Adjuto 26/02/2022
Épico, mas quem é o Herói?
É um livro que retrata Baleias, lógico que ele é proporcional ao gigantismo do animal.
Melville era famoso, tinha prestígio e, nesta ousadíssima história épica, que escreveu detalhadamente: a natureza das Leviatãs, como um naturalista criterioso ao extremo; as pessoas que faziam parte da indústria baleeira americana, que foi importantíssima para eles; a alma de um homem monomaníaco, que desejava a vingança,.muito mais q a própria paz.
Tudo isso narrado pelo enigmático Ishmael, que discorre, em sua narração onisciente, às vezes com muito humor, a maior aventura épica da América.
E, assim como os grandes clássicos, sempre q os lemos, temos novos pensamentos, diante dos fatos expostos pelo autor
Quem é Herói?
A tripulação Fiel à Ahab?
Mesmo sabendo da loucura q era sua vingança? E que poderia ter se amotinado?
E não abandonou o seu Destino, que estava selado mil anos antes de nascer o Pacífico?
O Starbuck, primeiro imediato q trazia razão ao Ahab? Jogava luz aos olhos do capitão, que o considerava um ser humano de olhar profundo.
Os arpoeiros? Que por não serem cristãos, eram considerados selvagens, pagões, porém corajosos, destemidos, hábeis, hercúleos, os homens q de fato, caçavam as baleias.
Ou as baleias? Moby Dick, q pode ser vista como a Natureza,que se vinga do bicho ganancioso, q dizima e subjuga, escraviza e mata, tudo baseado em argumentos que são aceitos ao longo da história.
Ishmael conta este épico, e nos faz refletir sobre a natureza do homem, Deus e a nossa fé, nossos mitos, a vida real, tudo isso de uma maneira imortal, neste livro gigante.
Quem somos nós, perante a grandeza deste livro? e da Natureza? E do nosso destino?