Jonny 02/04/2020minha estanteAcabei de ler este livro esta semana, ele é um hino ao existencialismo, à espiritualidade, à liberdade, etc. As personagens são tão bem descritas que nos apegamos a elas, e no fim das tais 700 e tal páginas parecem poucas, porque na verdade esta obra está incompleta, Fiodor morre antes de a terminar. Todos estaríamos à espera de ver Dimitri solto, ou por exemplo, saber se Ivan cura daquela loucura intelectual que tanto o afligia. Para além da trama central temos outras pequenas tramas que compõem esta grandiosa obra, falo do relato sobre como Zozima se tornou um stariet, do frágil iliucha, e da conversa que Ivan tem com Aliocha antes de partir para Moscovo. Essa conversa é qualquer coisa de genial, Ivan era um ser atormentado pelo saber, pela filosofia. Ele se questionava sobre algo interessante "foi deus que fez o homem ou o homem que fez deus"; se não existe Deus então tudo é permitido. Mas falar de Ivan é pouco comparado com Aliocha. Este é a personagem central de toda a trama, ele é o mensageiro, o conselheiro, o apaziguador, no fundo ele se movimenta por toda a trama conversando e dando sua opinião sobre os mais variados assuntos. Aliocha era a cabeça mais centrada de toda a trama. Enfim... Há muito mais para falar desta obra, mas agora preciso de ler "o idiota". Boas leituras.