O Vermelho e o Negro

O Vermelho e o Negro Stendhal




Resenhas - O Vermelho e o Negro


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Michele Soares 28/01/2022

Terminei esse livro há meses e ainda não tenho estrutura emocional pra conseguir pensar nele sem que me venha um sentimento de revolta. Experiência incrível, recomendo.
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Quero Morar Numa Livraria 26/11/2018

O vermelho e o negro
É bem mais fácil encontrar livros com narrativa deliciosa e final decepcionante do que o contrário. Atravessar as 500 páginas de O vermelho e o negro é uma tarefa árdua. O enredo é monótono e os personagens não são cativantes, no entanto, possui um dos mais belos e trágicos desfechos que a literatura já viu.

Julien Sorel é um jovem francês de origem humilde mas extremamente ambicioso e grande admirador de Napoleão Bonaparte. Um erro na Paris de 1830. A França vivia a restauração da monarquia, um período de instabilidade política e ideológica.

Com o pé entre o sagrado e o profano, o primeiro erro de nosso anti-herói foi se envolver com Louise Rênal (quase um anagrama de Julien Sorrel), uma mulher mais velha e casada, antecipando assim o realismo de Flaubert. Na maioria das vezes Julien é calculista, arrogante e tem um certo complexo de inferioridade.

Depois de uma estadia no seminário, Julien é agraciado com um emprego que lhe permite realizar um de seus mais ambiciosos planos: morar em Paris. Na mansão do marquês de La Mole, se envolve com Mathilde, uma moça altiva e obcecada pela história de Boniface e Marguerite, a soberana eternizada por Alexandre Dumas em A Rainha Margot.

Julien está prestes a alcançar a tão sonhada ascensão social: um sobrenome nobre e uma pequena riqueza que lhe permitam viver com honra e prestígio. Mas o arrivista não contava com uma baixa reviravolta. Nesse momento é que todos os leitores se chocam com a cena seguinte. O que posso dizer para não estragar a surpresa é que a história de 30 de abril de 1574 está fadada a se repetir.
Bano 26/05/2023minha estante
Olá! Eu gostei do que você escreveu, mas acho que algumas pessoas podem não querer saber muito sobre o enredo do livro antes de lê-lo. Talvez seja uma boa ideia usar a opção Spoiler disponível no site para evitar que outras pessoas tenham uma experiência prejudicada pela revelação de detalhes importantes da trama.




Karen 10/12/2021

Sem amor eu nada seria
Sim, a primeira parte do livro é lenta, meio arrastada.
Na segunda, já em Paris, aí sim o ritmo flui melhor - questão de dar uma chance a ele.
Julien é o típico recalcado, o oprimido que almeja ser o opressor.
Mas ao final entendeu que não precisava provar nada pra ninguém.
"O inimigo só vai me obedecer à medida que eu o amedrontar, então não vai se atrever a me desprezar.".
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Tiago 18/02/2023

Romance psicológico, histórico, de tudo um pouco...
Quando terminei a leitura, fiquei sem saber o que fazer, alguns minutos olhando pro nada e tentando absorver toda a história que li. O livro não é uma leitura muito complexa, mas há muito detalhe, e algumas acontecimentos são estruturados através de uma narrativa tão profunda de sentimentos, tempo, ação, humanização que as vezes perdemos o entendimento de algo ocorreu e só depois percebemos o que aconteceu. Cada capítulo acompanhando a vida de Julien foi um pequeno conhecimento a mais sobre a nossa própria humanidade. Vivenciar a família problemática e que não demonstra afeto, nossa ginga pra enfrentar os desafios e nos tornamos dono do nosso próprio destino e subir na vida, os amores que surgem, arrebatam, vão embora, mas podem tornar a surgir novamente, os segredos de uma sociedade oculta, mas nem tanto...e no final nossa loucura e nossos erros e consequências. É uma viagem tão longa e tão repleta de projeções e análise humana que quando chegamos ao final, sentimos a partida daqueles que foram, de alguma maneira...
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larissa dowdney 14/02/2013

Tenho uma opinião totalmente controversa sobre Julien Sorel. Não sei dizer se o amo ou se o odeio, talvez ele me desperte muitos sentimentos, todos eles bem antagônicos. Sim, esse é o triunfo de Stendhal. Sobre mim, pelo menos.

Só posso dizer que esse livro é um perfeito retrato da sociedade, da França e dos costumes da época. Até hoje ainda vemos esses gestos aristocratas, "de castas" como diz o próprio Stendhal, na nossa própria sociedade e é bom entender como eles se desenvolveram (mesmo segundo os olhos românticos do autor).

Terminei o livro com a louca sensação de ter valido a pena um dia tê-lo lido.

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Gabrielli 14/06/2023

Mais um personagem detestável
Definitivamente não consigo gostar de livros cujos personagens principais sejam egocêntricos melodramáticos. Não só essa é a perfeita descrição de Sorel como também não resta um persoangem de bom caráter nesse livro. Retrata muito bem a sociedade pós Napoleão, e nisso o autor cumpriu o seu autodeterminado papel; mas confesso que em nenhum momento esse livro me deixou com curiosidade para continuar a leitura.
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Flávia Pasqualin 12/02/2020

Um triangulo amoroso envolto em um eterno conflito de egos. O que eu mais gostei no geral foi da personalidade do Julian Sorel, que deixa margem para diversas interpretações. Senti um misto de sentimentos com relação a ele durante toda a leitura. Ele me lembrou muito o Holden Caulfield (O apanhador no Campo de Centeio) por conta da volatilidade de seus sentimentos. O único ponto negativo foi em relação a narrativa que por vezes se torna um pouco arrastada e monótona, mas de resto não há como negar que é um grande clássico da literatura.
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Luan416 12/09/2024

Cansativo
Demasiado lento, além de que em muitas situações, é repetitivo.
A trama do livro é inteiramente ancorada em um romance que beira o juvenil.
Definitivamente o livro mais cansativo que li em toda a minha vida.
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Talita.Lobo 23/04/2022

Sobre entrelinhas
Demorei meses para ler o livro. Demorei meses parar conseguir encarar de fazer uma resenha.
O fato é que a experiência de ?o vermelho e o negro? não foi nada simples pra mim. Me faltaram pré-requisitos históricos. Me faltaram informações pra conseguir alcançar detalhes que o autor deixou so nas entrelinhas. Me faltou um pouco de paciência pro ritmo da narrativa. Me faltou uma capacidade de ?olhar a alma? de Julien Sorel. Com certeza a tradução da minha edição também não ajudou.
O livro pra mim foi desafiador. Será que não é essa a grande magia dos clássicos? Há meses terminei de ler, e há meses ainda penso na estória. Li algumas resenha, assisti alguns comentários, discuti com amigos que já tinham lido?.. e no fim das contas o livro me ?encantou?, não porque eu tinha tudo pra gostar dele, mas porque ele foi se concretizando aos poucos nas ?minhas entrelinhas?. Olhei para o ?abismo? e o abismo me olhou de volta.
Com certeza não aproveitei durante a leitura todo o potencial que eu podia achar do livro, com certeza é um livro que merece ser lido em outra época, com outros olhos, outra mente, outra pre-disposição.
Joao 23/04/2022minha estante
Resenha sensacional, Talita. E muito sincera também hehe. Eu adorei esse livro e concordo com tudo que você escreveu.
E realmente, um clássico é aquilo que martela na nossa cabeça e fica lá, por muito tempo heheh.




Afranio.Cunha 25/10/2020

Sensacional
Espetacular, um livro que merece toda a nossa atenção e nossa dedicação.
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gabrieus 23/03/2023

O século da hipocrisia
Stendhal, o pseudônimo mais conhecido dentre os mais de 100 que Henri-Marie Beyle usou em vida, nos dá um herói cheio de paixão, mas que se espelhou num modelo fracassado para combater a aristocracia que ele mesmo veio a fazer parte. Julien Sorel tornou-se o reflexo da hipocrisia contra a qual lutou e no fim foi derrotado pelo próprio egoísmo. O Vermelho e o Negro é um baile de personagens vaidosos, orgulhosos, hipócritas e loucamente apaixonados - não pelo outro, mas por suas próprias mentiras.
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Eduardo1304 06/06/2022

O vermelho e o negro
Eu diria , um grande clássico da literatura. A história é empolgante. O personagem principal é um grande voluntarioso com suas aventuras egocêntricas. O livro requer prévio conhecimento da história da França da época da narrativa, para ser melhor entendido, como adoro literatura francesa e filmes francês foi fácil a leitura muito bom ....
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