Carrie, a estranha

Carrie, a estranha Stephen King
Stephen King
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Resenhas - Carrie, A Estranha


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Henggo 20/10/2024

O bullying nosso de cada dia
"[...] Quando você é muito inteligente você não para de arrancar as asas das moscas. Você apenas encontra novos motivos para continuar fazendo isso."

EU NUNCA TINHA LIDO "CARRIE". É curioso porque eu já li, acredito, uns setenta por cento das obras do King, mas "Carrie"... tinha passado, ficado em um limbo, sei lá. Julguei, erroneamente, que o fato da história ser bem conhecida e copiada à exaustão ? de "Os Simpsons" à novela "Chocolate com pimenta" ? eu não teria muita água para nadar caso me debruçasse para dar uma olhada nessa piscina cheia de sangue de porco.

Eu fui idiota.

Para alguém que já sofreu bullying muito pesado, "Carrie" foi difícil. Eu tive minha calça e cueca abaixadas e urinaram em mim; eles me fizeram cair e estropiar meu joelho e faziam brincadeiras sexuais quando íamos para os vestiários depois da aula de Educação Física. Até hoje, mais de vinte anos depois, mesmo com a terapia, as cicatrizes permanecem, físicas e emocionais. Aos 36 anos, eu entendo a Carrie.

Eu a entendo mais do que eu gostaria, talvez.

Entendo porque o bullying é formado por três eixos: quem apanha, quem bate e por quem aplaude. O Stephen King conseguiu traduzir isso bem. Sim, é um livro estranho em sua configuração que mescla trechos de reportagens, depoimentos, anuário da escola, passado e futuro, a narração propriamente dita... Mas, pelo menos para mim, funcionou.

Ok, ok, eu admito que talvez a minha história pessoal tenha influenciado um olhar mais empático (?), porém, eu gosto da construção narrativa porque ela dá um tom mais urgente, sereno, para a história. E eu gosto ainda mais ao pensar que, ao final do livro, as conclusões da dita "Comissão White" reverberam muito com a negação que muitos, até hoje, fazem em relação ao bullying com a velha frase "Ah, frescura, todo mundo passou por isso", como me disseram uma vez.

É claro que tenho consciência de que pensar em "Carrie" por esse viés leva ao perigo de pensar nos motivos de alunos que cometem massacres em suas escolas evrer um olhar empático. Contudo, se pensarmos que esses massacres continuam a acontece (e em número crescente), creio que a parte final do livro é uma lembrança do que eu falei acima: uma das partes do bullying é o público. Pais, professores, diretores, gestores que ignoram o óbvio também são esse público.

Nós somos esse público. Mesmo eu que sofri o horror, eu faço parte do mesmo público.

Os jornais estão cheios de Carries Whites. É triste. E pior: está na vida real, mas agora o bullying também é carregado no bolso, nos grupos de Whatsapp, Discord, Reddit... Com perfis sem identificação e nomes genéricos, o "público" está mais violento, sedento, sangrento.

"Carrie" nos coloca em muitos lugares desse espetáculo. E o interessante (e horrível) é que você faz parte de um desses três pilares do bullying. Para mim, esse é o maior acerto do livro.
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Drika.Zimmermann 20/10/2024

Uma verdadeira panela de pressão que quando explode... ?????
Poderes de telecinese, fanatismo religioso e bullying, o resultado não podia ser diferente: caos!

Stephen King nos conta a história de Carrie de uma forma muito criativa, remontando os fatos através de trechos de livros, depoimentos e reportagens.

Carrie tinha tudo pra ser uma garota "normal", mas a superproteção ultra religiosa da mãe vai criando um clima de caldeirão, prestes a estourar.

A puberdade, descoberta do seu corpo e poder trazem uma Carrie que vai se empoderando a cada página, o convite para o baile, a costura do vestido, a possibilidade de pertencer a um grupo...

A hora que tudo acontece, balde de sangue, risadas, etc. nada e nem ninguém é capaz de deter os poderes da Carrie.

Os detalhes das explosões, das mortes, portas trancadas, fios eletrificados, hidrantes sem água, o rastro do horror que ela vai deixando até o ápice final do confronto com a própria mãe é incrível!

O livro foi adaptado para filme em 1976, 2002 e 2013. Não vi o de 2002, mas o de 1976 e o de 2013 gostei bastante, nem tudo é fiel ao livro, eles tem coisas que gosto mais em um do que o outro mas no geral grande parte tá ali e gosto muito dos dois.
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estela_martins 20/10/2024

História incrível, narrativa ok
Talvez por ser o primeiro livro publicado do Stephen King, senti que a narrativa é um pouco cansativa em alguns momentos pelo excesso de descrição. Por outro lado, a história é incrível e envolvente. Carrie é a vilã, mas é também a vítima. O seu histórico de bullying e de criação por uma mãe tóxica e fanática religiosa fazem com que seja quase impossível não criar empatia por ela. Um clássico que vale a pena ser lido.
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illestracy 19/10/2024

Carrie, a estranha
Nunca achei que um livro ?curto? me prenderia tanto, eu já disse que o king é um rei ne? esse livro é tão bom e tão ?reconfortante? que eu não conseguia parar de ler, se antes eu tinha dúvidas que o king era meu escritor favorito, agora eu tenho certeza!
carrie a estranha é um livro que me fez passar raiva, pensa numa mãe fudidamente narcisista e maluca da cabeça, gente ela aparecia e eu tinha vontade de entrar no livro pra dar uns tapas na cara dessa mulher, juro!
eu recomendo muito esse livro e se você tá começando a ler ele agora e tá achando ruim, calma, dá mais uma chance porque vale a pena!
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Whoan 19/10/2024

Carrie, a estranha
Ok, eu já não tava esperando muito desse livro por ser o primeiro do King. Mas ele não é de todo ruim, tem ótimos momentos.
O que mais peca pra mim é a forma de como o livro é narrado, dividido em cenas que as vezes fica um pouco confusa, ainda bem que melhora bastante nos livros futuros. Tem coisas no livro que gostei muito que não é abordado nos filmes e o final achei bem méh.
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Cidadão Z 19/10/2024

Foi o primeiro livro do gênero que li e por coincidência o primeiro que King escreveu. Foi minha passagem dos quadrinhos para os livros. Foi quando realmente comecei a ler livros. Ps: Os que eram obrigados na escola não contam...rs
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Jose766 19/10/2024

Ela tinha um sonho e poderes telecinéticos
Esse livro é incrível!!! Graças a Deus a sra. King pegou essa história do lixo. Esse livro me fez pensar sobre meu caráter e como eu facilmente fico do lado do vilao se ele tiver uma passado tragico. A minha conclusão é q esse livro é perfeito e o final é melhor ainda.
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emy666999 19/10/2024

Vi pessoas recomendando não começar a ler Stephen King por 'carrie' mas eu achei surpreendentemente bom.
E esse final? Fiquei embasbacada
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dia6 19/10/2024

O livro é bem curto e dá pra ser lido facilmente num dia só. A história é simples também mas eu acho ela muito interessante, é legal o fato do livro não ser apenas uma descrição dos eventos mas parece algo mais real, como se fosse um evento que aconteceu mesmo no nosso mundo.
Sempre ouvi falar bastante da escrita do Stephen King e não me decepcionei.
A Carrie é uma personagem bem triste no fim das contas, tem muitas diferenças do livro pros filmes e quero rever os filmes pra poder lembrar melhor mas de cara uma coisa que já notei é que no livro ela acaba causando bem mais estrago na cidade enquanto no filme ela acaba sendo mais violenta com as mortes.
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Lia 18/10/2024

Foi bem morno
Achei meio anti climático a forma que o autor escolheu narrar os fatos, a maneira como ele ordenou os fatos não me agradou, mas foi um livro bom no geral.
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Alissia0 18/10/2024

Ainda bem que o rascunho desse livro não ficou no lixo
Para sua época, Carrie é um livro muito ousado (e brilhante!). Embora tenha sido publicado na década de 1970, ele me fez refletir, no decorrer da leitura, o quanto sua narrativa ainda por ser facilmente discutida hoje em dia. O que verdadeiramente me horrorizou não foi o elemento sobrenatural, como em outros livros do King que eu já tive o privilégio de ler; foi a própria crueldade e hipocrisia do ser humano. Carrie é apenas uma garota que, apesar de sua peculiaridade - os poderes telecinéticos -, merecia receber amor, empatia e gentileza como qualquer outra pessoa. Ela só desejava ser mais uma adolescente comum, apaixonada e despreocupada, como vemos na cena do baile antes da tragédia. Mas, no lugar da caridade e amor, Carrie enfrenta o fanatismo religioso da mãe que, curiosamente, encarna tudo menos afeição e carinho. As garotas e garotos da escola - ou da cidade, como o Billy - também desempenham papéis fundamentais nessa história, sendo responsáveis pelos inúmeros atos de bullying que a Carrie suportou ao longo dos anos.

A cena do baile deixa claro que a Carrie só queria se divertir como uma garota de 16 anos normal, mas a maldade das pessoas a empurrou ao limite, transformando sua raiva e sede por vingança nas atrocidades que devastaram Chamberlain. Foi muito chocante acompanhar os abusos que a personagem sofreu da própria mãe (como as tentativas de assassinatos) e os atos de penitência (ou melhor, de castigo), que revelam uma mulher desequilibrada e extremamente fundamentalista, cuja obsessão religiosa nos faz questionar a tênue linha entre devoção e alienação, levando-a à beira da ignorância, violência e total descontrole emocional, sobretudo em relação à própria filha.

Além disso, os colegas de escola, agindo como um bando de imbecis como somente adolescentes podem ser, a maltrataram tanto psicologicamente quanto fisicamente, ou simplesmente optaram por negligenciar os próprios atos de crueldade contra a garota ("fizeram vista à grossa", como dizemos), pois ela é só mais um "quadro branco" usado para projetarem todo ódio e frustração que eles sentem sobre si mesmos (e não é isso que o bullying é, em seu núcleo? Uma manifestação da sua própria insegurança sobre o outro?). Mas o mais perturbador para mim é que a mesma cidade que contribuiu para transformar Carrie em um ?monstro? decidiram pela conclusão da Carrie ser a própria origem do mal no final ("Carrie White está queimando por seus pecados/Jesus não falha nunca"), seguindo a vida sem refletir sobre suas próprias ações e prontos para continuar cultivando comportamentos hostis e violentos. Isso se torna ainda mais inquietante nos dias atuais, com o bullying elevando-se à esfera digital, tornando-se mais letal e irrefreável.

No geral, é muito interessante como o King relacionou a manifestação latente dos poderes da Carrie com a puberdade feminina, uma fase repleta de emoções não compreendidas e que pode ser traumatizante para muitas mulheres. O livro começa justamente com o episódio da primeira menstruação de Carrie, um evento que ocorre em um ambiente onde ela já se sente inferior e pressionada ? e pode ter sido, justamente, foi a razão que causou o sangramento. Pela forma como ela processou tal momento, também é possível perceber o quanto ela é deliberadamente negligenciada pela sua mãe em termos emocionais, psicológicos e físicos, na mesma medida que é possível notar a desumanização que ela sofre pelas colegas da escola. O fato de algo tão biologicamente natural ter sido usado como arma de humilhação revela o potencial humano para o egoísmo, insensibilidade e intolerância.

No livro, é possível traçar um paralelo entre o fanatismo religioso da mãe da personagem e a perversão que esse extremismo pode gerar. A mãe de Carrie, que se coloca em uma posição de superioridade moral devido à sua restrita condição para pureza, acredita que somente o sangue pode expiar os pecados, uma visão que ela impõe obsessivamente em alguns momentos do livro. No entanto, o destino de Carrie, curiosamente, contradiz essa ideia: no final, ela é literalmente banhada em sangue, mas em um contexto de extrema crueldade e com propósitos muito depravados, muito longe de causar qualquer redenção. Ao invés de purificá-la, esse ato desperta uma fúria incontrolável na personagem. A moral por trás disso é que, às vezes, a perversidade humana pode ser tão profunda ao ponto de criar uma espécie de círculo vicioso de maldade, que, por si só engloba todo o horror visceral que eu precisava nesse livro.

"Sangue de porca para uma porca"
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deardean 18/10/2024

Foi meu primeiro contato com o king, não achei confuso nem chata a leitura, acho que por ser curto também não achei tão descritivo, ou só não reparei mesmo

não sei o quão gostei dos recortes de noticiários que tem no meio da história, ao mesmo tempo que deixa bem mais interessante e realista, as vezes corta o clima

o final é o ápice do ápice, não esperava a grandiosidade da coisa, o filme que vi não chegou nem perto pra mim, valeu toda a curiosidade que eu estava, fiquei completamente em choque

ansiosa pra ler mais coisa do rei
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dalbelbet 18/10/2024

Carrie não merece o reconhecimento que tem.
Eu esperava muito mais, por causa do reconhecimento todo e das adaptações de filme. Mas não é nada disso. É muito ruim. Eu só queria terminar o mais rápido possível.
Além disso, tem muitas partes confusas no livro. Com vários erros ortográficos que eu não tenho certeza se foram propositais, intencionais ou se foram erros da editora.

A pior parte/cena pra mim foi a das porquinhas. Acho que foi a única parte em que eu senti alguma coisa. E inclusive, odiei. Achei desnecessário.
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Geovanna.Piornedo 18/10/2024

Puro terror psicológico. Importantíssimo para pensar sobre bullying e fanatismo religioso. 1° livro lançado do King, mas com a mesma perfeição dos demais livros!
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