Resenhas - O Velho e o Mar

Tami 24/11/2023

Este livro me emocionou. Ele é muito mais do que uma simples história de um pescador humilde e da natureza. É sobre velhice, persistência, paciência, humanidade e respeito... Vale muito a pena a leitura!

Gabriella 20/11/2023

Achei ok!
Mas confesso que tive que procurar o significado dessa história.. Depois que li sobre acho que gostei mais rs

biancaprudence 20/11/2023

Homem X Natureza
Um clássico, o embate de um ser humano contra uma lenda da natureza. A história não é tão complexa, fala de um pescador com fome, que se lança ao mar em busca de uma pesca, e então fisga um gigantesco peixe, o qual o arrasta pelo mar por muitos dias até ele finalmente vencer o animal e levá-lo de volta para casa.
O que é realmente encantador no livro, é a persistência do protagonista. Algumas vezes pode parecer ganância, de tentar pegar mais do que pode carregar, mas acho que é mais próximo de uma compreensão mais sutil e ingênua, ele não desiste da graça alcançada, por mais dolorosa que ela possa ser, resiste à provação e vence no final.

thecia 20/11/2023

Solidão do velho
Tanta coisa linda nesse livro, que não sei por onde começar. É inevitável durante a leitura, nos enxergar em algum momento da história, com temas como superação, envelhecimento, solidão, amizade, perseverança, perdas e conquistas.

Outro ponto que me chamou muito a atenção foi o embate entre homem e natureza, construído de maneira muito inteligente, o peixe não é considerado como um inimigo pelo Velho. Ele chega a se referir ao animal como seu irmão, como seu companheiro de jornada. Vemos como Santiago respeita o peixe, o mar e a natureza.

A sabedoria e a força que vem da velhice se revelam a todo momento na memória, nos gestos, no conhecimento que leva à vitória do homem sobre o peixe, nas falas, em todas as vezes que ele conversa com o peixe, com o mar, com os pássaros, com si mesmo.

E um dos pontos mais lindos da história, a amizade, a confiança, o carinho do Santiago com o Manolin. Durante os dias no mar, Santiago lembra de Manolin e de como gostaria que o amigo estivesse presente para ajudar com o peixe, o tempo todo.

Ao mesmo tempo que torce e reza para que consiga matar o peixe, Santiago também sente pena e profundo respeito pelo animal. É uma história linda e com uma infinidade de possibilidades para interpretações e reflexões, e essa é a beleza da leitura. Leiam!

Ricardo.Borges 19/11/2023

O velho, o mar e a quebra de alguns estereótipos
Há tempos eu vinha adiando essa leitura, ?furando a fila?, mas a feira de livros da USP deu o empurrãozinho q faltava! Rsrs
A curta apresentação de Luiz Antônio Aguiar foi providencial, não só para contextualizar o clássico, mas para me preparar com verbos e substantivos, já que não há muito adjetivos e advérbios na história, ela é, inesperadamente curta e rápida em suas poucas páginas com frases impressionantemente diretas e bem construídas.
Basicamente, é uma história de pescaria solitária no mar, mas bem diferente de Moby Dick: não espere que o velho vá esticar o livro falando de sua vida, seus traumas e tudo mais, nada disso. A exceção é uma única situação em que ele narra uma queda de braços em sua juventude.
Outro estereótipo que vai embora é a relação de velho antipático e o menino inocente, pois Santiago é muito carinhoso com o menino, que também demonstra muito afeto e cuidado. O começo do livro é emocionante.
?É uma estupidez não ter esperança. Além disso acho que é um pecado perder a esperança. Mas não devo pensar em pecados. Já tenho problemas demais para pensar em pecados. Para dizer a verdade, também não compreendo o que damos pecados.?

Thiago.Pereira 18/11/2023

Feliz ?
O livro passa uma visão de respeito pela natureza e muita força mental e física do velho.
Ele mostrou muita determinação e força de vontade.

triz 17/11/2023

Estava lá e parti brevemente.
Talvez ler com mais calma tenha sido o que faltou em mim. Que momento foi estar presente enquanto a batalha mais dedicada que já li acontecia. Santiago é de uma persistência, até onde conseguimos ir?

Tenho a impressão que eram duas pessoas as que conversavam no barco. Eu e ele. Ele peixe ou ele homem. Lindo.

Persistente, frustrante e encantador.

Jongas 17/11/2023

"Um homem pode ser destruído, mas não derrotado."
O Velho e o Mar não é apenas uma obra simplesmente incrível, é também uma obra incrivelmente simples, e é aí que reside toda a sua grandeza. Ao narrar a batalha entre um velho homem do mar e um peixe, Hemingway nos convida a uma profunda reflexão sobre a vida e as batalhas que devemos travar ao longo dela. Santiago, um velho pescador que já está há 84 dias sem fisgar peixe algum se encontra sozinho em seu pequeno barco, na imensidão do oceano. Após algumas tentativas, Santiago obtém êxito em seu intento e consegue fisgar um enorme peixe que já o surpreende de início, tamanha a força com que luta por sua vida. Não demora muito para que o veterano do mar se dê conta de que se trata do maior peixe que já conseguiu fisgar em toda a sua longa vida de pescador, e que, consequentemente, também será aquele que lhe dará mais trabalho para ser capturado.
Na batalha que segue entre o homem e o peixe, a máxima de Ernest Hemingway
"coragem é graça sob pressão" é elevada ao seu maior expoente. Santiago, em sua admirável perseverança e firmeza de propósito, sozinho em seu barco, resistindo às intempéries e forças da natureza, envolvido em uma contenda laboriosa contra um enorme animal marinho é um fantástico retrato da condição humana.

Isa Beneti 16/11/2023

História simples, sensível e dolorosa sobre (e como) a vida
Como pode ?????? Alguém me explica como pode um livro tão curto, com uma história tão simples e em terceira pessoa me fazer sentir tantas coisas ???? Chorei demais.

A história do velho pescador cubano Santiago, seu irmão (peixe), o garoto Manolo e 'la mar' é simplesmente tocante. Usando aqui o sentido literal da palavra simplesmente. Isso por que a linguagem usada não é nada rebuscada, não exagera em nada, e a história contada tem uma duração de não mais que 4 dias. Mesmo assim, o livro nos faz sentir muito próximos do velho protagonista, que é a criatura mais simples e humilde que já existiu no mundo da literatura !!!

Santiago não pesca nada há 84 dias, até que o garoto Manolo, a quem ele ensinou tudo sobre pesca e que por isso o respeita muito, resolve o ajudar. Os diálogos entre o velho e o garoto são muito simples, não passando de conversas banais sobre baseball (sobretudo o ídolo dos Yankees- DiMaggio), mas percebe-se que há muito carinho e respeito do rapaz para com o idoso.

Eis que, no dia em que ele é ajudado pelo menino, o velho sai para pescar sozinho e isca um grande peixe, o qual não consegue puxar para fora. O velho decide esperar segurando a linha, torcendo que o peixe logo canse. Mal sabia ele que essa espera duraria quase 3 dias inteiros...

Nunca na minha vida li uma descrição que fosse ao mesmo tempo tão enxuta e detalhada. Ela me fez sentir na pele tudo o que o velho passou nesses dias. E que dor! Consegui SENTIR desde o chapéu de palha cortando o sua testa de tanto ficar na mesma posição, até os cortes fundos nas suas mãos, pela linha, a dor insuportável nas costas e a dormência de vários membros, com os quais, inclusive, ele conversava.

Aliás, ele conversava com tudo, na falta de ter com quem falar. Conversava com "la mar" (como chamava carinhosamente o oceano), com os pássaros, consigo mesmo, e principalmente com seu "irmão", o peixe. Ele sentia imenso respeito e admiração pelo bravo peixe, que se aproximara poucas vezes para que ele pudesse ver. Mas, mesmo com essa veneração ao bixo, ele sentia que precisava o matar.

Essa relação dual do velho com o peixe, e também do velho com o ambiente, foi certamente uma das coisas mais lindas que eu já li. A relação do protagonista com essa natureza é absolutamente maravilhosa. Santiago vê todos os animais como irmãos, identificando muita humanidade neles e muito dos animais em nós. Com o irmão peixe, então, tudo se mistura mais ainda: podemos enxergar o peixe como um duplo do velho, já que é quase tão humano e tão forte quanto ele.

Digo "quase" tão forte pois, no final, é o velho quem vence a batalha, depois de incontáveis horas se machucando, impossibilitado de comer, beber água ou dormir corretamente, ele finalmente mata o Delfim de 6 metros. O alívio que essa vitória dá ao leitor é inexplicável, já que as cenas de "combate" de pesca entre o velho e o peixe são muuuito agonizantes. Mal sabia eu que a parte mais agonizante, na verdade, ainda estava por vir...

Depois de dias em luta e em dor, e depois de finalmente vencer a batalha, o pescador ainda tem que voltar para Cuba, visto que ele havia sido empurrado por quilômetros em direção ao alto mar. Durante esse percurso, o velho e sua caça começam a ser atacados pelos primeiros tubarões. Nessa altura do campeonato, várias partes do corpo do velho já tinham/estavam perdendo as forças, mas faltava ainda sua mente, que só agora começava a delirar graças à privação de necessidades básicas. Embora tenha resistido aos primeiros tubarões, com a caída da noite, o velho não conseguia mais proteger o seu grande prêmio, que acabou sendo comido inteiramente pelos predadores.

Chegando na costa com apenas a carcaça daquilo que o causou tanta dor por dias, ele se arrasta até seu miserável barraco. Quando Manolo o encontra naquela situação, chora e o acolhe. Enquanto isso, toda a população fica chocada com o tamanho da carcaça trazida por ele.


Não consigo expressar tamanha força, sensibilidade e beleza que essa pequena novela transmite. É uma experiência linda, mas ao mesmo tempo muito dolorosa- assim como a vida.

Neila Porto 15/11/2023

Muito Bom!
"O Velho e o Mar" de Ernest Hemingway é uma obra-prima da literatura que narra a história de Santiago, um pescador idoso e solitário que enfrenta uma batalha épica com um imenso peixe no mar. Hemingway utiliza uma linguagem concisa e poderosa para retratar a luta do homem contra a natureza e os desafios da vida. O livro é uma reflexão profunda sobre coragem, perseverança, solidão e o valor da dignidade humana. Com sua prosa magistral, Hemingway nos transporta para o mundo do pescador e nos faz refletir sobre os altos e baixos da existência humana. "O Velho e o Mar" é uma obra atemporal que continua a emocionar os leitores com sua simplicidade e profundidade.

M. Lima 15/11/2023

O velho e o Mar
Esse livro é lindo. E não é lindo por descrever paisagens ou personagens bonitos, não é lindo por narrar acontecimentos mirabolantes, mas é lindo por ensinar com o simples, é lindo por ser comum e singelo. É aquela leitura de um dia que entra na lista de obrigatoriedades da vida.

Acee 14/11/2023

Lembro de quando a minha obsessão pelo mar acabou passando pra literatura. Títulos como Moby Dick e 20 mil léguas submarinas me chamavam muita atenção. Mas quando eu via " O velho e o mar" eu passava reto, eu me lembro de conversar com o meu professor de história e dizer "por quê eu iria querer ler um livro com um protagonista idoso?" Ele ria e dizia que talvez eu iria me surpreender, dito e feito. Anos depois esse livro veio cair no meu colo e eu percebi que o protagonista idoso é um dos maiores diferenciais dele.
A idade de Santiago de certa maneira ajuda a tornar as coisas mais interessantes: como alguém sem a força de um jovem, frustrado depois de muito tempo sem conseguir pescar um peixe passa pela sua maior aventura já no fim da vida? Além da grande persistência e da solidão que foi demonstrada durante o livro.
Apesar disso, embora seja intrigante, a idade do personagem tá longe de ser o que me encantou durante a leitura. Acho que o mais bonito no livro todo é como de um jeito simples e direto o escritor retrata os sentimentos dos personagens ao mesmo tempo dos eventos que ocorrem no livro e o jeito como as relações de Santiago se entrelaçam entre si: ele, o garoto, o peixe e a natureza. Retrata ao mesmo tempo e muito bem a natureza humana.
Acompanhar os sentimentos e pensamentos do velho em relação ao Manolin e ao peixe aqueceu o meu coração de uma forma extraordinária embora não parecesse grande coisa com a simplicidade que a história é contada, mas eu nunca senti tanta empatia por um personagem e nunca torci tanto por um quanto torci por ele.
É uma leitura simples, rápida e bem clara mas ainda sim capaz de provocar inúmeras sensações.
Eu nunca mais substimo Hemingway.

rawsauroo 14/11/2023

Classico
Um grande clássico do mar, uma história marcante. Uma grande amizade. Com certeza lerei novamente um dia.

Bruna 14/11/2023

Uma história curta e fácil de ler sobre humildade, força, superação e, também, sobre derrota. Nesta novela, um pescador idoso que já não pesca nada há 84 dias trava uma luta contra um peixe de tamanho descomunal, sozinho, em meio ao oceano.

?Pode ser que eu não esteja tão forte como penso - admitiu o velho -, mas conheço todos os truques e não me falta decisão.? (p. 27)

Maria13823 13/11/2023

Angústia
Esse livro me causou uma angustia tremenda. A solidão e a pobreza extrema são temas muito difíceis e profundos. E a aventura no mar em si, pra mim como uma pessoa com talassofobia, foi ainda mais angustiante. Não é um livro ruim, te faz refletir, mas não leria novamente. Vale pra conhecer o autor.