Paula Aono 31/08/2019Fugi 5 anos dos spoilers e em 30 paginas matei a charada...Quando o livro e o filme foram lançados, eu era criança ( 7/ 8 anos), e nunca havia me interessado por nenhum dos dois... Há cinco anos atrás, meu marido (que já havia assistido o filme), começou a comentar sobre, e disse que o final era de explodir a mente, o que acendeu em mim a luzinha da curiosidade, e como boa leitora que sou, resolvi ler primeiro, e assistir o filme depois. Porem o livro ficou parado na minha estante e todo esse tempo eu fugi dos spoilers, afinal queria ter minha mente explodida também, até que esse ano, ROLOU... Eu finalmente tirei meu exemplar da estante e depois de muita poeira, ataque de rinite e constantes espirros, comecei a ler e exatamente na página 30, eu desvendei o fim (que BOSTAAAAA). Mas vamos ao enredo.
O livro conta sobre um pacato cidadão, que tem um emprego estável, uma casa confortável, estabilidade financeira, porém sente um grande vazio, parece que falta algo, um tempero na vida insossa. É durante esse momento da vida que ele conhece Tyler, um cara aventureiro, desapegado, charmoso, totalmente o seu oposto. Os dois se tornam amigos, passam a dividir um apartamento e juntos formam o Clube da Luta, que nada mais é, que um bando de homens, que insatisfeitos com suas vidinhas chatas e rotineiras, se juntam em porões e armazens, para se baterem até não aguentarem mais.
Porém, Tyler acaba ficando cada vez mais ganancioso, afinal o clube é como uma droga, e de repente apenas bater e apanhar não satisfaz mais, ele então cria o projeto da Desordem e Destruição, que tem como objetivo destruir o capitalismo, e os bens comuns da sociedade. Com discursos inflamados, Tyler recruta jovens para esse projeto e aí a coisa começa a fugir do controle.
Nosso narrador então, bem assustado com o rumo que as coisas andam tomando, e vendo que Tyler não aparece em casa já há algum tempo resolve procura-lo e tentar deter esse projeto, e é ai que ele descobre que na verdade ele e Tyler são a mesma pessoa... E esse é o plot...
Enfim, não foi um livro péssimo, longe disso, mas também não foi a oitava maravilha do mundo como tanta gente diz (pelo menos pra mim). A história me fez reforçar o pensamento, que nós humanos, nunca estamos satisfeitos com nada. E que sempre que tivermos a oportunidade de destruir algo, faremos isso, conscientes ou não. É sempre aquela eterna busca por preencher nossos vazios, mesmo que isso nos destrua, ou destrua outros. É sempre a busca pela satisfação própria, por fazer parte de algo grandioso, pertencer a um grupo, ter um proposito na vida, lutar por alguma coisa, ter alguma emoção, mesmo que seja por meio da dor, de sangue, olho roxo e algumas costelas quebradas.