Keytson Menezes 26/07/2024
Talvez eu seja "Gente Nova"
Primeiramente, o livro nos apresenta Frederick Clegg, um homem solitário que ganha na loteria e vive com sua tia e prima. Até aí, tudo bem. Mas então conhecemos sua outra face: ele é um stalker. Clegg sabe todos os passos de sua vítima, Miranda Gray. Segundo as palavras de Clegg, ele ama Miranda, e faz o que qualquer rapaz "normal" faria em uma situação de conquista: a sequestra. Ele acredita que, assim, poderá fazer com que esse sentimento seja recíproco.
Miranda, obviamente, não sente nada além de nojo e pavor por ele. Ela tenta a todo custo negociar com Clegg para obter regalias.
No livro, temos dois pontos de vista. Conhecemos a mente doentia e pervertida de Clegg, que vê Miranda como parte de sua coleção. A todo momento, pensamos que ele terá algum tipo de atitude em relação a ela, mas isso não acontece. A parte dele, é a mais interessante do livro. Na segunda parte, temos a visão de Miranda, marcada por muita arrogância. A partir daí, o livro começa a se arrastar com suas discussões sobre arte, filosofia e política, que sinceramente tiram o foco da ação.
Não recomendo a leitura, é muito mais vantagem ler Dias Perfeitos ou A Inquilina Silenciosa.