Macunaíma

Macunaíma Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


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Cris 03/06/2022

" Ai! que preguiça!..." sem mais rs.
" - No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite..."

'Macunaíma' de Mário de Andrade foi publicado em 1928 e conta a história do entitulado herói às avessas. Nascido e criado em uma tribo indígena na Amazônia nunca deu valor à sua família preferindo os prazeres carnais e uma vida mansa tendo a expressão " Ai! que preguiça!..." como seu lema de vida.

Os dias passam e o garoto travesso, misteriosamente, torna-se homem após um corriqueiro banho de rio. Apaixona-se por Ci, a Mãe do Mato e com ela tem um filho, no entanto, o bebê não resiste, e Ci bem traumatizada pela morte de seu filho decide subir às estrelas após uma vida de desgosto e perdas. Macunaíma se vê sozinho e triste tendo unicamente um talismã deixado pela amada, o muiraquitã como é chamado se perde com passar do tempo e a partir daí a história se desenrola com ele em busca do amuleto. Vai do Amazonas a São Paulo e de São Paulo ao Rio de Janeiro num piscar de olhos provando para o leitor que os limites do espaço-tempo em nada diz respeito à sua vida.

O que dizer desse clássico? Bom, ele é muitíssimo bem escrito, bem estruturado, bem representativo e... bem chato também rs! Sim. É chato à beça, eu achei. Sei que o enredo em si é riquíssimo pois traz muitas lendas folclóricas, tradições, religiões, hábitos, lugares etc. Esmiúça divinamente nossa fauna e flora, enfim. No quesito requinte Mário de Andrade deu um show e isso precisa ser levado em consideração pois ele conseguiu unir todos esses elementos em uma narrativa harmoniosa. Contudo não consegui me envolver com o personagem e nem com sua busca pelo tal talismã perdido; em tese e em resenhas lidas, essa busca parece ser bem interessante, porém, ela acaba sendo engolida pelo enfadonho contexto de tudo.

Antes de mais nada tive que colocar em minha cabeça que 'Macunaíma' beira a leitura nonsense, após isso e apenas dessa maneira consegui levar e "entender" muita coisa. Precisei tanto recorrer ao imaginário que o epílogo da história só faz sentido quando fecho os olhos e penso num livro mítico.

" - A Ursa Maior é Macunaíma. É mesmo o herói capenga que de tanto penar na terra sem saúde e com muita saúva, se aborreceu de tudo, foi-se embora e banza solitário no campo vasto do céu."

Com uma escrita rebuscada com incontáveis dizeres indígenas, o autor tece o Brasil em vários tons excêntricos causando de início uma certa estranheza. Tal peculiaridade resenha perfeitamente bem Macunaíma, o herói sem nenhum caráter.

" - Agora vossa mãe vai embora. Tu ficas perdido no coberto e podes crescer mais não."
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Khaolinha 03/06/2022

Gosto como o Mario faz eu me sentir burra...o quanto ele mostra que eu não conheço da cultura do meu próprio país.

O livro é muito bom, é descontraído, divertido e, ao mesmo tempo, pra mim, também foi assustador por ver que uma série de questões como: violência domestica, violência contra a mulher, abuso parental, família disfuncional, relações sociais e urbanas permanecem tão problemáticas quanto a um século atrás, parece que a sociedade não evoluiu grandes coisas nesse período não.

Mario de Andrade e Machado de Assis escrevendo put@R1a eleva isso pra um outro patamar que a galera pode correr muito, mas não tem como alcançar.
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Mariana Dal Chico 31/05/2022

Um dos meus grandes traumas de leitura escolar foi Macunaíma, lembro de na época ter iniciado a leitura, mas não compreendido as primeiras páginas e desistido. Fiz a prova com base em um resumo de uma amiga que tinha lido e gostado.

Quando os organizadores do Leiturar-te anunciaram que leríamos a obra de Mário de Andrade juntos tive um misto de medo - não acredito que vou ter que ler esse livro outra vez -, com animação - agora eu entendo esse livro!

Bastou ler o primeiro capítulo para vir a sensação de confusão.
Respirei.
Voltei.
Li em voz alta.
Não fiquei procurando todas as palavras desconhecidas no dicionário.
E finalmente a leitura começou a fluir.

Um dos pontos centrais da obra está na evidenciação entre o “português falado” e o “português erudito”. A linguagem do capítulo 9 ( Cartas para Icamiabas) se destaca dos outros capítulos do texto justamente por ter a linguagem diferente. Há também a questão de identidade do brasileiro que envolve recontos de lendas e locuções de quase todas as regiões do país.

Macunaíma é um personagem sem caráter, ou se preferir, sem identidade, que naturalmente mente, se mete em situações esdrúxulas, violentas e por vezes engraçada.

Ao resolver encarar o livro de forma despretensiosa e não querer estudar cada significado de parágrafo, me diverti com a leitura, percebi a ironia e “cutucões” de críticas sociais. Mas não é um livro que vai entrar para lista de favoritos ou releituras.

“Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são”

A edição do livro que está na foto é da Editora José Olympio, que me enviou de cortesia.

site: https://www.instagram.com/p/CeOh_NyLO_k/
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Isabelle 31/05/2022

Realmente é um herói sem caráter?
Respondendo a minha própria pergunta, sim! é um herói sem caráter nenhum.
Mario de Andrade quis retratar a malandragem brasileira e fez isso muito bem, mas com um toque de exagero. Macunaíma é sem caráter, um galinha, malandro, preguiçoso e tudo o que pensa é voltado pro seu prazer carnal, o sexo.
O livro tem uma linguagem bem difícil por usar uma linguagem muito regional, por se passar na Amazônia acaba fazendo muitas referências com palavras da língua nativa sem falar as inúmeras referências ao folclore quando nosso herói se tranforma ao longo do livro.
Um livro extremamente importante pro seu período, já que é um marco na literatura, mas com uma dificuldade de entendimento muito grande.
Algumas falas eu vejo uma problemática, pode ser algo da minha leitura, mas também acho que essa era a ideia de Mario.
No fim é um livro bom, mas que demanda tempo, com muitas críticas ao nosso Brasil
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Danie 30/05/2022

Aquela aula de folclore brasileiro
Ok, a linguagem é difícil de acompanhar no início.
Ok, eu tive que usar um áudiolivro para conseguir acompanhar.
Ok, eu agora entendo o porque que quando li na adolescência não entendi nada.
Ok, valeu muito a pena persistir nesta leitura.
O livro é repleto de referências do nosso folclore, fazendo uma mistura de crítica social do nosso país em eterna construção e o imaginário das nossa lendas mais populares.
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miraiko 30/05/2022

Maio 2022 | Cebessta
Li esse livro hoje na aula e mais do que nunca estou ansiosa pra ler a versão original.
A escrita dessa HQ ficou incrível, me prendeu até o final e as ilustrações são lindas! O uso das cores também foi muito bem feito, e a história...
Eu achei super interessante e legal, como eu disse, me prendeu até o final e me deu mais vontade ainda de ler o livro.
São umas reviravoltas e umas coisas meio engraçadas e que me deixam até meio assustada, de boca aberta e pensativa por serem inesperadas. Isso fez eu não querer largar o livro de jeito nenhum.
Quando eu ler o original, com certeza irei fazer uma resenha contando a minha experiência, to gritando internamente de tanta expectativa e empolgação pra ler
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Marcelo Purificação 26/05/2022

Breve Macunaíma
Na trajetória do herói, elementos da cultura indígena e afro-brasileira são mostrados ao leitor e à leitora. Desse modo, a obra se configura em uma narrativa nacionalista, mas de caráter crítico, já que os personagens são apresentados sem nenhuma idealização.
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Geovana 23/05/2022

Um ótimo livro
Macunaima é um clássico da literatura isso não podemos negar, mas ele é um livro complicado e difícil a sua leitura por conter linguagens indiginas e antigas então caso for ler macunaima esteja preparado psicologicamente para uma leitura complicada porém divertidíssima
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Salino 23/05/2022

Antropofágico
Ao ler a obra de Mário de Andrade e tentar compreender sua importância entre tantas palavras difíceis, pude entender como a informalidade na escrita me confundiu: o escritor modernista faz um apanhado da maior parte das culturas do Brasil (gosto do termo ?Antropofagia?, como diziam os modernistas) e as imprime no livro. Macunaíma não tem caráter porque ele é tudo e todos na nação. Ao descobrir que o capítulo ?Carta pras Icamiabas? é uma ironia ao Parnasianismo, escola literária que o Modernismo tenta superar, não pude deixar de achar cômico. Em ?Macumba?, Andrade explicita com veemência a ?Geleia Geral? das expressões culturais que o Brasil tem, indo desde conceitos indígenas (constantes desde a primeira página) ao terreiro de tia Ciata. Considerado uma rapsódia, ou seja, misturando diferentes elementos narrativos em uma obra, Mário de Andrade consegue - ou tenta com o máximo de conhecimento que obtém ao longo de seus estudos na construção do livro - resgatar o coração do que é ser brasileiro (uma verdadeira antropofagia) em sua obra que, com razão, é um dos marcos da literatura nacional.
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Isoldinha 20/05/2022

simplesmente horrível
Não gosto de classico modernista, mas esse foi terrível. Tem apologia à 3stupr0, talaricagem entre irmãos e o filme ainda é pior
Bruna.Portoghese 20/05/2022minha estante
Amiga eu não li....mas dá uma olhada na data do livro, por ser clássico, por mais absurdo que pareça e eu não concorde com nada disso, naquela época poderia ser considerado normal...mas deve ser difícil de engolir mesmo!


Isoldinha 03/06/2022minha estante
simmmm




Luana 18/05/2022

Na minha opinião foi um livro bem difícil de entender por causa do linguajar, contudo tem parte que achei bem engraçado
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Ana 07/05/2022

O herói sem caráter!
Confesso que muitas vezes é um pouco complicado a leitura desse tipo de livro para mim. Apesar de amar ler e apreciar metáforas e palavras difíceis, quando a leitura vira uma mera obrigação para a escola, eu demoro a ler e não acabando aproveitando muito a experiência.
Macunaíma é um dos livros mais clássicos da nossa literatura e representa um movimento de muita importância para a nossa cultura. Mistura elementos místicos e fantasiosos com lendas do folclore indígena e da cultura africana, somado a reflexões e críticas inteligentes a sociedade urbana e capitalista. Estudando o modernismo, me vejo muito interessada com a história do movimento e após discussões e análises, a interpretação do livro como uma grande metáfora do povo brasileiro, resultado de uma mistura de raças e culturas e sem nenhum caráter, tal qual o herói.
Reconheço a importância do livro, como ele traz uma discursão importantíssima e como, no fim das contas, o objetivo de representar o Brasil e o povo brasileiro é alcanço com sucesso. Entretanto, é difícil, com a mentalidade e as discussões do século XXI, não achar algumas passagens absurdas e algumas representações caricatas demais. Além disso, ainda que eu goste de metáforas e palavras difíceis, eu me vi muito irritada pelo excesso de passagens difíceis e enroladas. Talvez era reflexo da literatura da época, mas isso afetou um pouco o meu gostar da história.
De forma geral, foi uma leitura mas, principalmente, uma análise e uma discussão bastante proveitosas sobre o a cultura, a história e o presente do nosso país.
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