Resenhas - Cem Anos de Solidão

Jane 19/02/2023

Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais...
Não vou falar sobre a história do livro, mas das sensações despertadas.
Virou meu livro favorito. Não tem como ficar isenta à criação, vida e derrocada de Macondo e da família Buendía durante estes cem anos. A narrativa é simplesmente maravilhosa!!!! São tantas passagens marcantes ( gelo, borboletas amarelas, a chuva interminável, as guerras lotadas e não vividas, a chacina dos funcionários da fábrica de banana, o ouro escondido).
Na minha opinião, a personagem mais marcante é a Ursula,embora tenha um carinho especial pelo primeiro José Arcádio.
Vale destacar claro a legião de Autelianos e José Arcádios, que sempre repetiam osseus antecessores.

Laurenti 19/02/2023

HOJE posso afirmar que Cem Anos de Solidão é um dos meus livros preferidos. A leveza em que Gabriel escreve torna a leitura quase que magnética, são tantas coisas acontecendo de maneira frenética que o leitor não consegue se desgrudar do livro.

Não é só isso, mas as reflexões trazidas por ele, acerca do tempo e de questões históricas, são muito interessantes. Se você nunca o leu, ou não conhece as obras de Gabriel García Márquez, considere este um sinal do universo pra você começar. Eu te garanto que você não vai se arrepender.

Felipe 18/02/2023

Não foi pra mim
Todo respeito aos clássicos que por razões diversas ganham notoriedade mundial, mas esse não foi pra mim.

Não consegui me conectar, achei confuso a maior parte do tempo...

Espero que sua experiência de leitura com ele seja diferente.

Gisele.Araujo 18/02/2023

Já no início percebi que seria um favorito ??
Passei um bom tempo procurando sentido para o título e de onde vinha a solidão, e quando encontrei tudo passou a fazer mais sentido. Me apaixonei por cada personagem ligado pelo nome, pela casa e pela solidão.

Não se deixem assustar pelos parágrafos grandes (que por vezes ultrapassam páginas), cada detalhe é enriquecedor!

O que Gabo conseguiu fazer superou minhas expectativas iniciais (que já eram altíssimas), estive presa até a última linha dessa história!

Deem uma chance a essa família e conheçam o que de si mesmos há de Aureliano, José Arcádia, Amaranta, Remédios e Ursula!

Ju.Cardozo 18/02/2023

Por que você deveria ler Cem anos de solidão
Este romance conta as fortunas e infortúnios de sete gerações da família Buendía.
Com suas frases exuberantes e detalhadas, variedade de personagens, e sua narrativa emaranhada, este não é um livro fácil de se ler. Mas é muito gratificante, com uma variedade épica de romances intensos,guerra civil,intriga política, aventuras fantásticas e mais personagens chamado Aureliano do que você pode imaginar.
Esse não é um mero drama histórico. Cem anos de solidão é um dos exemplos mais famosos do gênero literário conhecido como realismo mágico. Nele, eventos sobrenaturais ou poderes são descritos em tom realista e objetivo, enquanto eventos reais da vida e da história humana se revelam repletos de absurdos fantásticos. Os fenômenos surreais que ocorrem na cidade fictícia de Macondo se mesclam com os eventos que ocorrem no real país chamado Colômbia.
Tudo começa com um estado mítico de isolamento, que é gradualmente exposto ao mundo externo,passando por múltiplas calamidades. Com o passar dos anos, os personagens envelhecem e morrem, retornando como fantasmas ou reencarnando na próxima geração. Quando chega à cidade uma empresa agrícola norte americana, chega também um mecânico romântico,sempre rodeado por borboletas amarelas. Uma jovem mulher começa a flutuar. Apesar de o romance evoluir através das gerações, o tempo passa de forma quase cíclica. Muitos personagens têm os mesmos nomes e características dos seus antepassados,cujos erros sempre se repetem. Estranhas profecias e visitas de ciganos misteriosos dão lugar a batalhas e fuzilamentos de repetidas guerras civis. Uma empresa de frutas norte americana começou com uma plantação próxima à cidade e acabou massacrando milhares de trabalhadores em greve, imitando o verdadeiro ?Massacre das bananeiras ?, de 1928. Combinando com o realismo mágico do romance,isso produz um senso histórico como uma espiral descendente da qual os personagens não conseguem escapar.Por trás dessa magia é apresentado o modelo histórico colombiano e latino americano desde a era colonial.
Essa é uma história que o autor conheceu de perto. Gabriel Garcia Márquez cresceu na Colômbia marcado por conflitos civis entre o partido liberal e o conservador. Ele também viveu no México autocrático e fez a cobertura jornalística do golpe de estado venezuelano de 1958.
Mas talvez seus avós maternos tenham sido as maiores influências dele. Nícolas Ricardo Márquez foi um veterano condecorado da guerra dos Mil Dias, cujos relatos da revolta contra o governo conservador colombiano levaram Gabriel Garcia Márquez para o lado socialista. Enquanto a superstição onipresente de Doña Tranqulina Iguarán Cotes tornou-se a base do estilo de ?cem anos de solidão?. A pequena casa dos avós, em Aracataca, onde o autor passou sua infância, foi a maior inspiração para Macondo.
Com ?cem anos de solidão ?, Gabriel Garcia Márquez encontrou uma forma única de capturar a singular história da América Latina. Ele foi capaz de retratar a estranha realidade de uma sociedade pós colonial, formada a reviver as tragédias do passado.
Apesar de todas as fatalidades, o romance ainda traz esperança. No discurso do Nobel, Garcia Márquez retratou a longa história latino americana, marcada por conflitos civis e grandes desigualdades. Terminou o discurso afirmando ser possível construir um mundo melhor: ? Onde ninguém possa escolher a forma de morrer dos outros, onde realmente o amor seja verdadeiro e a felicidade seja possível, e onde as estirpes condenadas a cem anos de solidão tenham, por fim e para sempre, uma segunda oportunidade sobre a terra?.

Sabrina.Uliana 17/02/2023

Um dos melhores que eu já li!
Não sei como escrever sobre livro.
Se você está procurando uma resenha mais técnica, com uma análise mais detalhada, está lendo a resenha errada.
Aqui, somente a opinião de uma apaixonada por esse livro.

O leitor acompanha, ao longo de 400 páginas, uma família centenária, com todos os seus filhos e netos e bisnetos, e se surpreende como os ciclos se perpetuam ao longo da narrativa.

Muito bem escrito, envolvente, engraçado e emocionante. Cada frase me tirava um sorriso, por seu humor irônico, no melhor estilo "cômico, se não fosse trágico".

Perfeito. Sem palavras.

Marina672 17/02/2023

A inesquecível Macondo ?
Como um redemoinho gerado pelo bater suave das asas de uma borboleta, um instante constante, um começo com um fim inexorável, lá se vai uma estirpe de olhares solitários, de coisas inominadas, Macondo, de alucinada lucidez, os mais de três mil jogados no mar, a rua dos turcos e uma infinita hereditariedade de padrões comportamentais que repudiamos nos nossos familiares e repetimos sem perceber. Adentrar na casa dos Buendía é como mergulhar num mar de nostalgias e olhar-se no espelho, e se assustar com a (des)humana solitude que há em cada entranha, veia e osso do seu corpo.
A estadia nessa paradisíaca utopia é reconhecer o estado atávico de uma solidão anunciada, e entender que existem infinitas Macondos destinadas ao fim espalhadas pelo mundo: ?Era tudo que ia ficando de um passado cujo aniquilamento não se consumava, porque continuava aniquilando-se indefinidamente, consumindo-se dentro de si mesmo, acabando-se a cada minuto mas sem acabar de se acabar nunca.?
É também observar o fluxo inevitável do ir e vir, do nascer e morrer, daquilo que foi dito e o que não foi dito, do que jamais foi sentido e da saudade que habita nos espaços da alma. É reconhecer o outro dentro de você e amar.
Macondo foi destinada ao ?inesquecimento? do esquecimento.

Celaro 17/02/2023

Mestre da metáfora e da fantasia
O ?ronco continuo do cupim furando as madeiras e o tesourar da traça furando as madeiras?, nas palavras de Gabo, ilustram o que foi a decadência da família Buendia em seus ?Cem anos de solidão?. Mestre mas metáforas, este clássico do autor é a gênese da literatura fantástica. Uma obra-prima reconhecida com o Nobel, com todo o mérito.

Felipe93 16/02/2023

Esse é um livro que marca!

Durante a leitura do livro, eu me senti como se tivesse dentro de Macondo e observando todo o cotidiano da família Buendía ali de pertinho.

Os personagens são muito bem feitos e todos funcionaram pra mim: são nítidos os pensamentos de cada um, seus desejos e sentimentos, de forma que podemos entendê-los. A forma como a história anda é bem frenética, alternando entre acontecimentos rotineiros até eventos que mudam completamente o dia a dia de Macondo.

Além disso, o narrador é ótimo e tem um humor excelente que eu gostei bastante.

É um livro que também simboliza muito a história da América Latina e por isso um dos livros mais importantes dessa vasta região.

Bem, é um clássico que com certeza merece ser lido e relido!

pinguinho de chuva 16/02/2023

Valorizem a literatura latina!!
Se você não está acostumado com clássicos, como eu, o livro no começo é bem maçante, confuso (acho que pra todos), mas, sinceramente vale TOTAL a pena por esse final, tudo faz sentido e vira uma chavinha. Que livro meus amigos.

Ellen Rayane 16/02/2023

Não sei muito o que dizer desse livro...
Meus sentimentos sobre ele é tão complexo quanto o seu enredo.
Precisarei relê-lo no futuro.

Maria4735 15/02/2023

A solidão de uma família
Eu sabia apenas de duas coisas quando comecei a ler "Cem Anos de Solidão", que era sobre uma família onde os nomes se repetiam, e que tinha um toque de realismo mágico na história. Rapidamente isso se confirmou na história, que cheguei a compara-la com uma versão adulta da animação "Encanto" da Disney.
Aqui nós somos conduzidos pelas gerações de uma família imperfeita, onde o nome trás toda uma bagagem e até mesmo influência na personalidade. Por mais que cada Aureliano, por exemplo, viva uma vida diferente, sempre acabam da mesma forma, um ciclo de tormentos e solidão sem fim.
O que mais tiro dessa história é o quanto somos influenciados pela nossa herança familiar, e que mesmo em uma família grande, somos capazes de nos sentir completamente sozinhos e distantes de todos.

Naldo 12/02/2023

Macondo é aqui
?Ele não tinha pensado até aquele momento que a literatura fosse o melhor brinquedo que haviam inventado para zombar das pessoas?

Depois de terminar a leitura de Cem anos de solidão (1967), de Gabriel García Marquez, a vontade é de arrumar as malas, atravessar a serra e refundar Macondo, como fez José Arcádio Buendía na primeira vez. No entanto, isso talvez nem seja necessário, já que, a cada vez que alguém abre as páginas da obra-prima do Gabo, Macondo ressurge, translúcida e bela, com as coisas do mundo sendo novamente nomeadas pela primeira vez.

Há um leitor antes e um leitor depois da leitura desse livro. É como se o autor devolvesse à literatura o seu primeiro encanto: o de contar histórias. O livro tem aquele sabor das histórias ouvidas meio por acaso que nossas mães contavam (e ainda contam) desde sempre.

A presença da magia em Macondo ? e como as pessoas incorporam essa magia em seu cotidiano ? me faz pensar que a cidadezinha, na verdade, fica bem ali, a uma hora depois de Sobral, sertão adentro. Esse mundo mágico incorporado ao cotidiano também está nas narrativas das pessoas que moram por aqui. Convivemos, por exemplo, com fantasmas que vêm pedir a bênção, quando estamos sós; com lobisomens que atacam os bichos no quintal; ou com assombrações que aparecem nas estradas. E isso faz com que a obra de Gabo seja profundamente latinoamericana, porque todas as histórias de Macondo poderiam ter sido contadas por D. Luzia, minha mãe.

Há magia e muito humor em Cem anos de solidão. É uma obra engraçadíssima e a impressão que dá é que o Gabo riu muito quando a escreveu. Por outro lado, há também uma melancolia profunda em quase todos os personagens. Uma espécie de consciência coletiva da tragicidade latinoamericana, uma terra atravessada por guerras e pelo genocídio indígena.

E seus personagens, então? E seus nomes iguais? E sua libido desenfreada? Há cenas de uma explicitude de fazer corar os mais pudicos, só que sempre construídas com todo cuidado e com uma elegância e beleza únicas.

Por fim, acho que deveríamos agradecer todos os dias ao cigano Melquíades (que figura!), pois é ele o verdadeiro autor desse livraço.

Isadora.Broering 12/02/2023

Me falaram que a leitura desse livro era meio confusa por causa dos nomes, mas na realidade foi bem tranquila e fluida !
Estava querendo voltar a ler mais livros com histórias (e não só poemas etc) e Cem anos de solidão me ajudou a voltar a ler esse tipo de livro

Tertius.Ferraz 11/02/2023

Faz algum tempo que eu não tinha lido um livro clássico, mas foi uma agradável surpresa quando ganhei "Cem Anos de Solidão" de uma querida amiga. Fiquei encantado com Macondo e seus personagens, especialmente com a família Buendía, cujas vidas são acompanhadas pelo livro ao longo de mais de um século.

O livro tem uma estrutura temporal interessante, alternando entre momentos futuros e passados, o que pode parecer confuso no início, mas é na verdade uma forma de mostrar como o passado e o futuro estão interligados e como as ações de cada personagem afetam as vidas uns dos outros. A escrita de Gabriel García Márquez é cheia de realismo mágico, tornando a leitura extremamente agradável e envolvente.

Além disso, o livro aborda temas importantes, como a luta anti-colonial e a solidão que pode acompanhar esse processo, bem como as suas consequências nas próximas gerações. Concluindo, Cem Anos de Solidão, excluindo duas cenas que não gostei, é uma leitura enriquecedora e reflexiva que definitivamente vale a pena ser lida."