spoiler visualizarmirelleec 10/05/2024
O pôr do sol é sempre um momento difícil para todos os peixes.
O personagem principal está há 84 dias sem pescar e apesar da idade e do seu transporte, que é um esquife, ele insiste em ir para o mar aberto caçar um peixe, pois está preocupado em alimentar as pessoas de sua aldeia, localizada em Cuba. Diante disso, seu aprendiz Manolin é obrigado a deixar o velho pescador para trás, seguindo o conselho de seus pais, devido às dificuldades dessa jornada.
Já a bordo, o velho Santiago segue o seu destino, muito observador, atencioso e receptivo com toda aquela paisagem que vai acontecendo ao seu redor.
A cada momento que Santiago passava, seu apreço pelo mar e pelas belezas que ele proporcionava encantava o pescador. Com as iscas em mãos, Santiago decidiu jogá-las ao mar, já que eram frescas, para que pudesse trazer mais peixes para o seu esquife. A parceria que estabelece entre ele e os peixes é extremamente admirável, visto que também precisa dos peixes para se alimentar.
O pescador, mesmo sabendo que precisa pescar para sua própria sobrevivência, lembra de uma passagem com seu aprendiz, quando pegaram um peixe. A compaixão que sente pelo peixe é intensa, pois o trata, apesar da profissão, como algo repreensível.
Fica explícito ao longo da obra que Santiago sente muito amor, carinho e respeito pelos seres vivos, pois, como tudo na natureza, existe uma cadeia alimentar.
Por mais que o pescador pensasse que todos os seus esforços foram em vão por ter perdido o peixe para dois tubarões, ele tinha consciência de que não passava de uma disputa pela sobrevivência e quem fosse mais astuto venceria. Porém, mesmo que no final Santiago tenha acabado com o sentimento de incompetência, o respeito pelos animais foi mantido do início ao fim da sua jornada.