O Vermelho e o Negro é a obra prima de Stendhal, romance que analisa a sociedade francesa na época da restauração. O significado do título suscita muita discussão, até hoje há divergência entre os críticos, publicado em 1830, coincide com a Revolução de Julho.
Acusado desde o começo, de sua vida literária, de plágio, Stendhal chega ao fim da vida desamparado, seus livros não alcançam mais grande sucesso, o que leva a dizer: “Posso fazer uma obra que não agrade ninguém e que será reconhecida como bela no ano 2000”
Nem precisamos dizer que atualmente, pelo menos no que tange este livro, é uma belíssima obra, acertando o presságio, este livro nos faz uma reflexão das atitudes da alta sociedade, incrustado na personagem Srta. de La Mole (Mathilde), e de um rapaz de família humilde, filho de um carpinteiro, que tenta desesperadamente subir o patamar na escala social, um completo arrivista, representado por Julien.
A volubilidade da vida faz Julien passar por várias casas como preceptor, graças a sua facilidade em latim, e seu conhecimento do Segundo Testamento da Bíblia. Por onde passa o amor arrebatador e seu orgulho exacerbado o persegue, destruindo sonhos, famílias, futuros. Na sua primeira casa onde trabalhou, conheceu a Sra. de Renal, personagem fundamental em sua vida, na qual, suas atitudes nunca mais serão a mesma depois que a conheceu.
Na época para conseguir subir de classe social tinha-se basicamente duas alternativas: os estudos teocráticos para ser padre, ou o exército. Julien opta pelo primeiro, porém, a vida no seminário não é fácil, suas notas boas, sendo o “queridinho” do professor, levanta o ódio dos outros estudantes, que por sua vez se afastam dele, levando ao isolamento.
Um ponto interessante é que cada começo de capítulo há uma frase, de algum outro autor, que resume ou faz alusão de um assunto principal do mesmo. Amor, briga, orgulho, ódio, tentativa de assassinado, julgamento, cadafalso, pontuam esta grande obra.