Resenhas - Memorial de Maria Moura

Adri.RMonteiro 03/02/2024

Li em 2005 e agora que vi que não tinha colocado ele aqui no Skoob. Como assim?

Eu tinha 19 anos e para a época foi um grande livro, tido ainda por mim como o melhor da vida. Já se passaram 18 anos, nunca reli então não sei se irei manter a mesma opinião.

Primeiro livro que li da Rachel de Queiroz, sou apaixonada por essa grande escritora.

Caroline132 27/01/2024

MA RA VI LHO SO! Já vou até emendar outro da autora, pq Rachel é sensacional, nunca decepciona. Que força, que vida, que mulher é essa Maria Moura. Como Rachel escreve bem, pelamor! Bom demais. Só leiam.

Regina 22/01/2024

Fantástico
Não imaginava que gostaria tanto dó livro. Rachel ambienta seu livro no sertão. Maria Moura é uma nordestina que vai em busca de vingança e justiça. Sua determinação, sua coragem é inabalável, até aparecer Cirino que fez com que Moura fraquejasse. Mas o Padre/Beato me ganhou o coração. Livro muito bem escrito, descrições perfeitas. Um final bem aberto. Favoritei

Mell Vilhena 08/01/2024

Meu livro favorito! Um dos primeiros livros que li em minha infância, e continua sendo meu favorito até hoje.

Marquinhos28 03/01/2024

Uma Obra-prima da Literatura Nordestina e Brasileira
Capitulos contados a partir do ponto de vista de cada um dos personagens, fluxo de consciencia, escrita extremamente fluída e que prende o leitor desde a primeir frase.
Vemos nessa obra o ápice da escrita de Rachel de Queiroz, tudo é elevado a máxima potência, uma história intrigante, personagens cativantes, fluxo temporal na narrativa, que começa em um ponto da vida da personagem principal em que ela se reencontra com um antigo conhecido e que se desenrola, através do passado, revelando como Maria Moura chegou no comando de seu bando.

O livro tem uma alta carga feminista que podemos ver na escrita de Raquel desde o seu romance de estréia, O Quinze, mas que naquele momento ainda não conseguia se libertar totalmente das amarras do patriarcado e do machismo, coisa que não acontece aqui, e apesar de todo desejo mais profundo em se entregar, no que seria reconhecido papel da mulher, na época, Dona Moura resiste bravamente para honrar tudo que fez até ali e de onde chegou com seu esforço e valentia.

Livro digno de mais que 5 estrelas. Um marco.

site: Maria Moura; Rachel de Queiroz; sertão; nordeste

Léo 22/12/2023

Que culpa ter demorado tantos anos para conhecer a literatura de Rachel! Essa mulher é um ícone e sem sua força, seu posicionamento nordestino, suas ideias femininas e sua coragem em prosa, muito provavelmente o BR demoraria muito mais para entrar no mapa literário mundial com uma mulher à frente.
Agora sobre Maria Moura, ela é mulher sertaneja que conhece e sabe o que quer e até onde vai chegar, e isso basta para descrever metade do que vai acontecer nessa história de briga familiar por terra, posse e casamento.
O resto, o livro vale muito a pena e cada personagem é rico. Cada história é única, e os capítulos organizados por personagens me agradam muito.

Tamy 13/12/2023

Incrível!! ????
E aqui temos mais uma história que eu achei que não iria gostar, mas simplesmente amei! ????

Em uma narrativa super fluida, Raquel de Queiroz nos conta a respeito da vida de uma mulher que, podemos dizer, estava a frente do seu tempo, a tal da Maria Moura. Ela, após perder mãe e pai e se ver ameaçada de tomarem suas terras, toma uma atitude inusitada: larga tudo, forma um pequeno bando e sai pelo sertão na esperança de se firmar em novas terras e mostrar para todos quem é Maria Moura e do que ela é capaz.

Em meio às empreitadas de dona Moura, ainda conhecemos outros sujeitos que cruzam seu caminho e deixam essa história ainda melhor. Dona Moura é forte e determinada, mas não é de aço (como quer aparentar) e Raquel consegue retratar bem demais essa mulher forte e durona, que carrega muitos sentimentos consigo.

Esse livro entrou para a lista dos melhores lidos em 2023, uma história divertida, fluida e bem escrita que me prendeu demais, me senti assistindo a uma novela muito boa. Enfim, se você ainda não leu, fica a dica; e se você já leu, me conta o que achou... ??

Rafa Soares 26/11/2023

Algumas considerações
Simplesmente maravilhoso!
A escrita da Rachel é impecável! Você sente cada momento descrito, uma grande imersão.

Ju 21/11/2023

Melhor do que eu esperava.
Esse livro é um dos que eu tenho que agradecer fortemente a minha lealdade de não abandonar um livro.
Sendo muito sincera, antes de 50% dele é extremamente cansativo, os capítulos de Maria moura são insuportáveis de chato, acredito que eu só não larguei porque me apeguei muito as partes de Marialva e ao Beato Romano, e eu precisava muito saber qual iria ser o fim deles. Mas depois os personagens se encontram na história, tudo se encaixa e os capítulos ficam muito mais interessantes. Paguei muito minha língua com Maria moura, que sempre foi uma personagem forte e isso admirava muito, mas algo nos capítulos dela não me prendia, mas comecei a gostar muito quando ela construiu a casa forte, quando Duarte apareceu, até inclusive torcia por eles, mas ela se envolveu com cirino e sentiu uma paixão avassaladora capaz inclusive de derrubar a mulher forte que ela era. Moral da história, por mais forte que seja uma mulher, um homem errado pode tirar ela dos trilhos kkkkk
O final foi muito bom e acabei dizendo com gosto que amava todos os personagens: Duarte, marialva, Valentim, Maria moura e a rubina.
Foi o meu primeiro livro de Rachel de Queiroz, não queria começar com o quinze, que é o mais famoso, e fui me enfiando logo nesse de 500 páginas. Mas gostei muito da escrita, da forma que ela conduz os personagens, e como até os secundários tem um lugar no livro. Na expectativa de ler outros livros da autora.

alesspereira 02/11/2023

Maria Moura marcou meu coração no mesmo instante em que escreveu o nome dela na sua primeira botija, guardando como herança pra gente, uma referência de personagem esperta e determinada.
Ansiosa pelas próximas leituras de Raquel

Tati.Lima 26/10/2023

Um livro simplesmente perfeito...
Depois de andar um bocaaaado enrolada, agora q vou escrever as resenhas da caralhada de livros q ando lendo...Vou te dizer, q Rachel de Queiroz tá virando uma queridinha pra mim...outro livro dela q leio, aliás o terceiro, e foi uma leitura incrivelmente dinâmica, cheia de correria, ação e emoção. Maria Moura, é definitivamente minha personagem favorita, junto com Diadorim de grande Sertão Veredas. Duas mulheres q não se curvaram aos homens q tentaram afrontá-las. Maria Moura é simplesmente fantástica. Q luta e defende as coisas q acredita, q vai até as últimas consequências por isso. Ele se veste como homem, pra impor respeito em um meio dominado por homens, mas ela não se passa por homem,não. E outro ponto interessante dos livros da Rachel, é q outros personagens fazem parte da trama, não se prende apenas ao desenvolvimento da história da protagonista. Eu fiquei sabendo e fui pesquisar, q existiu uma série com a Glória Pires, fazendo Maria Moura.Enfim, um livro emocionante q prende do início ao fim, e olha q é um livro enorme, mas a Maria Moura é uma personagem tão cheia de camadas e nuances, q de forma alguma a leitura se torna cansativa. Eu amei...?????????

Eduarda Franco 11/10/2023

Só um comentário
Esperava um final diferente mas em si o livro trás uma história bem interessante de uma mulher que não quis ser submissa a homem nenhum e foi em busca da sua fama.

@eu_rafaprado 15/09/2023

Memorial de Maria Moura
Memorial de Maria Moura (Rachel de Queiroz)
5 de 5 ?? (504 páginas, média de 17 horas de leitura).
Finalmente terminei de ler essa obra prima de Rachel de Queiroz, que apesar de polemica não deixa de ser uma das maiores autoras nacionais.

Em 'Memorial de Maria Moura', Rachel de Queiroz nos leva a um Brasil árido e cheio de contrastes, onde a protagonista, Maria Moura, se destaca como uma personagem cativante e rebelde.

Com uma narrativa rica em detalhes e um cenário sertanejo fascinante, o livro nos conduz pela jornada de uma mulher que desafia os padrões de sua época para buscar vingança e justiça. Com coragem, inteligência e uma determinação feroz, Maria Moura se torna um símbolo de empoderamento feminino em meio ao contexto árido do sertão nordestino.

Um dos personagens principais é o sertão nordestino em si. Rachel de Queiroz habilmente transforma o cenário árido e implacável do sertão em um personagem vivo, com sua cultura, desafios e tradições que influenciam diretamente o destino dos protagonistas.

Eu gostei de todos os personagens e conseguia visualizar todas as cenas. Costumo dizer que um livro me convence quando fecho os olhos e imagino o sabor das comidas, o cheiro do lugar, e Rachel consegue fazer isso com maestria, o livro nos transporta.

Um dos meus personagens favoritos é o Padre/Beato, o Beato é uma das peças-chave que tornam 'Memorial de Maria Moura' uma obra rica em nuances e reflexões sobre a cultura e a espiritualidade do sertão brasileiro. Sua presença enigmática adiciona profundidade à narrativa, nos mantendo envolvidos em um mundo de conflitos e crenças.

Se você ainda não leu Rachel de Queiroz, ou se leu apenas ?O Quinze?, te convido a se aventurar pelo sertão nordestino na cia de Maria Moura e seus comparsas.

anavitoria 04/09/2023

A figura de Maria Moura é muito marcante, mas confesso que o Beato Romano ganhou meu coração ao longo do livro e se tornou o meu personagem favorito. Gostei muito da obra, mas eu detestei cada segundo da história que envolve o Cirino, a forma como a Moura começou a agir, as descrições das relações dos dois, essa paixão agoniada.
A escrita da Rachel nesse livro é fenomenal, me fez mergulhar na história de cabeça. Sinto que ela poderia ter explorado um pouquinho mais alguns personagens secundários como o Duarte ou o João Rufo - que ao meu ver ficou completamente esquecido no enredo depois que eles chegaram à Serra dos Padres.

Mari405 15/08/2023

O problema de Maria Moura foi Cirino
? "Eu queria ter força. Eu queria ter fama. Eu queria me vingar. Eu queria que muita gente soubesse quem era Maria Moura. Sentia que, dentro da mulher que eu era hoje, não havia mais lugar para a menina sem maldade, que só fazia o que a mãe mandasse, o que o pai permitisse."

? "Pra polícia eu podia negar, me fazer de pobre menina inocente. Isso era parte do jogo, todo mundo entendia. Pelo outro lado, eu tinha que ser temida para ser respeitada. Senão me arrastavam em pessoa pela rua da amargura. Não fazia mal nenhum que eles desconfiassem do que eu podia fazer. Minha ideia era meter na cabeça dos cabras e na do povo em geral que ninguém podia avaliar do que Maria Moura é capaz."

A única parte que me deu raiva em Maria Moura foi quando ela fraquejou diante de Cirino, apesar de ela confessar no início do livro que sentia falta de um homem "me exigindo, me seguindo com um olho cobiçoso, com ciúme de mim, como se eu fosse coisa dele". Mesmo depois de ele ter apunhalado ela pelas costas, ainda tinha pena dele.

Rachel finaliza a história com um suspense sobre o destino do bando de Maria Moura. Será que conseguiriam vencer essa aventura, muito mais desafiadora do que todas as outras? Não se sabe. Mas Maria Moura estava ali, à frente, comandando seus homens, e confiante. Era só o que sabia.