Perto Do Coração Selvagem

Perto Do Coração Selvagem Clarice Lispector




Resenhas - Perto Do Coração Selvagem


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di. 03/03/2024

Clarice sendo Joana, Joana sendo Clarice e elas sendo eu?
O livro prende você a cabeça das protagonista causando muitos desconfortos durante a leitura pela não ordem cronológica da história, mas ao mesmo tempo cativante pelos pensamentos lançados
ao leitor
Esse livro não é para ler e tentar entender e sim ser sentido profundamente
Isabeleleu 03/03/2024minha estante
A sensação que sinto toda vez que leio Clarice, porque você tem que sentir profundamente. ???




Consuelo 03/03/2024

Encontro o íntimo
Me deleitei em trechos de genuíno encontro com meus próprios pensamentos, sensações e sentimentos, que jamais imaginei pudessem ser expressos com essa nitidez. Em dados momentos, no entanto, me enfadei com o fluxo de consciência um tanto abstrato ou profundo demais para minha compreensão.
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Marina516 02/03/2024

Não vou fingir que entendi esse livro, eu entendi uns 2%, isso porque me acho muito incapaz de entender clarice mas também porque li esse livro com a cabeça nas nuvens. A respeito da avaliação, do que entendi e não entendi eu gostei, achei bonito e confuso como tudo deve ser.

Ps: reler
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Maria 02/03/2024

Lindo. uma fábula da liberdade. não acredito que ela escreveu isso com a minha idade. me sinto meio triste e muito inspirada. te amo clarice.
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leticak 01/03/2024

Sublime reflexo de um conhecido coração selvagem!
Como definir "Perto do coração selvagem" ?

Acredito ser impossível colocar toda a natureza avassaladora dessa obra dentro de um pequeno texto. Clarice usa a linguagem a seu completo e absoluto favor, mostrando em cada linha a selvageria das pequenas coisas e nos levando para dentro do turbilhão de sentimentos que envolve a obra. Sua narrativa denota a sensibilidade das relações que permeiam uma mulher que, assim como Joana, sente demais.
Para além da trama, somos convidados a olhar e a refletir sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Clarice é Joana. Que é mulher. Que é todas nós.

Durante toda minha jornada na leitura, nunca antes havia lido algo que refletisse a mim mesma de uma maneira tão perspicaz. Quando Clarice escreveu todas aquelas palavras, eu senti profundamente em minha alma.
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Ste Anjos 01/03/2024

Em diversos momentos fiquei bem perdida na leitura, seja pelas digressões de Clarice, seja pela complexidade de Joana. Senti-me perto, como bem diz o título, mas fiquei longe na compreensão total. Talvez volte a ler em outro momento da vida.
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lavi.rissi 29/02/2024

A consciência da vida e a relação entre a mulher e o divino
Mais do que o romance inaugural de Clarice, Perto do Coração Selvagem é um livro sobre a vida em si. Sobre a reflexão, a criatividade, a poesia que há em tudo o que nos cerca. É confuso ? não diferente da vida. O tempo se embaralha, se curva, se molda nas linhas de Clarice, da personalidade de Joana, dos caminhos desconhecidos. Um romance onde a mocinha se salva por meio de seu próprio desespero, bastante fiel à realidade. Uma leitura para recordar.
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Flavia_Lo 27/02/2024

Como pode, tantas palavras confusas fazerem tanto sentido?
Esse é o primeiro lançamento da Clarice e ela já chegou metendo os dois pés na porta.

Os livros dessa diva não são para todas as pessoas ou pra quem está na ressaca literária, os fluxos de pensamento da personagem vão e vem, no meio dos acontecimentos, por isso a história pode ficar um pouco confusa aos olhos pouco acostumados.

Além disso, ela conta do passado e do presente sem sinalizar, então se você estiver desatento vai acabar se confundindo.

Mas nessa história completamente fascinante, nós acompanhamos a vida da Joana, que é uma mulher de classe média, com um casamento estável e um passado repleto de abandono.

Mesmo tendo essa vida muito almejada, ela não é feliz e a partir do momento em que ela percebe isso, ela resolve buscar a felicidade em algum lugar, para que assim ela se sinta realmente realizada.

Enfim, ainda prefiro "Água Viva", mas fiquei completamente fissurada enquanto observada e acompanhava todo o passado da Joana, a forma com que ela lidava com situações traumatizantes e caóticas, como ela se moldou para se encaixar melhor.

Talvez a vida seja mesmo uma eterna busca por felicidade, por we sentir vivo.
Fabio 27/02/2024minha estante
Resenha impecável, Flavinha!?
Concordo contigo em todos os pontos!
E também prefiro "Água Viva"???
Parabéns minha querida!???


Flavia_Lo 27/02/2024minha estante
Obrigada Fa ??
Eu penso bem mais em "Água Viva", as vezes me deito pra dormir e penso: "Minha pequena cabeça tão limitada estala ao pensar em alguma coisa que não começa e não termina? porque assim é o eterno." ??
Clarice sempre aluga um triplex na minha mente KKKKKKKKKK


Fabio 27/02/2024minha estante
Kkkkk pegando licença na sua analogia, acho que ela aluga um bairro inteiro na minha, Flavinha kkkk


Flavia_Lo 27/02/2024minha estante
Os livros dela são super curtinhos, mas eu leio super devagar, fico saboreando cada palavra e pensando em tudo kkkkkkkk




Vic feitoza 26/02/2024

Deslumbrante
A capacidade da Clarice em penetrar a alma, os mistérios, as sensações e as relações de uma mulher é fora do comum. A quantidade de coisas que eu já havia pensando em vários momentos da minha vida mas que nunca tive a coragem de admitir pra mim mesma ela simplesmente DESTRINCHOU aqui, eu tô abismada com esse livro, impressionada na verdade de uma maneira que eu achei que jamais ficaria lendo. Foi a primeira vez que eu tive a sensação de estar sendo descrita, lida, e vista em um livro. Foi a primeira vez que eu li um livro com uma caneta na mão, marcando e escrevendo em cada parágrafo o que eu entendia, e o que eu gostaria de entender melhor. Foi a primeira vez que li um diálogo que não tinha absolutamente nenhum tom emocionante e eu chorei, porque nunca tinha lido nada tão cru e verdadeiro em toda a minha vida. Ela foi capaz de tirar coisas de dentro de mim que eu nem sabia que existia. Isso aqui é uma obra de arte, o que a Clarice Lispector faz com a sua escrita nesse livro é memorável, e para mim: inesquecível.
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Fred.Braga 25/02/2024

PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM
4ª obra que leio da Clarice, e hoje eu afirmo que ela é minha escritora favorita. Esse foi o primeiro romance que ela escreveu, influenciada pela escrita de James Joyce, sugerida pelo seu primeiro amor (não correspondido) e grande amigo, Lúcio Cardoso. Essa obra faz um paralelo com a vida da própria Clarice, depois de ler, você entende que Joana é Clarice e Clarice é Joana. Perto do coração selvagem, só não está dentro do coração selvagem, pois as batidas do mesmo, sufocam quem deseja.

Amor, solidão, abandono, liberdade e felicidade é tudo o que a gente encontra aqui. O amor vem para afirmar todas as coisas do passado, e era o que Joana tanto queria, queria ser livre do medo de não amar, que é pior do que o medo de não ser amada

Liberdade é uma palavra que recorre em todo o livro, Joana queria ser livre da melancolia, livre das correntezas que a levavam para o desconhecido, às vezes é necessário certo grau de cegueira para poder enxergar determinadas coisas, só depois ela enxerga que liberdade é pouco, o que ela deseja ainda não tem nome. Joana não encontra a felicidade de fato, mas ela compreende que não pode sofrer por ter ou não ter algo. A solidão pode ser uma dádiva diante aos olhos de quem a admira.
Bruno236 24/04/2024minha estante
Clarice foi um sonho, um devaneio!


Bruno236 24/04/2024minha estante
Ela coloca coisas vivas, palpaveis, dentro de algo vivo!
Me apaixonei por ela em "agua viva" e só naquele livro ela se tornou a minha favorita!




m.bóttica 25/02/2024

?A eternidade é o não ser, a morte é a imortalidade.?
Fui numa papelaria com amigos no horário de almoço da escola, suada como nunca pelo sol ardente do meio dia, a fim de fugir do meu namoro perto de terminar e porque estava sem grafite. Nessa papelaria tem uma grande variedade de livros, e lá vi Clarice Lispector.

Quem não conhece? Eu conhecia, e queria ler fazia anos. Só não sabia onde começar, e tinha medo de realmente tentar descobrir. Só que minha mente já tava confusa, e gastar dinheiro sempre me deixa feliz, então vi três livros dela enfiados no meio de infinitos outros: Água Viva, A Hora da Estrela, e Perto do Coração Selvagem.

Fiz Uni-Duni-Tê. Caiu em Perto do Coração Selvagem. Comprei, e li o meu primeiro livro da Clarice.

Eu uso post-its para marcar, e não tem uma
página sem marcação no livro inteiro.

O livro conta a história da vida de Joana, e principalmente seus pensamentos sobre ela. O fluxo de consciência é fortíssimo e tão bem escrito que me sentia ela, como se tivesse dentro de suas entranhas.

E eu entendo Joana. O jeito que sua raiva ou apatia a deixavam confusa de o que era viver, a coisa indescritível que é a cabeça (Mesmo que Clarice tenha feito mágica em descrever), como se destoava do sistema patriarcal que vivemos, seus pensamentos tentando aprender como existir e o que a existência significa em si? Chegam a dar lágrimas nos olhos.

Cada parte da vida dela, cada descrição, cada pensamento? Nunca li algo tão bem escrito, e tão emocionante. Tem momentos nesse livro que eu consigo lembrar até frases, o que é muito raro para mim! Dá até vergonha dar outros livros 5 estrelas depois desse, mas sei que não tem como julgar outros em patamar da perfeição.

Seu final me deixou tão emocionada que não sei nem descrever. Fiquei o resto do dia em um tipo de frenesi, pensando repetidamente sobre o que tinha lido e como tinha sido escrito. Nada, absolutamente nada, se compara ao jeito que Clarice sabe usar as palavras não só para contar a história, mas dar vida a ela.

Para as pessoas que dizem que não conseguem entender a história, não acho que precise entender tudo. Não é sobre o que aconteceu na vida da Joana, mas sobre o que a Joana sentiu na vida dela, e o que o leitor vai sentir lendo. Palavras difíceis? Pesquise. Não compreendeu? Leia de novo. Não tenha um pé atrás só porque parece difícil, aprenda a explorar e amar a dificuldade nesse estilo de escrita tão único.

Me dá medo dizerem que esse é o livro mais ?infantil? da Clarice! Mas também me convenceu a comprar o box inteiro de primeira, então acho uma ótima obra pra começar a se aventurar na mente de uma autora tão importante pra nossa história.
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Manu 24/02/2024

Para Clarice, não há medo em ser visceral.
A maneira como a história se desenvolve é inovadora para a época (1940) e arrebatadora para a atualidade (2024).

Clarice não possui medo algum, em escrever. Parágrafos? Não há limites para seu tamanho e seus devaneios poéticos. São pensamentos transcritos, não há linearidade na poesia escrita com tanta subjetividade que saem dos dedos de Clarice.

A história vai e vem e volta, como se seguisse tudo aquilo que a personagem pensa. A vida pode até ser cronológica no tempo, mas tudo o que sentimos não tem cronologia e se recusa a caber naquilo que conhecemos como tempo linear e cronológico.

Clarice te arrebata aqui, ela te rasga em corpo, mente e espírito. Foi preciso muita coragem pra ser visceralmente subjetiva nessa escrita. Clarice sabe usar o português, sabe usar as palavras, inova no significado delas e as coloca em frases que vão abrir fendas em sua cabeça.

Sensível. Imaginário. Visceral. Irônica. Caleidoscópica.

Esse livro é uma víbora, e vai te engolir.
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Valena.Monteiro 23/02/2024

Sou apaixonada pela escrita da clarice lispector. Amo a forma como ela descreve seus personagens. Clarice faz nós amar seus personagens como uma pessoa real.
Joana é simples, tem uma quietude e uma ternura imensa. Lia as suas palavras e sentia uma grande compaixão do que sentia. Consegui me colocar no lugar de Joana.
O livro é tão denso e complexo, mas de uma forma boa, que o leitor consegue se apaixonar pela leitura e entender o que é o coração selvagem da vida.

"ajudai-me, eu só tenho uma vida e essa vida escorre pelos meus dedos e encaminha-se para a morte
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Victoria995 22/02/2024

Clarice nunca foi amadora.
Perto do coração selvagem foi o primeiro romance de Clarice, publicado em 1943, e muito me choca que ela tenha conseguido tamanha complexidade já no seu primeiro livro. O que, para mim, só mostra o potencial gigantesco que ela carregava e que explorou sem medo. Clarice nunca foi amadora.

Eu demorei um tempo para conseguir me envolver com a história, tive muito mais dificuldade com o estilo de escrita, mas depois que ultrapassei essas barreiras a história parecia estar ali, me esperando desde o início. Ainda bem.

Tem um trecho que ficou reverberando em mim, diz ?aceito tudo que vem de mim porque não tenho conhecimento das causas e é possível que esteja pisando no vital sem saber.? Isso me fez pensar na importância de aceitar tudo o que somos, sem demonizar nossos lados mais obscuros, porque eles também integram quem somos. Porque eles podem ser parte vital da nossa construção.

Ler Clarice é sempre um momento de autoconhecimento, de confrontar-se, desafiar-se e, sobretudo, respeitar-se pelo que se é, não pelo que gostaria que fosse. Mais uma vez estou aqui pra dizer que ler Clarice é (quase) fundamental.
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