Gabriel Dummer 01/05/2023Engenhoso...Um engenhoso fidalgo que acha que é cavalheiro. Um humilde fazendeiro que pensa ser escudeiro. Uma história icônica repleta de desventuras e loucuras, magos imaginários, desafios incoerentes e pegadinhas insolentes. Entre contos e aventuras, nos apegamos aos personagens, principalmente ao digno Sancho Pança, que em sua humilde posição se torna governador de nossa atenção, em sua sabedoria por vezes profana e seus ditados que nos enrolam a razão. Um livro que também trata de si mesmo, entre falsos Quixotes pitorescos. Em aventuras promissoras nos rendemos ao cavalheiro da triste figura, ou ao cavalheiro dos leões, corajoso e fiel aos seus propósitos e a formosa Dulcinéia del Toboso. E afirmo, para além da imaginação, que Dom Quixote é um verdadeiro cavalheiro, Rocinante seu belo alazão e Sancho Pança seu fiel escudeiro para sempre, pois vivem no coração de todos os leitores que adentram suas aventuras, vendo gigantes em moinhos, castelos em tabernas e feiticeiros bons e maus a cada trilha. Pois a vida é isso, a magia de viver segundo um princípio, honrando e engrandecendo cada jornada como uma aventura única que pode ser emoldurada na figura de um cavalheiro corajoso chamado Dom Quixote de la Mancha.