Macunaíma (eBook)

Macunaíma (eBook) Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


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Ingrid Pamplona 25/07/2020

Escrito no período do modernismo, o qual, tinha como alvo realçar a cultura nacional, trazendo nossos elementos pra arte, e não somente a europeia, aqui, divergindo-se do romantismo, o indígena não é mais visto como o "herói" e"inocente", passa a ter uma personalidade forte, e percebemos que nosso Macunaíma não é tão heróico assim.
De forma sucinta, Macunaíma desde pequeno é muito travesso, adora fazer pegadinhas, e irritar as pessoas. Quando ele se torna adulto, esse traço da personalidade continua presente, mas de forma mais madura.
Ele se apaixona por uma indígena chamada "Ci", a qual entrega a ele um amuleto chamado "muiraquitã", o qual nosso "herói" perde e precisa procurá-lo em SP, onde um gigante - colecionador de pedras o levou. E nesse cenário, ele começa a passar por várias situações, travessuras, conhece várias pessoas, e viaja por muitos lugares para tentar recuperar o amuleto.
Importante ressaltar que nessa obra acontecem coisas sobrenaturais, aparecem monstros e afins, os quais, são baseadas em mitos/lendas brasileiras. Além disso, muitas vezes nós não temos uma descrição exata do espaço/ambiente, o que faz com que a gente se perca.
O autor buscou fazer uma crítica ao Brasil, ao mito da miscigenação, e a personalidade dos brasileiros. Algumas coisas me incomodaram, mas entendo que trata-se de um livro, de certa forma, antigo.
Enfim, Macunaíma é um ser humano difícil de gostar, mas a gente acaba se apegando, e torcendo pra que ele pare de se meter em confusão.
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Thaís Brito 19/07/2020

"Ai, que preguiça..."
Tantas vezes repetidas por Macunaíma, a frase acima pode resumir um pouco minha relação com o livro. Gosto muito de literatura clássica, não reclamo de obras longas, descritivas ou que retratam uma época tão diferente da minha. Porém, esperei gostar mais de Macunaíma, ainda mais por ter lido sobre a sua importância dentro do Modernismo e a busca de uma literatura de raízes nacionais.

De fato, é interessante a mistura de lendas e mitos do folclore nacional, principalmente nos trechos em que o protagonista índio-negro-branco e seus irmãos são levados aos contextos urbanos de São Paulo e do Rio de Janeiro, provocando cenas engraçadas e trazendo as reflexões sobre o ritmo de trabalho das grandes cidades.

Mas assim como o protagonista, a preguiça tomou conta de mim. Preguiça de acompanhar uma história cheia de acontecimentos místicos sem uma sequência que me desse tanta vontade assim de ver o que aconteceria depois. Embora a linguagem seja um diferencial, com rupturas na pontuação e escolhas próximas da oralidade, o conteúdo não me prendeu.

Confesso que continuei porque não gosto muito de abandonar livros. Mas tive uma experiência muito mais proveitosa com Mário de Andrade ao ler uma coletânea de contos. Talvez isto mesmo tenha aumentado minha expectativa para a leitura de Macunaíma.
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Paulo Freitas 12/07/2020

Às margens do Uraricoera, na Floresta Amazônica, nasce o preguiçoso e vaidoso Macunaíma, que desde pequeno, não hesita em mentir e se transformar em outras pessoas para satisfazer seus desejos. Sua mãe logo o abandona e, em sua nova jornada, ele ganha um talismã da Mãe do Mato, mas o perde. Então, parte para o Sudeste do Brasil em busca do amuleto. Macunaíma é um marco modernista e uma reflexão do autor sobre a cultura brasileira. Mescla os dialetos e costumes de diversas regiões na narrativa e aborda a desigualdade social no país.
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Seja um leitor 11/07/2020

Macunaíma
Publicado pelo escritor modernista Mário de Andrade em 1928, o livro faz parte da semana da arte moderna. Seu intuito foi construir uma imagem do Brasil a partir de uma perspectiva crítica e ao mesmo tempo cômica, expondo ao leitor um anti-herói, diferente das escolas literárias anteriores, o personagem representa o povo brasileiro. "O livro reúne uma vasta pesquisa da linguagem, das práticas narrativas e das músicas, das falas, ditos, contos e cantos populares do Brasil", enumera o antropólogo Paulo Santilli, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Macunaíma vive diversas peripécias desde sua infância, suas características são todas ao contrário da idealização feita aos personagens principais de outras obras. É descrito como preguiçoso, erotizado, malandro etc. adjetivos irônicos que definem o "herói" brasileiro; ele é a mistura, em um, de todo povo que constitui a nação, indígenas, africanos e europeus (resultado da colonização), é fruto de muita pesquisa e reflexão a respeito da identidade nacional. Tudo começa pelo seu nascimento na Amazônia, logo depois da morte de sua mãe, ele se apaixona por Cí a mãe do mato, que lhe dá de presente uma pedra chamada Muiraquitã, que ele perde e parte em busca dela que segundo rumores havia sido pega por um colecionador que vivia na cidade de São paulo, é ai que começam todas as aventuras Brasil a fora.
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alex 11/07/2020

Pode ser bom e não prazeroso?
Uma escrita marcada pela oralidade e muito termos indígenas (e africanos?) desconhecidos, o que atravanca (e diminui, sem dúvida) o prazer da leitura para leitores medianos como eu.

De todo modo, o uso desse tipo de linguagem em 1928 é o que parece diferenciar o livro (ler sem o contexto não dá). Época do "modernismo" tentando se livrar das amarras clássicas da literatura europeia.

Mas daí a dizer que Macunaíma retrata a busca pelo eu brasileiro... Não sei não.. Acho um desvirtuamento grande da realidade.

No mais, só pra constar: as fugas do Macunaíma me lembravam sempre as fugas do Pica-Pau (mas conferi, e o desenho é dos anos 1940).
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Elias.Fernando 10/07/2020

Ai que preguiça...
Macunaíma é uma obra genuinamente brasileira e merece ser lida por todos. De forma poética e divertida imergimos nas presepadas do herói sem caráter e nos contagiamos com sua malandragem. Ter contato com essa obra é ter contato com grande parte dos mitos nacionais e se encantar com o brasileiro falado (que é diferente do português escrito). A noção de patriotismo vem sendo deturpada e é importante ter uma verdadeira referência de amor à nação. Esse país está doente e a leitura pode ser um remédio no tratamento, como aparece no livro..."pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são".
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Isy 09/07/2020

Jacaré entendeu? Nem eu!
É difícil compreender o rumo que o livro vai tomar durante os primeiros capítulos, mas com um pouco de persistência a gente entende que não se pretende mesmo chegar a um lugar que já seja conhecido do nosso imaginário.
Entendi o herói como um tipo de deus-diabo que cria e destrói. Extremamente ignorante, invejoso, mentiroso, vingativo e luxurioso. Não dá para construir um apreço pelo índio-negro-branco, mas a narrativa do autor é muito diferente e divertida. É difícil dizer o que Mário de Andrade fez da nossa língua nessa narrativa, mas com certeza proporcionou uma leitura cativante e bastante surreal, cheia do folclore brasileiro e repleta de uma semiótica um tanto caótica.
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Elisa.Macedo 06/07/2020

O livro que todo brasileiro devia ler
Muito bom, bastante crítico e em nenhum momento chega a ser chato.
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Poul 03/07/2020

Macunaíma
Alguns podem achar um pouco difícil a linguagem, mas é um livro muito divertido
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Lucas 01/07/2020

MACUNAÍMA EM QUADRINHOS
Foi uma hq bem regular, bem regular mesmo,mas uma das coisas que mais gostei foi a representação dos personagens e da grande influência da cultura brasileira composta na hq, principalmente quando Macunaíma e seus dois irmãos vão em busca de uma vida melhor na cidade grande.
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Sávio 30/06/2020

Clássico, divertido e...
O livro traz uma linguagem popular, recheada de termos indígenas e regionalismos. Por diversas vezes ri lendo o livro. Recomendo demais. (é sempre bom ter uma Wikipedia por perto quando for ler hahaha)
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sabren 29/06/2020

um livro de extrema importância pra primeira fase do modernismo. não tem uma leitura fácil mas retrata muito bem a identidade mista que o Brasil possui e o famigerado "jeitinho brasileiro".
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caboraissa 27/06/2020

A desprezibilidade de Macunaíma e a genialidade de Mario de Andrade aqui são totalmente proporcionais!
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Iago 27/06/2020

Você se perde, mas entende.
Um clássico nacional com um herói caricato e cheio dos defeitos que os brasileiros possuem, na visão de Mario de Andrade. Seria fácil criticar o livro pelos seus evidentes defeitos, não fossem eles intencionais. Como o autor bem disse, não leve o livro a sério, ele é um brinquedo. A sátira é muito forte, palavras de origem indígena estão por toda parte e a grafia das palavras de forma fonética pode incomodar os leitores mais normativos. De resto, as lendas e as voltas do herói pela bizarra geografia brasileira são divertidas e mostram o quanto também deve ter sido divertido escrever esta obra.
Daniel 27/06/2020minha estante
O livro se torna interessante quando o contextualiza.




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