Tarumim.Villanueva 16/11/2024
Quem é você, Alasca?
Enquanto lia Quem é você, Alasca?, me peguei pensando várias vezes em como é um livro estranho. Talvez isso se deva aos personagens que, ao mesmo tempo que são tão comuns, têm uma personalidade marcante e estranha; ou talvez se deva ao fato de John Green ter pegado um cenário tão genérico e transformado em algo tão diferente e único, com uma essência adolescente, cheia da diversão dos trotes e da curiosidade que surgem mesmo estando em um colégio interno distante das questões externas do mundo.
Porém, muitas vezes senti que a história "só acontecia", e isso não é necessariamente ruim quando o "só acontece" gera um impacto durante a leitura. Infelizmente, para mim, não teve tanto impacto quanto poderia ter tido. Também há o fato de eu não ter conseguido me conectar tão profundamente com a Alasca como vejo outras pessoas se conectarem. Talvez, se eu não soubesse o que aconteceria com ela, nossa relação poderia ter sido diferente.
Gostaria muito de falar sobre como essa edição de 10 anos é maravilhosa para pessoas que nunca leram John Green (vulgo eu), pois além de trazer curiosidades inéditas sobre o livro em si, você conhece mais sobre John como autor e como sua visão de vida se aplica a suas histórias.
Mas voltando: para mim, Quem é você, Alasca? pode e com certeza ajuda muitas pessoas que estão em momentos difíceis da vida e tentam a todo custo encontrar um significado diferente para ela. Então, quando você está nessa situação e a ideia de um grande talvez ou um labirinto aparece, surgem mil possibilidades de como encontrar seu grande talvez ou de como sobreviver ao labirinto. E isso dá esperança, e a esperança é para todos.
Recomendo!