Sô 29/01/2019Mais um livro que resolvi ler por causa da lista da BBC, e SENHOR! Chatérrimo! Os livros da lista costumam ser bem legais, mas esse foi difícil de terminar. Arraaaastaaadooo...
O livro conta tudo aquilo que você não quer saber e omite as partes legais, que nem são muitas para começo de conversa.
A história começa no finzinho da Segunda Guerra Mundial, quando um capitão chamado Charles encontra uma mansão, agora praticamente arruinada, onde por coincidência viveu momentos felizes quase 20 anos antes. A mansão é a Brideshead do título, e a partir daí ele vai revisitar essas memórias tediosas.
Tudo começa em Oxford, quando conhece Sebastian Flyte, um cara excêntrico e carismático, que vai contra as regras preestabelecidas e mais para frente se tornará um alcoólatra. Ele está sempre carregando consigo um urso de pelúcia chamado Aloysius, que eu achei que tinha algum simbolismo por trás, mas não. Inclusive esse personagem foi inspirado num cara real que carregava o tal do urso em público também. Bizarro.
Charles e Sebastian vão desenvolver um relacionamento amoroso, mas na verdade nada é dito assim claramente, fica tudo nas entrelinhas. Sebastian vai ser o ponto de entrada de Charles para a família Flyte e o mundo desse povo da alta sociedade.
Até a metade eu estava achando insuportavelmente chato, mas da metade em diante, por incrível que pareça, ele consegue ser ainda mais chato. Sebastian, o único personagem que consegue ser um pouco interessante, simplesmente some. Depois, Charles começa um romance improvável e lemos mais e mais conversas entediantes. A questão da religião permeia essas conversas, porque tem toda aquela ideia de pecado por trás das ações dos personagens, algo que se reflete diretamente com a questão da conversão do autor para o catolicismo.
Achei interessante a ligação que o autor faz entre a decadência da mansão com o declínio da aristocracia inglesa, simbolizando o fim de uma era, mas custava por uma história mais cativante no meio?