Teogonia

Teogonia Hesíodo




Resenhas - Teogonia


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Regis2020 17/10/2023

Um dos mais antigos registros do surgimento dos deuses
Hesíodo viveu no século VIII a.C. na Beócia, região central da Grécia Antiga.
Possivelmente Hesíodo escreveu a Teogonia baseado na tradição oral que já era transmitida na Grécia Antiga pelos cantores rapsodos.

Após ler os grandes poemas épicos e os clássicos da mitologia grega percebo que os mitos gregos possuem muitas fases diferentes, com várias versões, cabendo a nós escolhemos nossas preferidas. A Teogonia narra a forma que os gregos enxergavam a criação do mundo e é um dos registros mais antigos sobre a história do surgimento dos deuses.

Diferente dos grandes épicos essa é uma leitura curta, apesar da primeira metade do livro ser um estudo detalhado de pensamento mítico grego escrito pelo tradutor da obra, JAA Torrano que desenvolveu em demasia o assunto tornando-o confuso e cansativo.

Hesíodo inicia narrando como as musas lhe transmitiram os poemas no Monte Hélicon após ele às homenagear com um canto. Segue discorrendo sobre a formação do universo através do deus Caos, passa pela Titanomaquia e vai até a ascensão e soberania de Zeus.
A tradução não é a mais perfeita, possui alguns erros, repetições e a supressão de alguns nomes durante a narrativa. Foi uma boa leitura pelo conteúdo, entretanto foi um pouco truncada em alguns momentos.
A despeito desses pontos apreciei bastante a leitura que saciou minha curiosidade sobre o nascimento dos deuses.

Esse é um poema mitológico que influenciou a literatura, a filosofia e a psicologia e que continua sendo referência cultural de toda civilização ocidental, por isso, recomendo para todos os amantes de mitologia.
HenryClerval 31/10/2023minha estante
A tradução dos clássicos muitas vezes decepciona. Sua resenha está maravilhosa, Régis. ?


Regis2020 31/10/2023minha estante
Muitíssimo obrigada, Leandro!?




Ana 11/05/2022

Leitura acadêmica
Li esse livro para faculdade de letras e os mitos em si não são chatos, mas não gostei da maneira que o autor passou eles, tinha muito nome e pouca história e não curti tanto a tradução.
rayssa b 12/05/2022minha estante
amgg você faz letras português??? vou começar inglês em agosto ?


Ana 12/05/2022minha estante
Amiga, estou fazendo letras inglês mas o primeiro período é só matéria base então vou pegar português TB kkkkkkkkkkkkk que bom para você o curso é muito legal ?????




Marcos Faria 02/12/2012

Desde que li a enciclopédia de Mitologia da Abril Cultural, ali por 85, que eu tinha vontade de ler a Teogonia. Essa edição (Iluminuras, 2007) justificou a espera. O ensaio introdutório de José Antônio Alves Torrano, que também assina a tradução, faz você quase virar pagão e sair sacrificando cabras para os deuses do Olimpo. Torrano apresenta a poesia como expressão da Memória (mãe das Musas) e portanto como garantia da Ordem (ou seja, do poder de Zeus) num mundo oral, aliás mais próximo do nosso mundo digital, cibernético, do que das sociedades da palavra escrita. Criar e cantar é decidir o que deve ser lembrado ou, em termos contemporâneos, o que deve ser posto em relevo e não afundar no Tártaro da hiperabundância de informação.

(Publicado também no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2012/12/02/meninos-eu-li-29/)
Chafei 19/04/2022minha estante
Hahahaha pala




Judah Figueiredo 01/05/2020

UMA OBRA FANTÁSTICA, PORÉM, UMA LEITURA NÃO TÃO BOA
A mitologia grega sempre foi algo fascinante, pelo menos para mim, observar e entender como o povo helênico compreendia o mundo e explicava o “inexplicável”, ler sobre seres poderosos que através de sua força e potência deram origem e forma ao mundo. Conhecer mais profundamente personagens que estão tão inseridos em nossa cultura, não apenas em virtude de nossa sociedade ter herdado os ensinamentos e filosofia grego-romana, mas devido aos filmes, quadrinhos e livros que derivaram de tão profundo conhecimento.

A poesia de Hesíodo, devido a escrita um pouco diferente do que estamos acostumados, torna-se, as vezes, um pouco difícil de compreender, necessitando, em alguns momentos reler trechos e se esforçar um pouco mais para interpretar e imaginar. Porém, na maior parte, consegue-se visualizar tudo que está sendo narrado, as batalhas, os nascimentos, os poderes e deuses agindo.

A crítica vem do livro, não a parte do poema, mas nos capítulos que se propõem em explanar o poema. O autor desta parte do livro, Jaa Torrano, grande estudioso da obra, tenta apresentar a interpretação da Teogonia de Hesíodo em uma linguagem, na maior parte das vezes, muito mais complexa que a do próprio poema, utilizando de uma escrita para esclarecer algo de uma forma que mais faz ficar confuso que assimilar o que se pretende dizer. Existem trechos que poderiam explicar algo de uma maneira muito mais simples e didática, mas foi empregado vocábulos que, acredito, não são utilizados nem no meio científico.

Acredito que existem obras muitos complexas, literaturas profundas que necessitam de muito estudo e dedicação para a sua devida interpretação, todavia, uma obra que se pretende explicar outra deveria se ater no objetivo principal, fazer o leitor efetivamente entender a obra, no caso a Teogonia, não ter que, primeiramente, entender a obra que pretende fazer compreender a obra principal.

Apesar disso, não deixa de ser um livro fantástico, uma literatura clássica que não perdurou todos esses séculos por mero acaso, mas sim por sua beleza, profundidade e importância.
Ana 26/01/2021minha estante
Achei que o problema fosse comigo, mas lendo as resenhas fica claro que isso de fato é uma critica valida.




Aribra 18/09/2009


A Teogonia enumera três gerações de deuses: a do Céu, a de Cronos e a de Zeus (esta geração é a dos olímpicos). Primeiro teve origem o Caos, em seguida a Terra e o Amor (Eros). De Caos surge a sombra, constituída em um par: Érebo e Noite. Da sombra também surge outro par: o Éter e a Luz (do dia). Terra dará nascimento ao Céu, às montanhas e ao mar. Em seguida, é apresentado o nascimento dos filhos da luz, dos filhos da sombra e da descendência da Terra e Céu até o momento do nascimento de Zeus e de seu triunfo sobre seu pai, Cronos.
Teofanias : é um conceito de cunho teológico que significa a manifestação de Deus em algum lugar, coisa ou pessoa. Tem sua etimologia enraizada na língua grega: "theopháneia" ou "theophanía". É uma revelação ou manifestação sensível da glória de Deus, ou através de um anjo, ou através de fenômenos impressionantes da natureza.
Tártaro: Assim como Gaia era a personificação da Terra e Urano a personificação do Céu, Tártaro era a personificação do Inferno. Nele estavam as cavernas e grutas mais profundas e os cantos mais terríveis do reino de Hades, o mundo dos mortos, para onde todos os inimigos do Olimpo eram enviados e onde eram castigados por seus crimes. Lá os Titãs foram aprisionados por Zeus (Júpiter), Hades (Plutão) e Poseidon (Neptuno) após a Titanomaquia. Na Ilíada, de Homero, representa-se este mitológico Tártaro como prisão subterrânea 'tão abaixo do Hades quanto a terra é do céu'. Segundo a mitologia, nele eram aprisionados somente os deuses inferiores, Cronos e outros espíritos titãs (criaturas sobre-humanas), enquanto que os seres humanos, eram lançados no submundo, chamado de Inferno. O Tártaro é personificado por um dos deuses primordiais, nascidos a partir do Caos. Suas relações com Gaia geraram as mais terríveis bestas da mitologia grega, entre elas o poderoso Tifão.
Télos : A teleologia (do grego , fin, y -logía) é o estudo dos fins últimos da sociedade, humanidade e natureza. Suas origens remontam a Aristóteles com a sua noção de que as coisas servem a um propósito. A teleologia contempla também o onde pára tudo isto? A questão que busca responder o para-quê de todas as coisas. Aristóteles situa a ciência da praxis em uma perspectiva de estrutura teleológica para a investigação e determinação de seu fim, seu objetivo, o aspecto formal como fim em si mesmo. O Bem em si mesmo é o fim a que todo ser aspira, resultando na perfeição, na excelência, na arte ou na virtude. Todo ser dotado de razão aspira o Bem como fim que possa ser justificado pela razão.
Aedo: Um aedo (em grego clássico / aoidos, do verbo / aidô, "cantar") era, na Grécia antiga, um artista que cantava as epopeias acompanhando-se de um instrumento de música, o forminx. Distingue-se do rapsodo, mais tardio, por compor as próprias obras. Por esse facto, será o equivalente a um bardo celta. O mais célebre dos aedos é Homero. A Odisseia apresenta-nos também dois aedos: o mais conhecido, Demodocos, que canta na corte de Alcínoo, e também Femios, aedo da corte de Ítaca. Estas duas personagens dão-nos informações sobre o trabalho do aedo: o poeta canta perante uma assembleia de aristocratas reunidos num banquete. Desfila uma vasta colecção de temas bem conhecidos, como a guerra de Tróia. Ele próprio escolhe um episódio, mas muitas vezes é o público que pede um tema favorito. Começa frequentemente o seu canto por um poema, isto é, um curto canto que serve de prelúdio à epopeia principal. Os Hinos homéricos constituem uma colecção desses poemas. Os Aedos eram poetas-cantadores que percorriam a Grécia cantando um repertório composto de lendas e tradições populares.
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WallFrance 12/04/2012

...
Os textos iniciais que não consegui ler todo: um, pelo autor descrever uma análise sobre ao texto de Hesíodo de uma forma confusa. Uma hora diz uma coisa depois outra. Ele próprio se contradiz; dois, uma linguagem de difícil compreensão; três, entediante...

Apenas li a Teogonia, mas não foi nada do que eu esperava. Ele traduz os nomes dos Deuses e outros. Poderia ter traduzido mas entre parênteses para ter um significado melhor. A tradução dos nomes deixa uma confusão quanto a que ser fala - para quem desconhece o grego.
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Thomas 21/02/2015

Indicado para quem se interessa por mitologia grega, "Teogonia" mostra toda a linhagem do panteão grego, desde o Caos primordial à terceira geração de deuses, composta por Zeus, Poseidon e outros. O problema é que a quantidade de seres e criaturas é imensa, e o leitor pode se sentir perdido ou confuso.

Já "Trabalhos e dias", escrito por Hesíodo para seu irmão, diz como trabalhar a terra e se tornar um agricultor de sucesso. Também versa sobre astrologia e os mitos de Prometeu e Pandora.
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grecce 07/08/2015

Mergulhando no profundo mar grego, pela primeira vez.
Teogonia * Trabalhos e Dias, duas obras fantásticas que dispensa elogios pela magnitude de adjetivos que eu poderia expressar.

Teogonia se mostrou de forma sutil e suave, começando com as musas cantantes de Hesíodo e toda sua sapiência foi desenvolvendo ao longo do livro o nascimento de tudo, os deuses gregos e como eles se relacionaram, e também como tudo hoje existe.
É tão maravilhoso, um mito que é levado por toda Grécia Antiga que se mostra de uma forma tenaz e concreta. Emoções, natureza material ,tudo que entendemos há um deus se manifestando. E há discussões entre eles mesmos, também, brigas, guerras, relações sexuais e etc. O magnífico é o modo que Hesíodo trata dos deuses, com sentimentos humanos e emoções que conseguem desmistificar o perfeito. O que seria o perfeito? Para Hesíodo, de acordo com minha leiga compreensão, é a engrenagem que se forma a partir de manifestações sociais que organizam a sociedade, necessárias e presentes em toda parte.

Trabalhos e Dias, se mostrou fantástico. Trazendo vários ensinamentos pragmáticos e sinceros que ultrapassa os anos, chega a emocionar a profundidade de Trabalhos e Dias, pela forma real que se mostra e como nós, leitores, conseguimos sair inspirados para batalhar na vida, no trabalho da sobrevivência... Sem palavras pra descrever o quão maravilhoso é essa obra. Trazendo também as eras, de bronze, prata, ouro... O retrocesso humano mortal e a mostra de um passado reluzente que foi se esvaindo pela ganancia. Trabalhos e Dias também traz vários ensinamentos de como plantar, colher, pescar, algo relacionado ao trabalho grego, como um manual para as pessoas daquela época..

Enfim, as duas obras são de extrema relevância pra mim e espero reler após terminar minha meta anual.

Grande abraço!
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Lista de Livros 16/12/2015

Lista de Livros: Teogonia, de Hesíodo
“A força do Sábio esta em saber dizer o já dito com o mesmo vigor com que foi dito pela primeira vez.” (Jaa Torrano)
*
“Ele reina no céu
tendo consigo o trovão e o raio flamante,
venceu no poder o pai Crono, e aos imortais
bem distribuiu e indicou cada honra.”
*
“Quem fugindo a núpcias e a obrigações com mulheres
não quer casar-se, atinge a velhice funesta
sem quem o segure: não de víveres carente
vive, mas ao morrer dividem-lhe as posses
parentes longes. A quem vem o destino de núpcias
e cabe cuidosa esposa concorde consigo,
para este desde cedo ao bem contrapesa o mal
constante. E quem acolhe uma de raça perversa
vive com uma aflição sem fim nas entranhas,
no ânimo, no coração, e incurável é o mal.”
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2015/12/teogonia-origem-dos-deuses-hesiodo.html
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Amanda 09/04/2017

Teogonia
Livro essencial para quem gosta de literatura grega! Um livro para ser lido e relido sempre.
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Nat 11/11/2024

A linguagem é um pouco difícil de acompanhar para o iniciante em textos épicos, mas se é um assunto que interesse, vale muito a pena. Eu comprei essa edição específica (há tempos atrás) porque ela tem o poema em grego junto com a tradução em português. Muito recomendado.

site: https://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2024/10/teogonia-hesiodo-dal-2024.html?m=0
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J. Gabriel 09/03/2019

O poema arcaico que relata a criação do Universo, dos Titãs, Deuses e todas as outras entidades que compõem o panteão grego.

Creio que o grande mérito desta edição em particular é composto não somente pelo poema titular em si mas também pelo ensaio que o precede, onde Jaa Torrano disseca detalhadamente e contextualiza a Teogonia. Este estudo gera um exercício de perspectiva que, embora (e talvez justamente pelo fato de ser) desafiador, é absolutamente fundamental para compreender a importância das obras arcaicas.

De uma época quando imperava a tradição puramente oral, os poetas (ou aedos) como Hesíodo e Homero gozavam de prestígio e influência superiores aos dos reis, pois a eles que foram outorgados os dons da Palavra e da Memória pelas Musas através da Revelação (ou negação do esquecimento, aletheia). Sendo anteriores à difusão do alfabeto, eram detentores da Verdade Divina, a qual não estava contida (ou registrada) em lugar algum além dos seus cantos. Estes portanto tinham um caráter sinceramente divino e um significado concreto. Não eram simbolismos, mitos ou metáforas (como tendemos a pensar para encaixá-los melhor à nossa visão contemporânea) e sim a própria forma de conceber a realidade que configurou o pensamento grego da época e por séculos seguintes.

Então, apesar de sua densidade e linguagem por vezes complexa, é uma obra ótima para quem deseja se aprofundar no assunto e ir além das populares histórias de heróis e Deuses gregos.
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