto, tanta coisa de Tolstoi, nunca li nada tão impactante quanto "A Sonata a Kreutzer". nessa história, Tolstoi eleva ao máximo algumas das principais características da literatura russa, como o "drama" e o "pessimismo".
"A Sonata a Kreutzer" é um livro que pode ser considerado como uma antítese de "A Felicidade Conjugal". neste, o autor nos surpreende com sua delicadeza, com todas as felicidades decorrentes de um relacionamento, enquanto no outro, Tolstoi, narrando a história num diálogo, num desabafo de um personagem, nos choca com o pessimismo e dramas pelos quais passamos ao nos entregar a um amor.
e como se não bastasse, o livro nos surpreende também por sua narrativa, em forma deum diálogo entre personagens, num desabafo.
comentários(0)comente



Getulio.Paulino 13/07/2022

Obra controversa
Publicada em 1891, A sonata a Kreutzer é uma das obras mais controversas de Tolstói. A novela é praticamente um monólogo do personagem Pózdnichev, no qual ele narra a longa crise de seu casamento, que culminou no assassinato da própria esposa. Além da descrição do crime em si ? que é citado logo no começo do livro ? a polêmica de A sonata a Kreutzer também decorre do fato de Tolstói ter usado seu personagem, que é absolutamente detestável, para expôr algumas de suas ideias mais radicais, principalmente aquelas que dizem respeito às mulheres. Pózdnichev as vê, basicamente, como criaturas superficiais e manipuladoras, que usam a sensualidade para alcançar seus objetivos. Pra ele, todos os matrimônios estão fadados ao fracasso e o sexo é sempre pecaminoso.
comentários(0)comente



Borges 26/01/2021

Minha 1ª leitura russa
Gostei muito. Achei bastante moderno para a época em que foi escrito. Principalmente as falas iniciais em que relatam os direitos da mulher em um casamento. Hoje, em diversos países, muitas ainda nem sonham com muito do que a senhorinha diz naquele trem.

Difícil constatar que o ciúme ainda é muito presente no dia de hoje. Talvez se a relação dos dois tivesse mais diálogo, principalmente nos poucos dias de namoro que antecederam o casamento, a vida deles poderia ter sido mais feliz para ambos.
comentários(0)comente



Rogerio.Flores 08/01/2023

Sonata a Kreutzer
O escritor russo Tolstoi, inspirado em uma obra homônima de Beethoven produz aqui um romance polêmico para seu tempo, mas que, por falar dos dramas entre casais, não deixa de ser atual. Com uma narrativa profunda, mas limitada, concentra todo o enredo à história contada por um passageiro de trem. Quando comparado a outras obras do autor, não demonstra a mesma complexidade de cenários e personagens, se concentrando em uma única trama, da qual já é conhecido o desfecho final. Contudo, a trama psicológica e a escrita elaborada, características marcantes de Tolstoi, são mais que suficientes para valer a pena sua leitura. Recomendo, sim. Tanto que, ao final da leitura, ainda fiquei bastante curioso e fui escutar a obra de Beethoven que inspirou o autor.
comentários(0)comente



Lucas 06/04/2019

A perturbação de um indivíduo obsessivo e contraditório: Quando Tolstói foi menos "Tolstói" e mais "Dostoiévski"
Liev Tolstói (1828-1910) possui em suas obras muitos "apegos" com dogmas centrais da realidade humana. A morte, o passamento, o casamento, a vivência familiar, as degradações morais que o tempo pode causar são temas muito presentes, em maior ou menor grau, em obras como Felicidade Conjugal (1859), Guerra e Paz (1869), Anna Kariênina (1877), A Morte de Ivan Ilitch (1887), entre outros.

A Sonata a Kreutzer, de 1891, é um dos vários trabalhos do autor russo que entraram para a história literária pela sua profundidade oral, não meramente pela sua abrangência em termos cronológicos ou pela variedade de escopos sociais na qual se debruçavam. A premissa da obra aqui resenhada é, inclusive, bastante simples: é uma conversa entre dois cidadãos em uma viagem de trem, toda ela narrada em primeira pessoa.

Pózdnichev é o protagonista: a obra é quase que um monólogo, na qual ele vai contando a sua história e seus pontos de vista bem controversos sobre casamento e o papel da mulher na sociedade a um narrador que pouco participa da história (este é, inclusive, um arranjo narrativo peculiar, porque esse narrador não exerce nenhuma influência sob o protagonista, incumbindo-se apenas de relatar ao leitor o que está ouvindo). A narrativa do desprezível Pózdnichev é o ponto definidor das inúmeras censuras que a obra sofreu quando da sua publicação na Rússia.

A ignomínia trazida por A Sonata a Kreutzer nasce de uma total falta de "decoro" para com os padrões morais da época. Para quem já conhece Tolstói de outros trabalhos, a história é tão crua e chocante em alguns momentos que tornam difícil que o leitor não se pergunte a si mesmo se o autor dessa novela é o mesmo que deu ao mundo as maravilhosas e inesquecíveis linhas de Guerra e Paz. O mais assombroso, no entanto, é que as opiniões assustadoras de Pózdnichev nascem de uma lógica que não parece ofensiva num primeiro momento, mas que serve de base para uma monstruosidade poucas vezes vistas na literatura.

O protagonista se define como um libertino e alguém que não acredita no amor ou pelo menos na concepção mais "real" ou romântica dele. De fato, ao se sentir culpado por ter se tornado um devasso, concebe inicialmente ao seu relato uma carga de inocência compreensível. Pózdnichev fala abertamente sobre experiências sexuais, por exemplo, e do quão degradante ela pode ser se for realizada no momento e nas circunstâncias erradas. Cabe aqui às críticas a uma realidade cheia de rótulos, onde homens "puros" não eram vistos pelos próprios como seres normais, mas indivíduos retrógrados e infantis e que a perca da virgindade masculina deveria ser um processo normal da existência humana, sem que houvesse qualquer relevância quanto à origem ou sentimentos da mulher que "participaria" desse momento (algo não muito distinto da realidade atual em alguns meios).

Mas Tolstói, que quis realmente expor a alma de alguém perturbado, dirige a trajetória de Pózdnichev aos mais nefastos recônditos que uma mente humana pode abrigar. Partindo dessa questão íntima, o protagonista menciona o papel da mulher nesse meio e aí é que surgem as controvérsias d'A Sonata a Kreutzer, que, se não a tornam censurada nos dias atuais, a conceituam como um relato de um machista irremediável e asqueroso. Para Pózdnichev, a mulher é um elemento meramente "ilustrativo" dentro do quadro social, mas que, mesmo não tendo relevância dentro da sociedade (afinal de contas, direitos femininos como o voto ainda eram impensáveis no fim do século XIX), ela exercia um domínio amplo sob os homens. Além disso, há uma condenação veemente à infidelidade, tanto masculina quanto feminina e uma curiosa teoria a respeito do propósito do ato sexual. Não se contentando a atingir as mulheres da época, o protagonista dirige seus ideais nada indiretos a questão do casamento e mais a frente, à presença dos filhos, apresentando sobre eles uma visão bem particular e repugnante, mas que parte de um fluxo de pensamento que possui certa razão prática. Tudo isso culmina a um acontecimento bárbaro, que acaba por definir a situação perturbada de Pózdnichev naquele momento.

Diante desse relato, é natural que surjam questionamentos a respeito da validade real da leitura d'A Sonata a Kreutzer. Mas como tudo que cerca gênios como Liev Tolstói, o prazer da leitura muitas vezes não está relacionado com a narrativa em si, com a trajetória dos personagens e a presença de um final feliz e pomposo; está, primeiramente, relacionado a teorias próprias, que, se não possuem uma validade eterna, partem de lógicas palpáveis em qualquer tempo e qualquer parte. Esta construção é que torna obras como estas recomendáveis, porque, de uma forma ou de outra, são uma ponte que conduz o leitor a um estado de frequente reflexão durante a leitura.

Aqui, tem-se um Tolstói que se distancia um pouco da beleza e da pompa que definem seus escritos mais famosos, um reflexo do período pós Anna Kariênina (1877), onde o autor passou por uma profunda crise existencial e, especificamente em A Sonata a Kreutzer, o aproximam de seu compatriota Fiódor Dostoiévski (1821-1881). Aliás, a trajetória de Pózdnichev se assemelha muito ao relato do narrador inominado de Memórias do Subsolo, livro que Dostoiévski lançou em 1864 e que também traz um personagem asqueroso com teorias sombrias que possuem certa validade quando são apresentadas num primeiro momento.

A única marca dessa sublimidade característica da primeira fase da carreira de Tolstói pode ser encontrada no nome da obra. Sonata a Kreutzer é uma sonata para violino e piano criada pelo alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827) e que acabou estabelecendo uma relação com o monólogo de Pózdnichev. Ao misturar duas coisas tão distintas (a beleza sonora produzida pela música clássica e a torpeza de um indivíduo repugnante), Tolstói traz um livro contraditório, que parte da lógica para as polêmicas num piscar de olhos, fornecendo uma obra ampla sem ser longa que somente os gênios literários são capazes de construir.
Peregrina 06/04/2019minha estante
Uau! Que resenha, Lucas!


Lucas 06/04/2019minha estante
Obrigado Enza. :)




Gustavo.Cesar 05/01/2023

Tolstói depravou a música de Beethoven
Até o momento é a minha novela favorita de Tostoi. Trata-se de uma história narrada por um homem com sérios problemas de confiança na esposa, que de maneira doentia cria uma situação para ela o traír.
A narrativa é extremamente envolvente e deliciosa de se ler, apesar de pesada. O único defeito da obra é poluir a sonata Kreutzer de Beethoven.... obrigado, Tolstoi. Agora quando eu ouvir Beethoven vou pensar em um psicopata com a navalha na mão prestes a...
comentários(0)comente



Raul.Maschieto 06/07/2023

Obra polêmica, mas interessante
Essa novela de Tolstoi é conhecida por apresentar certas visões controversas a respeito de alguns temas, principalmente a questão judaica e a feminina. No entanto, apesar dessa condição, ela apresenta reflexões muito interessantes sobre a música e as relações conjugais, o que a torna uma obra prima do mestre russo, Tolstoi.
Recomendo a leitura!
comentários(0)comente



Rayzaa 19/02/2021

Sonata...
O título pouco tem a ver com a história; apenas que uma sonata de Beethoven desencadeou um ciúme doentio no personagem/narrador.
Este foi meu primeiro contato com um escritor Russo; embora seja um clássico, a escrita é bem tranquila, mas a tema abordado e a constante repetição de palavras e assuntos, tornou um pequeno livro de 120 pag, uma obra MUITO arrastada e cansativa.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



156 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11