Jung Angel 29/06/2012
Minha Opinião sobre:Xógum
A História se passa nos anos 1600, quando o piloto inglês John Blackthorne chega ao Japão. Um Japão em guerra pela disputa do xogunato, o mais alto posto militar.
Em meio a intrigas e traições, Blackthorne se aproxima do poderoso senhor feudal Toranaga, tomando parte em um intrincado jogo de poder entre as forças conflitantes da época: daimios, samurais, jesuítas e comerciantes.
Com o tempo, uma estranha relação de confiança se estabelece entre os dois homens e uma paixão proibida nasce entre o inglês e sua intérprete, Mariko. Casada com um dos mais cruéis capitães do feudo, ela se vê dividida entre suas obrigações, suas crenças e seus sentimentos.
Tentando manter-se vivo apesar da hostilidade dos nativos, Blackthorne vai pouco a pouco se envolvendo com as tradições locais, enquanto o próprio Japão começa a perder sua identidade com a invasão dos jesuítas e a abertura ao mundo ocidental.
"_Porque você me faz feliz- suspirou ela, encantada por ter tido a grande fortuna de ter sido educada...
...Como posso usar esse segredo mais lucrativamente antes que deixe de ser segredo e os dois sejam destruídos?"(Pag 694)
P.S: É impossível ler Xógum sem sentir como se estivesse lá mesmo, em pleno Japão dos samurais. A cultura japonesa é algo que sempre me deixou fascinada e gosto muito de estudá-la e ler livros inspirados em sua história.
A história do livro é baseada em personagens reais e ocorre em um momento de muita turbulência pré-guerra civil. O ponto forte da trama é todo o background político que envolve a narrativa. É como um jogo de xadrez, você quer ver quais serão os movimentos de cada lado (Ishido x Toranaga).
O navegador John Blackthorne é uma óbvia inspiração em William Adams, que chegou ao Japão em 1600 a bordo de um navio holandês - assim como ocorre no livro. E terminou os seus dias como conselheiro do xogum Ieyasu Tokugawa, o equivalente na vida real ao fictício Yoshi Toranaga.
Conforme vai avançando, temas clássicos da cultura japonesas vão sendo inseridos e desenvolvidos: samurais, ninjas, gueixas, monges, ronins, teatro nô, bushido, xintoísmo, budismo. Apesar de extenso, o livro não é cansativo. Você sabe que vai demorar pra ler, mas fica preso de uma forma, querendo saber os próximos passos de cada personagem, que não vê a história passar.
...Xogun é um livro extraordinário.
Acompanhe as resenhas/críticas completas no blog "Lendo com a Angel". Se puder siga e comente que ficarei muito feliz por sua companhia!
site: https://lendocomaangel.blogspot.com/