Sinal e Ruído

Sinal e Ruído Neil Gaiman
Dave McKean




Resenhas - Sinal e Ruído


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angelodias 26/03/2012

Melancolia de Gaiman
A tristeza impera neste livro. A história do cineasta a beira da morte mostra como lidamos com o fim da vida. Sem pensar no futuro, ele apela para a única coisa que o segura neste mundo: seu ofício. Um filme roda em sua cabeça, e seu lápis risca o papel.
E não é essa a mente de quem está face a face com o fim? A perda dos sentidos, das vontades e da motivação. Alguns ficam com familiares, outros, com os amigos. Mas quem não tem nada fica consigo mesmo.

Gaiman escreveu Sandman com exímia habilidade. Lugar Nenhum também é uma obra memorável. Mas em ambas o clima pesado é predominante. Nesta obra, também. O livro/HQ te faz pensar no futuro, no que será de seus dias... no que fará nos últimos minutos.
emocionanda 30/06/2012minha estante
Fiquei com muita vontade de ler agora... Neil sempre mestre!




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Pandora 18/01/2012minha estante
Você foi bem cruel em sua analise ein?!?!? As pessoas saudam Sinal e Ruido com tanta euforia isso é um banho de água fria!!!


Juliana Cimeno 04/03/2012minha estante
Eu concordo contigo. Sou fã nova do Gaiman e estou buscando tudo o que posso dele para ler. Li Sinal e Ruído e me senti no meio de uma grande divagação depressiva. Como você disse, tem umas frases geniais, mas não conseguiu me cativar...Vou para Mr. Punch agora XD




Renata Mascari 12/08/2012

Sinal e Ruído
O livro conta a história de um diretor de cinema que está prestes a tornar seu grande projeto do Apocalipse em filme, a obra ainda está em andamento, mas tudo indica que em breve será produzido.

Até que um dia descobre que está doente, tem câncer e apenas alguns meses de vida. Agora ele já nem sabe se vai conseguir terminar seu projeto e menos ainda se alguém o assistirá!

Mas afinal, e o apocalipse, será que realmente acontecerá??

É aí que o livro te dá um chacoalhão!!

Mas é claro que o apocalipse acontecerá!!!

“O mundo está sempre acabando para alguém.”

“Cada dia que passa nosso mundo acaba um pouquinho.”

“O grande apocalipse não existe, só uma procissão de pequenos apocalipses.”

Caramba!! A cada dia estou mais perto do “meu apocalipse”! Será que eu vou conseguir terminar as coisas que estou fazendo, alguns projetos que tenho? Será que vou sair de casa hoje e vou voltar? Será que eu vou terminar de ler aquele livro que eu comecei? Será? Será? Será?

Poxa...

“Eu não vou morrer. Sei que não vou morrer. Sou importante demais, pelo menos para mim. Mesmo se eu estiver frio e enterrado, não vou morrer. Não posso!!”
Sentiu o baque???

Não preciso nem falar né!!! História em quadrinhos sensacional!!!

Até mais =)
Sillas 26/08/2012minha estante
Excelente interpretação!


Jacy 28/01/2013minha estante
Incrível, as frases que você colocou são justamente as minhas preferidas. Excelente resenha :D Parabéns!




Roberta 18/05/2012

Psicológico, filosófico... perturbador. Seria necessário reler, apreciar, observar a unidade dessa obra no mínimo mais uma meia dúzia de vezes. Há tanto sinal em meio aos ruídos, tanto ruído a ser decodificado em sinais. "O mundo está sempre acabando para alguém"; "os seres humanos estão sempre vivendo os seus últimos dias". Parece mesmo que vivemos pequenos apocalipses todos os dias, e o maior deles está em nossa própria cabeça; a dupla Gaiman/McKean trabalhou-o muito bem.
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Samantha 09/04/2020

Esse livro apresenta um projeto gráfico lindo e bem distinto de outros que eu já tenha visto, ora a história se desenvolve em formato de quadrinho, ora em formato de livro ilustrado, com técnicas diferentes e incríveis.
A obra conta sobre um cineasta que descobre ter pouco tempo de vida, menos do que seria necessário para terminar o filme que seria sua obra prima: sobre o fim do mundo que não aconteceu no ano 999. Seus personagens tomam forma em sua mente e as reflexões começam.
Quais as sensações que a certeza de um fim de mundo traz? O nosso protagonista não viverá até 1999 para ver a virada do milênio, mas também está enfrentando uma contagem regressiva para o fim.
A experiência da leitura vai muito além do enredo, as imagens causam inúmeras sensações e fazem a mente viajar. Além disso, história tem muito ruído, informações que parecem desconexas mas que podem ser interpretadas de muitas formas.
Acho que a leitura é muito subjetiva e depende da vivência de cada um, mas vale muito a pena!
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Luciana Fátima 18/09/2011

Vida e Morte em debate filosófico...
A parceria de quinze anos entre Neil Gaiman e Dave McKean já rendeu excelentes resultados; e não poderia ser diferente nesta graphic novel — que começou há vários anos e foi sendo modificada, conforme as diversas edições publicadas (ou atuadas, já que também ganhou versões no teatro e no rádio). Esta é a história de um cineasta que tem pouco tempo de vida, devido a um câncer recém descoberto. A recusa pelo tratamento o faz mergulhar no silêncio que antecede a morte e retomar um antigo roteiro. Durante o desenvolvimento do trabalho — que possivelmente o autor não verá concluído —, há muitas digressões filosóficas, dentre as quais uma se destaca e nos faz refletir: “É para isso que serve a arte. É a única oportunidade que temos de ouvir a voz dos mortos. E, mais do que isso, é o que permite que eles cheguem até nós, o que permite que nós, os vivos, possamos aprender com eles”.
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Ricardo Santos 20/01/2013

Falha na comunicação
Essa HQ tem ótimas credenciais. Texto de Neil Gaiman e arte de Dave Mckean. Para qualquer fã de quadrinhos apenas isso já geraria interesse, independente até mesmo do enredo. Mas comprei-a também pela enredo. Sobre um cineasta com um câncer terminal que resolve desenvolver em sua cabeça o roteiro de seu último filme, sobre o fim do mundo no ano 999 d.C. Posso dizer que fiquei um tanto decepcionado. O livro é belíssimo. A edição da Conrad é caprichada. O texto de Gaiman tem bons momentos de poesia e reflexão. A arte de Mckean traz algo fora dos padrões, ao mesmo tempo perturbador e tocante. Mas tudo é mostrado de uma maneira fria, sem conseguir uma real conexão com o leitor. Diferente de Sandman,cujos personagens a gente se importa de verdade. Curiosamente, aqui a estrela não é o texto e, sim, a arte. O livro vale a pena, acima de tudo, pelas experimentações visuais de McKean, que não são gratuítas, estão plenamente integradas à estória.
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Emerz 14/07/2024

Um dos melhores trabalhos do Neil Gaiman e pouco lembrado, claro que pra quem tem o cartel de obras e acertos como o Gaiman tem, é difícil de ter louros em todos.

Mas o maior destaque aqui é o incrível trabalho gráfico do Dave Mckean, ele pega o texto genial do Gaiman e transforma numa obra destruidora, é impressionante como ele conduz a narrativa é realmente um excelente trabalho.
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erica.leituras 18/07/2021

Extremamente reflexivo sobre vida/morte e a nossa existência no mundo.
Me fez perceber que não sou tão importante e essencial ao universo como julgava.
E que o fim do mundo nunca vai chegar, mas apenas o meu fim e que o mundo vai seguir em frente. Porém acho que devemos ter cuidado com isso, pois o fator de seguir em frente não quer dizer que as perdas são menores, principalmente agora nesse momento de Pandemia.
Vale muito a leitura e ficam diversas reflexões!
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Leitor Cabuloso 03/09/2012

Faz anos que não lia HQ e o tempo se torna ainda mais longínquo quando falo de Neil Gaiman e Dave McKaren, por isso ler Sinal e Ruído foi, para mim, não apenas um retorno aos quadrinhos, mas um retorno ao universo do Gaiman, porém cheguei ao final com a sensação de que o saudosismo ficou apenas para a leitura dos quadrinhos, porém quanto a imersam no mundo fantástico do Gaiman… acho que passei longe.

A parceria entre McKaren e Gaiman, se não me engano, principiou em Sadman. Mckaren era o capista oficial e deixava

Watchmen: quando o desenho é uma narrativa!

aquele ar de mistério e fantasia que permeia a obra do Senhor dos Sonhos. Mas, o seu trabalho como ilustrador/pintor/artista plástico/desenhista nunca me chamou a atenção, muito pelo contrário, deixava-me desorientado e desitaressado pelo visual. Quando li Whatchmen pude perceber que um desenhista pode transmitir essa emoção de detalhes, ao mostrar uma cena estática ou com uma sequência de imagens (como esta que está ao lado) mostrando o poder que o desenho possui sobre os olhos do leitor. A leitura visual nos quadrinhos faz parte da linguagem do próprio quadrinho.

Se isto não fosse o bastante, considero Sinal e Ruído um trabalho mais do McKaren do que do Gaiman e essa afirmação é baseada nos próprios textos que compõe a introdução da HQ. Mckaren diz – várias vezes – que a ideia foi dele e dado um sonho tido por ele, pouco antes do lançamento, este decidiu incluir dois trabalhos anteriores, pois no fadado sonho, a obra Sinal e Ruído ficaria no final de uma enorme coletânea de trabalhos do Gaiman, ou seja, no sonho havia mais Gaiman do que McKaren e neste trabalho que acabo de ler existe muito mais McKaren do que Gaiman.

Vamos a análise das história (sem spoilers):

Sinal e Ruído é composta de três trabalhos, sendo dois exlusivamente do Dave McKaren e o último numa parceria deste com Neil Gaiman:

Hackers

Uma motagem do McKaren sobre um texto que ele leu. O texto é muito interessante e tem seus momentos de reflexão consideráveis; as ilustrações apenas tentam transmitir a sensação de isolamento e solidão contrastando com o texto que parece uma análise anárquica da nossa sociedade.

Desconstrução

McKaren usou um embaralhador de frases, logo os textos soaram confusos e as imagens nem se falam. De todo o material que compõe a HQ este é sem sombra de dúvida o menor.

Sinal e Ruído

O primoroso texto do Gaiman sempre apegado as sutilezas chama atenção do leitor! Infelizmente o trabalho que dá nome a obra é curto e o que deveria ser um momento de deslumbramento termina antes do clímax. Concluí a leitura sentindo que gostaria de saber mais sobre o cineasta e o seu filme. Tem frases impactantes e conseguiu em vários momentos me deixar reflexivo quanto a questões como a mortalidade, o fascínio que nós temos pela morte e o apocalipse, a inquestionável realidade que o mundo continuará apesar de nosso fim corpóreo…

Como já disse acima a ilustração/colagem/pintura/desenho de McKaren que deveriam complementar o clima mórbido do quadrinho me deixou cansando e me perguntando, em certos momentos, o que ele queria dizer com certas “liberdades criativas” postas sobre o texto do autor.

Contudo, como todos já sabem, no Leitor Cabuloso nossa linha editorial é: leia e tire suas próprias conclusões, as opiniões vinculadas aqui pertencem a mim, Lucien o Bibliotecário!
Ricardo 24/11/2013minha estante
Correçõezinhas: Não é McKaren, é McKean. E tem um título perdido no meio do texto ("Watchmen: quando o desenho é uma narrativa!"). Fora alguns erros de digitação. rsrsrs Mais cuidado no Ctrl C / Ctrl V e na revisão.

Quanto à opinião tenho de dizer que concordo em quase tudo com você; tive que me esforçar e me arrastar pela história para conseguir concluí-la. Personagem desinteressante, premissa desinteressante, "filme exclusivo" desinteressante, desenrolar tedioso da história... Definitivamente ruído na obra de Neil Gaiman (mas Dave McKean está de parabéns). E olha que eu sou um grande admirador de Neil Gaiman.




Fabio Di Pietro 21/01/2012

Questionamento
A mistura da imagem com a narrativa é feita na medida.
O autor consegue nos passar a sua mensagem, que nada mais é do que fazer com que nos questionemos, que déssemos mais importância a cada segundo de nossas vidas, pois este é um segundo mais próximo de seu fim, ou seja, de seu apocalipse.
A leitura desse "livro" te deixará mais calado e pensativo por uns dias... se tem estômago, vale a pena.
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lawliie 12/01/2013

A master piece!
Eu devo ressaltar aqui que essa foi uma das melhores HQs que li em toda minha vida. Fiquei encantada pelo gráfico produzido por David McKean, além do roteiro impecável de Neil Gaiman.
Me tocou bastante a forma com que as falas são ditas com simplicidade e profundidade. Às vezes, pego-me pensando em certas partes do livro ao longo dos dias e lembrando o quão marcante ele foi.
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Art 13/07/2024

Uma vida sobre o filme
Neil Gaiman (roteiro) e Dave Mckean (arte), que se consagraram juntos em Sandman, colaboram novamente em uma sentimental e mórbida história publicado no Brasil pela editora Conrad (2011).

O nome da obra não é por acaso. A dupla de palavras aparece e reaparece diversas vezes em uma melancólica narrativa que explora aristicamente desenhos, colagens e pinturas de diversas formas. Assim, representanto de formas realistas, surrealistas e até mesmo perturbadoras, as diversas mudanças de uma mente humana que está prestes a desabar.

A protagonista dessa criativa viagem é a própria morte. Não numa forma de entidade, mas como um infeliz ciclo que faz parte da vida, por mais injusta e precoce que possa ser. A nossa personagem principal, aqui, nem corpo tem.

É ela que abraça de vez um senhor que, mesmo sabendo de seu iminente fim de vida, resolve deixar um legado. Para quem? Talvez para ele mesmo. Falamos de um feito que ele mesmo nunca poderá se dar o luxo de ver, mas que, mesmo assim, insiste em realizar.


Aqui, a metalinguagem reside em sua forma pura com a representação de um roteirista escrevendo sobre um escritor e diretor que não poderá ver o seu próprio filme. E não é qualquer filme. Mas um filme da vida de pessoas. Um filme sobre aquilo que ele nunca mais irá ver e muito menos sabe como representar pela última vez.

A obra é tocante e viajante ao mesmo tempo. Além de ressaltar uma coisa:

Entre sinais e ruídos há sempre um lembrete de que a morte está nos observando pacientemente até a chegada de nosso momento. E saber disso corrói ao mesmo tempo que liberta nossos desejos.
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