As Aventuras de Tom Sawyer

As Aventuras de Tom Sawyer Mark Twain




Resenhas - As Aventuras de Tom Sawyer


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Clio0 04/11/2024

Sobre a inocência de uma criança.

As Aventuras de Tom Sawyer não foi escrita com algum grande objetivo literário. Mark Twain procurava recriar suas lembranças de infância no papel e fez isso com tal maestria que ainda hoje essa obra é considerada um dos clássicos da literatura infantil.

Tom Sawyer é infantil, arteiro, malicioso e mimado... tudo que um moleque levado é. Suas manhãs e tardes são pensadas em aventuras e piadas, e o mundo ao seu redor pouco mais é que um lugar a ser explorado.

A expansão estadunidense, o retrato da escravidão, a incipiente sexualidade são parte desse microcosmos e justamente por isso, esse livro foi banido de várias escolas e todos os anos é alvo de censura.

Dá preguiça saber que esses são os atos de adultos que esqueceram como ser criança igual a Tom Sawyer.
Joranny.Gomes 05/11/2024minha estante
Eu vejo as crianças de hoje em dia serem iguais ao Tom Sawyer sem nunca ter lido Tom Sawyer na escola. Haha


Joranny.Gomes 05/11/2024minha estante
Tom Sawyer é atemporal justamente porque as crianças têm personalidades ricas e travessas em todas as épocas e povos.




Flávia Menezes 27/07/2022

PARA ONDE VAI TODA A INOCÊNCIA QUANDO NOS TORNAMOS ADULTOS?
?As Aventuras de Tom Sawyer?, um dos maiores clássicos de todos os tempos do escritor Mark Twain, foi primeiramente publicada em junho de 1876, e até hoje é um daqueles livros que você começa a ler despretensiosamente, e se envolve de tal forma que não quer que ele acabe nunca.

Por mais que seja considerado um livro para crianças (e eu realmente penso que as crianças teriam grandes benefícios em ler um livro assim), esse livro é, também, uma verdadeira aula sobre escrita. Mark Twain é um verdadeiro maestro, que rege cada palavra com tanta delicadeza e perspicácia que você se sente dentro da história.

Uma técnica muito usada pelo autor nesse livro (e de forma brilhante, é claro!), é a utilização de sumários. Primeiramente, se me permitem, gostaria de contextualizar o termo, para quem ainda não o conhece.

O sumário, em uma narrativa, é quando o autor sintetiza várias cenas abreviadas, sem entrar nos detalhes, e que tem a importante função de abreviar o tempo e servir de ligação entre as cenas. O que nesse livro funciona perfeitamente bem. Pois a torna mais ágil, e com bem menos chances de ser cansativa, especialmente para os olhares infantis. Sem contar que, com uma escrita como a de Mark Twain, essas cenas continuam a provocar as mesmas sensações que trariam se fossem descritas de forma mais minuciosa. Você literalmente consegue sentir cada uma das cenas, cada emoção dos personagens, e ainda sente a história fluindo de tal forma que você nem vê o tempo passar.

E eu preciso dizer, os personagens do livro são extremamente cativantes. Tanto os personagens crianças quanto os adultos. Você se diverte, se emociona, se aventura, corre riscos, se aflige, e por muitas vezes, fica com o coração quentinho enquanto lê.

E o que dizer do protagonista? Tom Sawyer é um menino fascinante! Ele é tão travesso quanto é cheio de imaginação. Ele é uma versão mais humana do que tenho em mente de um Peter Pan. Porque ele é tão destemido, tão cheio de vida, e de paixões, que me senti contagiada por suas emoções. Sem contar que mesmo sendo tão peralta, Tom Sawyer é um personagem com uma inocência tão profunda, tão intensa, que você tem vontade de guardá-lo em um potinho e protegê-lo de todo o mal.

O amor que ele sente pela Becky, e ela por ele, é descrito de uma forma bastante delicada. Como se o autor realmente entrasse na mente de um menino de apenas 12 anos. Eles dizem ?eu te amo? e se beijam, e no instante seguinte, estão brincando e correndo um atrás do outro como as duas crianças que ainda são. O amor nesse livro é tão inocente, tão puro quanto o mais puro sentimento infantil.

E é aqui que percebemos porque um livro como esse não é apenas um clássico da literatura infantil. Mas um livro que deveria ser livro também pelos adultos.

Para onde vai a nossa inocência quando nos tornamos adultos? Será que não existe nenhuma parte nossa que ainda acredita em coisas mais puras, mais ingênuas? Será que ser adulto é só viver sempre pensando nas intenções (especialmente procurando pelas más) em cada ato, cada sentimento, cada palavra que dizemos ou ouvimos vindos dos outros? Será que nenhuma parte de nós pode se desprender das malícias, e ver algo em seu estado mais puro?

Lendo esse livro, eu pensei que quando dizem que devemos guardar a criança que existe em nós, não é só sobre não deixar de acreditar, ou de se divertir. Mas de guardar um pouco desse olhar de encantamento pela vida e, também, pelas pessoas. De olhar de forma mais profunda para o outro, em sua essência, porque é lá que a criança reside.

Verdade seja dita, mas será que acreditamos mesmo que essa criança que já existiu em nós, desapareceu por completo quando ficamos adultos? Em primeiro lugar, eu não acredito que a maturidade seja um lugar que alcançamos quando atingimos uma determinada idade. Mas eu penso em maturidade como um estado, que ora estamos nela, e ora podemos regredir um pouco. E tudo porque precisamos entender que a vida não é linear, e muito menos nossos sentimentos. E às vezes, é preciso descobrir nossas fragilidades e perceber que nunca estaremos prontos, fortes, e nem mesmo completamente maduros. A vida é um processo contínuo de transformações diárias. Só assim seremos mais honestos conosco e com os outros.

E em segundo lugar, eu tenho que saudar a todos os psicólogos e psicanalistas por continuar mostrando a importância que existe em olharmos com carinho e amor para essa criança que um dia fomos, se quisermos curar as fragilidades do nosso adulto e nos tornarmos pessoas mais inteiras e verdadeiras.

Se um dia você considerar ler esse livro, eu desejo de todo o meu coração, que você não o pegue apenas para se divertir um pouco, ou descansar a mente das coisas mais sérias da vida, ou mesmo das leituras mais intensas. Mas espero que se recorde dessas minhas palavras, e se permita acessar a criança que ainda vive em você.

Mark Twain não é um autor de clássicos por acaso. E sua narrativa é encantadora, como também é uma verdadeira escola para escritores, mesmo na atualidade. E confesso que já estou ansiosa para conhecer as ?As Aventuras de Huckleberry Finn?, o amiguinho do Tom Sawyer, e me aventurar mais nesse mundo tão cheio de inocência, de verdade, de simplicidade, de sentimentos e presença. Porque por mais adulta que eu seja, para continuar enfrentando todos os obstáculos que a vida vem me impondo, eu sei que tudo o que mais preciso é um pouco desses sonhos tão puros, tão ingênuos e tão repletos de esperança que me fazem acessar o que há de mais verdadeiro em mim: a minha criança interior!
Sophia Loren 27/07/2022minha estante
Mais uma bela resenha, Flávia! E concordo com você sobre a criança interior. Eu não tenho problemas ou vergonha com a minha e ela se aflora muito quando leio ou assisto algo que acompanho desde sempre. Como os super-heróis que amo e sagas gigantes como SW. É só dois exemplos, mas ela está lá junto com a adulta que sou hoje em dia. Quando reajo aqui as vezes, sempre é inocente (já teve indivíduos que quiseram me ridicularizar ou algo do tipo. Horrível, mas já sei como lidar) e de coração.
Infelizmente tem coisas que não tem como ser puro e infantil. Mas o importante é não se esquecer quem você realmente é.
Vou dar uma olhada nesse livro depois!


Flávia Menezes 27/07/2022minha estante
Que feio, alguém te ridicularizar assim. Gente boba!! Nem liga!! Eu amoooo suas postagens e a as coisas que você escreve sobre os super-heróis. Eu amo esse universo do bem contra o mal, e penso que é tão bom sair um pouco das nossas posturas sérias demais e sisudas até. Obrigada pelas palavras e que bom que encontrar alguém como você por aqui! Volta sempre e espero que um dia você dê sim, uma oportunidade pro Tomzinho. ?????


Fabio 27/07/2022minha estante
Parabéns querida, pela belíssima resenha!
Como sempre, mais um que vai pra minha lista, que esta ficando muito extensa! Culpa das suas resenhas! rsrsrs


Sophia Loren 27/07/2022minha estante
Obrigada pelo apoio, Flávia! :)
E eu vou dar uma chance ao Tom sim! Já estava vendo o livro e tem algumas edições dele na minha assinatura do Kindle. Só falta organizar quando vou ler :)


Flávia Menezes 27/07/2022minha estante
Aaah, Fabio! Obrigada!!! E olha?você precisa comprar esse pro seu filho! Sei que os garotos de hoje não se interessam tanto, mas sei que ele deve admirar o pai leitor que você é. Uma leitura muito legal pra fazer com ele! E depois me conta. ??


Flávia Menezes 27/07/2022minha estante
Sophia?conta comigo! Tamo junto ?? Sei como nossas listas são longas, mas a hora que o Tom chegar na sua vida, você vai ver, será o momento certo pra curtir! ???


Carlos.Henrique 27/07/2022minha estante
Gosto das tuas resenhas.


Flávia Menezes 27/07/2022minha estante
Carlos, nossa! Muito obrigada! Fico lisonjeada em ler isso!! ?


Matheus Oliveira 28/07/2022minha estante
Flávia, acredito que um livro possa não responder a sua pergunta, mas trazer mais uma luz para esse questionamento e enriquecer essa válida discussão.

Vou me utilizar das palavras de Patrick Rothfuss em O Nome do Vento que diz que: "Quando crianças, raramente pensamos no futuro. Essa inocência nos deixa livres para nos divertirmos como poucos adultos conseguem. O dia em que nos inquietamos com o futuro é aquele em que deixamos a infância para trás."


Guinho 29/07/2022minha estante
Esse é um clássico, Flávia? ?


Flávia Menezes 30/07/2022minha estante
Mark Twain é um escritor clássico que vale muito a pena ser lido. Esse, em específico, é impressionante. Uma narrativa realmente brilhante. Recomendo até pra distrair de leituras mais densas, Igor. ??


Beppuzinha 18/11/2022minha estante
Gostei bastante do livro,a história foi muito bem feita e os personagens com ótimas características.Gostei bastante da parte em que Huck e Tom assitem ao assassinato do doutor no cemitério


Flávia Menezes 18/11/2022minha estante
Muito bonitinho, não é Ju? Uma boa história


Stella F.. 19/12/2023minha estante
Excelente resenha! ??


Flávia Menezes 19/12/2023minha estante
Obrigada, Stella! E um livro incrível, não é mesmo? Twain merece! ?


Sara 22/10/2024minha estante
Sua resenha é linda! Acabei o livro esses dias e tive a mesma sensação que você ??


Flávia Menezes 22/10/2024minha estante
Sara, muito obrigada pelas palavras! ?
Essa é uma leitura pra ficar pra sempre guardada na memória (e no coração)! ? ?




Michela Wakami 31/03/2021

O começo não é empolgante, mas a história vai criando vida depois da metade do livro.
Embora tenha algumas partes divertidas no começo, é da metade para frente que a aventura fica interessante e divertida.
As encrencas não são poucas!
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edisik 09/08/2023

Uma ótima aventura que serve a todos os públicos. Mostra bem como a criança tem imaginação fértil para todas as situações.
Bruna13 09/08/2023minha estante
Esse daí é muito bom, mas As Aventuras de Huckleberry Finn é beeeeeem melhor!


Bruna13 09/08/2023minha estante
Deveria investir ;)


edisik 09/08/2023minha estante
Pretendo ler também.




Marcos Bassini 13/03/2009

Tom Malazartes
O que você faria se um dia, proibido de brincar com os amigos, ainda fosse obrigado, a título de castigo, a pintar de cal uma enorme cerca?

Se você se chamasse Tom Sawyer, faria isso: em vez de resignar-se ao trabalho, encarando-o com seriedade, fingiria prazer naquele compromisso, como se ele fosse a mais divertida de todas as brincadeiras.

O resultado? Em pouco tempo todos os meninos, invejando a sua cara de satisfação, já estariam pintando alegremente a cerca em seu lugar. E ainda entregariam para você todas as economias, só pelo prazer de prestar este serviço: chicletes mascados, cordas de peão, tampinhas de garrafa e outros objetos tão valiosos quanto.

Este é o fascínio que Tom Sawyer oferece há tantas gerações: nas brincadeiras, no horror aos compromissos e na construção de outra realidade ele é uma criança como qualquer outra, mas, diferente de qualquer outra, ele tem a coragem para realizar o que costuma-se relegar ao campo do desejo. E aquela malandragem que, mesmo desautorizada pelo nosso superego, sempre exercerá um discreto fascínio sobre todos nós. Tanto que este foi o primeiro livro que li, sem contar os obrigatórios da escola, contrariado por me ver trocando meus super-heróis por aquele livro sem quadrinhos, e mesmo assim jamais esqueci o colorido desenho desta simbólica cena de abertura.

Não estariam errados, portanto, os espanhóis, se ao traduzir o livro trocassem o nome do protagonista por Pedro de Urdemales. Tampouco se equivocariam os venezuelanos, se o chamassem de Pedro Rimales. No Brasil, por isso, tampouco seria estranho encontrar na capa do livro de Mark Twain este título: Pedro Malazartes.



Geovani 13/12/2011minha estante
Muito bom!


Dalila.Realino 01/04/2015minha estante
Que resenha, hein?! Parabéns!


JurúMontalvao 04/11/2021minha estante
interessei


Vanessa Santos 25/01/2023minha estante
Caramba me deua até vontade de ler




Diego 08/05/2022

Livro de época
Gostei muito da leitura desta obra! Trata-se de um livro de aventuras juvenis, leve e agradável, apesar das inevitáveis marcas da época em que foi escrito.
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Pollyanna Reis 26/06/2023

AS AVENTURAS DE TOM SAWYER
As aventuras de Tom Sawyer é um clássico da literatura. Um livro que foi publicado originalmente em 1876, e conta a história de um garoto travesso e curioso, que me lembrou muito o Dennis Pimentinha, um desenho que eu amava.

Tom mora com sua tia Polly *nome lindo né?! ??, seu irmão Sid e sua prima Mary, às margens do rio Mississipi, no interior dos Estados Unidos. A história se passa na década de 1840, abordando questões sociais e morais da época, como a escravidão e a desigualdade social.

Tom é aquele persongens que nos proporciona momentos de pura diversão ao decorrer da história, pois o mesmo tem uma habilidade incrível de se envolver em diversas travessuras, confusões, e sua imaginação é super fértil.

Aqui Tom e seus amigos embarcam em uma série de aventuras emocionantes, incluindo busca por tesouros escondidos, criação de uma gangue de piratas e até mesmo um pacto de silêncio, após testemunharem um assassinato. ?

A narrativa do autor é cativante, cheia de humor e com uma escrita que retrata com precisão a vida no interior dos Estados Unidos naquela época. O autor aborda temas como amizade, liberdade, justiça e moralidade. E através das peripécias de Tom, somos levados a refletir sobre a importância da imaginação, da superação de desafios, da amizade verdadeira e do crescimento pessoal.

Um livro que encanta leitores de todas as idades, pois captura bem a essência da infância, com suas descobertas e desafios. Um clássico atemporal que mescla aventura, humor e reflexão. Me divertir muito lendo esse livro, me emocionei e recomendo demais a leitura.

? Essa edição da Zahar está super caprichada, em capa dura, com ilustrações e a diagramação é super confortável para leitura.
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Breno_Oliveira 11/11/2021

Muitas aventuras em um livro!
Tom Sawyer é um garoto aventureiro, que busca grandes aventuras. Testemunha de um assassinato, busca salvar o inocente. Ao mesmo tempo, ele lida com a menina que gosta e busca um tesouro. Achei o livro muito bom, muitas aventuras e mistérios. Recomendo!!
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Sara 20/10/2024

Muitas travessuras pra um menino só
"As Aventuras de Tom Sawyer" (1876), de Mark Twain, evoca muitas memórias da infância, como o próprio escritor diz em seu texto de abertura. Durante 240 páginas, acompanhamos as peripécias de Tom Sawyer, que mora em um vilarejo às margens do Rio Mississipi, nos Estados Unidos do século XIX. Órfão de pai e mãe, ele vive com a tia, seu irmão e sua prima.

Tom é o tipo de menino levado e astuto, mas de bom coração. Ele apronta todas, com crianças e adultos. Para os meninos que o idolatram por sua ousadia e coragem, ele é um líder. Para os que o odeiam, ele precisa ser destronado. Quase 150 anos se passaram desde a publicação deste livro, mas sua história é atemporal. Ela levanta o ânimo de cada adulto massacrado pelas cobranças do dia a dia ao ressuscitar boas lembranças de quando éramos crianças. Esse foi o meu caso, pelo menos. Tive uma infância de ouro e muitos amigos meninos, logo, pude reconhecer um pouco de cada um deles em Tom Sawyer. E, assim como as meninas do livro, minha mãe não me deixava participar de todas as aventuras. Mas eu participei de muitas.

Mais do que um marco na literatura infantojuvenil estadunidense, o livro de Twain é capaz de reviver a criança que há dentro de nós e que jamais vai morrer - no máximo, ela se afasta, mas sempre encontra um jeito de voltar. E Tom Swayer é um personagem único, daqueles que pensamos: 'só podia ter sido tirado da literatura'. Ele apronta tanto que é difícil de acreditar como ele conseguiu sair ileso de tudo. Tom é um bom estrategista e consegue enganar a todos para conseguir o que quer - como na inesquecível cena da pintura da cerca. Ele é orgulho demais e jamais vai recusar um desafio. Junto com seu amigo Huckblerry Finn, outro personagem espetacular, eles vão participar do próprio funeral, caçar tesouros e perseguir bandidos. Tudo isso acentuado por uma imaginação extremamente fértil.

Contudo, se tem algo que magoa Tom Sawyer, é entristecer sua tia. Obviamente, nada como um pedido de desculpas, pois suas aventuras são imparáveis. Para levar o prêmio de melhor aluno da igreja e ganhar uma bíblia invejável, ele não tem nem medo de mentir para as autoridades relgiosas. O resultado é inesperadamente cômico.

Tom sabe que, na prática, não é considerado um bom menino, porém, não é o que vemos. Apesar de brigão, ele é justo com seus amigos e os protege a qualquer custo. Aqui, nos voltamos para Huckleberry Finn, seu melhor amigo. Huck é marginalizado pela sociedade pois vive sujo e maltrapilho pelas ruas, não vai à escola, e tem um pai alcoólico. Ele basicamente se vira sozinho, com a ajuda de Tom e poucos vizinhos. Huck, por ser "livre", é admirado por Tom.

Ainda que não seja o foco, a trama é situada na época da escravidão. Vemos como os escravos estão inseridos no dia a dia das crianças. Em determinado momento, Huck diz à Tom que um determinado escravo é legal e, às vezes, dá comida para ele. Mas, imediatamente Huck pede para Tom não contar isso para ninguém. Vemos como o racismo e o preconceito estavam intrincados naquela sociedade. "O cara mau da cidade", assassino e bandido, também é "mestiço" - como é descrito no livro. Nesse sentido, "As Aventuras de Tom Sawyer" é um reflexo da discriminação daquela época.

Contudo, o livro é sobre dar asas para sonhos que parecem impossíveis, ser corajoso apesar do medo e jamais perder a essência - você ainda pode ser aclamado e recompensado por tudo isso. Entre descobertas de amores, muita desobediência e aventuras sem fim, Tom Sawyer sabe aproveitar a vida ao lado dos amigos e, quando quer, refletir sobre suas atitudes e comportamentos. Mas nada como a chegada de um novo dia.
Fabio 26/10/2024minha estante
Vou tirar um dia só para ler essas preciosidades, Sarinha!


Sara 29/10/2024minha estante
Hahaha ??




Angelica75 13/04/2023

Nota 4/5
Livro clássico da literatura norte-americana, as aventuras de Tom Sawyer e Huckleberry Finn (com destaque para Tom) fazem desse um livro REALMENTE dinâmico e um ótimo entretenimento.

Tom gosta de aprontar muito e gosta de ser o centro das atenções. Quando presenciam um assassinato o laço entre os dois meninos se fortalece e juntos, tentam sair da enrascada que se desenrolou após o acontecido. Em paralelo acontecem outras váriasssss traquinagens (que nos dias de hoje seriam politicamente incorretíssimas). Há de se levar em conta que o livro foi escrito no meio do século XIX.
Max 13/04/2023minha estante
Ótima resenha, Angélica! ?
Estou doido prá ler esse livro... aff




Emanuel 22/12/2023

"E as nossas aventuras chegou ao fim..." ?
Comecei procurando algo pra descontrair, e acabei me deparando com tom saywer. Achei muito divertido a história de tom e de seus amigos. Momento eu rir demais com as trapalhadas do menino levado. Achei uma leitura fluida, mas também achei pouco enjoativa. De qualquer forma, não é um livro do nosso século. Mas independente do que for, gostei das aventuras.
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Feliporla 28/10/2024

É um livro mto legal por mais q seja meio grande e as letras pequenas é um livro mto legal mesmo recomendo para vcs lerem
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Elizabeth 17/08/2022

Contraditório
Um menino que não presta a atenção na escola, mas sabe sobre histórias de piratas, salteadores, ate parece que tem tempo para ler. Só que aparecer, ser reconhecido. Não gostei.
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Igor 23/12/2012

Diversão e Saudosismo
Uma das coisas legais em ter sempre um livro comigo aonde quer que eu vá (além de nunca ficar entendiado), é ver a reação das pessoas que convivem ou simplesmente cruzam com você, depois de perguntar “que livro é esse?” e ver o título. No caso deste livro as reações foram um tanto inusitadas. Alguns o definiram como clássico, como “ícone da cultura pop”, outros como história pra criança, livro infantil, e até uns mais malucos afinaram a voz e começaram a tocar bateria no ar, entoando riffs da imbatível música “Tom Sawyer”. Devo dizer que em certa medida fui levado a ler o livro também pela referida música, do Rush – uma das maiores bandas de todos os tempos e das minhas favoritas –, que soava deveras psicodélica e viajante até eu concluir a leitura do livro.

Primeiramente, não vejo “As Aventuras de Tom Sawyer” como um livro infantil ou para crianças. Não se trata de um livro bonitinho com uma história feliz, personagens politicamente corretos e uma moral educativa no final. Passa longe disso, poderia até ser considerado uma referência ruim para crianças na idade do protagonista. A obra de Mark Twain soa melhor como um livro para saudosistas, pessoas que já passaram pela infância e, com o livro, direta ou indiretamente têm boas recordações e até sentem falta do tempo que passou.

O narrador conversa com seu leitor constantemente. O uso do discurso indireto-livre com perspectivas e conclusões tornam a leitura muito mais divertida. A título de exemplo, acho que isso contribui bastante para que a cena da pintura da cerca seja tão emblemática.

Tom Sawyer é muito provavelmente uma das bases para o estereótipo de criança travessa que se desenvolveu nos últimos tempos em personagens como Dennis Mitchell (‘the menace’ ou ‘o pimentinha’), Kevin McCalister ou Bart Simpson, entre outros. É carismático, está sempre aprontando, possui planos mirabolantes, se destaca entre as demais crianças e tira os responsáveis do sério.

Além disso, tenho para mim que a maior virtude da obra de Mark Twain é descrever com naturalidade o meio, as relações e o convívio de crianças entre si, sem tornar a narrativa desinteressante. Com Tom Sawyer, vemos que quando se é criança os sentimentos são sempre no superlativo (ocorre o maior amor da vida, a decepção sem precedentes, a aventura mais fascinante); todas as superstições são efetivas, desde que observado o ritual de que se ouviu falar à risca; qualquer cacareco pode ser objeto de troca e gerar um bom negócio; sem falar na visão romanceada que se tem sobre os “foras da lei”.

Com estes e outros elementos, Twain constrói uma narrativa leve, fluida e bastante agradável, que poderia se estender além das cerca de 200 páginas (a depender da edição). Mas, ao invés disso, o autor insere um fato incomum na comunidade pacata que permite deixar a história bem amarrada, além de cumprir com os propósitos delineados na introdução e na conclusão.

Por fim, a impressão que tive quando terminei é que o autor traçava um perfil universal de crianças. Me identifiquei em diversos trechos do livro (não propriamente com a figura de Tom Sawyer, mas com algumas situações expostas) e imagino que outros leitores em diversas partes do mundo sintam o mesmo em relação ao que se passa no vilarejo no interior do Missouri. Mas essa ideia de livro para saudosistas (ou melancólicos) parece estar com os dias contados. A geração digital, “touch”, ou como quer que se denomine, muito provavelmente não terá esse tipo de experiências, mas sim videogames, TV, smartphones e relações em redes sociais. Talvez daqui a 40 anos, os leitores achem apenas curiosa, estranha e surreal a primeira história de Tom Sawyer e seu amigo Huck Finn.

Termino a resenha desta obra memorável com a citação de um trecho da música genial da genial banda canadense Rush que leva o nome do protagonista:

“(…) Though his mind is not for rent
Don't put him down as arrogant
His reserve, a quiet defense
Riding out the day's events –
The river

What you say about his company
Is what you say about society
– Catch the mist, – Catch the myth
– Catch the mystery, – Catch the drift (…)”
Suliany 21/02/2014minha estante
Peço desculpas, mas só li mesmo o final dessa memorável música!!!!! \m/




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