Resenhas - O Velho e o Mar

Gabriela3452 27/12/2023

Por acaso...
Peguei esse livro ma biblioteca da cidade, a história é tão simples mas se baseia na resiliência, na busca por algo maior. Gosto do modo com ele aos poucos ele foi se afeiçoando ao peixe... a história é linda

Annelidea 27/12/2023

Conhecendo só de nome, peguei esse livro pra ler na estrada voltando de viagem. Em duas horas ficou fácil entender o porquê dos prêmios e elogios atribuídos a esse livro. Há muito tempo não lia um texto tão fluido, tão capaz de nos prender. Me vi várias vezes com a mão cobrindo a boca sem saber para quem torcer e , ao mesmo tempo, me deixou pensando sobre a calma, principalmente sobre a paciência e sua relação com a esperança e com o amor. "É uma estupidez não ter esperança".

Atemporal, simples, lindo e sem dúvida o melhor do ano

Maycon Bittencourt 27/12/2023

Um livro para falar consigo
O Velho e O Mar é um livro carregado de significado, e com momentos de ação e suspense.
O livro aborda a solidão de um velho que encontra o seu auge como pescador, mas que luta constantemente com os seus próprios pensamentos e dores. Santiago, apesar de já debilitado, em momento algum se deixa levar pelos inevitáveis pensamentos ruins. O velho conversa com as aves, com o peixe, e até mesmo com a própria mão. Apesar de não ter religião, demonstra uma fé enorme na sua conquista, e mesmo em momentos de pouca esperança, demonstra muita decisão e persistência. 
O autor possui uma capacidade síntese extraordinária. Porém, é um tipo de literatura que não mexe comigo.

Thaís 27/12/2023

Pura poesia
Muitas pessoas sentem que essa leitura tem uma relação forte com o mar, na forma com a qual se narra, como se fosse uma marola literária. Para mim, não. Vi beleza, poesia da boa, em cada frase escrita, em cada descrição, na escolha das palavras e dos temas abordados. Quando a gente fala de envelhecimento, de se perceber nesse lugar e da solidão que pode vir a acompanhar muitos de nós nesse momento, pode ser lindo, como pode ser triste. Recomendo fortemente essa leitura!

Arthur803 26/12/2023

Um livro paradoxalmente simples e complexo. Vou explicar.
Contando a história de um pescador exercendo suas atividades, "O Velho e o Mar" fala muito mais que tomar conta de iscas e linhas. A análise sentimental que vou fazer foi baseada no que eu senti durante a leitura, evitei ler notas do autor, resenhas ou qualquer coisa previamente sobre a obra.

O livro me trouxe reflexões que são aparentemente bobas, mas só damos a real importância quando paramos realmente para pensar. Senti que dentre as várias mensagens da obra, havia reflexões sobre o amor e cuidado da família, havia também o sentimento de auto respeito e confiança, reflexões sobre as escolhas da vida, e por fim, principalmente, sobre humildade e persistência.

Parece que eu simplesmente joguei frases bonitas no parágrafo anterior, mas eu tenho certeza que ao ler este livro, você facilmente vai identificar os pontos que estou falando. A essência da obra está muito além da pescaria, os detalhes dos monólogos que o livro apresenta denunciam os pensamentos vacilantes que o pescador sente e que "não estão no livro ". Sim kkkk eu inventei que o personagem pensa além dos pensamentos descritos, mas foi o que eu senti, havia mais nas simples palavras do pescador do que realmente estava lá.

O pano de fundo, a pescaria, na minha visão se estende mais do que o necessário, mas permite que os sentimentos e as reflexões fluam nas páginas. Apesar de ter isto em mente, talvez se esta parte fosse um pouco mais resumida, ficaria mais dinâmico. Um pouco mais resumido mesmo.

Layziane 25/12/2023

Um livro simples e profundo. Bem diferente do que costumo ler, mas que eu gostei bastante. O difícil é parar de ler enquanto não termina.

Ana Flavia Perin 24/12/2023

Lição para a vida
"O Velho e o Mar" transcende a simplicidade da história de um pescador e sua batalha com o mar. É um livro que, apesar de por vezes técnico, oferece uma lição profundamente aplicável à vida. A jornada de Santiago em busca de um grande peixe, seguida pela dura provação de 85 dias sem capturar nada, é um retrato da vida em sua complexidade e exigência, demandando perseverança, resiliência e coragem, virtudes evidenciadas por Santiago.

A maneira como ele respeita o mar, os peixes e a natureza em geral é comovente. O desfecho, apesar da aparente derrota, ressalta uma das lições mais cruciais: a vida nem sempre corresponde às nossas expectativas, mas isso não significa aceitar a derrota. O que é verdadeiramente seu, de alguma forma, encontrará o caminho até você.

Santiago alcança um prestígio merecido, evidenciado pelos restos do peixe encontrados em seu barco. No entanto, fica claro que ele não precisava desse reconhecimento para encontrar significado em sua vida. Sua jornada é um testemunho de dignidade, independentemente dos resultados externos, reforçando a ideia de que a verdadeira realização vem da determinação, da conexão com a natureza e do enfrentamento digno dos desafios da vida.

Sofia 24/12/2023

Aí aí...
Eu achei bem ruim, mas tbm é paradidatico, então eu não esperava muita coisa, mas eu achei muito monótono, e meio sem graça para mim, mas acho que tem um significado muito importante por trás.

Joao.Alessandre 23/12/2023

Sabedoria e resiliência
Narrativa curta carregada de significados e ensinamentos. Mostra a jornada de um velho pescador num embate árduo onde o êxito da caçada é amplificado por infindáveis desdobramentos que nos prendem nas suas cordas e arpejam nossa atenção. Impossível não se mobilizar com o nível progressivo de tensão que desnuda a face implacável da natureza e vida marinha. Reflexões, abstrações, monólogos são a base de texto. A densidade nos impele a mergulhos profundos...Muita estratégia, força e sabedoria caracterizam a luta de Santiago. Experiência vívida e reconfortante. Valeu muito!

ViviK.C. 23/12/2023

A tragédia da vida
De forma simples, o livro nos mostra como nossos esforços podem ser em vão, como nossos sucessos nos tornam um alvo e como nossas lutas, dificuldades e vitórias são muitas vezes reconhecidas apenas por Deus e aqueles que são muito próximos a nós. Mas também como a fé e a coragem podem nos levar longe.

iasminnaara 22/12/2023

Amo demais leituras que exploram a relação do homem com o mar. Esse conto é lindo e angustiante.

É linda a construção da relação entre Santiago e Manolin, a forma como, através dos gestos de um para o outro, a gente percebe o quanto os dois se amam e se cuidam. Uma amizade pura e simples.

E, claro, é incrível a descrição da relação entre o pescador e o mar. Sempre tive muita conexão com o mar, tenho um pai que é pescador (por mais que não seja seu trabalho) e um avô que foi marinheiro e faroleiro. Sempre vi e ouvi histórias sobre a dinâmica de estar em alto mar, de pescar por lá. E mesmo quando em rios, ou próximos da costa, sempre existe um respeito e uma saudação absurda entre o pescador e as águas em que ele pesca. A pesca é uma prática tão antiga, e que em tantas culturas representa uma força imensa. Vejo a forma como Santiago reflete sobre a morte do peixe, e o que ela significa: a conservação da sua própria vida, o alimento de tantas pessoas. Ao mesmo tempo, a reverência e a culpa por matar algo tão majestoso e tão sagrado. A determinação em proteger o peixe mesmo depois de já estar morto. É muito bonita (e muito triste) a forma como o Hemingway traz esses temas.

Amo o oceano, amo a vida marinha, amo os rios, amo a água e, apesar de ser vegana e incapaz de pescar, amo ler sobre a relação forte que todo pescador tem com a água.

Konshal 22/12/2023

Devaneios em alto-mar
Para um clássico (e ainda mais se tratando de Ernest Hemingway), confesso que esperava mais da história. O título não mente. Oitenta por cento da narrativa é composta pelo velho. E pelo mar.

Mas o que mais fica em voga mesmo são os pensamentos de Santiago, o velho, que resolve prolongar a sua estadia em alto mar graças a sua ousadia (e teimosia) em pescar um dos maiores peixes que já tinha visto em sua vida. Uma tocaia realizada num local do oceano onde poucos pescadores se aventuravam. Longe da civilização e envolto por água sem fim por todos os lados, Santiago não tem outra opção a não ser conversar consigo mesmo. Seja em pensamento ou em voz alta.

O livro todo é construído nessa discussão interna de Santiago. Ou sobre as dificuldades que as águas em alto-mar representam; ou como o tamanho da pesca exigiria toda a experiência de vida de Santiago - e como esta mesma experiência despertava orgulho em Manolin, um garoto que aprendera a pescar com ele; garoto que fazia muita falta nessa ocasião, principalmente quando o cansaço de mais de três dias navegando começa a se fazer presente na pescaria.

Mas nada de tão extraordinário!

joaovaraa 21/12/2023

A virtude contempla-se na vitória e na derrota
O Velho e o Mar, agora que concluída minha leitura, me faz pensar na seguinte frase: "O que faz de algo triste mau? Nada."
O Velho, dentre seus embates e, principalmente, no maior deles, com o Espadarte, vê-se diante de triunfos e ruínas, até simultâneamente. Entretanto, tudo isso é por ele refletido e analisado, então posteriormente sintetizado na grandeza de sua força de espírito. Ele se torna ainda mais virtuoso ao contemplar os bens e, ainda mais importantes, os males. Apesar de sua aparente ruína ao final, o Velho volta a sonhar com leões.

Adamastor Portucaldo 21/12/2023

Vida é Luta
Talvez a última batalha de um ser humano que enobrece a raça, escrita com sangue, sal, muita fibra e alimentada por uma força descomunal. A guerra foi vencida? E quem ganhou? Lembra daquela frase: 'pra tudo acabar na quarta feira', onde não se pode esquecer de guardar as tralhas, mesmo sangrando e no limite da exaustão, porque senão...

yasneryst 20/12/2023

Uma fábula.
Se não fosse o protagonista humano eu juraria que se trata de uma fábula sobre ganância.
Você fica preso com o velho Santiago em um pequeno barco arrastado por um peixe para longe de casa por 3 dias, por muito tempo sem entender qual seria a recompensa.
Mas a ganância não é por dinheiro, ou pela refeição recompensadora, é pela luta, por cumprir objetivos de uma vida.
Um livro rápido, melancólico, com um final arrasador, mas que não poderia ser diferente.
Resumindo: prêmio Nobel.