Macunaíma (eBook)

Macunaíma (eBook) Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


950 encontrados | exibindo 811 a 826
55 | 56 | 57 | 58 | 59 | 60 | 61 |


Fernanda Sleiman 29/02/2020

Genial
Genial como só Mario de Andrade Consegue ser
Dan 04/06/2020minha estante
tua cara q tem alguma porcaria genial nisso




Luciana 28/02/2020

Livro que mistura a vida indígena com o folclore brasileiro. Porém com alguns capítulos que não curti
Keka_ 02/03/2020minha estante
As suas resenhas kkkkkkkkkkkkkkkkkk




Cristiane.Giaretta 25/02/2020

O ser brasileiro.
É muito bom este livro, porque remete as origens do nosso Brasil, mostra como o indígena se incluiu em nosso meio. Faz reflexão sobre a vida em sociedade ser uma extrema confusão, pois no início das cidades de São Paulo e Salvador a vida nas cidades era bagunça e confusão na certa.
Desta forma um Herói brasileiro feito Macunaíma que dê tudo podia, acaba por querer voltar pro mato pois a vida na selva é mais segura.
Achei semelhante a lenda africana da Feiticeira E Kiriku.
comentários(0)comente



Aline Teodosio @leituras.da.aline 15/02/2020

De terras indígenas, nasce Macunaíma, o herói brasileiro sem caráter nenhum. Neste livro acompanhamos sua saga mágica em busca do seu amuleto roubado, a muiraquitã.

Desde muito cedo Macunaíma mostra-se avesso aos trabalhos e é a própria encarnação da preguiça. E esse foi o sentimento me acompanhou durante toda a leitura desse clássico: Ah!... Que preguiça de terminar!

Lógico que não nego a importância dessa obra. Tenho plena convicção de que o autor pesquisou muito para compor a história. Por meio de uma linguagem coloquial que tenta aproximar-se da linguagem oral, o autor nos apresenta diversas lendas, mitos e folclore que permeiam a cultura brasileira. Macunaíma, em muitos aspectos, se assemelha aos costumes e atitudes do povo brasileiro.

Porém, não é de forma alguma uma leitura fácil. A escrita mistura regionalismos diversos, muitos termos indígenas e neologismos. É rica e inovadora, contudo, é também cansativa, enfadonha e truncada.

Isso sem falar que Macunaíma é um personagem repugnante e nada cativante: preguiçoso, machista, faz uso de espertezas para se safar de problemas (o tal do jeitinho brasileiro), corruptível, gabola e egocêntrico. Ou seja, uma criatura abominável.

Gostaria de dar uma nota maior, principalmente depois da tentativa de censura que a obra sofreu há pouco, mas não rolou, ao menos para mim.
Mike.MyKey 22/04/2020minha estante
Ufaaa.. achei q fosse o único que não tivesse gostado. Vc traduziu certinho a minha opinião.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 22/04/2020minha estante
Foi um livro bem difícil e chatinho de ler. Não desmerecendo a sua importância, claro!




Laura Soares 30/01/2020

Complexo e interessante
Macunaíma, de Mário de Andrade, é um clássico da primeira geração modernista brasileira. Com uma prosa próxima da fala, a trama traz as aventuras do herói que empresta seu nome ao livro, acompanhando-o desde seu nascimento.

Macunaíma nasce na tribo indígena Tapanhumas, e é "preto retinto". Diferentemente do que imaginamos ao pensar em um herói, ele é um personagem sacana, mentiroso e preguiçoso, que gosta de se dar bem. Cada capítulo da história é, de certa forma, isolado, e traz uma espécie de "causo", uma situação vivida por ele, geralmente acompanhado de seus dois irmãos mais velhos: Maanape e Jiguê.

No decorrer do enredo, há inúmeros encontros e menções às crendices e às lendas tipicamente brasileiras, como o Curupira, a Boiuna e a sereia Iara. Tal artifício só aumenta o interesse: ler Macunaíma é como mergulhar em um mosaico de histórias que representam o Brasil. A cada citação ou aventura remetendo ao nosso folclore, é possível se sentir cada vez mais próximo de nossa própria cultura. Do mesmo modo, as atitudes e os estilos de fala dos personagens também ambientam muitíssimo bem o Brasil. É quase possível ouvi-los falando, com sotaques e variações típicos.

Assim como as lendas e os mitos, as aventuras de Macunaíma são inexplicáveis e impossíveis, mas têm seus propósitos. Em certa cena, ele resolve tomar banho e, ao nadar em uma água enfeitiçada, torna-se branco e seus olhos ficam claros. Seus irmãos, ao pularem logo em seguida, não conseguem receber o poder total do feitiço que havia caído em Macunaíma: Jiguê fica "da cor do bronze novo" e Maanape continua "negro bem filho da tribo dos Tapanhumas". É uma cena muito interessante, pois carrega bem a metáfora do livro, a tentativa em toda a trama de explicitar o Brasil tal como ele é. "E estava lindíssimo na Sol da lapa os três manos um loiro um vermelho outro negro" - As três etnias que deram origem à miscigenação do povo brasileiro.

Portanto, apesar das poucas páginas, Macunaíma foi um livro que, desde o início, percebi que era imprescindível uma observação calma e cuidadosa. Intercalei momentos em que fiquei vidrada e ansiosa e outros em que demorei a assimilar todas as informações. É bom frisar que ele NÃO É UM LIVRO FÁCIL. É um pouco complicado, e por vezes, cansativo. No entanto, após um tempo, é possível estabelecer um ritmo de leitura que permita apreciar a história. É importante reconhecer que é uma história singular, que não QUER agradar, mas PODE fazê-lo caso o leitor busque considerar toda a pesquisa realizada por Mário de Andrade para seu processo de escrita e compreender a relevância de sua história.
comentários(0)comente



Brendo 28/01/2020

Macunaíma exibe elementos do folclore brasileiro com toques de humor e críticas à sociedade que certamente divertem e fazem o leitor refletir.
comentários(0)comente



JJ 19/01/2020

Personagem síntese do país
Macunaíma é estória que, se ainda causa estranheza­ ao leitor contemporâneo, muito mais deve ter provocado no público leitor da década de 20 do século XX. Naquela época, vigorava uma visão de mundo sob primazia dos valores europeus. A ideia era a de “embranquecer” a população brasileira, já que o elemento indígena e o negro eram tidos como fatores negativos ao desenvolvimento nacional.
Mário de Andrade, com o seu Macunaíma, deslocou o eixo de narrativa para as profundezas do Brasil, e nos apresentou um apanhado do folclore nacional, com referência a lendas e à participação ativa de personagens fantásticos nas aventuras do personagem-título. Houve a transposição para o texto escrito de palavras e expressões de domínio popular, mas desconhecidas dos grandes centros urbanos. O Brasil que queria ser europeu foi apresentado ao Brasil das matas e dos campos.
Dentro desse contexto, Macunaíma exprimia a identidade nacional. Nada de comportamentos identificados com as regras de boas maneiras à moda europeia. Mário de Andrade criou um heroi com elementos e cores locais, porém, não necessariamente virtuosos. Macunaíma valoriza suas origens, seu modo de ser, renega o que vem de fora. Ao mesmo tempo, é indolente (ah, que preguiça…), não mede as consequencias de seus atos e age quase sempre para a satisfação de seus instintos.

Mas, mesmo essa identidade é difusa. O subtítulo – O heroi sem nenhum caráter – conduz a esse outro caminho, de demonstrar igualmente a inexistência de um caráter definido; na verdade, o livro chama a atenção para um caráter em formação, simbolizado pelo personagem principal. Por isso, Macunaíma encarna a alma brasileira, segundo a visão do autor: jovem, porém imatura.
Para o leitor, a forma do texto pode causar alguma dificuldade uma vez que o autor empregou forma coloquial, um estilo que procurava reproduzir o ritmo da contação de estórias populares. Contudo, nada que prejudique a compreensão geral das aventuras do heroi Macunaíma.
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 10/01/2020

adaptação de sua história como esta.
Com uma incrível riqueza de imagens e cores.
Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788575963821
comentários(0)comente



Luciana 28/12/2019

Complexidade brasileira
O livro conta a estória de Macunaíma e sua busca pela muiraquitã. Sem lógica espaço-temporal, mergulhamos nesse jornada que contempla diversas lendas brasileiras.
Ainda que afirme não ter tido a pretensão de retratar a cultura brasileira, Mario de Andrade reconhece que é possível encontrar nossos traços em Macunaíma.
Mais do que o famoso jeitinho brasileiro, o autor descreve as relações de dependência e subdesenvolvimento, que marcam nossa história ainda hoje. Em suas próprias palavras: O brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional.
Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são... Os dizeres de Macunaíma, que tão bem descrevem o Brasil, continuam atualíssimos!
Leitura obrigatória para seguir tentando entender esse negócio complexo chamado Brasil.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Homerix 27/11/2019

Cem anos de solidão tupiniquim
Pois é, eu tinha certeza que o segundo livro da box de Mário de Andrade me agradaria mais que a desvairada paulicéia que abriu a Semana de Arte Moderna em 1922. E como!

Neste romance, embarquei numa viagem fantástica... senti-me como se estivesse lendo um Cem Anos de Solidão brasileiro, bem brasileiro, e como brasileiro!

Nascido já crescido, de uma índia, Macunaíma, nosso herói (como o chamam no livro), já vem safado, bem brasileiro, e o que mais se vê é ele brincabrincando com as cunhatãs e depois com as polacas da paulicéia e de todos os muitos estados brasileiros que ele visita desvairadamente, em busca de seu muiraquitã, que foi roubado de seu beiço por um certo Venceslau Pietro Pietra, que na verdade era Piaimã, gigante comedor de gente, casado com Ceicuci, o terrível ser amazônico, que o persegue (Baua Baua), sempre escapando por légua e meia, e sendo novamente alcançado, e até morrendo, em meio a pássaros mil que vão voavoando ao seu redor, desvencilhando-se de de bichos de todos os tamanhos e raças que vão mexemexendo pelas florestas, prados e pantanais.

Em seu périplo intrépido, vez por outra vem um 'Ah, que preguiça!', mas ele sempre desencrava os carrapatos do corpo e segue, às vezes perde partes de seu corpo pelo caminho, e até morre, mas recupera as partes e até volta à vida pelas mãos de seu companheiro de viagem Maanape (que era feiticeiro), e sempre acompanhado de Jiguê, que o herói transforma em máquina telefone ou no que quer que precise para recuperar seu amuleto. Muito genial!

E que cultura e conhecimento imensos tem o autor pra conhecer tantas espécies de tantos seres viventes nesse Brasil varonil.

Pena que ficou grudada a imagem de Grande Otelo como o herói, nascendo, ou melhor, caindo da mãe Paulo José num parto mais que natural, a primeira cena do filme, que vi há mais de 30 anos (ou não vi, sei lá, acho que só vi a cena do parto, é só do que me lembro). Não coaduna com a imagem do livro. Aliás, preciso rever esse filme, mas tenho certeza que ficarei frustrado... parece-me impossível reproduzir em tela a atmosfera épica do livro.

Realismo Fantástico da melhor espécie!!

Obrigado, Mário García Marquez de Andrade!!

site: https://blogdohomerix.blogspot.com/2019/11/mario-de-andrade-macunaima.html
comentários(0)comente



Leticia.Pereira 02/11/2019

Incrível
Livro inteligente da porra
comentários(0)comente



livrodebolso 14/10/2019

O autor cria uma caricatura (tragi)cômica de um brasileiro. Mas a qualidade do feito é tamanha que pela primeira vez fiquei sem palavras. .
.
.
Macuinaíma é o herói sem nenhum caráter, mas ainda assim, um herói: o herói do povo; que se diverte ao livrar-se dos problemas ou inventa maneiras de escapar por conta de tamanha preguiça (e foi assim que surgiu o jeitinho brasileiro), interpretando cada acontecimento através da crença e da riquíssima mitologia da qual dispomos. E como é linda a forma que esse homem utiliza a Língua! Simplesmente joga palavras relacionadas em longos parágrafos que exemplificam o vocabulário maravilhoso que compõe o português, desde expressões indígenas aos dialetos regionais do cotidiano (sobretudo paulista). .
.
.
O livro narra a jornada de um índio em busca de reaver seu amuleto, a muiraquitã (que ganhou da marvada inesquecível que virou estrela), perdida quando enfrentava um monstro, fora roubada por um gigante comedor de gente. .
.
.
Toda a construção é baseada em crítica, o tempo todo há um alfinete incomodando, mas também trata-se de uma apologia cultural sobre como os costumes se formaram e se popularizaram, construindo nossa identidade toda misturada e bagunçada da qual raramente nos orgulhamos.
Existem passagens engraçadas de rir alto, algumas verdades doloridas (muita saúva e pouca saúde), e uma beleza delicada e comovente, celestial.
Nada supera o fim de Macuinaíma.
.
.
.
Foi uma das maiores experiências literárias que vivi. Recomendo para todos que queiram viver um turbilhão de sentimentos. Jacaré gosta do Brasil? eu sim, agora.
comentários(0)comente



Deghety 05/09/2019

Macunaíma
Cara, que livro maluco. É uma mistura de Bob Esponja com O Guia do Mochileiro das Galáxias.
Mário de Andrade aproveitou e criou uma espécie de folclore ou mitologia brasileira a partir de um personagem indígena.
Macunaíma já tem no seu dna o jeitinho brasileiro, nas duas fases do personagem, na natureza e na civilização.
A história é imprevisível e muito louca mesmo. O interessante é que todo o território brasileiro é retratado como se fosse um quintal para o personagem e as características "excêntricas" que a natureza possui tem um dedo do Macunaíma em sua construção.
É um pouco difícil de se ler, muitas palavras indígenas , mas não atrapalha o entendimento do contexto.
Vale ressaltar a habilidade do escritor na implementação da fauna, flora e geografia brasileira ao enredo e aos personagens.
Há alguns dias eu comentei com alguns amigos sobre uma lenda da cultura popular , ou "causos", sobre o bicho do "cadê minha pacuera-cuera" que minha mãe contava na minha infância, mas não posso afirmar se foi extraído daqui ou se o escritor a aproveitou em sua obra.
Leitura divertida e rica sobre as raízes nacionais, os alicerces da cultura e algo que está se perdendo com o tempo, o folclore do boca a boca.
comentários(0)comente



950 encontrados | exibindo 811 a 826
55 | 56 | 57 | 58 | 59 | 60 | 61 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR