marbook 12/08/2024
Foi um mês e 10 dias de dedicação pra terminar "it: a coisa", e sério, QUE LIVRO.
sempre fui vidrado nos filmes e nas curiosidades por trás deles. quanto mais eu pesquisava, mais descobria que muita coisa que ficou de fora dos filmes tá lá no livro. isso me fez querer ainda mais encarar essas 1100 páginas assustadoras, que são, até agora, as mais longas que já li.
mesmo depois de ler tudo, parece que encarei dois livros de 400 páginas cada, kkk. a história alterna bastante entre passado e presente, mas de um jeito que nunca vi em outros livros. é como se as duas histórias fossem contadas ao mesmo tempo, só que em dias de anos diferentes.
os personagens são profundos e complexos, cada um com seus próprios traumas e desejos. é muito maneiro ver como as histórias dos sete protagonistas se entrelaçam de forma tão poderosa. é emocionante acompanhar a formação do "clube dos otários" e entender o significado desse termo pra eles. em derry, quem não se encaixa nos padrões é visto como um otário, mas isso não é algo ruim. na verdade, é bom, porque significa que você tem outros como você, que te entendem e te apoiam. a amizade é, sem dúvida, o ponto alto da história.
e a coisa? QUE VILÃO FODA! nos filmes, sempre associei a coisa (pennywise) ao palhaço, mas no livro, ela vai muito além disso. a coisa é literalmente "a coisa", uma entidade com tantas formas e tão incompreensível que é impossível definir. por isso a chamam assim. todas as aparições da coisa no livro me surpreenderam, já que a maioria é bem diferente do que aparece nos filmes.
é claro como a coisa representa o mal em sua essência, mas também parece ser parte das pessoas, algo que não dá pra derrotar completamente. não senti medo lendo o livro, e acho que esse nem era o objetivo. a história fala muito mais sobre esperança. esse é o ponto chave.
tanto as crianças quanto os adultos enfrentam a coisa, mesmo sem certeza de nada. e isso é incrível! eles enfrentam seus medos, mesmo sem esperança, confiando apenas no amor e na amizade entre eles. isso é extraordinário pra mim.
e antes de encerrar, preciso dizer: li coisas nesse livro que mostram como os humanos podem ser mais cruéis que qualquer monstro de terror. os verdadeiros horrores, às vezes, vêm das pessoas, não das criaturas.