A Desobediência Civil

A Desobediência Civil Henry David Thoreau




Resenhas - A Desobediência Civil


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nicolasmaia 23/11/2009

Sufiĉe bone
Apesar de discordar do autor em vários pontos, achei uma boa leitura, e uma interessante teoria contida ali também. Ele faz um certo sentido, e recomendo a todos que se interessam pelo anarquismo.
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Luís Aracri 28/08/2010

Um livro que pode ensinar mais coisas do que se imagina...
Falar em princípios parece algo fora de moda nos dias de hoje. Porém, "nunca antes na História deste país" (e de todos os outros) os princípios foram tão escassos e, ao mesmo tempo, tão necessários. Por esta razão, o livro (na verdade um relato) de Henry David Thoreau bem que merecia maior atenção - sobretudo agora que estamos às vésperas de mais uma eleição presidencial. Porque o que as páginas escritas por Thoreau dizem têm muito a ver com escolhas.

Apesar de ser considerado pelos anarquistas uma espécie de Bíblia da teoria e práxis libertárias, "A Desobediência Civil" contém algumas lições morais importantes, sobretudo para os jovens de hoje. Estes parecem não estar preparados para crescer e se tornarem adultos. Eles reivindicam o direito de decidir por eles mesmos sobre como dirigir suas próprias vidas, mas frequentemente não desejam se responsabilizar pelo ônus de suas escolhas. Porém, desse modo jamais aprenderão a tomar decisões sozinhos. São gerações novas sendo desperdiçadas. E o desperdício de uma geração é o desperdício do futuro.

Mas o que isto tem a ver com "A Desobediência Civil"? A resposta está na história por trás do livro: Thoreau se recusou a pagar impostos ao seu governo (EUA) porque isto financiaria um regime escravista e a guerra contra um país vizinho - o México. Ele pagou por isso, é claro, pois acabou sendo preso por sonegação. Inspirado pela passagem pelo cárcere, escreveu este livro no qual deixou claro como águas límpidas seus princípios éticos, morais e políticos, aos quais manteve-se sempre fiel. Um homem que não deseja compactuar com as atrocidades cometidas pelo governo de seu próprio país contra a dignidade humana e o direito de autodeterminação de outros povos tem que estar disposto a levar esta escolha até as suas últimas consequências. O que falta às gerações de hoje é justamente isso: o comprometimento com ideais e valores e o estar preparado não apenas para as desejadas recompensas das escolhas, mas também para as possíveis decepções (ou sanções) que elas podem eventualmente acarretar. Logo, a luta política torna-se inviável e impossível sem essa premissa.

Além disso, com "A Desobediência Civil" Thoreau procurou demonstrar que as atitudes são o melhor exemplo e a melhor forma de se convencer alguem. O conflito e a violência impõem o consenso pela força.

É por isso que indico este maravilhoso livrinho para os jovens. É preciso que aprendam que toda decisão que venham a tomar na vida pode trazer-lhes não apenas prêmios, mas também custos, e que devemos estar sempre preparados para eles. Viver num mundo onde apenas se ganha sem nunca perder é uma fantasia que precisa ser desmanchada se quisermos preparar as novas gerações para todos os desafios da vida, inclusive o maior e mais importante deles: construir o futuro.
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Fabio Shiva 11/12/2010

Um pequeno grande livro
...repleto de inspiração para os homens de boa vontade!

Esse livro mostra a força de uma ideia. Mostra o quanto o homem é capaz de realizar, quando se decide a fazer o que sabe que é certo.

Thoreau não é um grande filósofo, nem um orador inflamado. A força de suas palavras vem do fato de terem brotado do coração, de serem uma expressão corajosa de verdades moralmente inquestionáveis. Pois Thoreau está certo em seu argumento. E no fundo, todos o sabem.

O próprio Thoreau não logrou diretamente grandes conquistas com sua atitude de desobediência civil. Inspirado por suas palavras, no entanto, Gandhi encontrou na desobediência civil, aliada com a não-violência, a espada e o escudo imbatíveis, com os quais derrotou um império!

É possível sim mudar o mundo! Vamos?

(11.12.10)
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Ríchila 08/01/2012

Este livro fala sobre o governo e a relação entre ele e os governados, exprimindo, primeiramente, a máxima: ”o melhor governo é aquele que menos governa”, depois raciocinando mais radicalmente e chegando à conclusão de que “o melhor governo é aquele que não governa de modo algum”, ou seja, propondo um estado de anarquia. Em seguida Thoreau relata as situações em que os governados estão em relação ao governo e o que eles significam para o governo, como por exemplo: “Na maior parte dos casos não há livre exercício de escolha ou de avaliação moral; ao contrário, esses homens nivelam-se à madeira, à terra e às pedras; e é bem possível que se consigam fabricar bonecos de madeira com o mesmo valor de homens desse tipo. Não são mais respeitáveis do que um espantalho ou um monte de terra. Valem tanto quanto cavalos e cachorros. No entanto é comum que homens assim sejam apreciados como bons cidadãos.” Esse trecho fala sobre o braço militar do governo que é feito por homens que são apenas controlados por outros, matando outros homens na mesma situação por motivos que fogem aos seus interesses como homem e sendo vistos assim como salvadores da pátria, mesmo diante de toda essa falta de sentido. Ao contrário de tudo isso Thoreau fala dos verdadeiros homens que são os heróis que usam a sua consciência servindo como exemplo para outros homens mais como um símbolo de resistência às situações do que como servente a elas. Todas as críticas do livro estão quase que totalmente relacionadas, direcionadas ao sistema de governo estadunidense por volta 1849 e tem como pano de fundo para as críticas a questão da abolição da escravidão nos EUA e a guerra contra o México.
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j0s 01/10/2012

Desobediência Civil moldou grande parte de minhas convicções políticas e porque não dizer também de minhas convicções enquanto membro de um grupo. As criticas acerca do governo são extremamente coerentes e a linguagem do autor transmite claramente suas idéias com bons argumentos que podem ser observados por qualquer um de nós. Outro dos meus favoritos.
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mila 21/04/2013

Político e Poético


Um livro maravilhoso, Thoureau faz uma sincronia tao bela com a política, arte e conhecimento. Logo no início ele diz: " O melhor governo é o que menos governa". Algo profundamente sábio, pois quando o governo chega a este patamar é quando a sociedade está preparada para agir e pensar, quando existe nivelamento de ideias e de conhecimento e o resultado reflete em uma sociedade apta ao seu próprio auto-governo, podendo então, tornar-se uma civilização mais igualitária e na qual a palavra liberdade teria seu sentido real instituído. Além de tudo, aspira a arte e a beleza do viver de forma quase inigualável, de conhecer ambientes e pessoas e sentir suas particularidades, conduzindo isto de forma incrível em toda a obra. O que me leva a citar este trecho e uma das partes mais belas e que mais me emocionei no livro: "Vi com frequencia um poeta se retirar de uma fazenda depois de ter usufruído o que ela continha de mais valioso, enquanto o rústico fazendeiro julgava que ele houvesse colhido apenas um punhado de maças silvestres. Ora, o proprietário passa muitos anos sem saber que o poeta colocou sua fazenda em poemas(a especie mais admirável de cerca invisível, que a cingiu, ordenhou, decantou e ficou com toda a nata, deixando ao fazendeiro apenas o leite desnatado."
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Everton Furtado 26/11/2013

O revolta vem de tempos atrás
Thoreau demonstra em a desobediência civil sua total indignação em relação ao estado e a forma do governo conduzi-lo. Sempre oprimindo, extorquindo e explorando o povo, ele apresenta através de sua revolta interna seus argumentos na esperança de que as pessoas pensem da mesma maneira e se levantem contra o sistema.Nota-se que a falta de paciência com os corruptos vem de muito tempo atrás. É muito interessante a leitura do mesmo, seria bacana ver Thoreau e Maquiavel discutindo política.
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Hildeberto 31/05/2015

Primeiramente, devo observar que a versão do livro que li foi a da Penguin/Companhia das Letras. Sendo assim, meu comentário abarca não só "A Desobediência Civil", como também os outros textos presentes no volume.

Nos textos reunidos neste livro pode-se notar que, embora escrito em momentos diferentes, há uma grande coerência de ideias. Considerado por muitos um dos grandes pensadores do anarquismo, para mim Thoreau estaria mais próximo de um moralista e individualista.

Moralista porque suas críticas à sociedade e ao Estado são baseada em preceitos morais que pretendem ser universais. No texto, há vários fragmentos sobre passagens não só da Bíblia, mas também dos textos hindus e comentários referentes ao Islã.

Individualista não em um sentido negativo. Uso esta terminologia como sinônimo de humanista. Está explicito em seus escritos uma crença na capacidade de cada ser humano particular em elevar o espírito e, por isso mesmo, melhorar da sociedade. É como se com seus escritos ele tentasse despertar os leitores do torpor no qual se encontraram para reafirmarem a humanidade dentro de cada um.

Por fim, a natureza é tratada como um elemento quase divino e fonte de libertação para o homem. Representa o que há de mais puro e libertador a nossa essência humana.

Em resumo, os textos aqui me parecem ir muito além de uma simples crítica à autoridade. Trata-se de uma obra reflexiva sobre a vida e o modo de vive-la. Por isso mesmo, ultrapassa o mero discurso político. São ideias que falam diretamente ao íntimo de nosso ser.
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Bia 04/11/2015

Ousado e libertário
Henry David Thoreau surpreendeu-me de novo... Após ler Walden, fiquei curiosa p/ ler as outras obras do autor.. E aqui estou, essa obra é um tanto anarquista e completamente revolucionária. Li em dois dias, entretanto, pretendo ler mais vezes, pois esse é o tipo de livro que a cada leitura são extraídos mais e mais ideias. Tais ideias são essenciais p/ compreensão da famosa democracia, que apesar de ter sido escrito voltado para a política americana, é possível associar à democracia e constituição do Brasil, afinal, somos influenciados pelos EUA( Oie, neoliberalismo? Consenso de Washington...).

" Uma meretriz de profissão, vestida de prata,
Ergue a cauda do vestido
Mas sua alma se arrastada no lodo" Página 17

Essa foi a frase que mais me instigou, afinal, quantas profissões pregam a ética/moral (Contraditórias em determinados momentos), mas arrastam-se no lodo, no sórdido. Preciso citar nomes? "Ao" lava jato. Quantos podres esse livro me remeteu...
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Caio Chaves 31/08/2016

Interessante livro que eu namorava a algum tempo e só fui ler hoje após o golpe de estado que acabamos de sofrer no Brasil. Embora pequeno, ele reúne vários principios e análises bem mais profundas do que se pensa, a relação entre indivíduo e sociedade, hipocrisia, controle estatal e outros temas. A clareza da escrita ajuda a leitura fluir e ver como um livro escrito a tantos anos atrás ainda permanece atual e extremamente válido para nossa sociedade. Entendo o porque agora dele ter inspirando tantos anarquistas, embora realmente não seja um livro anarquista, a vertente de subversão e negação do estado ainda está presente, mesmo que pouco desenvolvida e falha em alguns pontos, pelo menos na minha visão.
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Paula Justi 15/01/2017

Boa reflexão
Um livro pequeno com uma grandiosa análise do Estado e de como o intelecto deve ser valorizado.
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Adriana R. Rossi 16/02/2009

Manifesto de Rebeldia
Thoreau, conhecido por pregar uma vida em comunhão com a natureza, proferiu em 1848 uma palestra questionando a legitimidade do Estado e pregando a abolição do trabalho escravo. As idéias ali expressas viraram um célebre manifesto de rebeldia e, até hoje, “Desobediência civil” continua inspirando movimentos pacifistas mundiais e organizações que lutam pelos direitos humanos. Recomendo!
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